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terça-feira, 21 de julho de 2020

Aceitar ou entregar a vida a Jesus Cristo?



“Aceitar Jesus” é uma expressão corriqueira de tom um tanto religioso nos púlpitos evangélicos de efeito simplório, inadequada e diria até ingênua, uma vez que passa a ideia de “um Jesus coitadinho”, de alguém que precisa de nós e não os homens, os pecadores dele.

Na verdade, tudo que foi criado, foi feito por Ele e sem Ele, nada do que foi feito se fez. Ele e o Pai são um (Jo 1.1-3;10.30).

O Evangelho de Jesus é sentença de vida ou morte!

Mc 16.15-16 - A mensagem do evangelho deve ser crida para a salvação. Do contrário, a situação do pecador será de condenação.

O homem sem um encontro, sem uma experiência pessoal com Deus, pelo vivo e único caminho que é Cristo (Jo 14.6) não tem esperança de vida eterna, como afirmou Pedro:

João 6.68-69 – “...Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna. E nós temos crido e conhecido que tu és o Cristo, o Filho de Deus”.

Em Mt 11.28-29, quem precisa de Jesus é chamado para ir a Ele, tomar o seu jugo (domínio, senhorio) e segui-lo. Quem não optar pelo seu jugo, resta-lhe o jugo do pecado sob a influência maligna do encardido (I Pd 5.8).

Em I Tm 1.15 – Paulo escrevendo acerca do Evangelho da Graça, ele diz: “Esta é uma palavra fiel e digna de toda aceitação: Que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal”.

Is 65.1 – Acerca de Jesus como o Messias que havia de vir e se manifestar em Israel, diz o texto que Ele foi buscado e achado por aqueles que não o buscavam (os gentios), um povo que não se chamava pelo seu nome e a este disse: “Eis-me aqui”. Sim, Ele foi dado também para luz dos gentios (Is 49.6; Lc 2.29-32;3.6; Jo 1.11-12).

Lc 14.25-27 - Aquele decidir seguir a Cristo, precisa o amar acima de tudo e de todos, negar-se a si mesmo, tomar a sua cruz (submeter-se a Ele), para andar em suas pisadas, em amor e na verdade, cujo discipulado vai nos custar a vida. E primeiro, Ele deu a sua em prol da redenção do homem no calvário.

Mt 7.21-23 - Para seguir a Cristo, não basta a confissão só de lábios, precisamos dar frutos dignos de arrependimento e permanentes (Mt 3.8; Jo 15.16). Era a tônica do sermão de João Batista como o precursor do Messias.

Apocalipse 3.20 – “Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo”. Analisemos:

Primeiro, o texto é uma mensagem direta à Igreja de Laodiceia, autossuficiente, espiritualmente morna, cega, miserável e nua, quando Jesus lhe fala amorosamente para que se arrependa daquela situação e retornasse à comunhão, ao relacionamento com Ele.

Segundo, Ele não impõe, respeita a livre decisão das pessoas de se voltar para Ele ou não. É uma praxe divina, Deus atua onde acha lugar para trabalhar o convencimento da pecaminosidade humana. Salvação é para quem sede (Jo 7.37-39; Ap 22.17).

Deus sempre considerou o âmago do ser humano, até quando lhe propõe decisões e escolhas, para bênção ou maldição, para a vida ou para a morte (Dt 30.19; Js 24.15-16; Jo 6.60-68). Todavia, outra verdade bíblica é cristalina: Deus não é de meio termo (Ap 3.15,16; 22.11).

Mt 28-18-20 - Jesus, o nosso Salvador e Senhor, detém todo o poder no céu e na terra. E a missão primordial da Igreja é levar as Boas Novas de salvação a todas as gentes, fazendo discípulos e batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espirito Santo.

Se a Igreja Cristã se dispor ao chamado “evangelho social”, realizar megas eventos de cunho social, prescindindo de sua missão espiritual que é “gerar filhos de Deus para eternidade”, terá falhado na sua missão essencial, de caráter e repercussão eterna (Jo 3.16; Atos 6.1-7).

O que o homem pecador (todos nós) precisa fazer para vir a Cristo, como o seu único Salvador e Senhor?

Primeiro, requer uma entrega pessoal: Arrependimento de pecados, ao reconhecer o seu o estado espiritual, absorver por fé o sacrifício de Jesus na cruz, em seu favor, confessá-lo publicamente e submeter-se ao seu Senhorio. E de posse da vida eterna (Jo 3.36), segui-lo alegremente e vitorioso.

Se alguém segue a Cristo, “vai de garupa”, não deve pegar nas rédeas de sua vida. Ele é o Senhor, Ele é dono, e amorosamente conduz as suas ovelhas. E, portanto, é a porta da salvação, o Bom Pastor (Jo 10.9-14).

Finalmente, Mateus 16.24-25, é enfático e exige renúncia ao próprio eu de quem queira ser o seu discípulo.

“Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me; Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á”.

Então, eis o convite biblicamente mais adequado:

Venha a Cristo arrependido, entregas todo o teu viver, para alcançar o perdão de Deus, ter o privilégio do nome escrito no Livro da Vida e assim se tornar seu seguidor e discípulo, nascido de novo pela ação de convencimento do Espírito Santo. Ao que chamam de graça preveniente. Amém!

“Hoje queres te entregar a Jesus Cristo, ó cansado e triste pecador?

Para aquele que no gólgota foi visto, padecendo nossa culpa, nossa dor?

Vem a Cristo, vem a Cristo, que te chama com amor celestial...


E tudo segundo o beneplácito da vontade de Deus que é salvar.

A salvação é gratuita, porém a Graça de Deus tem suas exigências.

 

Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Bacharel em Direito e Teologia

Natal/RN – Julho de 2020.

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