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terça-feira, 10 de maio de 2022

Descrenças, crenças e meias crenças em torno de Deus

Os que não creem

Descrente – Aquele que descrê de tudo aquilo que a razão não explica. O mesmo que cético ou incrédulo. Para os céticos, uma afirmação para ser provada exige outra, que requer outra, até o infinito. Questiona as bases do conhecimento metafísico, científico, moral e, especialmente, o religioso.

Existencialista – Aquele que entende que a existência precede a essência. Isto é, o homem primeiro existe no mundo - e depois se realiza, se define por meio de suas ações e pelo que faz com sua vida. Na versão de Friedrich Nietzsche, Jean Paul Sartre e Albert Camus, o existencialista rejeita a ideia de um Criador pessoal que existe acima do Universo e do qual o Universo depende. Nesse caso, o mundo todo é absurdo e sem sentido. O existencialista coloca sobre o homem toda a responsabilidade por suas ações. No existencialismo não há nenhuma natureza humana ou Deus que nos defina como homens.

Humanista – Aquele que se orienta expressamente por uma perspectiva antropocêntrica. O humanista secular é aquele que possui um conjunto de crenças e valores inteiramente não-religiosos, assumindo uma postura anti-teísta e anti-sobrenaturalista. 

Iluminista – Aquele que acredita que a verdade deve ser obtida por meio da razão, estudando os fenômenos naturais e sociais. Eram Deístas em certa medida. Ou seja, acreditavam em Deus, mas que este Deus agiria indiretamente nos homens, através das leis naturais. As   pessoas, por natureza, seriam boas, os problemas, as desigualdades sociais foram colocadas e provocadas pelo próprio homem, dentro da organização social. O objetivo filosófico era a busca da felicidade. Eram contra a injustiça, intolerância religiosa e a concentração de privilégios nas mãos de poucos e estes subjugavam outros.

Livre-pensador – Aquele que em matéria religiosa pensa livremente, só aceitando as doutrinas que se harmonizam com a sua razão. 

Materialista – Aquele que acredita que tudo é matéria ou redutível a ela ou, na linguagem bíblica, aquele que se desvia de Deus, a fonte de água viva, e cava suas próprias cisternas, que não retêm água alguma (Jr 2.13). 

Positivista – Aquele que defende a ideia de que o conhecimento científico seria a única forma de conhecimento verdadeiro. Ele ver a religião como desvio e anomalia, presta culto à ciência, ao humanismo e ao material em detrimento do metafísica ou sobrenatural.  

Racionalista – Aquele que valoriza de maneira única e desproporcional a razão, com exclusão ou menosprezo dos sentidos, dos sentimentos e da revelação.

Realista – Quem valoriza os fatos ou a realidade dos fatos e despreza o imaginário romântico e as simbologias representativas da vida. Os personagens são descritos, revelando seu o lado negativo. O realista procura uma explicação lógica, objetiva para as atitudes dos personagens, considerando a soma de fatores que justificam ou não as suas ações. Então, é de certa forma, oposto ao pensamento romântico. O amor é materializado, sendo a mulher apenas objeto de prazer, adultério, etc...

Fatalista – Aquele que acredita que tudo acontece pelo que está estabelecido antecipadamente pelo destino. Pessoa que acredita que as coisas acontecem porque têm de acontecer. Nem Deus e nem o homem interfere nos acontecimentos. É uma forma de determinismo. O destino é fixo, não controlado ou influenciado pela vontade humana. O que encontramos determinado, nas Escrituras, fixado por Deus são os tempos dantes ordenados, os limites da habitação humana na terra, bem como o julgamento dos homens (Atos 17.26,30-31). O destino em si não pode ser endeusado.

Empirista – Aquele que a veridicidade ou falsidade de um fato deve ser verificada por meio dos resultados de experiências e observações. Para o empirista, o inglês John Locke (1632-1704), a mente humana é uma tábula rasa, um quadro branco. “Nada pode existir na mente que não tenha passado antes pelos sentidos”. Ignorava complemente a queda espiritual do homem em relação a Deus (Sl 51.5; Rm 5.12; 6.23). Muito menos distinguia a alma do espírito humano (Hb 4.12).

Determinista – Acredita que a totalidade dos fenômenos constitutivos da realidade se encontra submetida a determinadas leis, estas sendo compreendidas como possuindo caráter natural. Tais leis, ainda, são consideradas como sendo regidas por uma relação de causalidade. O determinismo se baseia na concepção mecanicista do mundo físico. A impossibilidade de prova decorre, como consequência, de seu universalismo. Existem duas posições deterministas: Parcial ou radical. O determinismo, ao ser aplicado a todas as esferas da vida humana, exclui a capacidade de análises, decisões e escolhas humanas. E, portanto, é a negação da liberdade do homem. Pobre infeliz! A proposta do evangelho de Jesus Cristo é trazer o homem à liberdade pela verdade. E esta, está nele (João 8.32,36).

Niilista - Do latim, o termo “nihil” significa “nada”. É a compreensão de que a vida não possui nenhum sentido ou finalidade. Uma filosofia apoiada no ceticismo radical, destituída de normas indo contra os ideais das escolas materialistas e positivistas. O niilismo está pautado na subjetividade do ser, onde não existe nenhuma fundamentação metafísica para a existência humana. Ou seja, não há verdades absolutas que alicercem a moral, os hábitos ou as tradições. Ou seja, parte do nada para nada. A não ser que faça prevalecer “A Morte de Deus” e o homem se torna “Um Super-Homem”, segundo o niilista Friedrich Nietzsche (1844-1900), na proposição da “ausência de sentido”. Desse modo, Friedrich volta à estaca zero: “Disseram os néscios (ignorantes) no seu coração: Não há Deus. Têm se corrompido, fazem-se abomináveis em suas obras...(Sl 14.1). Resta-lhe aguardar se cumprir o juramento divino: “...Pela minha vida, diz o Senhor, todo joelho se dobrará diante de mim, e toda a língua confessará a Deus. De maneira que cada um de nós, dará conta de si mesmo a Deus” (Rm 14.11-12).

Ateísta - É aquele que nega a existência de Deus. O ateísta prático nega apenas na prática a existência de Deus, enquanto o ateísta dogmático nega na prática e na teoria a existência de Deus. O ateísmo absoluto é raro e tem muito menos adepto do que o ateísmo demonstrado pela indiferença quanto à pessoa de Deus. A palavra grega atheos, que quer dizer “sem Deus”, aparece uma única vez nas Escrituras, quando Paulo descreve a situação dos efésios antes da conversão: “Naquela época vocês estavam [...] sem esperança e sem Deus no mundo” (Ef 2.12).

