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domingo, 19 de junho de 2022

Quinze efeitos negativos na vida de um ateu!

 

Com respeito e amor cristão!

 

1.A sua origem está indefinida. 

2.A sua existência é uma procura interminável.

3.Vai passando pela vida se confrontando com a voz da sua consciência.

4.Não sabe quem ele é e para que está neste mundo.

5.O mundo espiritual para ele é um salto no escuro, presente e futuro.

6.Vive a ignorar todas as evidências do Criador à sua volta.

7.Nas entrelinhas da vida demonstra insubordinação e orgulho.

8.Adquiriu para si um indeterminismo fatal e cego.

9.Não tem opção educacional segura para formação espiritual dos seus descendentes.

10.Comporta-se como um “bicho” quando é um ser social, moral e espiritual.

11.Resigna-se a não aceitar o amor incomparável daquele que o criou.

12.Não admite que viver sem os valores judaico-cristãos (amor a Deus e ao próximo como a si mesmo...), solapa, fragiliza, empobrece a vivência social.

13.A ausência da fé leva-o ao alheatório, ao caos e a apostar no acaso.

14.Teima em não vê na História a constatação latente da pecaminosidade e suas consequências funestas sobre o gênero humano.

15.Finalmente, não enxerga nem usufrui da verdade de que “o homem nasceu para Deus e só se realiza em Deus”.


Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Bacharel em Direito e Teologia

Natal RN – 19/06/2022.

 

sábado, 18 de junho de 2022

Orai sem cessar (I Ts 5.17)

 

O que o Apóstolo Paulo queria dizer com o “Orai sem cessar”?

Será que temos que orar sem intervalo de tempo? Feito uma máquina de jogar palavras ao ar? Orar com vãs repetições (Mt 6.7)? Certamente que não.  Somos ensinados a orar em todo o tempo, ou seja, nos bons e maus momentos da vida, acrescentando à oração, súplica, vigilância e perseverança. E jamais perdermos de vista que a oração é um recurso espiritual daqueles que exercem fé em Deus.

Segundo o Pr. Hernandes Dias Lopes: “Orai sem cessar não significa estar sempre sussurrando orações. A tradução do termo ‘sem cessar’ não significa fazer continuamente, mas sim voltar a fazer constantemente” (Comentários de I e II Tessalonicenses).

Na Bíblia somos exortados à oração pessoal, como também fazer a intercessão fraternal e com tantos outros objetivos, seja de ordem familiar, eclesiástica, nacional, mundial e pelas autoridades constituídas (Ef 6.18; I Tm 2.1-3).

Acredito que a esta altura, o nosso horizonte de oração se alargou, se aperfeiçoou. Se assim ocorreu, objetivo alcançado. Glória a Deus!

Um detalhe que enriquece a nossa vida de oração é partimos do papel de adorador – Aquele que adora, cultua ao Deus em quem crê e venera, reconhecendo a beleza da sua santidade e grandeza. É evidente que me refiro ao Deus Criador e Senhor, revelado nas Escrituras.

À luz da Bíblia e teologicamente, deve-se sempre escrever Deus (Hb. El, Elá, Eloim) com “D” maiúsculo. Quando se escreve com “d” minúsculo, refere-se aos deuses falsos, aos ídolos ou ao diabo (Êx 20.3-5,23; Sl 115.1-13; II Co 4.4).

De vez em quando, façamos um exercício de oração: Prostre-se, quebrante-se diante de Deus apenas para adorar e agradecer. Evite fazer pedidos, se possível. Visa aprendermos a adorar, cultuar a Ele, antes de fazermos petições ou apresentar a listagem de pedidos.

Mt 7.7-11 - É verdade que a Bíblia nos incentiva ao diálogo com Deus, comunicando as nossas necessidades (Ef 4.6), inclusive serve de antídoto contra a ansiedade. E sempre em nome de Jesus (Jo 14.13-14).

Por outro lado, não existe o tal “espírito de oração”. E orar com o espírito (humano), não se pode dissociá-lo da alma, pois a oração deve ser com entendimento, não exclui o racional (I Co 14.15).

A palavra recomenda orar no Espírito Santo (Ef 6.18; Judas 1.20), isto é, orar contando com ajuda do Espírito Santo nessa relação íntima com Deus, uma vez que Ele ajuda em nossas fraquezas e na falta de sabedoria.

Rm 8.26 – “E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis”.

Então, no orar sem cessar, seja o Senhor Deus o centro de nossas orações e a razão de ser das nossas vidas. Parafraseando o Pr. A. W. Tozer:

Aquilo que nos fascina é o que irá nos guiar. Então oro, imploro para que a fascinação predominante em nós seja a maravilhosa glória de Deus (I Co 10.31).

 

Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Bacharel em Direito e Teologia

Natal/RN – 18/06/2022.

 

 

 

segunda-feira, 6 de junho de 2022

O paradoxo da morte de cada dia


Quando o luto trabalha em favor da vida

 - Por Lissânder Dias


O corpo inerte no corredor da varanda de casa foi a surpresa mais trágica que já vivemos em família. Era meu pai que estava lá, caído em um silêncio mortal e triste. A cena é difícil de apagar da memória de minha mãe, a primeira pessoa a testemunhá-la. Nós filhos, que moramos em cidades diferentes, de outros cantos do país, chegamos no dia seguinte, graças a uma conjugação favorável nos horários de voos, e assim pudemos providenciar sua despedida.

