Pesquisar

quarta-feira, 19 de novembro de 2025

Emoções – Sentimentos – Afetividade.

 

Emoções - São reações automáticas e físicas a um estímulo. São rápidas, inconscientes e envolvem respostas do corpo (coração acelerado, branco do susto, suor, sem ação).

Emoção: Reação imediata e física a um estímulo.

a) É automática e não requer reflexão.

b) Manifesta-se fisicamente (boca seca, pele pálida).

c) Ocorre no "teatro do corpo".

Sentimentos - São a interpretação consciente e subjetiva dessas emoções. Os sentimentos são mais duradouros e se formam através da nossa reflexão e consciência sobre essas reações. 

Sentimento: A interpretação consciente e a percepção da emoção.

a) É mais duradouro e subjetivo.

b) Ocorre no "teatro da mente".

c) Envolve reflexão e dá um sentido à emoção. 

Então, há clara distinção entre as emoções e sentimentos.

a) As emoções são respostas orgânicas intensas e de curta duração, enquanto os sentimentos são um processo mental avaliativo duradouro;

b) Os sentimentos são acessíveis apenas à própria pessoa, enquanto as emoções podem ser observadas pelos outros;

c) As emoções são uma reação imediata a um estímulo e dependem da relação com o mundo exterior para existir, enquanto os sentimentos são independentes.

Segundo o Dicionário da Associação Americana de Psicologia (APA), vejamos os conceitos:  

Emoções – São um padrão reativo complexo de curta duração pelo qual uma pessoa tenta lidar com uma situação que a afeta significativamente. Elas envolvem elementos comportamentais, experienciais, sociais e fisiológicos.

Do ponto de vista fisiológico, a emoção é a expressão de reações intensas e breves do organismo em resposta a um acontecimento. Essa reação foge ao controle do indivíduo, ou seja, ela não é intencional nem premeditada.

Todo estado emocional depende de 5 componentes:

Cognição: avaliação dos objetos e eventos que se manifestam no mundo exterior ao indivíduo;

Neurofisiologia: sintomas físicos de regulação do organismo;

Motivação: direcionamento das ações após a manifestação da emoção;

Expressão motora: manifestação da reação no corpo do indivíduo, bem como sua intenção correspondente;

Sentimento: experiência subjetiva do indivíduo, que monitora o estado do organismo após a interação com eventos e objetos.

Listamos algumas emoções tidas como “fundamentais” que abarcam a diversidade humana:

Raiva; Nojo; Medo; Alegria; Tristeza; Surpresa...

Conceito de Sentimentos na APA - São uma experiência puramente mental e independente, caracterizada pela subjetividade e possibilidade de ser avaliada como prazerosa ou não. Eles são independentes de sensações, pensamentos ou imagens que os evocam. 

As sensações - Às vezes, usamos esse termo como sinônimo de “intuição”, mas ele se refere à manifestação de nossos sentidos quando um órgão receptor recebe um estímulo interno ou externo.

O sentimento, como ação cognitiva avaliativa e subjetiva, ele implica uma tentativa de encaixe de um acontecimento específico em um conjunto de experiências anteriores do sujeito. Ou seja, há um esforço de compreensão e integração por parte da pessoa.

A ocorrência do sentimento depende de 3 componentes processuais desencadeados por uma emoção:

a) A representação do estímulo emocional;

b) A recuperação de significados associados a esse estímulo;

c) A percepção consciente de estados do corpo.

Por fim, para correlacionar, a afetividade - É definida, no âmbito da psicologia, como o "conjunto de fenômenos psíquicos que se revelam na forma de emoções e de sentimentos" (1994, p. 20). – Dicionário Michaelis.

Afetividade – Na visão teológica, é a capacidade de perceber, sentir e demonstrar emoções e sentimentos; envolve o corpo, alma e espírito.

Fontes da pesquisa:

https://posdigital.pucpr.br/blog/diferenca-entre-emocao-sentimento# - Olivia Baldissera • 29 de dezembro de 2022. Pesquisa em 18/11/2025.

IA – Google – Pesquisa em 18/11/2025.

EBDImportante – Instagram. Pesquisa em 18/11/2025.

 

Síntese por Samuel Pereira de Macedo Borges

Natal/RN, 18/11/2025.

domingo, 16 de novembro de 2025

A Batalha Mental na Produção dos Pensamentos.