Agnóstico - É aquele que considera os fenômenos sobrenaturais inacessíveis à compreensão humana. A palavra deriva do termo grego agnostos que significa “desconhecido" ou "não cognoscível”. Ou seja, é aquele que se diz desprovido de meios para conhecer Deus e outras realidades metafísicas (não-palpáveis ou invisíveis). O termo foi criado pelo zoólogo inglês Thomas H. Huxley (1825-1895), porém a base filosófica do agnosticismo foi lançada cem anos antes pelo filósofo escocês David Hume (1711-1776) e pelo filósofo alemão Immanuel Kant (1724-1804). Do ponto de vista bíblico o homem não pode chegar a Deus pela razão, mas por meio de uma decisão pessoal com uma experiência de fé.

Os que creem parcialmente

Deísta – Aquele que aceita a existência de um Deus destituído de atributos morais e intelectuais, sem fazer uso de qualquer espécie de revelação divina. Acreditam que Deus não é uma questão de fé ou suspensão da descrença, mas uma conclusão lógica baseada na evidência dos sentidos e da razão. São avessos às crenças, à religião, ao culto e aos atos cerimonias de expressão da fé.

Universalista “cristão” (Reconciliação Universal) – Ele crê que existe um Deus cuja natureza é o amor. E não age independente de seu amor. Não haverá punição eterna para o pecado. Dizem que Deus finalmente restaurará toda a família humana à santidade e à alegria. Observa-se que os universalistas negam a justiça e os juízos de Deus, seja de redenção ou de punição, bem como o inferno, lago de fogo, destino final do diabo, demônios e dos incrédulos.

Teísta – Aquele que reconhece, crê em um ser Supremo, pessoal, o oposto do ateu. Entretanto, pode variar em suas crenças acerca de Deus, a depender do tipo de teísmo que pratica.

Politeísta - É aquele que acredita na existência de muitos deuses e deusas. Depois que a humanidade perdeu a noção de monoteísmo, Deus mesmo separou Abraão e fez dele um povo para levantar a bandeira do monoteísmo em meio ao politeísmo pagão. Naquele estágio da humanidade era tão importante que o primeiro mandamento do Decálogo proíbe terminantemente o politeísmo: “Não terás outros deuses além de mim” (Êx 20.3). E visava também com o advento do Messias, a identidade do Deus verdadeiro, como o único redentor da humanidade (Is 43.11; Lc 3.6).

Panteísta – É aquele que acredita que tudo é Deus e Deus é tudo. Deus e a natureza identificam-se um com o outro. Trata-se de uma mistura imprópria, descabida do Criador com a Criação, sendo Deus um ser pessoal e eterno, enquanto o mundo é material e finito. Há vários tipos de panteísmo. Um deles, o panteísmo absoluto, ensina que os seres humanos devem superar sua ignorância e perceber que são deuses. Essa corrente de pensamento faz parte da cosmovisão da maioria dos hinduístas, de muitos budistas e de outras religiões da Nova Era.

Henoteísta – Aquele que adora um dos muitos deuses do panteão, sem negar a existência dos outros. Também chamado de monólatra. 

Gnóstico – (do grego gnostikós) - Seguidor do gnosticismo primitivo, um misto de filosofia e religião pagã, e se dizia os únicos a possuírem um conhecimento perfeito de Deus. Acreditava e defendia um dualismo entre o mundo espiritual e o material. A matéria era corruptamente má.

Sofistas – Eram mestres na retórica e na oratória, embora sem uma escola filosófica estabelecida (Século IV e V a. C.). Acreditavam que a verdade é múltipla, relativa e mutável. Protágoras foi um dos mais importantes sofistas, dizia ele: “O homem é a medida de todas as coisas”. Para os sofistas importavam ganhar na argumentação, ainda que não fossem válidas ou verdadeiras, ou seja, não estavam interessados pela procura da verdade e sim pelo refinamento da arte de vencer discussões. A verdade era determinada pelo contexto de tempo e espaço. Para os sofistas, é mais provável que os deuses não existam, mas eles não rejeitavam completamente a existência, como Platão, por exemplo. Portanto, quanto aos deuses eles são mais próximos do agnosticismo do que do ateísmo. Ao cristão, cabe-lhe seguir o conselho paulino (II Co 13.8): “Porque nada podemos contra a verdade, senão pela verdade”. Na atualidade, sofismas são usados como uma estratégia de manipulação de massas, comumente para fins comerciais e políticos.

Aplicação da postagem:

Henri Jozef Machiel Nouwen, católico holandês, teólogo, padre e escritor (1932-1996): 

“É possível permanecer flexível sem tornar-se relativista, convincente sem tornar-se rígido, voluntarioso sem torna-se ofensivo ou áspero, gentil e perdoador sem abrir mãos das convicções, e um verdadeiro defensor da fé sem tornar-se manipulador, controlador ou opressor”.   

1. O homem ateu que ignora Deus, está enquadrado nas Escrituras.

Salmos 14.1 – “DISSERAM os néscios nos seus corações: Não há Deus. Têm-se corrompido, fazem-se abomináveis em suas obras, não há ninguém que faça o bem”.

2. Como Deus tem se revelado aos homens?

Salmos 19.1-3 – “OS céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos. Um dia faz declaração a outro dia, e uma noite mostra sabedoria a outra noite. Não há linguagem nem fala onde não se ouça a sua voz”.

Romanos 1.19-20 - Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder como a sua divindade, se entendem, e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis”.  

João 14.6-11 - Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim. Se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai; e já desde agora o conheceis, e o tendes visto.  Disse-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, o que nos basta. Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai? Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras. Crede-me que estou no Pai, e o Pai em mim; crede-me, ao menos, por causa das mesmas obras”.

Hebreus 1.1-3 – “HAVENDO Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo. O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas alturas”.

3. Como encontrar com Deus?

Jeremias 29.13 – “E buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes com todo o vosso coração”.

Blaise Pascal (1623-1662) - “Há dois tipos de pessoas: As que têm medo de perder Deus e as que têm medo de o encontrar”.

4. O crê em Deus passa pela fé confessional no seu Filho, Jesus Cristo.

Mateus 10.32-33 – “Portanto, qualquer que me confessar diante dos homens, eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus.
Mas qualquer que me negar diante dos homens, eu o negarei também diante de meu Pai, que está nos céus”.