Se para mim a morte de meu pai – vítima de um infarto fulminante – foi única, a verdade é que o mesmo fato acontece milhares de vezes todos os dias, horas, minutos e segundos. Filhos, cônjuges, pais, avós, amigos, pastores, missionários... a morte faz parte da vida.

É verdade que nosso “último inimigo a ser destruído é a morte” ( I Co 15.26), mas há um motivo pelo qual ela está, digamos, no “final da fila”. Ou mesmo vários. O fato é que, se olharmos nos noticiários, e ao nosso redor, vamos encontrá-la, a morte. Das noites frias das cidades grandes aos quartos escuros de uma periferia esquecida; dos leitos dos hospitais às montanhas de gelo; da dor de um ataque cardíaco inesperado ao fim injusto de anos de preconceito e discriminação. Ela está lá. Fria, calculista, sem emoções. Como enfrentá-la?

A resposta não é tão fácil, mas me parece que nos falta compreender ainda mais o que é viver. Quando vivemos uma vida superficial e fútil, sem significado maior, sem esperança eterna, estamos perdendo a batalha para a morte – mesmo que não literalmente ainda. O que fazemos todos os dias com nossa existência ordinária faz toda a diferença quando ela um dia cessar. Não há chamado mais urgente e necessário. Semelhante é o senso de urgência de um Deus que bate à porta e espera que ouçamos sua voz e abramos já nosso coração para sua companhia (Ap 3.20).

O que talvez aqueles que ainda não experimentaram o luto não percebem é que a morte também trabalha em favor da vida. Paradoxalmente, ela desperta os vivos para a singularidade do “pneuma” (como diriam os filósofos). Viver é algo tão importante que Deus enfrentou a morte para que pudéssemos experimentar a eternidade.

É verdade que as lágrimas existem, e estas não devem ser desprezadas; Deus não é indiferente a elas (Ap 21.4). Ao mesmo tempo, a morte também nos torna mais humanos, mais honestos com nossos limites e mais sensíveis à dor do outro. A saudade que permanece evoca boas lembranças do outro e nos faz valorizar ainda mais a simples presença e o amor que entrelaçam vínculos. Em tempos de relacionamentos virtuais, esse é um aviso importante.

Erra quem pensa que viver é negar a morte. Ao contrário, quando admitimos a presença indesejada do que é mortal, enxergamos melhor a riqueza que temos em nossas mãos – dádiva de quem soprou nossas narinas e nos tornou seres viventes (Gn 2.7). Por hora, é finita; daqui a pouco, será infinita.

Ao vivenciar o luto pela perda de meu pai, tenho aprendido a discernir a essência de minha vida. Deparo-me com o significado da simplicidade, admiro o caráter de quem é fiel ao que acredita, encanto-me com o sentido de vocação e missão que enfrenta qualquer coisa. Olho para minha própria jornada e me sinto desafiado por Deus a dar continuidade a um legado simples e bonito que meu pai deixou. Ao calçar suas sandálias e me autoavaliar, enxergo os passos seguintes e encontro um homem mais parecido com o que Deus quer que eu seja.

• Lissânder Dias é jornalista e assessor editorial da UniCesumar. Colabora há muitos anos com Ultimato.

Fonte: Revista Ultimato – Setembro-Outubro 2021.

Quando Cristo é confessado o Senhor e Salvador, bradamos como o apóstolo Paulo acerca do arrebatamento da Igreja e da ressurreição:

I Coríntios 15.51-57:

“Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade e que isto que é mortal se revista da imortalidade. E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então, cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória. Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória? Ora, o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Mas graças a Deus, que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo”.

Postagem Por Samuel P  M Borges

Natal/RN - 06/06/2022.

quarta-feira, 1 de junho de 2022

Deus, Princípios, Limites Juridicionais por áreas

Deus estabeleceu princípios e limites jurisdicionais de autoridade/governo ao homem sobre a Criação e por áreas.


Gn 1.26-31;3.17; Sl 8.4-9 – Governo político-humano sobre a Terra.

Convém destacar, em Gênesis 1.26-28, Deus não deu ao homem domínio sobre outro homem. Este é o mais primitivo abuso de poder e causa primária de tantas tragédias no seio da Humanidade.

Rm 13.1-7; I Tm 2.1-3 – Limites e respeito às Autoridades Civis.

Ef 4.1-16 – Governo eclesiástico delegado pela unidade da fé.

Êx 20.12; Mt 19.19; Ef 6.1-4; Cl 3.20-21 – Os pais como cabeça e liderança da Família.

Ef 6.5-9; Tito 2.9-10; Cl 3.22-23;4.1 - As relações senhor e servo. Hoje, relações de trabalho patrão versus empregados.

Deus como Criador é Senhor de tudo e de todos (Gn 1.1; Sl 24.1-2; Is 40.22,26; Hb 11.3).

a) Ele tem autoridade no mundo espiritual (Mt 10.28; Rm 14.11-12; Hb 1.7,14; 4.13) e jurisdição universal sobre os cosmos, animais, vegetais e sobre o homem, criado à sua imagem e semelhança (Gn 1.26-27; 2.7).

b) E os tempos e as estações Ele estabeleceu pelo seu próprio poder (Atos 1.7).

c) Sl 115.16 – Deus dos céus fez a sua habitação e a Terra deu aos filhos dos homens. O céu é o seu trono e a Terra estrado (base, plataforma) dos seus pés (Atos 7.49).

Pontos relevantes no exercício da jurisdição, a área ou espaço delimitado onde Deus delegou aos homens autoridade.