Texto base: “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai” (Fp 4.8). 

Introdução

1.No intelecto se desenvolve a atividade da cognição e a racionalidade humana. Ele compreende a capacidade de pensar, raciocinar, conhecer e compreender. 

2.O que cultivarmos em nossas mentes, determinará quem seremos.

3.É possível fazer a gestão da atividade intelectual? É possível, não é fácil, requer muita disciplina.

4.O controle da Mente Humana é objetivo das narrativas ideológicas, de professores, palestrantes, gurus e líderes no mundo das crenças e das ideias.

5.Então, pensar correto e ordenadamente é um imperativo intelectual e espiritual. É base de saúde mental e espiritual.

Objetivos do estudo:

I) Ensinar que temos responsabilidade ativa sobre os nossos pensamentos (Fl 4.8).

II) Conscientizar de que a batalha travada na mente é uma realidade e requer vigilância na gestão dos pensamentos.

III) Desafiar cada um de nós, a fazer uma avaliação da produção dos pensamentos:

a) Edificantes, constroem ou destroem?

b) Têm bons propósitos ou são alheatórios, confusos, bons ou maus?

c) Estamos ganhando ou perdendo a batalha da mente, seja na dimensão intelectual, ideológica ou na espiritual?

d) Os pensamentos te colocam para cima ou para baixo, positivos ou negativos, alinhados com Deus, ou com outras influências e aspirações?

I. O Primeiro Casal – Adão e Eva  

1.No Gênesis, na Antropologia Bíblica - Observamos os traços da personalidade humana se manifestam na vida do primeiro casal. Presentes a racionalidade na capacidade de comunicação, compreensão e governo do homem sobre a criação, e em seu relacionamento interpessoal e com o Criador (Gn 1.26-28; 2.18-23; 3.8). 

2.Conceito - Pensamentos são processos mentais constituídos de informações, reflexões, lembranças, sentimentos, sons, imagens.

3.Características dos pensamentos - Em sua amplíssima capacidade imaginativa, o ser humano pode construir, na mente, cenários silenciosos ou barulhentos; simples ou complexos; neutros ou coloridos.

4.Fatores originários dos pensamentos - São fruto de experiências sensoriais. A mente cria a partir de conteúdos que obtém por meio dos órgãos dos sentidos, como os olhos, o ouvido, a boca, as mãos, o nariz.

Fatores Internos - Biológicos, psicológicos e espirituais.

Fatores Externos Ambientais, experiências do cotidiano, bem como uma combinação desses fatores. Há muito mistério na mente humana.

Do ponto de vista moral - Os pensamentos podem ser bons ou ruins; puros ou impuros; verdadeiros ou falsos (Mt 15.19; Fp 4.8).

Fazendo um filtro, guardemo-nos:

Contra conteúdos enganosos ou impuros (Sl 101.3-5).

Da mente podem surgir gravíssimos pecados: Violências, imoralidades sexuais, mentiras, calúnias e maledicências (Mt 12.34; 15.19).

Mt 12.34 - “Raça de víboras, como podeis vós dizer boas coisas, sendo maus? Pois do que há em abundância no coração, disso fala a boca”.

Mt 15.19 – “Porque do coração (mente) procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, fornicação, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias”.

Cabe-nos abortar o ciclo pecaminoso (Tg 1.13-15).

Enfim, até de toda a aparência do mal (I Ts 5.22).

Reflitamos: Os pensamentos fazem parte da estrutura da alma humana e devem ser avaliados quanto à sua origem e natureza moral. O homem mundano nega-se a se dobrar à moral-ético cristã.

II. A Gestão dos Pensamentos.

A atividade mental nas Escrituras:

Sl 140.1-2 - Maus pensamentos produzem violência.

Mt 9.1-4 - O Senhor conhece os nossos pensamentos.

Quarta — Fp 3.18-21 - Muitos só pensam em coisas terrenas.

Quinta — Ef 3.20 - Deus faz além daquilo que pedimos ou pensamos.

Sexta — Zc 8.16,17 - Não devemos pensar mal contra o próximo.

Is 55.6-9 – Embora mais altos do que os nossos, busquemos se alinhar aos pensamentos de Deus.

1.Paulo em Fp 4.8, faz uma contundente afirmação acerca da higiene mental, onde realça o emprego positivo, edificante da mente.