5. Não seja incrédulo, seja crente!

João 20.27 – “Depois disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; e chega a tua mão, e põe-na no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente”.

6. Como a pregação do evangelho surte efeito? Funciona quando se põe fé na mensagem.

Hebreus 4.2 – “Porque também a nós foram pregadas as boas-novas, como a eles, mas a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porquanto não estava misturada com a fé naqueles que a ouviram”.

7. O maior pecado é a incredulidade uma vez que desencaminha para pecaminosidades consequentes.

João 16.7-11 – “Todavia, digo-vos a verdade: que vos convém que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, se eu for, enviar-vo-lo-ei. E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça, e do juízo: do pecado, porque não creem em mim; da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais; e do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado”.

8. II Tm 3.1-5 – O apóstolo Paulo escreveu acerca da corrupção dos homens, nos últimos tempos e identificou sua geração em torno de 20 adjetivos.

II Timóteo 3.7 - “que aprendem sempre e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade”. Faltam-lhes o temor, consideração a Deus, aquele que os criou (Pv 9.10;14.27; Gn 1.26-27; At 17.26).

Parafraseando: Aprendem! Aprendem! E não chegam ao conhecimento da verdade de Deus aos homens.

9. As consequências sobre aqueles que não tiveram a amor à verdade, antes tiveram prazer na iniquidade.

II Ts 2.10-12 -  “E com todo engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. E, por isso, Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam na mentira, para que sejam julgados todos os que não creram na verdade; antes, tiveram prazer na iniquidade”.

Por Samuel P M Borges

Bacharel em Direito e Teologia

Natal/RN – Maio /2022.

 

Fontes de Pesquisas:

Bíblia Sagrada.

Revista Ultimato Novembro-Dezembro 2005.

www.significados.com.br/deísmo/

Centro Apologético Cristão de Pesquisas – CACP

https://www.algosobre.com.br/sociofilosofia/determinismo.html - Pesquisa em 10/05/2022.

https://www.todamateria.com.br/positivismo/ - Pesquisa em 10/05/2022.

https://mundoeducacao.uol.com.br/filosofia/sofistas - Pesquisa em 10/05/2022.

https://www.todamateria.com.br/niilismo/ - Pesquisa em 10/05/2022.

Anotações Pessoais.

 

quarta-feira, 4 de maio de 2022

Disciplina e Equilíbrio

Vinte e um “se” para uma vida equilibrada e saudável


Se você abriu, feche.

Se algo é de graça, por favor não desperdice.

Se você acendeu, apague.

Se você ligou e não necessita mais, desligue.

Se você não sabe como funciona, não mexa.

Se você quebrou, conserte.

Se não sabe como consertar, chame quem o faça.

Se você desarrumou, arrume.

Se você fez, assuma.

Se você pediu emprestado, devolva.

Se você sujou, limpe.

Se está usando um material ou equipamento, tenha zelo.

Se você for usar o que não lhe pertence, peça licença.

Se algo não diz respeito a você, não se intrometa.

Se você não veio para ajudar, não atrapalhe.

Se você prometeu, cumpra.

Se você ofendeu a alguém, peça desculpa.

Se você falou, assuma.

Se você tiver uma ideia, apresente-a.

Se você seguir estes preceitos, tanto no lar, no trabalho, na casa de Deus ou em qualquer ambiente certamente viverá melhor.

 

Fonte: Núcleo Irradiador da Qualidade – Banco do Brasil

Adaptado e postado por Samuel Pereira de Macedo Borges

Natal/RN, 04/05/2022.

segunda-feira, 2 de maio de 2022

Aprendendo a valorizar as conquistas!

 


O dono de um pequeno comércio, amigo do grande poeta Olavo Bilac, abordou-o na rua: Sr. Bilac, estou precisando vender o meu sítio, que o Sr. tão bem conhece. Poderá redigir o anúncio para o jornal? Olavo Bilac apanhou o papel e escreveu: "Vende-se encantadora propriedade, onde cantam os pássaros ao amanhecer no extenso arvoredo, cortada por cristalinas águas de um ribeirão. A casa banhada pelo sol nascente, oferece a sombra tranquila das tardes na varanda. Meses depois encontra o poeta com o homem e pergunta-lhe se havia vendido o sítio. "Nem pensei mais nisso", disse o homem. "Quando li o anúncio é que percebi a maravilha que tinha”.

 Autor desconhecido

o cristão não deve ser um materialista. Entretanto, cabe-lhe dar valor as vitórias alcançadas, debaixo da boa mão de Deus.


Samuel P M Borges

Natal/RN, 02/05/2022.


quinta-feira, 24 de março de 2022

Câmara Municipal de Natal - Criando mais Custos para Sociedade

http://samuca-borges.blogspot.com/2021/12/aumento-salarios-vereadores-de-natal-rn.html

Veja acima, os vereadores de Natal já lhes deram aumento, bem além da inflação oficial.


Acorda Sociedade Civil Potiguar! 

Mais aumentos nos custos do Legislativo Municipal, para Sociedade pagar com seus impostos

Emenda à Lei Orgânica Municipal para verba indenizatória de membros da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Vereadores é uma agressão à Ética e a Moral Pública, notícia veiculada no Jornal da Cidade, pela 94.3 FM Rádio Cidade, em 24/03/2022.

São autores do projeto de emenda à Lei Orgânica: Vereadores Paulinho Freire, Felipe Alves e Aroldo Alves.

50% do salário para o presidente, 25% para 1º e 2º secretário e 10% para demais membros. Essas funções já fazem parte de suas atribuições. Se outros órgãos, outras Câmaras, por manobras legislativas já recebem, não deixa de ser uma afronta à sociedade potiguar e Brasileira. Vergonhoso!

A verdade é: Políticos brasileiros já ganham e muito, e estão aquém do desempenho parlamentar esperado pela sociedade.  

O que realmente a Sociedade Civil precisar fazer é exigir a redução dos recursos para as Casas Legislativas da Estrutura Política no país: Câmaras de Vereadores, dos Deputados Estaduais, Federais e no Senado. Essas Casas estão inchadas de regalias e cargos, sem o retorno equitativo à sociedade. 

E os cidadãos ficam à mercê da ilegalidade velada, via legalidade em causas próprias. São injustiças sobre injustiças.

