Pesquisar

segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Triglicérides, LDL, HDL, Creatinina, Glicose.

O que são os triglicérides?

São a principal molécula de gordura que circula pelo corpo. Elas viajam pelo sangue, e também são responsáveis pela nossa reserva de energia.

A maior parte dos triglicérides é produzida pelo próprio fígado. O restante vem através de alimentos ricos em carboidratos e gordura.

Quais as causas de triglicérides alto?

Além da genética, os principais fatores por trás dos níveis elevados são uma dieta rica em carboidratos e gordura e a ingestão de bebida alcoólica.

Abacate ajuda a controlar colesterol e triglicérides.

A obesidade está associada a triglicérides elevados. No entanto, pessoas magras também sofrem com o problema.

LDL, o “colesterol ruim”

Em inglês, a sigla LDL vem de low density lipoprotein, ou lipoproteína de baixa densidade. E, a bem da verdade, essa molécula não é um colesterol.

O que ela faz é carregar as partículas de colesterol do fígado e de outros locais para as artérias. Ou seja, se anda em excesso na circulação, ela provoca um acúmulo nos vasos que pode, com o tempo, entupi-los ou formar trombos. Esse é o estopim para o infarto e o acidente vascular cerebral.

HDL, o “colesterol bom”

Já o termo HDL vem de high density lipoprotein, ou lipoproteína de alta densidade, em português. E essa molécula tem uma ação contrária à do LDL.

Como um faxineiro, o HDL remove o colesterol das artérias e os leva de volta para o fígado, impedindo seu acúmulo. Daí porque é desejável mantê-lo em alta.

Assim, o que se preconiza hoje em dia é aumentar a concentração de HDL principalmente com atividade física.

Creatinina 

É uma substância produzida pelos músculos e é responsável por fabricar energia para que aconteça a contração muscular.  

A creatina é um composto de aminoácidos utilizado pela musculatura para realizar suas contrações. Nesse processo, ocorre a liberação da creatinina, que é filtrada pelos rins e eliminada do organismo.

A creatinina é eliminada do corpo através dos rins e sua concentração no sangue é um indicador importante da função renal. Quando os rins não estão funcionando da forma esperada, a creatinina e outras substâncias podem se acumular no sangue e causar problemas de saúde. Por isso, é importante realizar exames simples de rotina que indicam se a função renal do paciente apresenta ou não complicações. 

Ou seja, A creatinina é um resíduo, ela deve ser retirada de nosso corpo, cabendo aos rins a responsabilidade de retirá-la do sangue para ser excretada na urina.

O que é glicose?  

Glicose é sinônimo de açúcar e a sua taxa no nosso sangue é chamada de Glicemia. 

Você sabia que o açúcar do sangue não está relacionado apenas a alimentos doces? 

O consumo de todo e qualquer alimento interfere nos níveis de glicose no sangue, isso porque os alimentos contêm carboidratos e outros nutrientes que, após serem digeridos, se transformam em açúcar. O que varia é a quantidade e a rapidez com que a sua glicemia será alterada.

Glicose alterada: o que significa? 

A glicemia pode ser realizada após jejum ou após alimentação e os valores esperados são diferentes. A glicose alterada pode ser indicativo de riscos para a saúde então, na vigência de um valor alterado no seu exame de sangue, é importante a repetição do mesmo seguindo regras claras de jejum ou sobrecarga (ingesta de glicose) para garantir o diagnóstico preciso. 

Valores de referência 

Glicose ou glicemia em jejum de 8 a 12 horas: 70 a 99 mg/dL 

Glicemia aleatório ou após sobrecarga (alimentação ou sobrecarga de glicose): até 200mg/dL. 

Porém, existem faixas intermediárias que são sinais de alerta para que seja possível a mudança de hábitos e controle do açúcar no sangue. 

A glicose de jejum entre 100 e 125 mg/ dL é chamada de glicemia de jejum alterada. A partir de 126 mg/dL já temos o diagnóstico de diabetes

Na glicose sem jejum, valores acima de 140 mg/dL remetem ao diagnóstico de Intolerância à Glicose e acima de 200mg/dL, também temos o diagnóstico de diabetes. 

