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domingo, 16 de novembro de 2025

A Batalha Mental na Produção dos Pensamentos.

Texto base: “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai” (Fp 4.8). 

Introdução

1.No intelecto se desenvolve a atividade da cognição e a racionalidade humana. Ele compreende a capacidade de pensar, raciocinar, conhecer e compreender. 

2.O que cultivarmos em nossas mentes, determinará quem seremos.

3.É possível fazer a gestão da atividade intelectual? É possível, não é fácil, requer muita disciplina.

4.O controle da Mente Humana é objetivo das narrativas ideológicas, de professores, palestrantes, gurus e líderes no mundo das crenças e das ideias.

5.Então, pensar correto e ordenadamente é um imperativo intelectual e espiritual. É base de saúde mental e espiritual.

Objetivos do estudo:

I) Ensinar que temos responsabilidade ativa sobre os nossos pensamentos (Fl 4.8).

II) Conscientizar de que a batalha travada na mente é uma realidade e requer vigilância na gestão dos pensamentos.

III) Desafiar cada um de nós, a fazer uma avaliação da produção dos pensamentos:

a) Edificantes, constroem ou destroem?

b) Têm bons propósitos ou são alheatórios, confusos, bons ou maus?

c) Estamos ganhando ou perdendo a batalha da mente, seja na dimensão intelectual, ideológica ou na espiritual?

d) Os pensamentos te colocam para cima ou para baixo, positivos ou negativos, alinhados com Deus, ou com outras influências e aspirações?

I. O Primeiro Casal – Adão e Eva  

1.No Gênesis, na Antropologia Bíblica - Observamos os traços da personalidade humana se manifestam na vida do primeiro casal. Presentes a racionalidade na capacidade de comunicação, compreensão e governo do homem sobre a criação, e em seu relacionamento interpessoal e com o Criador (Gn 1.26-28; 2.18-23; 3.8). 

2.Conceito - Pensamentos são processos mentais constituídos de informações, reflexões, lembranças, sentimentos, sons, imagens.

3.Características dos pensamentos - Em sua amplíssima capacidade imaginativa, o ser humano pode construir, na mente, cenários silenciosos ou barulhentos; simples ou complexos; neutros ou coloridos.

4.Fatores originários dos pensamentos - São fruto de experiências sensoriais. A mente cria a partir de conteúdos que obtém por meio dos órgãos dos sentidos, como os olhos, o ouvido, a boca, as mãos, o nariz.

Fatores Internos - Biológicos, psicológicos e espirituais.

Fatores Externos Ambientais, experiências do cotidiano, bem como uma combinação desses fatores. Há muito mistério na mente humana.

Do ponto de vista moral - Os pensamentos podem ser bons ou ruins; puros ou impuros; verdadeiros ou falsos (Mt 15.19; Fp 4.8).

Fazendo um filtro, guardemo-nos:

Contra conteúdos enganosos ou impuros (Sl 101.3-5).

Da mente podem surgir gravíssimos pecados: Violências, imoralidades sexuais, mentiras, calúnias e maledicências (Mt 12.34; 15.19).

Mt 12.34 - “Raça de víboras, como podeis vós dizer boas coisas, sendo maus? Pois do que há em abundância no coração, disso fala a boca”.

Mt 15.19 – “Porque do coração (mente) procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, fornicação, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias”.

Cabe-nos abortar o ciclo pecaminoso (Tg 1.13-15).

Enfim, até de toda a aparência do mal (I Ts 5.22).

Reflitamos: Os pensamentos fazem parte da estrutura da alma humana e devem ser avaliados quanto à sua origem e natureza moral. O homem mundano nega-se a se dobrar à moral-ético cristã.

II. A Gestão dos Pensamentos.

A atividade mental nas Escrituras:

Sl 140.1-2 - Maus pensamentos produzem violência.

Mt 9.1-4 - O Senhor conhece os nossos pensamentos.

Quarta — Fp 3.18-21 - Muitos só pensam em coisas terrenas.

Quinta — Ef 3.20 - Deus faz além daquilo que pedimos ou pensamos.

Sexta — Zc 8.16,17 - Não devemos pensar mal contra o próximo.

Is 55.6-9 – Embora mais altos do que os nossos, busquemos se alinhar aos pensamentos de Deus.

1.Paulo em Fp 4.8, faz uma contundente afirmação acerca da higiene mental, onde realça o emprego positivo, edificante da mente.

Paulo exorta-nos ao pensamento filtrado, qualitativo, com os adjetivos tais como: “verdadeiro”, “honesto”, “justo”, “puro”, “amável”, “de boa fama”, “virtuoso ou digno de louvor”.

A atividade mental, o ato de pensar é tratada como uma conduta ativa e não passiva. Nenhum indivíduo pode se vitimar.