Na verdade: O que estão fazendo? Em razão dos riscos de desviar verbas públicas, através de “rachadinhas” e outros meios levianos, estão criando novas remunerações, benefícios, vários órgãos, como:

a) Investir em educação (fora da finalidade do Legislativo) para os servidores das Casas Legislativas e para sociedade, dizem;

b)TVs (para propagar suas ações muito pouco eficientes para o Coletivo);

c) mais PROCONs (sem necessidade e que não atingem suas finalidades, só mais cargos a distribuir e mais despesas ao erário);

d) e continuam acrescentando privilégios sobre privilégios. Enquanto isso faltam recursos para os deveres básicos e primários dos Municípios, Estados e da União.

O que está evidente é a sobra recursos públicos nas Casas Legislativas do país.

Não há dúvidas: Como estão os Poderes estruturados no país, é uma sangria de recursos públicos e só perpetuam, muitas dessas figuras, sem nenhum escrúpulo, no Poder Público.

Só a Sociedade Civil consciente, unida e organizada, bem articulada poderá propor e exigir Emendas à Constituição, visando mudar a realidade social da Política Brasileira de Exploração, pelos que dizem e não nos representam efetivamente nos INTERESSES COLETIVOS, na sua maioria, escondida por trás de véus de legalidades. 


Por Samuel P M Borges

Ação Cidadania!

Natal/RN 24/03/2022.

quarta-feira, 16 de março de 2022

O Armagedom

 

A palavra “Armagedom” vem da palavra grega “Har-Magedone”, que significa Monte, Montanha Megido ou Meguido. Essa palavra passou a ser sinônimo da batalha futura na qual Deus vai intervir e destruir os exércitos do anticristo como predito em profecia bíblica (Apocalipse 16.12-16; 19.11-21;20.1-3). Muitos povos vão fazer parte da batalha do Armagedom e unirão suas forças para lutar contra aquele que vem montado no cavalo branco, o Fiel e Verdadeiro..., o Rei dos Reis, o Senhor dos Senhores (Ap 19.11-16) e seu exército (Ap 19.19).

Nota: O Armagedom não se trata de um dualismo de forças entre o bem o mal. Deus é o Soberano, não mede forças com satanás e nem com homens rebeldes.  A seu tempo executará todo o juízo sobre o mundo dos homens que não tiveram amor à verdade para se salvarem, e sobre o diabo e suas hostes infernais da maldade.  

Mt 24.29-30 – “E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória”.

Zc 13.8-9 – “E acontecerá em toda a terra, diz o SENHOR, que as duas partes dela serão extirpadas, e expirarão; mas a terceira parte restará nela. E farei passar esta terceira parte pelo fogo, e a purificarei, como se purifica a prata, e a provarei, como se prova o ouro. Ela invocará o meu nome, e eu a ouvirei; direi: É meu povo; e ela dirá: O SENHOR é o meu Deus”.

O texto profético supra pode ser uma revelação de que 2/3 do povo judeu serão exterminados. Entendo que ocorrerá durante o período da Tribulação de sete anos, especialmente nos três anos e meio últimos (Jr 30.7). Tempo de angústia para Jacó (Israel). Porém, será salvo. Disse Jesus, se aqueles dias não fossem abreviados nenhuma carne se salvaria (Mt 24.22).

O local do Armagedom

Ap 16.16 - Será na planície de Esdraelom, ao redor da colina chamada Megido, que fica no norte de Israel, a cerca de 32 quilômetros a sudeste de Haifa.

Jerusalém, a capital de Israel, a cidade com mais de 3.000 anos, estará no olho do furacão do Armagedom. 

Zc 12.2-3 – “Eis que eu farei de Jerusalém um copo de tremor para todos os povos em redor, e também para Judá, durante o cerco contra Jerusalém.  E acontecerá naquele dia que farei de Jerusalém uma pedra pesada para todos os povos; todos os que a carregarem certamente serão despedaçados; e ajuntar-se-ão contra ela todo o povo da terra”.

Zc 12.9 – “E acontecerá naquele dia, que procurarei destruir todas as nações que vierem contra Jerusalém”.

Zc 14.3-4 - “E o SENHOR sairá, e pelejará contra estas nações, como pelejou, sim, no dia da batalha. E naquele dia estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; e o monte das Oliveiras será fendido pelo meio, para o oriente e para o ocidente, e haverá um vale muito grande; e metade do monte se apartará para o norte, e a outra metade dele para o sul”.

Ap 14.19-20;19.15 – Entretanto, quando Jesus vier para a peleja, irá pisar “o lagar do vinho do furor da ira do Deus Todo-Poderoso”, fora da cidade.

Quando ocorrerá o Armagedom?

De acordo com Daniel 11.40-45;12.1; Joel 3.1-2;9-17; Zacarias 14.1-4; Apocalipse 16.14-16, essa grande batalha acontecerá nos últimos anos da Grande Tribulação.

Há uma linha escatológica de que o Armagedom será uma série de campanhas bélicas até culminar com o dia "D", quando socorro virá do alto em favor de Israel.

As Escrituras têm profecias fartas a respeito do Armagedom. Ninguém se deixe enganar. Não é uma alegoria literária ou um mito. O Armagedom será um evento de proporções apocalípticas trágicas para Israel e aqueles que desafiam a Jeová, o Senhor!

O povo de Israel está em processo de restauração espiritual, até reconhecerem aquele a quem traspassaram.

Ap 1.7-8 – “Eis que vem com as nuvens, e todo o olho o verá, até os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim. Amém. Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso”.

Será que os capítulos de Ezequiel 38 e 39 se referem à Batalha do Armagedom? Tentarei, com ajuda do alto, responder a pergunta formulada.

Ez 38.1-3;14 – A profecia é contra Gogue e terra Magogue. Com ele virão muita gente que subirão do Norte. Gogue é também príncipe e chefe de Meseque e de Tubal (Ez 38.3).

Em Gn 10.2 – Magogue (citas e russos), Mesegue (Rússia) e Tubal (Turquia) são três dos sete filhos de Jafé – Então, podem ser seus descendentes que participarão desta batalha com Gogue. Jafé é pai das raças arianas e indo-europeias.

Quanto à simbologia de Gogue, existem duas interpretações predominantes:

a) Gogue representa o governante russo e Magogue ex-repúblicas socialistas soviéticas, (URSS foi dissolvida em 1991), e outras nações europeias e orientais.

b) Gogue é a representação da iniquidade, ou do iníquo (II Ts 2.1-12) em oposição a Deus, no fim dos tempos. 