Por isso é muito importante monitorar a sua glicose pelo menos 1 vez ao ano e estar atento às taxas de normalidade e aos sinais de alerta.

Sintomas de glicose alta 

A glicose alta, ou hiperglicemia, pode ser silenciosa por muitos anos e por isso a monitorização é tão importante. Apesar de não causar sintomas desde o início do quadro, pode causar danos ao organismo e aos órgãos. 

Os principais sintomas de glicose alta são: 

Excesso de sede; 

Excesso de urina; 

Fome excessiva; 

Emagrecimento repentino sem redução da ingestão de calorias 

Cansaço e fadiga frequentes; 

Visão embaçada; 

Pele seca; 

Dificuldade em cicatrização; 

Dor de cabeça; 

Tonturas; 

Dor abdominal e náuseas frequentes 

Mudanças no hálito 

Infecções mais frequentes. 

Sintomas de glicose baixa 

A glicose baixa, ou hipoglicemia, geralmente causa sintomas e é uma situação de urgência, podendo ser a causa de acidentes de trabalho, acidentes automobilísticos e quedas. 

Os sintomas na fase inicial da hipoglicemia (glicose de 60-70 mg/dL) podem ser brandos e até ignorados por muitas pessoas. Dor de cabeça, sensação de sono, fome, alterações de humor, são sintomas iniciais de glicose baixa. 

Com a redução dos níveis de glicose para faixas abaixo de 60mg/dL, os sintomas se agravam e podem causar desmaios, convulsões, coma e até a morte.  

Os principais sintomas de glicose baixa são:  

Dor de cabeça; 

Tontura; 

Fome; 

Alterações de humor; 

Tremor; 

Palidez; 

Confusão mental; 

Baixa coordenação motora; 

Baixa concentração; 

Desmaio; 

Crises convulsivas; 

Coma. 

Em pessoas portadoras de diabetes, a hipoglicemia é especialmente perigosa, pois há uma perda progressiva da sensibilidade a baixa de glicose, ou seja, a pessoa deixa de apresentar sintomas que indiquem que o açúcar do sangue está baixo, o que expõe ao risco de desmaios e coma mesmo sem sintomas iniciais. Nos diabéticos o controle de glicose e a realização de testes de glicemia são indispensáveis para a segurança e melhor controle e tratamento. 

 

Fonte: https://delboniauriemo.com.br/saude/glicose

Pesquisa em 17/01/2025.

A pregação do Evangelho e o Fim dos Tempos.

 

Análise contextual, exegética e escatológica de Mateus 24.14.

Na semana da crucificação (contexto).

Jesus havia realizado a entrada triunfal em Jerusalém (Mt 21.1-11 no domingo), purificado o templo (Mt 21.12-17 na segunda-feira), amaldiçoa uma figueira, ensinou por parábolas (Lc 20.19) no Templo (Lc 21.37-38), os principais dos sacerdotes duvidam da sua autoridade, conspiram contra Ele na questão do tributo, responde a pegadinha dos saduceus sobre a ressurreição, censura os escribas e fariseus e faz uma pergunta para cala-los (Mt 22.41-46). E esses fatos ocorrem entre terça e quinta-feira. Institui a Ceia na última Páscoa, na quinta à noite (Lc 22.7-23) e segue para o Monte das Oliveiras, ao Getsêmani onde foi preso. Era chegada a hora.

Então, em Mt 24.1-3, na saída do Templo, os discípulos mostram para Jesus a grandeza da sua estrutura, é quando Jesus começa a proferir o sermão profético, a partir da destruição do Templo (ocorreu ano 70 d.C.) E estando no Monte das Oliveiras, em particular indagam a Jesus com três perguntas: Quando ocorrerão esses eventos? que sinal haverá da sua vinda e do fim do mundo? (Mt 24.3-4). Jesus prossegue com o sermão profético, que no evangelho de Mateus se estende até o capítulo 25. E em Mt 24.14, Ele faz a seguinte afirmação:

“E este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo, em testemunhas de todas as gentes, e então virá o fim”.

Marcos 13.10 - “Mas importa que o evangelho seja primeiramente pregado entre todas as nações”.