1. Ciente de sua jurisdição, seja diligente e cumpra o seu papel e suas responsabilidades de autoridade delegada.

2. Nunca entre na jurisdição de outras autoridades delegadas. Não vá além de sua alçada, não transgrida os limites de sua jurisdição.

3. Jamais se omita de sua responsabilidade, ou passe para pessoas desautorizadas o que lhe compete.

4. Tem níveis de autoridade que são delegáveis, ou que se pode subdelegar. Mas, existem áreas onde só a autoridade delegada pode atuar.  

5. Não é correto e nem sábio cruzar fronteiras e delegar a responsabilidade à outra jurisdição. Por exemplo: Um delegado subdelegar a sua autoridade a um pastor.

6. Só se deve falar, é direito de se manifestar sobre aquilo que está dentro de sua responsabilidade. Exemplos: Na Igreja, é do pastor. No lar, os pais na liderança da família.

7. E quando diante de ordens conflitantes advindas de diferentes autoridades? É sugestivo fazer a seguinte pergunta: “Estou dentro, debaixo de jurisdição da autoridade que está me dando comando ou ordem? (At 4.18-20).

Ao analisarmos a humanidade alienada de Deus, devemos considerar o agir do maligno que por natureza é iníquo, perverso com total ausência de bondade (II Ts 2.7-8). E a pecaminosidade humana com suas sequelas em não atentar para obedecer a Deus (Ec 12.13-14).

Jean Paul Sartre (1905-1980), um dos principais filósofos existencialista, escritor e crítico francês, dizia:

“Viver é isto: ficar se equilibrando o tempo todo, entre escolhas e consequências”.

A grande massa de humanos evidencia o trágico estado da natureza humana caída (Rm 3.23;6.23) e a agenda do diabo em ação: Mentir, roubar, matar e destruir (João 8.44;10.10).

Sl 47.7-8 – Este Salmos, entre outras citações na Bíblia, declara ser Deus o Rei de toda a terra e que reina sobre as nações. Textos como este e similares, devem ser interpretados, considerando a perspectiva escatológica e o contexto judaico de um povo com chamada específica, bem como o Governo Teocrático, até os dias do profeta Samuel, seguindo-se de uma Monarquia sob a influência divina. A bem da verdade bíblica, o Salmos 47 é uma alusão profética ao Reino Milenar de Cristo.

Portanto, Deus é o Soberano! Porém, não está no controle de tudo, como quem seja o responsável pelo que ocorre de bom e de ruim na História Humana. Ele delegou autoridade/poder, por áreas de comandos aos homens e vão no pacote privilégios, decisões, escolhas e responsabilidades consequentes. E vem aí a prestação de contas (Rm 14. 11-12).

Veja no Blog o artigo: http://samuca-borges.blogspot.com/2022/06/deus-esta-no-controle-de-tudo-e-de-todos.html

Fontes:

Livro Excelência no Caráter – Editora Central Gospel – Robb Thompson – 1ª edição 2010.

A Bíblia Sagrada.

Anotações pessoais.

 

Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Bacharel em Direito e Teologia

Natal/RN – 01/06/2022.

Deus está no controle de tudo?

 

Deus no controle de tudo!

É uma falácia, falsidade pela generalização. Depõe contra Deus. Atenção à exegese bíblica: A quem se refere o texto e o contexto; se contém figuras de linguagem para não fazer interpretação literal; tem o texto aplicação à época, no presente ou é escatológico?

De tudo o quê? Da sua Criação ou no mundo dos homens? Depende em que esfera da sua vontade Deus agiu ou está agindo. Se envolve objetivos divinos macros, muito além do que imaginamos, se as pessoas no contexto das circunstâncias têm ou não relacionamento com Ele (Jo 14.21-23; Hb 11.6). Então, depende!

Salmos 34.7 – “O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra”. Opa! Já não é em redor de todos.

Salmos 37.25 – “Fui moço, e agora sou velho; mas nunca vi desamparado o justo, nem a sua semente a mendigar o pão”. A experiência do salmista aponta para o justo. Não é para todos.

Há quem afirme: Nada acontece no mundo se não for da vontade de Deus”.  E fica subtendido que Deus tem uma só expressão de sua vontade: A soberana. Não é verdade. Há outros aspectos a considerar da vontade de Deus nas Escrituras: A moral, permissiva e deixou também expressa a sua perfeita vontade desejável, de salvação para com os homens (I Tm 2.4).

Como Criador dos mundos (Gn 1.1; Hb 11.3) Ele rege, governa por Leis Universais Cosmológicas, da Física, Química, Biológicas, Astronômicas etc..., estabelecidas pelo seu próprio poder e sabedoria, as quais estamos muito distantes de mensurá-las.

Gn 12.1-3 – A partir de Abrão, Deus fez uma escolha, uma chamada individual, formou o povo judeu, com propósitos salvíficos. O objetivo final era trazer salvação a todos os homens (L 2.28-32;3.6; Jo 3.16; 4.22). Em Abrão seriam benditas todas as famílias da Terra.

Na imensa massa de humanos, pelas Escrituras Deus trata com três agrupamentos de pessoas: Gentios, Israel e a Igreja.  

Leva a erros teológicos e doutrinários aplicar de forma genérica a outras pessoas, ou a outro povo, um texto bíblico de uma chamada específica, individual ou coletiva. Em Israel, povo de Deus por eleição, era comum as chamadas específicas de pessoas, conforme o propósito divino. E dessa forma o legislador Moisés, profetas e reis foram levantados.