Em relação à batalha de Ez 38 e 39 e a narração de Ap 20.7-9, não existe conexão.  Ap 20.7-9, ocorrerá após o Milênio e no texto Gogue e Magogue figuram, respectivamente, o seu líder e as nações pagãs contra Deus. Na primeira tentação para o mal, cedem ao diabo. Na tentativa de batalhar contra o povo de Deus, o juízo divino será repentino e fulminante, fogo do céu os devorará.

Países aliados às forças de Gogue:

Pérsia – atual Irã - capital Teerã, com 82,7 milhões de habitantes (2022).

Etiópia – povo de raça etíope (Dn 11.43).

Pute – Líbia – ao norte da África (Dn 11.43) - Capital Trípoli. Com a onda da primavera árabe, caiu o ditador Muammar Gaddafi (1942-2011).

Ez 38.6 - Gômer e suas tropas (nação situada ao norte do mar negro.  Togarma – Armênia – “suas tropas e muitos povos contigo”.

Ap 16.12;14, faz menção aos reis do Oriente (China e outros), e demais reis de todo o mundo, inflamados pelos poderes do mal e irão se congregar para a batalha no grande Dia do Deus Todo-Poderoso, no Armagedom (Ap 16.16).

Poderão fazer parte também dos aliados os dez reis, representados nos dez dedos que ressurgiram do antigo Império Romano, simbolizado tanto na imagem de Dn 2.40-4, com no quarto animal de Dn 7.7. A ponta pequena de Dn 7.8 é o anticristo. E em Dn 2.44 faz menção de que o Deus do céu levantará um reino que jamais terá fim, corroborando com Dn 7.13-18.

Dr. Wim Malgo (1922-1992, escritor cristão holandês, fundador da Obra Missionária Chamada da Meia Noite): “Devemos procurar dez estruturas de poder que se desenvolverão por iniciativa europeia, mas serão globais”.

O Império Romano na História e na Escatologia Bíblica.

A Roma Republicana:

“No ano de 509 a.C., a monarquia etrusca que controlava Roma foi derrubada com a deposição do rei Tarquínio. Em seu lugar, vemos a instituição da República, um tipo de governo marcado pela criação de vários cargos políticos e controlado pela elite proprietária de terras romanas”.  E se estendeu até 27 a.C., quando se tornou um Império.

Império Romano Ocidental – capital Roma - 146 a.C. a 395 d.C.

Império Romano do Oriente – capital Constantinopla – 395-1453 d.C.

O Império Romano foi dividido em duas partes – simbolizado nas duas pernas da estátua de Dn 2. O Imperador Constantino assim o fez quando fundou Constantinopla (hoje Istambul) e ali estabeleceu a sua capital, deixando o Ocidente a cargo do bispo de Roma.

O império foi se deteriorando, porém religiosamente se manteve coeso pela Igreja mundial na época, a Igreja Católica (universal) Romana.

No ano 1.054, houve o cisma numa disputa sobre quem seria o chefe da Igreja. O papa Leão IX de Roma excomungou Miguel Cerulário, Patriarca de Constantinopla, separando o Catolicismo Romano da Igreja Ortodoxa do Oriente, divisão que existe até hoje.

Finalmente, o Império Romano caiu, foi destruído ou não? Como ele pode ressurgir? Segundo os especialistas em Escatologia, ele continuou a existir em estado latente há séculos.

A influência do romanismo europeu está impregnada em todos os Continentes, pela língua, cultura e pela ciência jurídica romano-europeias.

a) nas Américas todas as 35 nações falam línguas e raízes europeias.

b) na África 53 nações foram estabelecidas ou influenciadas pelos poderes coloniais europeus.

c) para o leste da Europa está a Ásia. A maior parte do Continente, foi em um momento ou outro, subjugado pelos poderes coloniais europeus.

d) o Continente Australiano, membro da Comunidade Britânica, até a década de 1960, a imigração era limitada aos europeus.

e) a diversidade nas nações europeias tem sido determinante no seu poder de domínio e conquistas. 

Portanto, não é de estranhar o ressurgimento do Império Romano, a partir de sua influência colonial e cultural.

Ez 38.19-20 – “Porque disse no meu zelo, no fogo do meu furor, que, certamente, naquele dia haverá grande tremor sobre a terra de Israel; de tal modo que tremerão diante da minha face os peixes do mar, e as aves do céu, e os animais do campo, e todos os répteis que se arrastam sobre a terra, e todos os homens que estão sobre a face da terra; e os montes serão deitados abaixo, e os precipícios se desfarão, e todos os muros desabarão por terra”.

Ez 38.8;11-12;16-20 - O inimigo comum na batalha será o povo de Israel, que se ajuntou de muitas nações, e que estará habitando seguro, sem portas, sem ferrolhos e sem muros (Ez 38.11), dá entender que nesses dias Israel terá feito um acordo de paz e se sentirá seguro. Será uma paz aparente.  E bem como toda a humanidade incrédula será ludibriada com a farsa de promessas enganosas de uma liderança mundial (I Ts 5.3). “...quando disserem: Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição...”.

Quando lemos os capítulos de Ezequiel 38 e 39, com todo o seu simbolismo, livro escrito no 6º século a. C., encontramos motivos para crê que ainda não se cumpriu, e não se trata de outra batalha, senão a do Armagedom apocalíptico (Ap 16.16). 

Os oponentes de Israel serão derrotados por um fortíssimo terremoto como nunca houve, pela peste, sangue, grandes pedras de saraiva, fogo e enxofre, aves e animais comerão as carnes dos poderosos naqueles dias, etc. (Ez 38.19-23;39.4;12;17-19), a glória e a ira de Deus manifestada sobre as nações, muita mortandade, corroboram com os textos de Ap 14.20;16.12-21;19.17-21.

Ez 38.16 – O próprio Deus se identifica com Israel, o meu povo e a sua terra, o território de Israel, “contra a minha terra”, face ao ataque bélico de Gogue e seus aliados.

Joel 3.1-2 – Deus fala através do profeta Joel que entrará em juízo com todas nações no vale de Josafá (em hebraico, onde o Senhor julga) por causa do seu povo e sua herança, Israel, a quem espalharam entre as nações e “repartiram a minha terra”.

(Em 29 de novembro de 1947, a Resolução 181 da ONU dividiu os 23% que restaram da “Palestina”, depois da retirada de 77% para criar a Jordânia. Desse reduzido território, 56% (13% do mandato original) foram designados para a criação do Estado Judeu, e 42% para a criação do Estado Árabe, e 2% ficaram como uma zona internacional, envolvendo os lugares santos situados dentro e nos arredores de Jerusalém. Os seis delegados árabes do Iraque, Síria, Líbano, Egito, Arábia Saudita e Yêmem deixaram a ONU irritados e rejeitaram a proposta).