Contextos em paralelo nos evangelhos: Mt 24.1-14; Mc 13.1-13; e Lc 21.5-19.

O fim de que estava Jesus se referindo? Do tempo da Igreja na Terra? Do fim da Grande Tribulação? Do Tempo dos Gentios? Ou da consumação dos séculos?

É muito ingênuo pensarmos que o mundo vai se acabar como um balãozinho de aniversário, espetado por uma agulha.

Destacando alguns pontos:

a) Na exegese de Mateus 24.14, Jesus afirma sobre o alcance do evangelho aos povos, nações, etnias, não a pessoas individualmente. Trata-se de uma cobertura global, por regiões no mapa-múndi.

b) A Bíblia faz menção a três evangelhos: Do Reino, da graça (Mc 16.15-16) e o eterno. Porém, com uma só origem e essência: Divina.

c) Na visão evangelística transmite-se uma ideia de que Jesus só virá arrebatar a Igreja quando todo o mundo tiver ouvido o evangelho, enquanto na Escatologia o evangelho terá alcance em toda a Terra pelo evangelho eterno de Ap 14.6, anunciado do céu por anjos, no contexto da Grande Tribulação, a besta, o falso profeta manifestos, presentes, portanto, depois da Igreja levada da Terra. 

d) Não é o homem que encontra Deus, foi Deus quem veio se revelando gradativamente, na consecução do Plano da Redenção. Deus pesa, observa cada geração, cada indivíduo no grau de sede, no interesse e anseio de o achar (Dt 4.29; Jr 29.13; Jo 1.19;7.37; At 10.1-2,29-35;17.30-31; Ap 22.17). E Deus tem vários modos de se revelar aos homens:

Pela sua Criação (Sl 19.1; Rm 1.19-21).

Pela consciência humana (Rm 2.14-15).

Pelos profetas (Nm 12.6-8; Dt 4.31-40;18.19-22).

Pelo seu Filho, Jesus (Jo 1.14;Ef 1.9-13; Gl 4.4-5;Hb 1.1-3).

Pela revelação especial – As Escrituras (Jo 5.39-40; II Tm 3.16-17; Hb 4.12).

e) Civilizações surgiram e foram extintas. Em meio as raças indígenas, por exemplo, houve pouco alcance do evangelho no passado e ainda hoje. Mas, em todo esse desenrolar da História humana, Deus tem critérios, deixou vestígios da sua revelação e pela sua justiça e equidade, é apto para julgar cada povo, raça em sua época. Não deve ser preocupação nossa neste aspecto. E sim, labutar a evangelização, missão precípua da Igreja.

Contexto Escatológico

Mt 24.4-8 – Jesus faz referência aos agravantes geopolíticos no mundo e sintetiza como princípio de dores, ou seja, o pior irá ocorrer na Grande Tribulação, Israel “no olho do furacão” e a Igreja terá sido arrebatada deste mundo. Todavia ainda não é o fim (Mt 24.8; Lc 21.9).

Princípio de dores - É o parafuso divino começando apertar, e entende-se que o Fim dos Tempos se conta a partir do sermão profético de Jesus até a consumação dos séculos.

A Grande Tribulação (cumprimento da 70ª semana profética de Daniel) - É Deus voltando a tratar diretamente com Israel, logo após o arrebatamento. E estes dias serão abreviados por causa dos escolhidos, os judeus (Mt 24.21-22). E escolhidos no sentido de filhos por eleição, a partir da chamada de Abraão (Gn 12.1-3; Is 41.8-10;45.4; I Cr 16.13). A Igreja, filhos por adoção (Rm 8.15; Gl 4.4-5; Ef 1.4-5), embora a adoção, em primeiro plano, pertença a Israel (Rm 9.4-5).

Na visão pré-tribulacionista milenista o sermão profético de Jesus diz mais respeito a Israel do que a Igreja, pois esta já terá sido arrebatada ao céu. Vejamos:

Mt 24.20 – “Orai para que a vossa fuga não aconteça no inverno nem no sábado”. O inverno em Israel é frio e intenso. Um judeu, segundo a tradição, não pode caminhar mais de 1.300m no sábado. Do contrário, não estará guardando o sábado.