Na trajetória da Igreja Cristã, também vemos chamadas específicas, como foi a dos doze primeiros discípulos de Jesus (Mt 10.1-4; Jo 15.16). E ainda houve um, entre eles, que se deixou ser levado pelo diabo (Jo 6.70-71; At 1.16-18;25; Ef 4.27). E a profecia a respeito revelava presciência divina, não significa dizer que estava predeterminado por Deus comportamentos (Mt 26.21-15; Jo 13.18-30).

É oportuno lembrar que em toda a trajetória de Israel, especialmente no Antigo Testamento, era um testemunho vivo da fé monoteísta (Êx 20.1-3; Dt 6.4-5; 33.26-29) contrapondo-se aos povos pagãos. E fazia e faz a diferença entre o que serve ao Deus verdadeiro e ao que não serve (Is 43.10-12; Ml 3.18).

Reina o Senhor Deus sobre a Terra na presente era?

I Cr 16.31 – “Alegrem-se os céus, e regozije-se a terra; e diga-se entre as nações: O SENHOR Reina”. 

Salmos 96.10 – “Dizei entre os gentios que o SENHOR Reina. O mundo também se firmará para que se não abale; julgará os povos com retidão”.

Salmos 99.1 – “O SENHOR Reina; tremam os povos. Ele está assentado entre os querubins; comova-se a terra”.

Êx 15.18; Sl 146.10 - Quando lemos textos bíblicos que expressam o Senhor reina ou reinará perpetuamente, está num contexto de um povo de chamada específica, em um Governo Teocrático. Essas passagens estão nos seus cânticos, como fez Moisés (Êx 15.1-19), nas ações de graça de Davi (I Cr 16.1-43) quando do retorno da arca do Senhor à Jerusalém (I Cr 15.29). E em tantos outros salmos de Israel (Sl 93.1; 97.1). Entretanto, não significa dizer que Deus governa as nações em sentido político-econômico.   

As nações diante da grandeza de Deus são como uma gota que cai de um balde, o pó miúdo das balanças, são menos do que nada perante Ele (Is 40.15,17). O fato de Deus intervir na História Humana quando lhe aprouver e com propósitos, não comporta o chavão evangelical de que “Deus tudo governa e controla”.  Ele o faz pela circunstância e objetivamente (Dn 4.31-32; 5.1-30). O Senhor Jeová, no coletivo, não tem uma relação com as nações pagãs e ímpias.

Em I Sm 8.1-22, Israel pede mudanças da Teocracia para Monarquia e se constituísse reis sobre a nação. E Deus disse que o povo estava rejeitando-o para que não mais reinasse sobre ele (I Sm 8.7-8). Uma Monarquia com o dedo de Deus se seguiu. E mais tarde, a salvação veio dos judeus (Jo 4.22) por Jesus Cristo como previsto no Plano Divino da Redenção.

O governo político-econômico da Terra Deus deu ao homem, em jurisdição e por áreas, desde o princípio (Sl 8.3-9;113.5-6;115.16; Rm13.1-7; Ef 4.11-12;6.1-2). – Veja artigo: http://samuca-borges.blogspot.com/2022/06/deus-principios-limites-juridicionais.html

E vai no “pacote” direitos, deveres e as responsabilidades, além das implicações da queda espiritual do homem no Éden. O que Deus não deu ao homem foi domínio sobre outro homem. Aliás, a História da Humanidade está marcada com muito sangue derramado por causa do domínio humano sobre os seus semelhantes. É o mais primitivo abuso de poder.  Ele deu ao homem governo político, a gestão sobre os recursos naturais da Criação (Gn 1.26-31).  A queda do homem no Éden não alterou essa decisão divina, na verdade, agravou, complicou o governo humano na Terra (Gn 3.11-24).

Vemos nos evangelhos que Jesus foi aclamado Rei em Jerusalém pelas multidões, uma na frente e outra atrás, e cumpriu-se a profecia a esse respeito (Lc 19.28-44). Porém, não reinou politicamente em Jerusalém. Ele pregava o Evangelho do Reino de Deus. Onde houve aceitação por fé da sua mensagem ali se fez Reino de Deus. E o ministério terreno de Jesus foi efetivamente Reino de Deus na terra em curas, milagres, libertações, vitória sobre a morte e salvação para os que creram. 

A vontade soberana de Deus continua inviolável e se cumprirá na sua totalidade (Is 43.13;46.9-10), em relação a tudo que criou e sustenta. Na presente Dispensação da Igreja, o Pai deu ao Filho todo o poder, nos Céus e na Terra (Mt 28.18; Jo 3.35). E afirmo: A Igreja Cristã é a maior expressão do Reino de Deus na Terra.

O Deísmo é uma deturpação da Soberania de Deus - Crença que, apesar de admitir a existência do Ser Supremo, ensina que ele não está interessado no curso que a história toma ou venha tomar. Ou seja, Deus nos criou e nos abandonou à própria sorte. É a distorção do teísmo bíblico.

O Teísmo bíblico ensina acerca de um Deus pessoal e que de várias formas tem se revelado aos homens, visando relacionar-se com eles. Já o Teísmo Aberto, a Teologia do Processo está contaminado de heresias, inclusive questiona a onipotência e a onisciência divina.

O chavão “Deus está no controle de tudo” padece de respaldo bíblico. E “achar” que Ele controla a tudo e todos não o faz mais Soberano do que Ele é. Só lhe impõe mais responsabilidade como o Criador e Senhor e serve para omitir a dos homens.