Mt 12.35-36 – “O homem bom tira boas coisas do bom tesouro do seu coração, e o homem mau do mau tesouro tira coisas más. Mas eu vos digo que de toda a palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no dia do juízo”.

Como indivíduos racionais, temos o dever de assumir e fazer controle do processo mental e não se deixar conduzir por pensamentos aleatórios e confusos.

Como temos gerido nossos pensamentos?

Rm 1.21-22 - “Sim, eles conheciam algo sobre Deus, mas não o adoraram nem lhe agradeceram. Em vez disso, começaram a inventar ideias tolas e, com isso, sua mente ficou obscurecida e confusa. Dizendo-se sábios, tornaram-se tolos” (NVT).

2.Técnicas psicologizadas – Não basta apenas técnicas de administração dos pensamentos na alma. São elementos teóricos de valor relativo, limitados ao plano da realidade humana, ao nível terreno. Aliás, a Psicologia é cega quanto ao espírito. Entende uma ínfima fração da alma humana.

3.Imperativo ético e espiritual - Na perspectiva do evangelho de Cristo, somos ensinados a pensar:

a) Nos valores, assuntos que são de cima e não apenas da terra (Cl 3.1);

b) Pensar além das circunstâncias temporais, com percepção e discernimento espiritual, com a mente de Cristo (I Co 2.15-16).


4.A esperança cristã e visão celestial – Vai eliminando a confusão emocional e mental do homem secularizado (Rm 5.5) e nos capacita a gerenciar habilmente a vida terrena, efêmera e passageira. E são contravenenos, preventivos eficazes até contra a ansiedade (Mt 6.25-34; Fp 4.6).

Não ignoramos a influência de fatores orgânicos, físicos e ambientais em nossa maneira de pensar. Por isso, os cuidados com a saúde mental incluem a observância de uma rotina de vida saudável.

5.Recursos espirituais - A leitura da Bíblia é um recurso extraordinário para a produção de bons pensamentos, inspirados em verdades eternas. Essa disciplina traz profunda edificação e firmeza espiritual (Sl 37.31; 119.33,93).

a) Meditar é refletir; pensar de maneira detida. Exige o emprego da vontade, a decisão, o querer (Sl 119.131).

b) Produz sentimentos elevados, amor, alegria e paz pelas verdades apreendidas (Sl 119.97), abundante sabedoria e correta direção (Sl 119.98-102).

III. A Batalha na Arena dos Pensamentos

1.Influências Espirituais - A mente humana é complexa, vulnerável e bastante disputada. Há uma realidade espiritual que enfrentamos. Sofremos com verdadeiros bombardeios, inclusive espirituais. Existe uma luta real travada no mundo espiritual (Ef 6.12).

A Bíblia adverte que devemos guardar nosso coração (ou mente), pois o que pensamos influencia nossos sentimentos, desejos e decisões.

Provérbios 4.23: “Tenha cuidado com o que você pensa, pois a sua vida é dirigida pelos seus pensamentos” (versão NTLH - Nova Tradução na Linguagem de Hoje).

2.Cuidados práticos - O cristão deve adotar algumas medidas práticas de proteção da mente:

a) não nutrir pensamentos distorcidos de si mesmo, que produzem complexos de inferioridade ou superioridade (II Co 10.13);

b) purificar a mente dos maus pensamentos e vigiar contra a mentira e todo o tipo de engano (Tg 4.8);

c) livrar-se da intoxicação - Excesso de informações (principalmente das redes sociais) que produz fadiga, exaustão e ansiedade;

d) focar a mente no que edifica (I Co 10.23);

e) construir relacionamentos saudáveis - Com o mínimo de conflitos os quais geram pensamentos aflitivos e perturbam a mente (Pv 12.18; 15.4,18; 21.19), dificultando a paz interior e o discernimento espiritual.

Portanto, a Bíblia e a fé não anulam o intelecto, a razão humana como ensinam os inimigos do Cristianismo.  Entretanto, o pensamento é educado, direcionado segundo a moral judaico-cristã. E em última análise, no contexto do NT, na ação do Espírito Santo.

Conclusão

1.Fortalecer, disciplinar a mente cristã diante das pressões do mundo e das batalhas espirituais, exige constante vigilância na produção dos pensamentos e imaginações.

2.O autoexame diário dos nossos pensamentos à luz da Palavra de Deus, produzirá uma mente renovada, propensa à pureza, ao justo ao verdadeiro e sensível à ação do Espírito.

3.O que tem ocupado mais espaço em sua mente? Vigie e aja, substitua pensamentos negativos, mundanos por pensamentos alinhados à Palavra de Deus. Amém!

Fonte da pesquisa:

Lição EBD/CPAD – 4º trimestre de 2025.

Bíblia Sagrada.

Anotações de Estudos Pessoais.

Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Natal/RN, 16/11/2025.

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