Mt 24.29-31 – Ajuntamento dos escolhidos dos quatro cantos da terra, de uma à outra extremidade dos céus. Há vários argumentos bíblicos de que os “escolhidos” refere-se à nação de Israel. E tudo ocorre na vinda de Jesus em glória. Vejo como uma preparação para adentrarem no Milênio.

Mt 24.32 – A figueira é uma figura da nação de Israel, e aqui mostrando a proximidade dos acontecimentos escatológicos em torno do povo judeu (Lc 21.12;16-17,20-21,23-24).

Lc 21.25-31 – É um texto descrevendo a vinda de Jesus em glória, para socorrer Israel...no final da GT (Mt 24.30; Ap 1.7). Os sinais relatados não dizem respeito ao arrebatamento (não constam em I Ts 4.13-18). Porém, hoje serve para nos manter alerta, vigilantes para o arrebatamento.

I Ts 4.16 - O arrebatamento da Igreja descortinará uma série de eventos escatológicos - Em curta exegese deste texto, a trombeta de Deus é para a Igreja (I Co 15.51-52), o alarido (gritaria, berreiro, lamentação, muitas vozes no mesmo momento ocorrerá entre as nações), e a voz do arcanjo para Israel (um sinal dirigido a Israel).

Portanto, entendemos que Jesus respondeu Mt 24.14, listando eventos que apontam, principalmente, para sua vinda em glória, cujos objetivos serão para socorrer Israel no final da GT, julgar as nações (Mt 25.31-46), estabelecer o Milênio, marcando o fim do *Tempo dos Gentios (Lc 21.24).

*Período político-econômico no qual nações gentílicas dominam sobre Israel desde o Cativeiro Babilônico (586 a.C.) e perdura em parte, até os dias atuais.

Adiante com o estabelecimento do Estado Eterno, não haverá mais governo humano na nova Terra e sim uma Teocracia, sediada na Nova Jerusalém (Ap 5.13-14;21.24,26;22.2). “...e reinarão para todo o sempre” (Ap 22.5).

 

Fontes da pesquisa:

As Escrituras Sagradas.

Tempo do Fim - A resposta - Pr Juliano Fraga - 2ª Edição 2024.

Anotações de Estudo Bíblico.


Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Natal/RN, 01/09/2025.

terça-feira, 26 de agosto de 2025

Aspectos do Reino de Deus

 


1.Jesus começou o seu ministério pregando o evangelho do Reino de Deus (Mc 1.14). A condição necessária fundamental para entrar no Reino é arrepender-se e crê no evangelho (Mc 1.15).

2.Na missão dos doze, foram enviados a pregar o evangelho do Reino de Deus (Lc 9.1-2), em Mt 10.6-7, começando por Israel, que pregassem o Reino dos céus. Mc 6.12-13, era o evangelho de arrependimento e de poder sobre demônios e enfermidades.

3.Na missão dos setenta em Lc 10.9-11, foram enviados a pregar o evangelho com autoridade, curas de enfermos. Rejeitar os discípulos e sua mensagem era gravíssimo e o núcleo da mensagem era: É chegado a vós o Reino de Deus.

4.É dever de todo cristão buscar em primazia o Reino de Deus e sua justiça (Mt 6.33).

5.O Reino de Deus se traduz em redenção e poder de Deus sobre o diabo e demônios (Mt Mc 16.15-18; 12.28), na medida que se propaga o evangelho. O Reino está além da salvação e da Igreja. E por causa do Reino de Deus na Igreja, “as portas do inferno não prevalecerão contra ela”.

6.Na era da Igreja, o Reino de Deus não é teocracia religiosa e política. Começa no homem interior. Não é de ordem material, é espiritual – é justiça, paz e alegria no Espírito (14.17). É Deus no homem (Jo 14.23).

7.No primeiro advento de Jesus o Reino de Deus não diz respeito ao domínio sobre as nações, ou sobre os reinos deste mundo. 

João 18.36 – “Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui”.

8.O governo de Deus só se estabelecerá no fim da presente era, logo após a grande tribulação e o julgamento das nações (Ap 5.9-10;19.11-21). Será a sétima Dispensação – uma teocracia literal na Terra por mil anos sem ação maligna (Ap 20.1-10).