Ao analisarmos a humanidade alienada de Deus, devemos considerar o agir do maligno que por natureza é iníquo, perverso com total ausência de bondade (II Ts 2.7-8). E a pecaminosidade humana com suas consequências em não atentar para obedecer a Deus (Ec 12.13-14).

Em outras palavras, a grande massa de humanos evidencia o trágico estado da natureza humana caída (Rm 3.23;6.23) e a agenda do diabo em ação: Mentir, roubar, matar e destruir (João 8.44;10.10).

Jean Paul Sartre (1905-1980), um dos principais filósofos existencialista, escritor e crítico francês, dizia: “Viver é isto: ficar se equilibrando o tempo todo, entre escolhas e consequências”.

O erro grave em Sartre foi ignorar Deus no seu existencialismo exacerbado.

O mundo incrédulo está sob domínio do maligno e em rebelião contra Deus.

O diabo é o deus deste mundo, sistema de valores opostos, contrários a Deus (Jo 14.30; 16.11; II Co 4.4; Gl 1.4; Ef 6.12; Hb 2.14).

João 3.36 - A ira (juízo, indignação) de Deus permanece sobre os filhos da desobediência, ou seja, aqueles que não tem dado crédito ao seu chamado de amor e misericórdia (Is 55.6-7; Mt 11.28-30).

I João 2.13-14 – A Igreja, pelo conhecimento de Deus, pela Palavra, no nome de Jesus (Mc 16.17), podemos resistir (Tg 4.7) e vencer o poder das trevas (Lc 22.53; At 26.18;).  O poder das trevas é real, entretanto, tem limitações (Jó 1.12;2.5-7; Atos 19.15; I Jo 5.18; II Ts 3.3). As portas do inferno não prevalecerão contra a Igreja (Mt 16.18).

Deus não governa o mundo ímpio e nem se relaciona com o homem no pecado. 

Jeremias 29.11 – “Porque eu bem sei os pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais”. Palavras do profeta aos cativos em Babilônia, quando não ouviram os muitos apelos da parte de Deus, com promessa de restauração (Jr 29.10).

Do mesmo modo, Deus tem agido, chamando a Humanidade ao arrependimento pela pregação do evangelho (Mc 16.15-16; Jo 3.16). Com uma diferença: O juízo sobre a nação de Israel era por um tempo determinado, vara de correção. Com o homem no pecado e nele permanecendo, chegará o momento em que o juízo será definitivo.

Assim sendo, a expressão “Deus está no controle de tudo é bíblica”? Não!  E tem servido para quê?

a) Primeiro, não exalta a Soberania de Deus, pelo contrário, a torna ordinária e esdrúxula.

b) Tenta justificar um determinismo cego nos acontecimentos sobre a raça humana. O homem foi criado um ser pessoal, moral, intelectual e espiritual, à imagem e semelhança do seu Criador, não como um fantoche inanimado (Gn 1.26-27). O homem é um ser com consciência racional, com discernimento do certo e do errado.  Não é um mamulengo, um boneco de pano sem espírito e alma. Como a porta da perdição é larga, a maioria segue por ela (Mt 7.13).

c) Leva o homem a se esquivar da responsabilidade de seus atos e se omitir na luta contra o pecado (Lm 3.39; Is 55.7; Pv 28.13; Hb 12.4).

d) Ofusca a realidade do mundo espiritual a partir de onde age o maligno com repercussões destrutivas sobre as nações e os humanos (Is 14.12-16; Jó 1.6-7; Jo 10.10; Ef 6.10-13; Hb 2.14).

Conclusão Reflexiva

O que tem afetado a Humanidade é consequência da violação da Vontade Moral de Deus, a quebra de seus mandamentos e preceitos.

A sentença da serpente em Gn 3.14 foi a maldição de rastejar sobre o seu ventre e comer pó por toda a sua existência. Parafraseando o texto: O diabo se alimenta da carne, a natureza caída dos homens na incredulidade. Os que andam na carne não podem agradar a Deus (Rm 8.8). O encardido continua cumprindo a sua agenda: Matar, roubar e destruir (Jo 10.10) porque encontra “pasto” para comer e espaço para agir (Ef 4.27).

Autor desconhecido - “Deus é tão generoso, que te dá a liberdade de plantar o que quiser, e ele é tão justo, que você colhe exatamente o que plantou”.

Numa visão ampla, Deus tem total domínio sobre a sua Criação e intervém no mundo dos humanos quando são ações que têm a ver com seus desígnios eternos na consecução de seus propósitos soberanos. Vemos isto muito claro em Rute, Ester e Daniel, por exemplo. Deus deu e respeita o livre arbítrio dado ao homem. Ele não decide pelo homem. E feliz do homem e da mulher que busca a direção de Deus para tomar decisões e fazer escolhas.

Deus detém o poder sobre toda a Criação (Sl 113.4-6), no sentido de haver estabelecido Leis Universais para regê-la (Sl 103.19;104.1-5;19). Essas Leis os cientistas descobriram algumas, na Física, Química, biológicas, astronômicas, etc...

    Este mundão gentílico é uma tapera e a Igreja Cristã a forquilha de sustentação. Quando a Igreja for arrebatada, se saberá o real valor da Noiva do Cordeiro na Terra.  

Tanto no Plano da Salvação, bem como no existencial humano, os ensinos e doutrinas que levam ao extremo a Soberania de Deus, sem necessidade, e não consideram outros aspectos da vontade divina, reduz o homem a uma marionete sem responsabilidade pelos seus atos.