Fato é: Sem adentrar aos antecedentes históricos (muitas perseguições, humilhações, lágrimas, sangue e mortes por extermínios...) em direção ao fim da dispersão judaica, com base na Resolução 181 da ONU, Israel declarou a sua Independência, em 14 de maio de 1948, em cumprimento a Isaías 66.8-10, a restauração Nacional de Israel.

Em Joel 3.1-21, entre outras passagens bíblicas, encontramos uma descrição profética da restauração Espiritual de Israel.

Ez 38.18;21-23 - Naquele dia a indignação do Senhor Jeová subirá aos seus narizes e pelejará em favor de Israel, com livramentos sobrenaturais, engrandecerá e santificará o seu nome perante muitas nações e saberão que Ele é o Senhor.

Dave Hunt (1926-2013, escritor americano, profundo conhecedor das profecias bíblicas, um dispensacionalista pré-tribulacionista) – “Não houve uma intervenção milagrosa em favor das vítimas do holocausto, mas ela acontecerá no Armagedom”.

Ez 39.4 - Gogue e seus aliados cairão nos montes de Israel e servirão às aves de rapina e demais aves e aos animais do campo, serão dados por pasto. Estas aves comerão a carne dos poderosos e beberão a carne dos príncipes até se fartarem (Ez 39.17-19). 

É oportuno lembrar que anualmente passam por Israel aves de toda espécie, fazendo migrações naquela região, rica em alimentos, e ali permanecem por cerca de 60 dias. É provável e possível que essas aves atendam ao convite angelical de Ap 19.17-18.

Ez 39.7 – O nome santo do Senhor será conhecido em Israel e nunca mais deixará ser o seu nome profanado e saberão as nações que Ele o Senhor, é o Santo de Israel. Observa-se que o texto aponta para uma batalha final contra Gogue e os povos gentílicos.

Ez 39.11-12 – Os judeus levarão sete meses sepultando cadáveres e diz o Senhor: Em Israel dará um lugar de sepultura à Gogue e toda a sua multidão e chamarão o lugar o Vale da Multidão de Gogue.

Qual o Propósito do Armagedom? Ratificar a Soberania de Deus:

a) Ocasião em que, do alto, virá livramento para o povo judeu (Zc 12.1-9;13.8-9;14.2-4; Mt 24.21-22;29-30; Ap 1.7).

b) Ao demonstrá-la sobre os governos gentios de homens rebeldes (Is 66.15-16,18; At 17.30-31; II Ts 1.7-8). E sobre a trindade satânica (O dragão, a besta e o falso profeta (Ap 19.19-20;20.1-3). 

Naquele dia Jesus Cristo, com todo o poder no céu e na terra (Mt 28.18; Jo 3.35; At 17.30-31; I Co 15.24-28) julgará todo mal reinante e estabelecerá um reino universal de justiça, paz e prosperidade”. 

A Babilônia política e a eclesiástica – Babel significa confusão

Importante destacar, brevemente, a figura da Babilônia em Ap 16.19 e capítulos 17 e 18. Ela terá duas faces no fim dos tempos: Uma política (Ap 17.8-17) e outra religiosa/eclesiástica (Ap 17.1-7;18.1-24).

Nas Escrituras, muitas vezes, as profecias proferidas apontam para uma perspectiva presente e/ou outra futura. E ricas em símbolos.  

a) A Babilônia eclesiástica é a grande meretriz (Ap 17.1,15) e será destruída pela Babilônia política (Ap 17.15-18), para que só a primeira besta (o anticristo) seja objeto de culto (II Ts 2.3-4).

b) A segunda besta é o falso profeta, promovendo a primeira besta e sua imagem (Ap 13.11-15).

c) A Babilônia política é o império confederado da besta, a última forma de domínio mundial gentílico/pagão.

d) O poder da Babilônia política será destruído pelo Senhor Jesus quando descer em glória (II Ts 2.8; Ap 16.19;17.12-14;18.21), no contexto da Batalha do Armagedom.

e) E a mulher de Ap 17.9,18 é a grande cidade, “a mãe das meretrizes e das abominações da terra” (Ap 17.4-6), a qual já teve em alto grau domínio sobre os reis da terra, e hoje em menor grau, é muito provavelmente Roma. Universalmente, Roma é conhecida como a cidade das sete colinas (Ap 17.9).

Prostituição e luxúria (Ap 18.3;19.1-2) foram as suas práticas: Disseminação da idolatria, feitiçarias, propagação do falso culto com inúmeros mediadores e medianeiras entre Deus e os homens, quando só Jesus Cristo é o mediador legítimo (I Tm 2.5;At 4.12), poder papal e riquezas, venda de indulgências, inquisições responsáveis pelos milhares de assassinatos de inocentes, cristãos e judeus, sob a bandeira de uma cristandade corrompida e nos últimos dias, ecumênica.

Em 1929 foi criado o Estado do Vaticano Independente pelo Tratado de Latrão, assinado pelo Papa Pio XI e o ditador Benito Mussolini. A Igreja Católica recebeu uma indenização pela perda de território durante a unificação alemã. Em contrapartida abriu mão das terras conquistadas na Idade Média e reconheceu Roma como capital da Itália.

Em 1947, o Tratado de Ladrão passou a fazer parte da Constituição e o Papa teve que jurar neutralidade sobre temas e termos políticos.

Em 1978 o Tratado foi reformulado e o Catolicismo Romano deixou ser a religião oficial da Itália.

E com perda de influência política e religiosa, o romanismo procurou se abrir para dialogar com outras Igrejas, tratando de temas relacionados à realidade humana, buscando se contextualizar na Sociologia Contemporânea. 

Enfim, restará ser executado o Juízo do Grande Trono Branco de Ap 20.11-15, antes do novo céu e nova terra, a nova Jerusalém e se estabelecerá o Estado Eterno.

Então, considerando as profecias de Daniel dos capítulos 2, 7, 9 ao 12, os profetas Zacarias e Isaías 13, o sermão profético de Jesus, os escritos escatológicos paulino e o Apocalipse, é possível e razoável se crê que a batalha profetizada em Ezequiel 38 e 39, trata-se do Armagedom e não uma guerra de menor potencial ofensivo contra Israel, antes da grande Batalha do Armagedom.  