Dispensação - Do grego, oikonomia, significa "gestão" ou "administração" de uma casa, sugerindo a forma como Deus gerencia o mundo e Seus relacionamentos com a humanidade através de diferentes eras. 

“As dispensações estão caracterizadas, demonstrando a ordem progressiva do relacionamento de Deus com a humanidade, o crescente propósito que percorre e liga os períodos de tempo durante os quais o homem ficou responsável por testes específicos e variados quanto à sua obediência a Deus, desde o começo da história humana até o seu final. Portanto, uma dispensação é um período de tempo no qual o homem é testado na sua obediência a alguma revelação específica da vontade de Deus”.

Aliança - É um pronunciamento soberano de Deus através do qual Ele estabelece um relacionamento de responsabilidade:

1) entre Ele mesmo e um indivíduo (de Deus com Adão Gn 2.16...);

2) entre Ele mesmo e a humanidade em geral (a noética Gn 9.9...);

3) entre Ele mesmo e uma nação (a Aliança Abraâmica -Gn 12.1-3;15.17-20);

4) entre Ele mesmo e uma família humana (a Aliança Davídica, II Sm 7.16...).

Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Natal/RN, 26/08/2025.

Murmuração!

 

Murmurar - Significa resmungar, queixar-se, reclamar, ou expressar descontentamento ou oposição, e pode ser dirigida contra Deus, à liderança estabelecida e até contra ao nosso semelhante, como um falatório maledicente.

Murmúrio – É o burburinho - ruído indistinto e prolongado de muitas pessoas falando ao mesmo tempo; bulício, murmurinho.

Murmurações na Bíblia:

Êxodo 16.2 – “E toda a congregação dos filhos de Israel murmurou contra Moisés e Arão no deserto”. Já era a terceira vez que murmuraram, reclamavam (Êx 14.10-12;15.24). E Deus ouviu as murmurações (Êx 16.7).

Números 14.2 – “E todos os filhos de Israel murmuraram contra Moisés e contra Arão; e toda a congregação lhes disse: Quem dera tivéssemos morrido na terra do Egito! ou, mesmo neste deserto!”.

I Coríntios 10.10 - “E não murmureis, como também alguns deles murmuraram, e pereceram pelo destruidor”. Aqui é uma exortação para evitarmos a prática da murmuração.

Nota – O episódio de Números 14 trata de uma murmuração gravíssima. Deus tomou a murmuração por incredulidade contra si (Nm 14.11,26-30) pela intercessão Moisés evitou a destruição daquela geração, mas todos de 20 anos acima, não entraram em Canaã, exceto Josué e Calebe e seus descendentes.

Números 16 narra a respeito da rebeldia de Corá, Datã e Abirão, contra a liderança de Moisés e de Arão (Nm 16.3), e deu no que deu: Pelo poder de Deus e sua indignação (Nm 16.20-24), a terra abriu a sua boca (Nm 16.31-35) e os consumiu.

Ocorreu que no dia seguinte, a congregação dos filhos de Israel murmurou contra Moisés e Arão, dizendo “Vós matastes o povo de Deus” (Nm 16.41). E a ira divina veio sobre a congregação e por orientação de Moisés, correu Arão e fez expiação pelo povo e ainda morreram 14.700 e cessou a praga.

Salmos 31.13 – “Pois ouvi a murmuração de muitos, temor havia ao redor; enquanto juntamente consultavam contra mim, intentaram tirar-me a vida”. (murmuração por descontentamento e oposição).

Salmos 106.25 - “Antes murmuraram nas suas tendas, e não deram ouvidos à voz do SENHOR”. (pecado de murmuração contra Deus por incredulidade e ingratidão).

Jeremias 20.10 – “Porque ouvi a murmuração de muitos, terror de todos os lados: Denunciai, e o denunciaremos; todos os que têm paz comigo aguardam o meu manquejar, dizendo: Bem pode ser que se deixe persuadir; então prevaleceremos contra ele e nos vingaremos dele. (murmuração em oposição às profecias e ao profeta).  

João 7.12 - “E havia grande murmuração entre a multidão a respeito dele. Diziam alguns: Ele é bom. E outros diziam: Não, antes engana o povo”.