Em pese a trajetória humana com tantos conflitos bélicos, a Terra manchada de sangue, calamidades naturais, pestilências, doenças, epidemias, pandemia, a Soberania de Deus está intacta. E vem sendo exercida com Independência Plena.

Infelizmente, tenho observado segmentos cristãos alimentados, fermentados diretamente pelo pensamento monergista, onde um deus carrasco faz e desfaz de tudo e de todos como fantoches, num determinismo cego e avassalador, ao tempo em que também vemos a Igreja Cristã, em geral, influenciada na literatura e nos púlpitos, comendo e ensinando essas crenças de forma subliminar, fragmentadas em chavões genéricos de meias verdades e até antibíblicos.

Que Deus nos conceda mais discernimento, vigilância em prol da ortodoxia que evidencie bases escriturísticas, não pensamentos históricos de humanos religiosos defendidos como relíquia. Deus seja conosco na jornada de seguir a Cristo em temor e tremor, o Espírito Santo nos guiando em toda a verdade, até que Ele venha arrebatar a sua Igreja. Amém!

Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Bacharel em Direito e Teologia

Natal/RN, 01/06/2022 (revisão em 18/08/2024).

terça-feira, 10 de maio de 2022

Descrenças, crenças e meias crenças em torno de Deus

Os que não creem

Descrente – Aquele que descrê de tudo aquilo que a razão não explica. O mesmo que cético ou incrédulo. Para os céticos, uma afirmação para ser provada exige outra, que requer outra, até o infinito. Questiona as bases do conhecimento metafísico, científico, moral e, especialmente, o religioso.

Existencialista – Aquele que entende que a existência precede a essência. Isto é, o homem primeiro existe no mundo - e depois se realiza, se define por meio de suas ações e pelo que faz com sua vida. Na versão de Friedrich Nietzsche, Jean Paul Sartre e Albert Camus, o existencialista rejeita a ideia de um Criador pessoal que existe acima do Universo e do qual o Universo depende. Nesse caso, o mundo todo é absurdo e sem sentido. O existencialista coloca sobre o homem toda a responsabilidade por suas ações. No existencialismo não há nenhuma natureza humana ou Deus que nos defina como homens.

Humanista – Aquele que se orienta expressamente por uma perspectiva antropocêntrica. O humanista secular é aquele que possui um conjunto de crenças e valores inteiramente não-religiosos, assumindo uma postura anti-teísta e anti-sobrenaturalista. 

Iluminista – Aquele que acredita que a verdade deve ser obtida por meio da razão, estudando os fenômenos naturais e sociais. Eram Deístas em certa medida. Ou seja, acreditavam em Deus, mas que este Deus agiria indiretamente nos homens, através das leis naturais. As   pessoas, por natureza, seriam boas, os problemas, as desigualdades sociais foram colocadas e provocadas pelo próprio homem, dentro da organização social. O objetivo filosófico era a busca da felicidade. Eram contra a injustiça, intolerância religiosa e a concentração de privilégios nas mãos de poucos e estes subjugavam outros.

Livre-pensador – Aquele que em matéria religiosa pensa livremente, só aceitando as doutrinas que se harmonizam com a sua razão. 

Materialista – Aquele que acredita que tudo é matéria ou redutível a ela ou, na linguagem bíblica, aquele que se desvia de Deus, a fonte de água viva, e cava suas próprias cisternas, que não retêm água alguma (Jr 2.13). 

Positivista – Aquele que defende a ideia de que o conhecimento científico seria a única forma de conhecimento verdadeiro. Ele ver a religião como desvio e anomalia, presta culto à ciência, ao humanismo e ao material em detrimento do metafísica ou sobrenatural.  

Racionalista – Aquele que valoriza de maneira única e desproporcional a razão, com exclusão ou menosprezo dos sentidos, dos sentimentos e da revelação.

Realista – Quem valoriza os fatos ou a realidade dos fatos e despreza o imaginário romântico e as simbologias representativas da vida. Os personagens são descritos, revelando seu o lado negativo. O realista procura uma explicação lógica, objetiva para as atitudes dos personagens, considerando a soma de fatores que justificam ou não as suas ações. Então, é de certa forma, oposto ao pensamento romântico. O amor é materializado, sendo a mulher apenas objeto de prazer, adultério, etc...

Fatalista – Aquele que acredita que tudo acontece pelo que está estabelecido antecipadamente pelo destino. Pessoa que acredita que as coisas acontecem porque têm de acontecer. Nem Deus e nem o homem interfere nos acontecimentos. É uma forma de determinismo. O destino é fixo, não controlado ou influenciado pela vontade humana. O que encontramos determinado, nas Escrituras, fixado por Deus são os tempos dantes ordenados, os limites da habitação humana na terra, bem como o julgamento dos homens (Atos 17.26,30-31). O destino em si não pode ser endeusado.

Empirista – Aquele que a veridicidade ou falsidade de um fato deve ser verificada por meio dos resultados de experiências e observações. Para o empirista, o inglês John Locke (1632-1704), a mente humana é uma tábula rasa, um quadro branco. “Nada pode existir na mente que não tenha passado antes pelos sentidos”. Ignorava complemente a queda espiritual do homem em relação a Deus (Sl 51.5; Rm 5.12; 6.23). Muito menos distinguia a alma do espírito humano (Hb 4.12).

