Pesquisar

domingo, 23 de maio de 2021

GEOPOLÍTICA - Criação dos Estados do Oriente Médio

A criação dos Estados do Oriente Médio ocorreu a partir da autorização de potências europeias que haviam colonizado a região.

Atualmente existem no Oriente Médio cerca de 15 países reconhecidos internacionalmente: Afeganistão, Arábia Saudita, Bahrein, Catar, Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Irã, Iraque, Israel, Jordânia, Kuwait, Líbano, Omã, Síria e Turquia. Todavia, nem sempre foi assim. Essa região foi berço de grandes civilizações (mesopotâmica, sumérica, babilônica e assírica) e foi conquistada por vários outros povos (gregos, romanos e europeus), possuindo, assim, diversas configurações espaciais ao longo de sua história.

Por muitos séculos, essa região pertenceu a dois Impérios, o Império Persa, que se estendia da porção mais a leste da região do Mar Mediterrâneo até o rio Indo, e o império Turco-Otomano (1299-1923), que possuía um grande território na porção oeste. Durante anos, esses dois impérios disputavam entre si e com os países europeus a hegemonia dessa região. No entanto, com o desenvolvimento do capitalismo e a Revolução Industrial, os países europeus adquiriram uma grande superioridade econômica, social e bélica em relação a todos os países do globo.

Buscando obter matéria-prima, mão de obra barata e mercado consumidor para continuar o seu desenvolvimento industrial após a independência dos países americanos, a Europa passou a colonizar a África e a Ásia, iniciando o processo que ficou conhecido como Neocolonização. Com isso, os dois impérios que ocupavam a área que hoje é conhecida como Oriente médio passaram a sofrer grandes perdas territoriais.

Para deter a expansão europeia em seu território, o império Turco-Otomano aliou-se à Alemanha durante a Primeira Guerra Mundial. Em contrapartida, os franceses e ingleses passaram a incentivar as diversas tribos árabes que viviam no território Turco-Otomano a combatê-lo durante a guerra em troca da autorização para a constituição dos seus próprios Estados, caso vencessem a guerra. Assim sendo, era comum que os europeus prometessem o mesmo território a diversos povos.

Ao final do primeiro conflito mundial, no entanto, em vez de permitirem a formação dos Estados nacionais tal como prometeram, a França e a Inglaterra dividiram o território do Oriente Médio entre elas, constituindo, em vez de Estados independentes, diversos protetorados. Assim, a criação da maioria dos atuais Estados do Oriente Médio só ocorreu por meio da permissão da França e Inglaterra no decorrer do século XX como resultado do enfraquecimento dessas grandes potências e da pressão dos Estados Unidos, que já eram a maior potência mundial da época e não participavam da divisão nem da África nem da Ásia.

 

Os únicos países que não surgiram a partir da autorização de países europeus foram a Turquia, resquício do império Turco-Otomano, o Irã, descendente do antigo império Persa, e Israel, que foi criado após a Segunda Guerra Mundial para ser o território de milhões de judeus que se encontravam espalhados pelo mundo desde a diáspora judaica, no ano 70 d.C., e que sofreram perseguições em vários países, principalmente na Alemanha.


Por Thamires Olimpia - Graduada em Geografia

 

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SILVA, Thamires Olimpia. "Criação dos Estados do Oriente Médio"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/criacao-dos-estados-oriente-medio.htm. Acesso em 16 de maio de 2021.

Fonte: Criação dos Estados do Oriente Médio - Brasil Escola (uol.com.br).

Samuel P M Borges

Natal RN – Brasil

 

Antissemitismo - Um alerta ao mundo civilizado

 Por Rabino Lorde Jonathan Sacks

Na Câmara dos Lordes, em Londres, em 13 de setembro de 2018, o Rabino Lorde Jonathan Sacks proferiu o seguinte discurso alertando seus pares, o povo britânico e o mundo sobre os perigo do crescente antissemitismo na Europa e, muito especialmente no seio do Partido Trabalhista britânico.