Em Síntese:

Este estudo segue a linha da Escatologia Bíblica na qual a Septuagésima Semana de Daniel (a Tribulação – sete anos de aflição sobre Israel e afetará todo o mundo), é citada no livro do Apocalipse a partir do capítulo 6 (abertura dos selos).  E seguem-se os relatos proféticos, incluindo alguns parêntesis correlacionados, porém a descrição da chamada Grande Tribulação começa no capítulo 11 até o 19, culminando com o Armagedom.

O Tempo dos Gentios (período do povo judeu debaixo do jugo das nações pagãs) , embora haver caído o Reino do Norte pelos assírios em 722 a.C.,  conta-se esse período a partir do cativeiro babilônico sobre Judá – Reino do Sul (586 a.C.). E em Ap 11.2 explica-se que os últimos três anos e meio da GT encerrará o Tempo dos Gentios, e portanto, deixará o povo judeu de ser pisado pelos gentios (Lc 21.24).

Mt 24.1-2, “...Em verdade vos digo que não ficará pedra sobre pedra que não seja derribada”. E Lucas 21.20 – “Mas, quando virdes Jerusalém cercada de exércitos, sabei, então, que é chegada a sua desolação”.

No ano 70 d.C. Jerusalém e o Templo Judaico foram destruídos e o Tempo dos Gentios de agravou sobre o povo judeu. Além da grande mortandade na luta contra os romanos, os judeus ficaram proibidos de acesso à Jerusalém.

Por volta do ano 132 d.C. os romanos começaram a reconstruir Jerusalém para ser uma cidade pagã dedicada ao Imperador Adriano (76-138 d.C.), com um templo sobre as ruínas do antigo Templo judeu, para adoração a Júpiter. Diante da profanação do lugar santo, os judeus resistiram por 2 anos e vencidos no ano 135 d.C., os romanos, cheios de indignação, mudaram o nome Canaã para Palestina, terra da Filístia ou terra dos filisteus. E expulsarem os judeus da região. Daí, começa a tentativa inimiga e histórica, tanto na dimensão física, política como espiritual, para fazer Israel perder a identidade com o seu território. 

Ap 16.12-16 – Estes versículos narram a trindade satânica, fazendo prodígios de mentira (II Ts 2.9), e se dirige para reunir governos do Oriente e de toda a Terra para a batalha, no grande dia do Deus Todo-Poderoso, no lugar que em hebraico se chama Armagedom.

Ap 19.11-21 – É uma bela descrição da vinda de Jesus em glória, com exércitos do céu, para:

1.Guerrear, ferir e vencer o confronto final contra a besta e os reis da terra e seus exércitos (Ap 19.19; II Ts 2.8).

2.Jesus virá pessoalmente, “ele mesmo” (Ap 19.15), para julgar e pelejar com justiça, e arruinará as nações aliadas ao anticristo, pisará o lagar fora da cidade, com furor e ira do Deus Todo-Poderoso (Ap 14.20).

3.Mt 25.31-46 – Narra o Julgamento das Nações gentílicas, representadas na coalizão de opositores à Israel. Como se trata de um texto escatológico e profético, o que se julgará é o tratamento dado à nação de Israel naqueles dias e em todos os tempos da sua trajetória terrena. Não tem a ver com obras de caridade religiosa. O caráter do Julgamento das Nações é geopolítico. Jesus, o justo juiz, saberá como fazê-lo e separará os bodes das ovelhas.

4.A besta e o falso profeta serão lançados vivos no lago de fogo (Ap 19.20). E demais oponentes, mortos com a espada que saia de sua boca (Ap 19.21).

5.Ap 20.1-3 – Um anjo desce do céu e prende, aprisiona ao dragão, a antiga serpente, que é diabo, satanás por mil anos. E lança-o no abismo.

6.Jesus, ele mesmo, logo após o Armagedom, passará a reger as nações com cetro de ferro, como Reis dos Reis e Senhor dos Senhores (Ap 19.15-16). O Milênio estará estabelecido na terra.

É relevante ressaltar que o livro de Apocalipse revela e descreve três agrupamentos de juízos divinos no contexto da grande tribulação: Dos Selos, das Trombetas e das Taxas da Ira de Deus. Segundo Ap 15.1 com as Taxas da Ira de Deus a sua cólera estará plenamente consumada. E na sétima taxa dos flagelos divinos sobre a terra (Ap 16.17-21), à semelhança dos relatos de Ez 38.18-23, no Apocalipse identifica como Deus fará acontecer os seus juízos no Armagedom, um forte terremoto como nunca houve e uma grande saraivada de pedras com cerca de um talento (cerca de 20kg, um talento grego), caindo sobre os inimigos do povo judeu.

O enfoque de Ezequiel 38 e 39 é em torno dos inimigos vindo do Norte e muitos povos com Gogue e Magogue. Enquanto que no Apocalipse faz referência direta de que o Eufrates secará e dará caminho aos reis do Oriente (Ap 16.12) que se aliarão a todos os reis da terra naqueles dias, na grande batalha do Armagedom.

Zc 14.12 – Faz menção aos inimigos de Israel naqueles dias: ”a sua carne se apodrecerá estando eles de pé, apodrecer-se-lhes-ão os olhos nas suas órbitas e lhes apodrecerá a língua na boca”. Parece-nos indicar o uso de armas químicas, biológicas e atômicas no conflito final do Armagedom.

Finalmente, a batalha do Armagedom é o cumprimento da pedra lançada sem auxílio de mãos de Dn 2.34-35. Detonou os quatros impérios mundiais e se fez um Reino Eterno (Dn 7.13-14;17-18). Assim seja, para Glória de Deus, o Todo Poderoso. Amém!

 

Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Bacharel em Direito e Teologia

Natal/RN – 16/03/2022.

 

Fontes:

Bíblia de Estudo Pentecostal - BEP - CPAD – Edição 1995.

Bíblia de Estudo Com Referências e Anotações do Dr. C.I. Scofield 2ª Edição 1987. Edição Revista e Atualizada no Brasil.

O Plano Divino Através dos Séculos – N. Lawrence Olson – CPAD -6ª Edição – 1981.

Site: www.chamada.com.br/mensagens/verdade_armagedom.html - Por Thomas Ice e Timothy Demy. Pesquisa em 10/03/2022.

A democracia invade o Islã – Arno Froese – 1ª Edição 2011- Actual Edições.

O Dia do Juízo – o Islã, Israel e as Nações – Dave Hunt – Actual Edições - 2007.