Paulo exorta-nos ao pensamento filtrado, qualitativo, com os adjetivos tais como: “verdadeiro”, “honesto”, “justo”, “puro”, “amável”, “de boa fama”, “virtuoso ou digno de louvor”.

A atividade mental, o ato de pensar é tratada como uma conduta ativa e não passiva. Nenhum indivíduo pode se vitimar.

Mt 12.35-36 – “O homem bom tira boas coisas do bom tesouro do seu coração, e o homem mau do mau tesouro tira coisas más. Mas eu vos digo que de toda a palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no dia do juízo”.

Como indivíduos racionais, temos o dever de assumir e fazer controle do processo mental e não se deixar conduzir por pensamentos aleatórios e confusos.

Como temos gerido nossos pensamentos?

Rm 1.21-22 - “Sim, eles conheciam algo sobre Deus, mas não o adoraram nem lhe agradeceram. Em vez disso, começaram a inventar ideias tolas e, com isso, sua mente ficou obscurecida e confusa. Dizendo-se sábios, tornaram-se tolos” (NVT).

2.Técnicas psicologizadas – Não basta apenas técnicas de administração dos pensamentos na alma. São elementos teóricos de valor relativo, limitados ao plano da realidade humana, ao nível terreno. Aliás, a Psicologia é cega quanto ao espírito. Entende uma ínfima fração da alma humana.

3.Imperativo ético e espiritual - Na perspectiva do evangelho de Cristo, somos ensinados a pensar:

a) Nos valores, assuntos que são de cima e não apenas da terra (Cl 3.1);

b) Pensar além das circunstâncias temporais, com percepção e discernimento espiritual, com a mente de Cristo (I Co 2.15-16).


4.A esperança cristã e visão celestial – Vai eliminando a confusão emocional e mental do homem secularizado (Rm 5.5) e nos capacita a gerenciar habilmente a vida terrena, efêmera e passageira. E são contravenenos, preventivos eficazes até contra a ansiedade (Mt 6.25-34; Fp 4.6).

Não ignoramos a influência de fatores orgânicos, físicos e ambientais em nossa maneira de pensar. Por isso, os cuidados com a saúde mental incluem a observância de uma rotina de vida saudável.

5.Recursos espirituais - A leitura da Bíblia é um recurso extraordinário para a produção de bons pensamentos, inspirados em verdades eternas. Essa disciplina traz profunda edificação e firmeza espiritual (Sl 37.31; 119.33,93).

a) Meditar é refletir; pensar de maneira detida. Exige o emprego da vontade, a decisão, o querer (Sl 119.131).

b) Produz sentimentos elevados, amor, alegria e paz pelas verdades apreendidas (Sl 119.97), abundante sabedoria e correta direção (Sl 119.98-102).

III. A Batalha na Arena dos Pensamentos

1.Influências Espirituais - A mente humana é complexa, vulnerável e bastante disputada. Há uma realidade espiritual que enfrentamos. Sofremos com verdadeiros bombardeios, inclusive espirituais. Existe uma luta real travada no mundo espiritual (Ef 6.12).

A Bíblia adverte que devemos guardar nosso coração (ou mente), pois o que pensamos influencia nossos sentimentos, desejos e decisões.

Provérbios 4.23: “Tenha cuidado com o que você pensa, pois a sua vida é dirigida pelos seus pensamentos” (versão NTLH - Nova Tradução na Linguagem de Hoje).

2.Cuidados práticos - O cristão deve adotar algumas medidas práticas de proteção da mente:

a) não nutrir pensamentos distorcidos de si mesmo, que produzem complexos de inferioridade ou superioridade (II Co 10.13);

b) purificar a mente dos maus pensamentos e vigiar contra a mentira e todo o tipo de engano (Tg 4.8);

c) livrar-se da intoxicação - Excesso de informações (principalmente das redes sociais) que produz fadiga, exaustão e ansiedade;

d) focar a mente no que edifica (I Co 10.23);

e) construir relacionamentos saudáveis - Com o mínimo de conflitos os quais geram pensamentos aflitivos e perturbam a mente (Pv 12.18; 15.4,18; 21.19), dificultando a paz interior e o discernimento espiritual.

Portanto, a Bíblia e a fé não anulam o intelecto, a razão humana como ensinam os inimigos do Cristianismo.  Entretanto, o pensamento é educado, direcionado segundo a moral judaico-cristã. E em última análise, no contexto do NT, na ação do Espírito Santo.