Determinista – Acredita que a totalidade dos fenômenos constitutivos da realidade se encontra submetida a determinadas leis, estas sendo compreendidas como possuindo caráter natural. Tais leis, ainda, são consideradas como sendo regidas por uma relação de causalidade. O determinismo se baseia na concepção mecanicista do mundo físico. A impossibilidade de prova decorre, como consequência, de seu universalismo. Existem duas posições deterministas: Parcial ou radical. O determinismo, ao ser aplicado a todas as esferas da vida humana, exclui a capacidade de análises, decisões e escolhas humanas. E, portanto, é a negação da liberdade do homem. Pobre infeliz! A proposta do evangelho de Jesus Cristo é trazer o homem à liberdade pela verdade. E esta, está nele (João 8.32,36).

Niilista - Do latim, o termo “nihil” significa “nada”. É a compreensão de que a vida não possui nenhum sentido ou finalidade. Uma filosofia apoiada no ceticismo radical, destituída de normas indo contra os ideais das escolas materialistas e positivistas. O niilismo está pautado na subjetividade do ser, onde não existe nenhuma fundamentação metafísica para a existência humana. Ou seja, não há verdades absolutas que alicercem a moral, os hábitos ou as tradições. Ou seja, parte do nada para nada. A não ser que faça prevalecer “A Morte de Deus” e o homem se torna “Um Super-Homem”, segundo o niilista Friedrich Nietzsche (1844-1900), na proposição da “ausência de sentido”. Desse modo, Friedrich volta à estaca zero: “Disseram os néscios (ignorantes) no seu coração: Não há Deus. Têm se corrompido, fazem-se abomináveis em suas obras...(Sl 14.1). Resta-lhe aguardar se cumprir o juramento divino: “...Pela minha vida, diz o Senhor, todo joelho se dobrará diante de mim, e toda a língua confessará a Deus. De maneira que cada um de nós, dará conta de si mesmo a Deus” (Rm 14.11-12).

Ateísta - É aquele que nega a existência de Deus. O ateísta prático nega apenas na prática a existência de Deus, enquanto o ateísta dogmático nega na prática e na teoria a existência de Deus. O ateísmo absoluto é raro e tem muito menos adepto do que o ateísmo demonstrado pela indiferença quanto à pessoa de Deus. A palavra grega atheos, que quer dizer “sem Deus”, aparece uma única vez nas Escrituras, quando Paulo descreve a situação dos efésios antes da conversão: “Naquela época vocês estavam [...] sem esperança e sem Deus no mundo” (Ef 2.12).

Agnóstico - É aquele que considera os fenômenos sobrenaturais inacessíveis à compreensão humana. A palavra deriva do termo grego agnostos que significa “desconhecido" ou "não cognoscível”. Ou seja, é aquele que se diz desprovido de meios para conhecer Deus e outras realidades metafísicas (não-palpáveis ou invisíveis). O termo foi criado pelo zoólogo inglês Thomas H. Huxley (1825-1895), porém a base filosófica do agnosticismo foi lançada cem anos antes pelo filósofo escocês David Hume (1711-1776) e pelo filósofo alemão Immanuel Kant (1724-1804). Do ponto de vista bíblico o homem não pode chegar a Deus pela razão, mas por meio de uma decisão pessoal com uma experiência de fé.

Os que creem parcialmente

Deísta – Aquele que aceita a existência de um Deus destituído de atributos morais e intelectuais, sem fazer uso de qualquer espécie de revelação divina. Acreditam que Deus não é uma questão de fé ou suspensão da descrença, mas uma conclusão lógica baseada na evidência dos sentidos e da razão. São avessos às crenças, à religião, ao culto e aos atos cerimonias de expressão da fé.

Universalista “cristão” (Reconciliação Universal) – Ele crê que existe um Deus cuja natureza é o amor. E não age independente de seu amor. Não haverá punição eterna para o pecado. Dizem que Deus finalmente restaurará toda a família humana à santidade e à alegria. Observa-se que os universalistas negam a justiça e os juízos de Deus, seja de redenção ou de punição, bem como o inferno, lago de fogo, destino final do diabo, demônios e dos incrédulos.

Teísta – Aquele que reconhece, crê em um ser Supremo, pessoal, o oposto do ateu. Entretanto, pode variar em suas crenças acerca de Deus, a depender do tipo de teísmo que pratica.

Politeísta - É aquele que acredita na existência de muitos deuses e deusas. Depois que a humanidade perdeu a noção de monoteísmo, Deus mesmo separou Abraão e fez dele um povo para levantar a bandeira do monoteísmo em meio ao politeísmo pagão. Naquele estágio da humanidade era tão importante que o primeiro mandamento do Decálogo proíbe terminantemente o politeísmo: “Não terás outros deuses além de mim” (Êx 20.3). E visava também com o advento do Messias, a identidade do Deus verdadeiro, como o único redentor da humanidade (Is 43.11; Lc 3.6).

Panteísta – É aquele que acredita que tudo é Deus e Deus é tudo. Deus e a natureza identificam-se um com o outro. Trata-se de uma mistura imprópria, descabida do Criador com a Criação, sendo Deus um ser pessoal e eterno, enquanto o mundo é material e finito. Há vários tipos de panteísmo. Um deles, o panteísmo absoluto, ensina que os seres humanos devem superar sua ignorância e perceber que são deuses. Essa corrente de pensamento faz parte da cosmovisão da maioria dos hinduístas, de muitos budistas e de outras religiões da Nova Era.

Henoteísta – Aquele que adora um dos muitos deuses do panteão, sem negar a existência dos outros. Também chamado de monólatra. 