SOUSA, Rainer Gonçalves. "Roma – Período Republicano"; Brasil Escola. Disponível em:https://brasilescola.uol.com.br/historiag/roma-periodo-republicano.htm. Acesso em 16 de março de 2022.

domingo, 6 de março de 2022

Holodomor – Morte pela fome

Eis um dos motivos porque a Ucrânia quer sair de baixo do braço de ferro russo. Existe sim, na verdade, ressentimentos históricos. Os dois povos têm origem eslava.

Os chamados povos eslavos são um povo de origem indo-europeia e localizam-se na região central e oriental da Europa já há mais de cinco mil anos. No ramo indo-europeu de povos, os quais habitam atualmente todo o velho continente, além da Península Índica e diversas partes da Ásia, há um numeroso grupo denominado eslavo. Os descendentes dos eslavos hoje são os sérvios, os tchecos, os russos e bielo-russos, os polacos, os croatas, os búlgaros, os ucranianos, os macedônios, os eslovenos e eslovacos, e os lusácios.

Monumento em Kiev, capital ucraniana, em homenagem aos mortos do Holodomor.


O Holodomor consistiu no genocídio de milhões de ucranianos pela fome. Isso ocorreu em virtude da política econômica de Stalin no início dos anos 1930.

*O Stalinismo foi um regime totalitário de caráter comunista ocorrido na União Soviética, de 1927 a 1953, durante o governo do ditador Josef Stalin (1878-1953). O governo stalinista promoveu a coletivização de terras e industrializou a Rússia até transformá-la na segunda potência industrial do mundo.

Só que as custas de muitas vidas nas Repúblicas vinculados à URSS, na época. Entre elas, a Ucrânia. Foi na verdade um Estado de terror descomunal.

URSS – União das Repúblicas Socialistas Soviéticas - formada em 1922 após a Guerra Civil Russa, foi uma nação que existiu até 1991, quando foi dissolvida. No continente europeu, foi formado por Rússia, Estônia, Letônia, Lituânia, Belarus, Ucrânia, Moldova, Geórgia, Armênia e Azerbaijão. No continente asiático, parte da Rússia, Cazaquistão, Quirguistão, Uzbequistão, Tadjiquistão e Turcomenistão compuseram o território soviético.

Características do Stalinismo:

Imposição de um Estado de terror;

Economia planificada, isto é, centralizada no Estado;

Ação governamental baseada nos arbítrios do líder;

Forte propaganda política;

Nacionalismo extremo;

Culto à personalidade do líder.

O que foi e o que quer dizer Holodomor?

A palavra “Holodomor” vem do idioma ucraniano e significa “morte por fome”. Essa palavra é utilizada para descrever a morte de milhões de ucranianos no início dos anos 1930 pela fome calculada e programada pelo Estado soviético, que à época era comandado por Josef Stalin. O holodomor é considerado pelos ucranianos e por outras nações como um genocídio (isto é, a tentativa de eliminação radical de uma parcela expressiva de determinado povo). Não é por acaso que muitos historiadores comparam-no ao holocausto contra os judeus, arquitetado pelos nazistas.

Como ocorreu o Holodomor?

Stalin ascendeu ao poder máximo da União Soviética no fim da década de 1920. Uma das medidas mais imediatas que tomou dizia respeito à produção agrícola tanto da Rússia quantos dos outros países vinculados à URSS. A Ucrânia era um desses países. Stalin passou a desenvolver um mecanismo de controle da produção de cereais dos camponeses soviéticos. Para tanto, passou a exigir desses camponeses uma requisição compulsória de grande parte do que era produzido. Dessa forma, a atividade agrícola seria administrada pela burocracia estatal, e não pelos proprietários das terras cultiváveis. Além disso, outra medida foi tomada: a desapropriação das terras cultiváveis, que seriam “coletivizadas”, isto é, passariam também ao domínio do Estado soviético.

A Ucrânia estava entre os principais produtores de cereais da URSS. Todavia, tradicionalmente, os ucranianos não se subordinavam aos russos e, de imediato, não obedeceram às determinações de Stalin. Como resposta à desobediência ucraniana, Stalin ordenou que a requisição de alimento na Ucrânia fosse “exemplar”, isto é, seria estimada uma porcentagem de fornecimento de alimentos muito maior do que nas outras regiões. Ao mesmo tempo em que as exigências direcionadas aos camponeses eram feitas, a polícia soviética tratou de eliminar toda e qualquer liderança política e intelectual que pudesse despontar na Ucrânia e organizar uma possível revolta.

Em 1929, começaram as imposições de metas de fornecimento de cereais ao poder central soviético. A demanda era tão grande que os camponeses tinham que deixar de consumir a parte destinada à sua própria sobrevivência. Praticamente tudo o que era produzido era confiscado pelo Estado. Quem resistia à imposição e era flagrado guardando alimento em casa era condenado a trabalhos forçados nos campos de concentração na Sibéria.

Saldo de Mortos

A morte começou a se tornar visível e cotidiana na Ucrânia a partir de 1930, mas o pior veio nos três anos seguintes. Consta que, entre os anos de 1931 e 1933, o número de mortos era tão grande que os cadáveres se acumulavam nas casas e eram facilmente encontrados nos campos e nas ruas. O historiador Thomas Woods descreve a situação desse contexto:

“Em 1933, Stalin estipulou uma nova meta de produção e coleta, a qual deveria ser executada por uma Ucrânia que estava agora à beira da mortandade em massa por causa da fome, que havia começado em março daquele ano. Vou poupar o leitor das descrições mais gráficas do que aconteceu a partir daqui. Mas os cadáveres estavam por todos os lados, e o forte odor da morte pairava pesadamente sobre o ar. Casos de insanidade, e até mesmo de canibalismo, estão bem documentados”.  (Woods, Thomas. A fome na Ucrânia – um dos maiores crimes do Estado foi esquecido. Instituto Mises Brasil.)

Calcula-se que o número de mortos tenha sido de aproximadamente cinco milhões de pessoas. Mas ao se levar em conta os efeitos prolongados da política econômica stalinista e contando com os ucranianos que foram levados ao trabalho forçado e morreram por lá, o número pode ser superior a 14 milhões.

Publicado por Cláudio Fernandes

*Créditos da imagem: Shutterstock e Drop Of Light

Fontes:

mundoeducação.uol.com.br – Pesquisa em 06/03/2022.

Infoescola.com.br - Pesquisa em 06/03/2022.

Adendos do blog.

 

Samuel Pereira de Macedo Borges

Bacharel em Direito e Teologia

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