Conclusão

1.Fortalecer, disciplinar a mente cristã diante das pressões do mundo e das batalhas espirituais, exige constante vigilância na produção dos pensamentos e imaginações.

2.O autoexame diário dos nossos pensamentos à luz da Palavra de Deus, produzirá uma mente renovada, propensa à pureza, ao justo ao verdadeiro e sensível à ação do Espírito.

3.O que tem ocupado mais espaço em sua mente? Vigie e aja, substitua pensamentos negativos, mundanos por pensamentos alinhados à Palavra de Deus. Amém!

Fonte da pesquisa:

Lição EBD/CPAD – 4º trimestre de 2025.

Bíblia Sagrada.

Anotações de Estudos Pessoais.

Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Natal/RN, 16/11/2025.

sábado, 8 de novembro de 2025

A consciência, uma faculdade do espírito ou da alma?

 

Há uma linha teológica que defende a Consciência e a Fé como faculdades do espírito (Jo 4.23; Rm 5.1;10.10; Ef 2.8; Gl 5.22; Hb 11.6).

Nas Escrituras vamos encontrar a Fé e a Consciência atuando interligadas:

I Tm 1.5 – “Ora, o fim do mandamento é o amor de um coração puro e de uma boa consciência e de uma fé não fingida”.

I Tm 1.19 – “Conservando a fé e a boa consciência, a qual alguns, rejeitando fizeram naufrágio na fé”.

I Tm 3.9 – “Guardando o mistério da fé numa consciência pura”.

Hb 10.22 - “Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé, tendo os corações purificados da má consciência, e o corpo lavado com água limpa”. 

1.Consciência - do grego syneidesis – ‘saber com’ - Quer dizer um conhecimento acompanhador ou co-percepção. Daí, afirmam alguns teólogos: “Não é uma faculdade separada, mas um modo pelo qual as faculdades gerais (intelecto, sensibilidade e vontade) agem”.

Razão, sentimentos/emoções e a vontade têm sido lecionadas academicamente como faculdades da alma.

2.Consciência, do latim conscientia - Senso íntimo - “Voz secreta que temos na alma que aprova ou reprova nossos atos. É alimentada pelo direito natural que o Todo-Poderoso incutiu em cada ser humano. Se a consciência não for devidamente educada, fatalmente será induzida a se esquecer dos reclamos (ditames) divinos”.

De acordo com Rm 2.13-15 Deus pois no homem uma lei moral no seu interior, uma norma do dever, até podemos chamar de dever-ser.

Segundo o escritor e teólogo Tácito da Gama leite Filho, a consciência não compete legislar, executar e sim efetuar julgamentos. Ela tem duas funções:

Discretiva – que acusa ou desculpa algo já feito;

E a impulsiva - que impulsiona a praticar o bem e evitar o mal.

Quando estudamos o espírito e alma humana, conhecendo suas definições, faculdades e as atribuições de cada substância, ficam claras as distinções, embora juntos compõem a parte imaterial do ser humano. E desde Adão, não se pode separar o espírito da alma.

A alma por meio do corpo se relaciona com mundo exterior, pelo espírito o homem pode se relacionar com Deus, o transcendental, por meio de Cristo, mediante a fé (Jo 14.6; Hb 11.6).

O Fator Fé na Relação com Deus

Deus não se relaciona com o mundo incrédulo, o que não quer dizer ignorá-lo. Na Bíblia há clara diferença entre criaturas e filhos. Não nascemos filhos de Deus, tornamo-nos filhos de Deus (Jo 1.11-12). Os filhos são guiados pelo Espírito de Deus (Rm 8.14). O Espírito testifica com o espírito daqueles que são filhos de Deus (Rm 8.16).

E o que nos define quem somos, neste particular, é a incredulidade ou a fé.

O Fator Fé e a Consciência nas Relações com Deus e nas Humanas.

O apóstolo Paulo na caminhada da fé cristã, nas lutas do apostolado, estava cônscio do farol, da voz secreta da consciência no seu comportamento de cristão e nos posicionamentos de líder.

Atos 23.1 – “E, PONDO Paulo os olhos no conselho, disse: Homens irmãos, até ao dia de hoje tenho andado diante de Deus com toda a boa consciência”.

Atos 24.16 – “E por isso procuro sempre ter uma consciência sem ofensa, tanto para com Deus como para com os homens”.

