Deus não depende, porém conta com pessoas como...

 

Um Abel, que ofereça sacrifício mais excelente, um culto de valor, cujo teor seja um testemunho agradável a Deus.

Um Enoque, que ande com Deus, ao ponto de Deus o tomar para si.

Um Noé, que edifique uma arca para salvação de sua família. Achou graça aos olhos de Deus e fez dele o pregoeiro da justiça, no meio de uma geração corrompida, condenada sob as águas do dilúvio.

Um Abraão, que ande diante de Deus e seja perfeito (sincero), ofereça seu próprio filho a Deus, quando provado, que seja intercessor quando ver a proximidade do juízo de Deus, tentando poupar vidas.  

Um Isaque, que encontre poços de água, que foge de conflitos e por onde anda Deus o conduz e o abençoa, por amor de Abraão, seu pai.

Um Jacó, que lute com o anjo de Deus e lhe declare: “não te deixarei ir se não me abençoares”. E o anjo muda seu nome de Jacó para Israel. E assim o abençoou no vau de Jaboque.

Um José, que seja um homem em quem haja o Espírito de Deus, resista à tentação, que sofra provas, que perdoa a maldade dos irmãos, que dê de comer a seus irmãos e que preserve uma posteridade da terra.

Um Moisés, que tire a Israel do Egito, que chore pelo povo e ore: “Perdoa o seu pecado, e se não, risca o meu nome do livro que tens escrito”.

Um Josué e um Calebe, que digam: “Levantemo-nos e possuamos a terra, porque podemos, que derrubem com seus gritos as muralhas de Jericó, que conquistem cidades para Deus e que dominem reinos em sua idade avançada.

Uma Débora, que quando juíza em Israel, pela sua mão encorajou Baraque, e entregou o Senhor o rei cananeu Jabim, o inimigo, derrotando o capitão Sícera, seus carros e todo o seu exército.

Um Gideão, que toque a trombeta para que 32 mil homens acudam à libertação de Israel do domínio dos midianitas. E em verdade, venceram os midianitas com um exército inumerável, com 300 homens da casa de Israel, pela mão de Deus.

Um Samuel, que escute o chamado do Senhor e responda: “Fala, Senhor que o teu servo ouve”. O primeiro profeta da Escola de Profetas e o último dos Juízes em Israel.

Um Davi, que toque a harpa, que mate o gigante e que quando rei conquistou reinos para Deus. Um homem segundo o seu coração, mesmo com suas fraquezas.

Um Elias, o profeta ousado, que foi alimentado pelos corvos, que ore até que desça o fogo, que destrua os falsos profetas e faça chover, sob a sua palavra.

Um Micaías, profeta de Deus, que compareça diante de reis e diga: “Vive o Senhor, que tudo o que o Senhor disser, isso falarei”.

Uma Ester, que arriscou sua vida para salvar um povo.

Um Daniel, que ore três vezes ao dia, que resista ao decreto do rei, que tape a boca de leões, e que faça seu Deus ser adorado em um país pagão.

Um João Batista, que compareça diante do rei e lhe diga não ser lícito viver com a esposa de outro homem. Não alisava os pecados de sua época.

Um Estêvão, que advirta líderes religiosos, homens duros de obedecer, sobrecarregados de tradições, que estão resistindo ao Espírito Santo, ao invés de abraçar as Boas Novas de salvação.

Um Pedro e um João, que superando diferenças raciais e de crenças, oraram pelos samaritanos para receberem o Espírito Santo, por conseguinte salvos em Cristo Jesus.

Um Paulo, que depois do encontro pessoal com Jesus, passou de perseguidor a perseguido, que testemunha até diante dos grandes do seu tempo, que declara o Deus desconhecido aos supersticiosos atenienses, que deixe um legado da Fé à Igreja Cristã. E que legado!!

Um João, o amado, preso na ilha de Patmos, que recebe as revelações do Apocalipse, ante a face do Rei dos reis, Senhor dos senhores, debaixo de temor ver reinos levantarem-se e caírem, bem como execuções dos juízos divinos sobre a terra, porque o fim vem.

De homens e mulheres dessa estirpe, Deus chamo-os para o servir no tempo presente.