“Meus Senhores,

Sou grato ao Lorde Popat por iniciar este debate e lhes explicarei o porquê. O maior perigo que qualquer civilização pode enfrentar é quando a mesma sofre de amnésia coletiva. Tendemos a nos esquecer como os pequenos começos podem levar a fins realmente trágicos.

Mil anos de História Judaica na Europa contribuíram com certas palavras ao vocabulário humano: conversão forçada, Inquisição, expulsão, gueto, pogrom, Holocausto. Isso aconteceu porque o ódio não foi contido. Ninguém disse “BASTA!”.

Meus Senhores, dói-me falar sobre Antissemitismo, o ódio mais antigo do mundo. Mas não posso calar-me!

Um dos fatos que mais resiste, na História, é que a maioria dos antissemitas não se julgam antissemitas. “Não odiamos os judeus”, diziam na Idade Média, “apenas sua religião”. “Não odiamos os judeus”, diziam no século 19, “apenas sua raça”. “Não odiamos os judeus”, dizem hoje, “apenas seu Estado-nação”.

O antissemitismo é o ódio mais difícil de ser vencido, porque, como um vírus, ele sofre mutações; mas uma coisa continua idêntica.

Os judeus, seja como religião ou raça ou como o Estado de Israel, são transformados em bode expiatório devido a problemas pelos quais todos os lados são responsáveis.

E é assim que começa o caminho para a tragédia. O antissemitismo, ou qualquer outro tipo de ódio, torna-se perigoso quando três coisas acontecem:

Primeiro, quando sai das fronteiras da política para um importante partido e sua liderança;

Segundo, quando o partido vê que sua popularidade junto ao público não foi prejudicada por isso;

E terceiro, quando os que se levantam e protestam são difamados e insultados por assim agirem.

Todos os três fatores existem na Grã-Bretanha, atualmente. Jamais imaginei que veria isso em toda a minha vida.

É por isso que não posso ficar calado. Pois não somos apenas nós, judeus, que estamos em perigo. Toda a Humanidade também o está.”

Rabino Lorde Jonathan Sacks

Foi Rabino Chefe das Congregações Hebraicas Unidas da Commonwealth e presidente do Beth Din de 1991 a 2013. Desde 2009, membro da House of Lords. Atua, hoje, como Professor de Pensamento Judaico na New York University e na Yeshiva University e Professor de Direito, Ética e Bíblia no King’s College de Londres.

Fonte: Morashá | ANTISSEMITISMO - Um alerta ao mundo civilizado (morasha.com.br). Pesquisa em 23/05/2021.

Samuel P M Borges

Natal RN – Brasil.

terça-feira, 18 de maio de 2021

Conheça a história das vacinas – Há 225 anos

Ao falarmos sobre vacina no Brasil, você logo lembra de Oswaldo Cruz, certo? A Revolta da Vacina, que aconteceu no Rio de Janeiro em 1904, não é? Mas, você sabe como surgiu a vacina? Já ouviu falar em Edward Jenner? Foi ele que descobriu a vacina contra a varíola.

            Imagem: Edward Jenner 

Edward Jenner nasceu em Berkeley, na Inglaterra, em 17 de maio de 1749. Com apenas treze anos de idade, já ajudava um cirurgião em Bristol. Sua família era grande, sendo o oitavo entre nove irmãos e recebeu uma rígida educação. Formou-se em medicina em Londres, e, em seguida, retornou a sua cidade natal, onde realizou experimentos relativos à varíola, que, na época, era uma das doenças mais temidas pela humanidade. A varíola matava cerca de 400 mil pessoas por ano.

Em 1789, ele começou a observar que as pessoas que ordenhavam vacas não contraíam a varíola, desde que tivessem adquirido a forma animal da doença. O médico extraiu o pus da mão de uma ordenhadora que havia contraído a varíola bovina e o inoculou em um menino saudável, James Phipps, de oito anos, em 4 de maio de 1796. O menino contraiu a doença de forma branda e, em seguida, ficou curado. 