Romanos 13.5 – Em relação as autoridades constituídas - “Portanto é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente pelo castigo, mas também pela consciência”.

II Coríntios 1.12 - “Porque a nossa glória é esta: o testemunho da nossa consciência, de que com simplicidade e sinceridade de Deus, não com sabedoria carnal, mas na graça de Deus, temos vivido no mundo, e de modo particular convosco”.

II Coríntios 4.2 - “Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade”.

II Timóteo 1.3 – “Dou graças a Deus, a quem desde os meus antepassados sirvo com uma consciência pura, de que sem cessar faço memória de ti nas minhas orações noite e dia”. 

Quando estudamos as faculdades da alma supra, não é difícil e vamos convir que são diferentes no conceito e atribuições da consciência. A consciência é de natureza interior, algo mais oculto, mais íntimo em relação às faculdades da alma.

Considerando a definição de consciência e como faculdade do espírito, cremos que ela interage com a alma. Funciona conjuntamente com as faculdades da alma, principalmente os pensamentos e os sentimentos (Rm 2.15; 9.1; I Co 8.12).

O processo mental de questionamentos e análises do comportamento humano gera o exame interior, que podemos chamar de autoexame (I Co 11.28).

De modo que a razão questiona e analisa, a sensibilidade externa sentimentos/emoções e a vontade delibera decisões e escolhas. A consciência faz o papel do julgador, a voz secreta no âmago do ser, dando o veredito de certo ou errado, aprovando ou reprovando na consumação dos atos e ações do indivíduo.

Enfim, a consciência é como um selo invisível de Deus dentro do homem. É o DNA espiritual do Criador. Um código da moralidade divina gravado no espírito humano, não dissociada da alma. E seja Deus glorificado. Amém!

Fontes da Pesquisa:

O Homem em Três Tempos – Editora CPAD – Tácito da Gama leite Filho – 2ª Edição 1984.

Instagram Pr Isaac Silva – ADPE.

Lição EBD/CPAD – 4º trimestre de 2025.

Bíblia Sagrada.

 

Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Natal/RN, 08/11/2025.

sexta-feira, 7 de novembro de 2025

Comunismo - Uma Ideologia Construtora de Cemitérios.

"Mais de 100 milhões de razões (vítimas) para nunca esquecer.

Quando alguém promete "igualdade total" através do Estado, pergunte: a que custo?

Holodomor. Gulag. Grande Salto. Revolução Cultural. Khmer Rouge. Terror Vermelho. UMAP.

Não são apenas palavras. São cemitérios de promessas que viraram pesadelo.

Famílias separadas. Livros queimados. Professores presos. Artistas silenciados. Religiosos perseguidos. Dissidentes mortos.

O padrão é sempre o mesmo: Primeiro, prometem justiça social através do poder total. Depois, transformam discordância em crime. Por fim, o indivíduo desaparece. Só sobra o projeto.

Budapeste, Praga, Pequim, Phnom Penh, Havana. Geografias diferentes. Mesma lógica: quando o Estado é tudo, você não é nada.

Lembrar não é ser do contra. É ser a favor da vida.

Porque ideias têm consequências. E liberdade não é luxo. É o que nos mantém humanos".

Fonte: Facebook – SFLB – Students For Liberty Brasil – Pesquisa em 07/11/2025.

quinta-feira, 6 de novembro de 2025

A Consciência – o Tribunal Interior.

Texto: At 24.16 – “E, por isso, procuro sempre ter uma consciência sem ofensa, tanto para com Deus como para com os homens”.

Introdução

1.A consciência é como um selo invisível de Deus dentro do homem. É o DNA espiritual do Criador. Um código da moralidade divina gravado no espírito humano.

2.Estudaremos a consciência, a voz do tribunal interior dado por Deus que acusa, defende, julga nossos atos e levá-nos ao autoexame.

3.Vivemos num tempo em que os padrões do mundo tentam silenciar a voz da consciência. Como manter a consciência fortalecida, pura diante de Deus e dos homens?

4.Veremos como é relevante uma consciência pautada, guiada pela Palavra de Deus em meio a um mundo moralmente corrompido.

I. A Consciência – Antes e Depois da Queda

1.Do grego syneidesis – ‘saber com’ - Quer dizer um conhecimento acompanhador ou co-percepção. Não é uma faculdade separada, mas um modo pelo qual as faculdades gerais (intelecto, sensibilidade e vontade) agem.