João 7.31-32 – “E muitos da multidão creram nele, e diziam: Quando o Cristo vier, fará ainda mais sinais do que os que este tem feito? Os fariseus ouviram que a multidão murmurava dele estas coisas; e os fariseus e os principais sacerdotes mandaram servidores para o prenderem”.

Em João 7 – Era um burburinho, murmúrio de conversas no meio da multidão, pois havia opiniões divididas a respeito de Jesus. E muitos da multidão creram nele. Jesus por prudência, não se revelara nessa ocasião ser o Cristo, como o fez para samaritana junto ao poço de Jacó (Jo 4.25-30). – (Nestes textos, não houve pecado de murmuração).

Atos 6.1 – “ORA, naqueles dias, crescendo o número dos discípulos, houve uma murmuração dos gregos contra os hebreus, porque as suas viúvas eram desprezadas no ministério cotidiano”.

Os gregos em Atos 6 são cristãos gentios convertidos à fé cristã. Neste texto a murmuração era uma justa reclamação, podemos até chamar de uma “crítica construtiva” e os líderes da época tiveram a humildade de ouvir e tomar as devidas providências, sem prejuízos ao ministério da palavra e da oração (At 6.3-4).

Portanto, a murmuração se constitui em pecado, na medida em que afetar a Deus, à liderança, ao semelhante se traduzindo em oposição, em uma reclamação, uma queixa injusta, podendo ser doentia ao Corpo de Cristo.

E em geral a murmuração pode revelar: Inveja, falta de fé, de sabedoria, ingratidão e insubmissão às autoridades delegadas por Deus.

Nas Escrituras aprendemos acerca do cuidado com a língua (Tg 3.1-12), a comunicação, as conversas devem ser responsáveis e edificantes.

Efésios 4.29 – “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe (que contraria ou fere os bons costumes, a decência, a moral; que revela caráter vil; indecoroso), mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem”.

Colossenses 4.6 – “A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibais como vos convém responder a cada um”.

Nota – A palavra com graça, amável, sábia, não exclui palavras enérgicas, severas quando necessárias falar e com a verdade, não com afrontas, grosserias e má educação.

Provérbios 25.11- “Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo”.

 

Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Natal/RN, 26/08/2025.

sexta-feira, 15 de agosto de 2025

Em paralelo Bonhoeffer e o Brasil atual.

"Um recado de Dietrich Bonhoeffer Para os Líderes Isentões de Hoje.


Dietrich Bonhoeffer (1906-1945), pastor e teólogo de nacionalidade alemã, se opôs ao Nazismo de Hitler. Teve a oportunidade de viver nos Estados Unidos como refugiado de Guerra, mas preferiu voltar à Alemanha para encorajar os cristãos, após um período de exílio em Londres.

Foi preso em 1943 e escreveu cartas e sermões na prisão. Poucos dias antes do fim da Guerra, em 1945, recebeu o veredito de sua morte. Indo para o cadafalso onde seria enforcado, disse a um colega prisioneiro: “Este é o fim – mas para mim, apenas o começo”.

Fonte: Facebook John Wesley Brasil – Por Francis Asbury – em 15/08/2025.

Adendo do blog:

Tiago 4.17 – “Aquele, pois, que sabe fazer o bem e o não faz comete pecado”.

Tenho afirmado: O pecado de omissão no meio religioso é mais comum do que se imagina.

15/08/2025 - Fato no Brasil: Diante do que está acontecendo no país, pelo qual precisamos orar e jejuar, depois de anos denunciando abertamente, como cidadão, as ilegalidades cometidas por autoridades brasileiras políticas e judiciárias, e num efeito cascata das sanções aplicadas pelo governo americano a servidores públicos brasileiros, em razão de inúmeras violações de direitos humanos, abusos de poder, rupturas diplomáticas, agora, o Pr Silas Malafaia passou a ser investigado pela Polícia Federal e soube pela imprensa tendenciosa para alcançar ibope, pelos supostos crimes:

Obstrução da justiça, coação no curso do processo, ações contra autoridades, organização criminosa, abolição violenta do estado democrático e sanções internacionais contra o Brasil.