Enfim,

I Coríntios 15.58 – “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão”.

Hebreus 10.38 – “Mas o justo viverá da fé; e, se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele”.

Fonte:

La Senda Iluminada – Tradução Reginaldo de Souza.

Publicado no Mensageiro da Paz – AD Brasil.

Com adaptações por Samuel P M Borges

Natal/RN, 12 de março de 2023. 

O Culto Contemporâneo

 
Cultuar é ato de adoração, louvor, exaltação, reverência a Deus que é digno de recebê-la. O que disso passar, poderá está ferindo princípios da adoração bíblica.

O Templo foi, é consagrado com o propósito da adoração coletiva (II Cr 7.1-10; Ec 5.1; Sl 27.4;122.1).

Deus, o Pai, o Filho e o Espírito Santo são adorados no culto porque compõem a Trindade, a Divindade em três pessoas distintas, na mesma essência, natureza e substância.  E glorificam-se entre si (João 16.13-15;17.1-5; I Co 15.27-28). E ninguém mais é digno de culto ou adoração (Lc 4.5-8). Nem os anjos são dignos de adoração (Ap 19.10;22.8-9).

Elementos básicos do culto: Oração, louvores, leitura oficial, recolhimentos de dízimos e ofertas, ministração da Palavra, informes, convites, encerramento.

O culto tem a sua liturgia e varia de denominação para denominação. Há cultos tão formais que tipifica o culto à liturgia. E às vezes o que predomina no culto são as tradições que vamos criando com o tempo.

Há cultos sob o título “ação de graças” e tem tanto de social, honras humanas, que descaracteriza o culto de adoração, exclusivamente a Deus. O social pode e deveria ser feito fora do culto divino. E fica uma pergunta no ar: Como Deus está vendo?

No culto pode ocorrer manifestações diversas, conforme a expansividade de cada adorador. E vivemos numa sociedade com constantes mudanças e há fatores sociais que afetam a vida da Igreja. O que não pode é entristecer, apagar o mover do Espírito na Igreja, transformar o altar em palco e culto em show, fazer mistura do social com o espiritual, balançar mais o esqueleto do que adorar em espírito e em verdade etc.

Se a Igreja Cristã deixar de contar, não valorizar a Pessoa e o agir do Espírito Santo na dinâmica do sobrenatural, tornar-se-á uma instituição meramente humana, religiosa e natural.

Existe o culto do reteté, crente canela de fogo, cai cai, crise do riso, mungangas de coreografias, nada disso corresponde ao verdadeiro culto pentecostal. Agora, sinais, curas, milagres, línguas estranhas como evidências do batismo com o Espirito Santo, variedades de línguas e sua interpretação, manifestações de dons espirituais faz parte da fé pentecostal.

O Pr. Roberto José, falando sobre o culto desde o AT e de sua experiência com um projeto de inclusão de surdos-mudos em Abreu e Lima (PE), contou um lindo testemunho de um lugar.

Um mudo crente teve uma ideia de levar um saco plástico com expressões escritas de louvor e adoração a Deus. E quando ele entendia a mensagem e se alegrava, jogava os papéis para cima, era a sua expressão de glorificação ao Senhor.

Um irmão cooperador, ao vê-lo jogar papéis para cima no ambiente do Templo, foi até ele pedir para não sujar o Templo com os papéis quando soube de que se tratava de um adorador mudo, adaptando-se, usando a sua criatividade para prestar o culto racional a Deus. E dessa forma, Deus era glorificado na sua individualidade e expressão de adorador.

Por outro lado, temos hoje o movimento do Autismo, pessoas que tem sérias dificuldades nas relações humanas, com barulho, iluminação etc. Estes devem ser orientados para ambientes de cultos com menos barulho. E há opções no Reino de Deus que atende essa demanda.

E atualmente, por questões ambientais, combate-se a poluição sonora. Seja nos cultos, bares e em eventos públicos. Verdade é: Todo exagero não é saudável. E precisamos cultivar a paz em sociedade, respeitando limites da boa convivência. 

Reflitamos a respeito!

Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Bacharel em Direito e Teologia

Natal/RN, 07/03/2023.