2.Consciência, do latim conscientia - Senso íntimo. Voz secreta que temos na alma que aprova ou reprova nossos atos. É alimentada pelo direito natural que o Todo-Poderoso incutiu em cada ser humano. Quando a consciência não é devidamente educada, fatalmente será induzida a se esquecer dos reclamos (ditames) divinos.

Há uma linha teológica na qual a Consciência e a Fé são faculdades do espírito (Jo 4.23; Rm 5.1;10.10; Ef 2.8; Gl 5.22; Hb 11.6). Acredita-se que a consciência no seu desempenho no espírito interage com a alma. Daí, a sua definição no grego ‘saber com’. Paulo cita as duas faculdades em conjunto.

I Tm 1.5 – “Ora, o fim do mandamento é o amor de um coração puro e de uma boa consciência e de uma fé não fingida”.

I Tm 1.19 – “Conservando a fé e a boa consciência, a qual alguns, rejeitando fizeram naufrágio na fé”.

Afirma-se que o intelecto, sentimentos/sensibilidade e a vontade, quando estão em operação referente à atividade moral, recebem o nome de consciência. Essa afirmação confunde mais, ao invés de esclarecer o tema.

Enfim, nesta discussão faz-se necessário considerarmos as definições do espírito e da alma humana, distinções de funções e das faculdades, até onde as Escrituras nos permitem entender. A consciência é mais interior, está no âmago do ser, no mais íntimo do indivíduo.

3.A primeira manifestação da consciência na experiência humana (Gn 2.16,17; 3.6-10) - Deus estabeleceu uma lei específica — a proibição de comer do fruto da árvore da ciência do bem e do mal — com o anúncio da penalidade: “no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn 2.17). O homem transgrediu e pela consciência experimentou, sentiu culpa, vergonha e medo.

4.Desde o princípio, o ser humano traz consigo uma lei moral, também chamada de lei da natureza ou direito natural. Caim - feriu o direito natural tirando a vida do próprio irmão (Gn 4.8) e experimentou uma trágica consequência. Sua consciência o afligiu com pesada culpa.

5.Antes da codificação do direito natural pela lei mosaica, outras sociedades antigas tinham seus regramentos. Os principais eram os códigos mesopotâmicos de Ur-Nammu (2070 a.C.), Lipit-Ishtar (1850 a.C.) e Hamurabi (1792-1750 a.C.).

Tempos pós-modernos - na Ciência Jurídica – as fontes do direito são: As leis, costumes, jurisprudência, doutrina, analogia, princípio geral do direito e equidade.

6.Boa ou má, a consciência no homem não pode ser apagada. A consciência é uma faculdade inata e é ativada, aflorada na idade da responsabilidade do indivíduo. Quando a consciência acusa, não adianta tentar se esconder (Sl 139.7,8; Jn 1.3-12).

7.Em Romanos 2.12-16 Paulo faz referência à Lei mosaica, dada a Israel, e à lei moral, o direito natural, comum a todos os homens, inclusive aos gentios, “os quais mostram a obra da lei escrita no seu coração” (Rm 2.15).

“As pessoas não serão condenadas por aquilo que desconhecem, mas pela atitude que demonstraram em relação ao que sabem. Aqueles que conhecem a Palavra de Deus e sua Lei, serão julgados de acordo. Os que jamais viram uma Bíblia, mas sabem discernir entre o certo e o errado, serão julgados pelas transgressões que cometeram contra a própria consciência”.

“Deus não salvará automaticamente os que não ouvirem a sua mensagem, nem lhes dará uma segunda chance depois da morte”.

8.Portanto, a consciência é um farol divino, o senso moral inato, mas sofreu distorções após a Queda, a transgressão do homem no Éden.

II. O Funcionamento da Consciência

1. Acusação, defesa e julgamento - Gênesis 3.7 diz que tão logo Adão e Eva pecaram “foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus”. O verbo “conhecer”, yada, traduz o apontamento negativo feito pela consciência, reprovando a conduta do primeiro casal.

A Consciência é como um sensor instalado no homem interior. A consciência é capaz de escrutinar e emitir juízo sobre todo o comportamento humano.

2.Tendências à defesa ou apontar culpados - Deus dirigiu uma pergunta retórica a Adão: “Quem te mostrou que estavas nu? Comeste tu da árvore de que te ordenei que não comesses?” (Gn 3.11).