Gnóstico – (do grego gnostikós) - Seguidor do gnosticismo primitivo, um misto de filosofia e religião pagã, e se dizia os únicos a possuírem um conhecimento perfeito de Deus. Acreditava e defendia um dualismo entre o mundo espiritual e o material. A matéria era corruptamente má.

Sofistas – Eram mestres na retórica e na oratória, embora sem uma escola filosófica estabelecida (Século IV e V a. C.). Acreditavam que a verdade é múltipla, relativa e mutável. Protágoras foi um dos mais importantes sofistas, dizia ele: “O homem é a medida de todas as coisas”. Para os sofistas importavam ganhar na argumentação, ainda que não fossem válidas ou verdadeiras, ou seja, não estavam interessados pela procura da verdade e sim pelo refinamento da arte de vencer discussões. A verdade era determinada pelo contexto de tempo e espaço. Para os sofistas, é mais provável que os deuses não existam, mas eles não rejeitavam completamente a existência, como Platão, por exemplo. Portanto, quanto aos deuses eles são mais próximos do agnosticismo do que do ateísmo. Ao cristão, cabe-lhe seguir o conselho paulino (II Co 13.8): “Porque nada podemos contra a verdade, senão pela verdade”. Na atualidade, sofismas são usados como uma estratégia de manipulação de massas, comumente para fins comerciais e políticos.

Aplicação da postagem:

Henri Jozef Machiel Nouwen, católico holandês, teólogo, padre e escritor (1932-1996): 

“É possível permanecer flexível sem tornar-se relativista, convincente sem tornar-se rígido, voluntarioso sem torna-se ofensivo ou áspero, gentil e perdoador sem abrir mãos das convicções, e um verdadeiro defensor da fé sem tornar-se manipulador, controlador ou opressor”.   

1. O homem ateu que ignora Deus, está enquadrado nas Escrituras.

Salmos 14.1 – “DISSERAM os néscios nos seus corações: Não há Deus. Têm-se corrompido, fazem-se abomináveis em suas obras, não há ninguém que faça o bem”.

2. Como Deus tem se revelado aos homens?

Salmos 19.1-3 – “OS céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos. Um dia faz declaração a outro dia, e uma noite mostra sabedoria a outra noite. Não há linguagem nem fala onde não se ouça a sua voz”.

Romanos 1.19-20 - Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder como a sua divindade, se entendem, e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis”.  

João 14.6-11 - Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim. Se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai; e já desde agora o conheceis, e o tendes visto.  Disse-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, o que nos basta. Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai? Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras. Crede-me que estou no Pai, e o Pai em mim; crede-me, ao menos, por causa das mesmas obras”.

Hebreus 1.1-3 – “HAVENDO Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo. O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas alturas”.

3. Como encontrar com Deus?

Jeremias 29.13 – “E buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes com todo o vosso coração”.

Blaise Pascal (1623-1662) - “Há dois tipos de pessoas: As que têm medo de perder Deus e as que têm medo de o encontrar”.

4. O crê em Deus passa pela fé confessional no seu Filho, Jesus Cristo.

Mateus 10.32-33 – “Portanto, qualquer que me confessar diante dos homens, eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus.
Mas qualquer que me negar diante dos homens, eu o negarei também diante de meu Pai, que está nos céus”.

5. Não seja incrédulo, seja crente!

João 20.27 – “Depois disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; e chega a tua mão, e põe-na no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente”.

6. Como a pregação do evangelho surte efeito? Funciona quando se põe fé na mensagem.

Hebreus 4.2 – “Porque também a nós foram pregadas as boas-novas, como a eles, mas a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porquanto não estava misturada com a fé naqueles que a ouviram”.

7. O maior pecado é a incredulidade uma vez que desencaminha para pecaminosidades consequentes.

João 16.7-11 – “Todavia, digo-vos a verdade: que vos convém que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, se eu for, enviar-vo-lo-ei. E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça, e do juízo: do pecado, porque não creem em mim; da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais; e do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado”.

8. II Tm 3.1-5 – O apóstolo Paulo escreveu acerca da corrupção dos homens, nos últimos tempos e identificou sua geração em torno de 20 adjetivos.

II Timóteo 3.7 - “que aprendem sempre e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade”. Faltam-lhes o temor, consideração a Deus, aquele que os criou (Pv 9.10;14.27; Gn 1.26-27; At 17.26).

Parafraseando: Aprendem! Aprendem! E não chegam ao conhecimento da verdade de Deus aos homens.

9. As consequências sobre aqueles que não tiveram a amor à verdade, antes tiveram prazer na iniquidade.

II Ts 2.10-12 -  “E com todo engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. E, por isso, Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam na mentira, para que sejam julgados todos os que não creram na verdade; antes, tiveram prazer na iniquidade”.

Por Samuel P M Borges

Bacharel em Direito e Teologia

Natal/RN – Maio /2022.

 

Fontes de Pesquisas:

Bíblia Sagrada.

Revista Ultimato Novembro-Dezembro 2005.

www.significados.com.br/deísmo/

Centro Apologético Cristão de Pesquisas – CACP

https://www.algosobre.com.br/sociofilosofia/determinismo.html - Pesquisa em 10/05/2022.

https://www.todamateria.com.br/positivismo/ - Pesquisa em 10/05/2022.

https://mundoeducacao.uol.com.br/filosofia/sofistas - Pesquisa em 10/05/2022.

https://www.todamateria.com.br/niilismo/ - Pesquisa em 10/05/2022.

Anotações Pessoais.

 

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