Se houve excesso na livre manifestação de pensamentos e opiniões, que responda por eles no que está tipificado em Lei:  Crimes contra a honra: Injúria, calúnia e difamação.

Mateus 5.10 - "Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus".

Se queremos um mundo, uma sociedade menos injusta, carecemos de mais vozes que se levantem contra as injustiças, contra as ilegalidades. Inclusive, o termo iniquidade, no original, o significado é ilegalidade. Iníquo, homem sem lei. E ao se multiplicar o amor de muitos, não de todos, esfriará. As pessoas vão se tornando indiferentes, alegando não tem jeito, e assim o mal, a pecaminosidade vai se perpetuando. Levantemo-nos em defesa do bem comum, do justo, do correto.

A vida político-social é assim, há situações em que as nossas ações, atitudes envolvem mais riscos, ou menos riscos, maiores ou menores implicações. Indivíduos e instituições, diante do contexto, qualquer que seja, preferem: Ficar olhando para o seu umbigo, outros se posicionam, levantam uma bandeira, ou se escondem, ficam em cima do muro e não se posicionam. Todavia, a História é construída por aqueles que participam ativamente de sua época e seus desafios. E muitos com perseguição, prisões e mortes. Em geral, sempre evoluímos no tecido social dessa forma. Outros, não reagiram e viraram objetos de opressão de déspotas e tiranos. E quanto mais se omitem, pior fica.

Basta olhar para: A Rússia, Coreia do Norte, China, Venezuela, Nicarágua, Islamismo raiz, etc.

Mt 5.6 - É bíblico orar com fome e sede de justiça, na medida em que serve de exemplo de justiça social, sem odiar possíveis inimigos, ou os que assim se comportam. E numa dimensão ampla, só serão fartos de fome e sede de justiça, quando estabelecido o Milênio. Até lá podemos “lutar” para minimizar o sofrimento humano coletivo.

Uma instituição comercial, civil ou religiosa não tem moral se despede um funcionário e não lhe paga as contas trabalhistas devidas.

A máxima da ética social e espiritual de Jesus está em Mateus 7.12:

“Portanto, tudo o que quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas”.

Portanto, não ao pecado de omissão social, político, religioso. Ora vem, Senhor Jesus!

 

Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Bacharel em Direito e Teologia

Natal/RN, 15/08/2025.

domingo, 10 de agosto de 2025

Raabe e a sua mentira em esconder os espias de Israel em Jericó.

 O que podemos aprender desse episódio?

1.Os céticos aproveitam para acusar a Deus e as Escrituras como que estejam dando cobertura a sua mentira, portanto, antiéticos.

2.Deus para dá vitória ao seu povo, precisava de Raabe mentir em favor de Israel? Certamente não. E não encontramos nas Escrituras, Deus corroborando com a sua mentira.

3.A Bíblia destaque é a fé a coragem de Raabe, influenciada pelo que soube do que fazia Deus em prol de Israel, perante os seus inimigos derrotados, conquistados e outros apavorados (Js 2.9-11).

4.Raabe deu aquele apoio intencional aos espias para tirar deles um juramento de proteção para toda a sua família (Js 2.12-14). E foi feito um acordo com sinais e juramento entre os espias e Raabe (Js 2.17-21).

5.Hebreus 11.31, realça a fé de Raabe, acolhendo em paz os espias e não encontrada em oposição aos propósitos de Deus que era entregar a cidade de Jericó ao povo hebreu.

6.A fé de Raabe, alinhada aos objetivos divinos, trouxe salvação à sua casa.   A graça salvadora alcançou uma meretriz que não tinha esperança aos olhos humanos.

7.Por analogia, quantos não agem confrontando, negando uma realidade, contra o mal, do injusto descarado, por discordância das injustiças perpetradas por um poder tirano, visando salvar vidas, por exemplo pessoas que salvaram judeus das garras infames do nazismo, no holocausto judeu na segunda guerra mundial. Fé, atos, obras caminham juntas (Tg 2.25).

8.Há situações em que falamos a verdade, porém não toda a verdade nem por isso estamos mentindo. Em I Sm 16.2, o profeta Samuel se conduziu assim por orientação de Deus, para evitar Saul saber que estaria ungindo o novo rei em Israel, com ele no trono. De modo que usou a expressão, quando se dirigiu a casa de Jessé, em Belém: “vim para sacrificar ao Senhor”.