Adão não tinha como negar a sua transgressão, mas logo diz para Deus, buscando minimizar a consciência e se defender:

“A mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore, e comi” (Gn 3.12). Eva seguiu o mesmo caminho, culpando a serpente (Gn 3.13).

Quando acusações externas prevalecem sem provas, como ocorria com Paulo em Cesareia, perdura a paz interior em função da consciência limpa, sem culpa (At 24.1-16).

Uma consciência pesada produz males ao espírito, à alma e ao corpo (Sl 31.9,10; 32.1-5; 38.1-8).

A confissão e o afastamento do pecado são o remédio para o espírito e a alma (Sl 41.4; Pv 28.13; Tg 5.16).

III. A Consciência é Falível

Há falhas e deformações que a consciência pode sofrer quando não é orientada pela verdade bíblica.

“É falível na medida em que as bases de sua formulação forem frágeis ou que padeça de uma fundamentação moral sólida”.

1. A Bíblia menciona estados da consciência:

a) Cauterizada - insensível ao pecado (Ef 4.19; I Tm 4.2);

b) Fraca – legalista (I Co 8.7-12) e;

c) Contaminada ou corrompida (Tt 1.15).

d) Má (Hb 10.22).

A educação, a formação intelectual, moral e espiritual pelas Escrituras é a base para a consciência funcionar adequada e eficazmente.

Falsos fundamentos da verdade são tropeços para consciência, tais como: Sucesso, sinceridade, o belo, a erudição, agradabilidade, a maioria, etc.

Rm 9.1 – “Em Cristo digo a verdade, não minto (dando-me testemunho a minha consciência no Espírito Santo”.

Jó 27.6 – “Minha retidão está indelevelmente ligada a mim, e a ela não renunciarei. Meu coração não me repreenderá enquanto viver” (Bíblia judaica – Tanah).

Jó tinha uma consciência limpa diante de Deus e dos homens. Jó se rendeu ao eterno quando a ele se revelou e ele ver a sua pequenez, não por haver uma transgressão direta a tratar com Deus.

Vigiemos! A insensibilidade pode levar a ceder ao pecado, enquanto a hipersensibilidade produz extremismo, onde tudo é pecado.

3.Deus, o Supremo Juiz – É da consciência o exercício de juízo moral, todavia o pronunciamento da consciência não tem valor absoluto ou definitivo.

Disse o apóstolo Paulo: “Porque em nada me sinto culpado; mas nem por isso me considero justificado, pois quem me julga é o Senhor” (I Co 4.4). E ainda que nossa consciência não nos acuse, façamos como salmista, humildemente:

Sl 139.23-24 – “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos. E vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno”.

Sl 19.12-14 – “Quem pode entender os seus erros? Purifica-me tu dos que me são ocultos. Também da soberba guarda o teu servo, para que se não assenhoreie de mim. Então serei sincero, e ficarei limpo de grande transgressão. Sejam agradáveis as palavras da minha boca e a meditação do meu coração perante a tua face, Senhor, Rocha minha e Redentor meu!”.

Pode haver situações onde precisaremos ser confrontados para reconhecermos as fraquezas morais e espirituais.

Davi permaneceu insensível e rigoroso até ser repreendido através do profeta Natã (II Sm 12.1-13).

Pedro precisou ouvir o canto do galo (Lc 22.54-62).

Pecados de soberba e orgulho, são os que mais se escondem (Pv 16.18).

Conclusão

1.A consciência, o juiz secreto, é confiável quando iluminada pela Palavra de Deus e guiada pelo Espírito Santo.

2.Diante de qualquer acusação interior, deve o cristão autoexaminar-se, buscar perdão e purificação no sangue de Cristo.

3.A Consciência humana requer, clama por um ser moral superior, o justo juiz a quem teremos que prestar contas (Rm 14.11-12).

4.Devemos manter a consciência em pureza, renovada pelo contínuo estudo, exame das Escrituras (Sl 119.18,34,130; II Tm 3.16-17).

 

Fontes da Pesquisa:

Lição EBD/CPAD – 4º trimestre de 2025.

Bíblia Sagrada.

Instagram – Pr Isaac Silva – ADPE.

Anotações de estudos pessoais.

 

Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Natal/RN, 06/11/2025. 

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...