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terça-feira, 14 de abril de 2020

Deus e o Exercício da Misericórdia

Aos cristãos em Roma – Rm 9.15-16 – “Pois diz a Moisés: Compadecer-me-ei de quem me compadecer e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia.  Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que se compadece”.

Vejamos os pontos que seguem:

A verdade central desses versículos é que a iniciativa para exercer misericórdia é de Deus, livre em absoluto, na sua ação de compaixão transbordante sem nenhum merecimento humano e sem nenhuma pressão externa ou interferência de quem quer que seja. E assim age Deus quando exercita a misericórdia pelos os homens caídos e destituídos da sua glória (Rm 3.29), sem discriminação, sem acepção de pessoas (At 10.34-35; Rm 2.6-11).

De modo que, sendo Deus Soberano, são livres suas atitudes de misericórdia, como nas de juízos, pautado na sua equidade (Pv 16.2).

Não existem nas suas ações de Graça (Favor Imerecido), bem como nas Misericórdias (por elas, evita cair sobre nós o que merecíamos), nenhum mérito humano (Ef 2.8-9; Lm 3.22).

E pela lei, Deus deixou clara a incapacidade do homem se salvar por si mesmo (Rm 3.19-20).

Deus tem prazer em exercer misericórdia (Mq 7.18). É grande a sua misericórdia (Sl 145.8-9; Jn 4.2). Riquíssimo em misericórdia (Ef 2.4).

Êxodo 20.5-6 – Entre exercer correção, juízo divino, proporcionalmente, Deus está mais propenso a exercer misericórdia.  

A redenção da humanidade foi Deus quem a projetou, é de cima não de baixo para cima (Gn 3.15; Jn 2.9b; Lc 3.6). E o plano salvífico está em plena execução (Jo 5.17; 14.25-26; 15.8; At 1.8).

A coroação e a abrangência da misericórdia de Deus estão no fecho em Rm 11.32, quando afirma que a todos encerrou debaixo da desobediência para usar de misericórdia, impulsionado pelo seu grande amor e já provado (João 3.16; Rm 5.8). E quanto a Cristo foi tamanho amor, que se traduziu em paixão no calvário, sofrendo a morte sacrificial por todos os homens (Hb 2.9). 

A sua graça se manifestou salvadora a todos os homens (Tt 2.11), mediante a fé (Mc 16.15-16; Ef 2.8), no Deus Pai e no seu Filho Jesus Cristo (Jo 17.3), o qual se fez o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo - humanidade (Jo 1.29).

E, portanto, quando Deus pratica a sua misericórdia:

1.O faz deliberadamente. Não a merecemos. Diz o profeta, as suas misericórdias são a causa de não sermos destruídos/consumidos (Lm 3.22)

2.A misericórdia é própria de Deus. Os homens, em geral, são sem misericórdia (II Sm 24.14).

3.O seu caráter é justo, reto e benigno (Is 63.7; Sl 145.9), jamais exercerá misericórdia arbitrariamente, torcendo a sua justiça, tratando a uns homens feitos à sua imagem e semelhança, e outros como se não fossem seres morais, sociais, intelectuais e espirituais.

4.No que tange à pregação do evangelho (Mc 16.15-16), não leva em conta o estado de ignorância, ao tempo em que chama a todos os homens, em todo lugar ao arrependimento, uma vez que com justiça vai julgar a Humanidade (At 17.30-31).

5.Jesus foi enviado para salvar o mundo, não para julgá-lo de imediato. Todavia, a sua palavra pregada, não crida, servirá de base no juízo (Jo 12.47-48).

6.Verdade é: Tg 4.6b “...Deus resiste aos soberbos, dá, porém, graça aos humildes”.

Enfim, Pv 28.13 – “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia”.

Daí a reflexão: O inferno não é para quem pecou. É para quem pecou e não se arrependeu.

 

Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Natal/RN – abril 2020 (revisão em 04/03/2025). 

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