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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
Crise civilizatória
Imagem:ecoblogconsciencia.blogspot.com
Estive em Lisboa em outubro de 2011, a convite da Fundação Calouste Gulbenkian, para participar do ciclo de palestras chamado “Ambiente. Por que ler os clássicos?”. Coube-me comentar o texto “Nosso futuro comum”, também chamado Relatório Brundtland, encomendado pela ONU à ex-primeira ministra da Noruega, Gro Brundtland, em 1984. O estudo, concluído em 1 987, inspirou vários desdobramentos na governança ambiental global, além de eventos como a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, que conhecemos também como Cúpula da Terra ou Rio 92.
Passados 24 anos, e às vésperas da Conferência Rio + 20, que será realizada em junho de 2012, vejo, com certa tristeza, que foram muitos os descaminhos. Os alertas e as recomendações feitos no relatório tiveram efeitos, mas não suficientes para que, na primeira década do século seguinte à publicação, estivéssemos em situação menos complicada.
Temos um mundo convulso em crises superpostas e uma avaliação equivocada na hierarquização dessas crises. A crise econômica arrasta o sistema financeiro mundial para o colapso. A crise social nos exibe rostos magros de 2 bilhões de pessoas com fome. A crise política, nascida do descolamento entre a representação democrática dos povos e a atuação parlamentar de características corporativistas, denuncia que valores e significados estão sendo perigosamente postos de lado na condução dos interesses públicos. E a crise ambiental, resultante de um modelo de desenvolvimento em que o crescimento econômico não quer ter limites e espolia a base natural de todos os ecossistemas da terra, pode levar à esterilização do planeta pelo aquecimento climático a uma temperatura incompatível com a existência da vida.
A humanidade se dedica alegremente ao consumismo, às preocupações de curto prazo, sem pensar nas condições que as futuras gerações terão para viver.
Isso nos leva a identificar outra crise: a da utopia, do sonho de solidariedade, de fraternidade, do planeta pleno de vida. Em Gênesis 1.22 o ato criativo de Deus significa um planeta cheio de vida na terra, nas águas e no ar, com plantas e animais, pássaros e peixes, e o ser humano por fiel guardião de tudo isso. No ano de 2012 da era cristã, essa vida está também ameaçada em todos os quadrantes da terra. Nossos processos institucionais e políticos não zelam pela democracia. Nossos processos produtivos desconhecem a inteligência da engenharia sistêmica de Deus e exploram os bens materiais do planeta até seu esgotamento, gerando poluição e outras disfuncionalidades nos ecossistemas. O fruto do trabalho de nossas mãos no campo visa o lucro, é mal distribuído e não chega às bocas famintas nos países pobres. Nossa infraestrutura cara e mal planejada é ambientalmente inadequada, além de injustiçar os povos que sofrem os impactos sem ter os benefícios. Nosso gigantesco sistema financeiro privatiza os lucros, mas impõe à humanidade os prejuízos de suas operações, resultando em perda de milhões de empregos.
As múltiplas crises que constituem a crise civilizatória que vivenciamos exigem de homens e mulheres sentido de urgência e mobilização para o imperativo ético da mudança de atitude que precisaremos ter face à destruição da vida abundante com que Deus agraciou o planeta. Para isso é importante propiciar o necessário encontro entre política e ética, economia e ecologia e, para os que creem no propósito restaurador da obra de Deus, do homem com Deus, consigo mesmo, com os outros homens e com a criação.
Articulista: Marina Silva - professora de história e ex-senadora pelo PV-AC.
sábado, 21 de janeiro de 2012
Igreja Perseguida
Confira a lista dos países que mais perseguem cristãos no mundo
Missão Portas Abertas e Compass International fazem avaliação desde 1993
A lista de “Classificação de Países por Perseguição”, publicada pelos ministérios Portas Abertas e Compass International, não traz grandes mudanças este ano em relação ao ano passado.
A Coreia do Norte, pelo 11º ano seguido, é o país que mais persegue os cristãos no mundo. As nações de maioria islâmica ocupam 38 das 50 posições na Classificação.
Os dez lugares mais difíceis para um cristão viver em 2012 são:
1. Coreia do Norte
2. Afeganistão
3. Arábia Saudita
4. Somália
5. Irã
6. Maldivas
7. Uzbequistão
8. Iêmen
9. Iraque
10. Paquistão
O Laos foi o único país que deixou a lista dos dez primeiros, e pela primeira vez o Afeganistão está entre o top 10. Um dos principais motivos para isso foi o ministro cristão Shahbaz Bhatti ser assassinato porque tentou alterar a Lei da Blasfêmia no país.
A Coreia do Norte é um país comunista, com uma “religião” que idolatra seus antigos líderes, como Kim II-Sung e Kim Jong-II, que morreu no final do ano passado. Qualquer pessoa que adore “outro deus” é perseguida. Calcula-se que existem 200.000 a 400.00 cristãos no país. Entre 50 e 70 mil deles estão presos em campos de prisioneiros.
“Com Kim Jong-Un assumindo o poder, é muito difícil determinar como será a vida dos cristãos nessa nova fase”, disse Carl Moeller, presidente do Portas Abertas nos EUA.
“A situação continua perigosa para os cristãos. Devemos orar pela Coreia do Norte, para que todos os cristãos tenham a liberdade de adorar a Deus, e não a Kim Jong-II e Kim II-Sung”, completou.
O país que mais subiu posições na atual da Classificação foi o Sudão, que subiu 19 posições.
O Sudão do Sul, de maioria cristã, se tornou um país independente em 2011. Isso fez com que os cristãos do Sudão fossem ainda mais massacrados pelo governo do presidente Omar al-Bashir.
Quando o presidente mudou a constituição do país, tornou a nação mais islâmica.
A Nigéria também teve um crescimento rápido, pulando 10 posições. No ano passado, mais de 300 cristãos foram mortos. Desde 2009 a seita muçulmana radical Boko Haram destruiu mais de 50 igrejas e matou 10 pastores.
O Egito, que ainda luta para que a nova realidade do país se estabeleça definitivamente, subiu 4 posições. O futuro dos cristãos no país é nebuloso.
Estima-se que existam 80 milhões de cristãos na China, que seria assim a maior nação cristã do mundo, mais ainda sofre com a perseguição. Um fato a comemorar é que os pastores de igrejas nos lares parecem ter aprendido a lidar com a perseguição do governo, fazendo com que sua classificação caísse da 16º para a 21º posição.
No Irã há um crescimento da Igreja em meio à perseguição. Um pastor iraniano afirmou que: “Não estaríamos crescendo se não tivéssemos pagando o preço pelo nosso testemunho”.
A lista com a Classificação de Perseguição é publicada desde 1993. É baseada em um questionário desenvolvido para medir o grau de perseguição em mais de 60 países.
Os questionários são preenchidos pelas pessoas da missão Portas Abertas que trabalham nos países, e os dados são cruzados com peritos independentes. Assim, chega-se a uma pontuação quantitativa por país. A lista classifica os países de acordo com pontos recebidos.
Estima-se que 100 milhões de cristãos em todo o mundo sofrem com mortes, prisão, interrogatório por causa de sua fé em Cristo. Milhões de outras são vítimas de discriminação em grande parte das nações do planeta.
Traduzido e adaptado de Open Doors
Colaboração: De Paloma, amiga do blog.
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