Assim sendo, “nada pode contra a verdade, senão pela verdade” (II Co 13.8) - A leitura da realidade faz prevalecer a verdade. A verdade dos fatos é algo implacável que só é desafiada ou confirmada com mais verdade.


Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Natal/RN, 10/08/2025.

sábado, 9 de agosto de 2025

Uma Igreja não Conivente com a Mentira.


Atos 5.3 - “Disse, então, Pedro: Ananias, porque encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo e retivesses parte do preço da herdade?”

I. O Diabo, o pai da mentira (João 8.44).

Tt 1.2 - A mentira não faz parte da natureza divina.

Pv 12.22 - Deus abomina a mentira.

O engano é o ardil que o diabo usa para nos levar a praticar, a se envolver com a mentira.

Ao casal Ananias e Safira, não foram obrigados a vender a herdade nem a mentir, foram induzidos a fazer a coisa errada, escondendo o valor real do bem vendido. Deram lugar ao diabo (Ef 4.27).

Paulo orienta os crentes a se revestirem de toda armadura de Deus para que possam ficar firmes contra as “astutas ciladas do diabo” (Ef 6.11). A expressão grega “astutas ciladas” traduz o termo grego methodeias, de onde procede nosso termo português “método”.

O Diabo é meticuloso e trabalha metodicamente para enganar aos homens, cristãos ou não. Vigiemos!

Portanto, quanto ao diabo aprendemos quatro verdades: Não o superestimar nem o subestimar, não o temer, sujeitando-se a Deus resisti-lo e ele fugirá do cristão (Tg 4.7).

II. O Cristão e a Mentira

Pv 23.23 - Devemos valorizar a verdade e não praticar a mentira.

A mentira não apenas compromete nosso caráter, mas também fere a santidade da Igreja.

Mentir é uma escolha moral. E somos livres para tomar decisões e fazer escolhas. Quando houver coação, não é uma escolha livre.

Precisamos evitar deixar que o pecado germine - Começa com um flerte, uma imaginação, um pensamento e se não tratarmos pela Palavra, leva a uma ação reprovável, condenável.

Antes de se praticar qualquer ação de natureza pecaminosa, é necessário pensar nas consequências que isso produzirá. 

É mais sábio evitar o dano do que ter que repará-lo, quando possível.

Ap 22.15 - Os mentirosos ficarão de fora do Céu.

III. Seja Igreja que Repele a Mentira.

Como Igreja, devemos primar pelo temor, integridade e sinceridade na jornada cristã. Se andava na mentira, abandone-a (Ef 4.25).

Segundo o escritor Myer Pearlman, quanto à hipocrisia, suas primeiras vítimas, aliás indesculpáveis, foram Ananias e Safira. “Daquele tempo para cá, a hipocrisia sempre tem seguido a realidade da religião como uma sombra negra”.

A hipocrisia no meio religioso é um pecado muito mais comum do que pensamos. Vacine-se contra essa lástima!

No caso de Ananias e Safira, não tenho dúvidas, Deus agiu em favor do nascedouro da Igreja, evitando danos irreparáveis na sua conduta e ficou narrado nas Escrituras para todos nós como advertência.

Que não ajamos da forma que acharmos mais conveniente. Ninguém está isento de passar pelo crivo divino. Ele sonda os corações. Pesa pensamentos numa balança.

A verdade é um pilar inegociável da vida cristã. Do contrário, não podemos nos chamar de coluna e firmeza da verdade.

Conclusão

1.É possível um crente pecar e se acostumar com o pecado e não buscar arrependimento.

2.O faltoso pode até dar explicações para comportamentos notadamente pecaminosos. Mas, não pode se justificar diante de Deus.

3.O alerta maior é: Ninguém pode enganar a Deus. Ninguém se esconde da sua presença. Não é possível escapar do seu juízo.

 

Fontes da pesquisa:

Lição EBD/CPAD 3º trimestre de 2025.

Bíblia Sagrada.

Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Natal/RN, 09/08/2025.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...