Em 1º de julho, Jenner inoculou no mesmo menino líquido extraído de uma pústula de varíola humana. James não contraiu a doença, o que significava que estava imune à varíola. Estava descoberta a primeira vacina com vírus atenuado que, em dois séculos, erradicaria a doença. Phipps foi o décimo-sétimo caso descrito no primeiro artigo de Jenner sobre vacinação, “Um Inquérito sobre as Causas e os Efeitos da Vacina da Varíola”.

Quando relatou a sua experiência à Royal Society - a Academia de Ciências do Reino Unido -, no ano seguinte, suas provas foram consideradas insuficientes. O médico realizou novas inoculações em outras crianças, inclusive no próprio filho. Em 1798, o seu trabalho foi reconhecido e publicado. Em um primeiro momento, sua pesquisa foi ridicularizada, sendo denunciado como repulsivo o processo de infectar pessoas com material colhido de animais doentes. No entanto, os benefícios da imunização logo se tornaram evidentes.

O reconhecimento em seu país só foi alcançado após médicos de outros países adotarem a vacinação e obterem resultados positivos. A partir de então, Edward Jenner ficou famoso mundialmente por ter inventado a vacina. Em 1799, foi criado o primeiro instituto vacínico em Londres e, em 1800, a Marinha britânica começou a adotar a vacinação. 

Jenner foi encontrado após ter um AVC, em 25 de janeiro de 1823. Por conta disso, ficou com a parte direita de seu corpo paralisada. Após um segundo ataque, ele veio a falecer, no dia seguinte, aos 73 anos. Foi sepultado no jazigo da família Jenner, na Church of St. Mary, em Berkeley. Sua casa foi transformada no Edward Jenner Museum. O Instituto Edward Jenner para Pesquisa de Vacinas é um centro de pesquisas de doenças infecciosas, parte da Universidade de Oxford.

Jornalista: Gabriella Ponte (com informações da Revista da Vacina do Centro Cultural da Saúde). 

Fonte:https://www.bio.fiocruz.br/index.php/br/noticias/1738-conheca-a-historia-das-vacinas



terça-feira, 11 de maio de 2021

O divórcio em Malaquias 2.16

Este artigo não é um incentivo ao divórcio. É uma exegese sucinta, considerando o texto e o contexto da época.

Israel estava sendo desleal, infiel no concerto com o seu Deus – Ml 2.10

Estava havendo casamentos mistos, profanando o aspecto santo da relação de Deus com Israel, povo separado para Ele - Ml 2.11

Na sociedade Israelita, os casamentos estavam sendo desfeitos, quebrando o pacto matrimonial, desleais com a mulher de sua mocidade, por motivos egoístas, casando-se novamente. E dá entender com mulheres mais novas – Ml 2.14-15.

Por estas razões Deus falou pelo profeta que abominava o repúdio, o divórcio – Ml 2.16.

E era como encobrir a violência praticada com a sua veste – Ml 2.16.

Mateus 19.3-9.

O que Jesus faz no seu ensino no NT foi colocar o valor do matrimônio e da família no devido lugar.

Se Deus ajuntou que não se separe. Aqui tem uma discussão subjetiva: Quando o casamento tem o dedo de Deus e quando não tem. Mas, nem todos concordam com esta exegese.

O contexto histórico das civilizações antigas era muito mais grotesco e crítico do que nos dias atuais. Havia divórcio por dureza de corações, mas não foi dessa forma que Deus estabeleceu desde o Gênesis, ao idealizar o casamento, a família e a sociedade.

Em Mateus 19.9 Jesus restringe o divórcio à infidelidade conjugal, demonstrando a severidade dos votos matrimoniais.

E hoje sabemos que pode haver vários outros motivos, que poderá ensejar o divórcio, a ruptura no casamento. Inclusive, por maus tratos, violência doméstica, quando se mente um ao outro, esconde uma realidade, e que se constitui fraude conjugal, etc...

No jugo desigual, termo que tem várias nuances, pode também arruinar as relações matrimoniais.

Assim entendo: O divórcio é sempre uma amputação do membro considerado irrecuperável. Exceto, quando Deus intervém e efetua milagres de restauração. Todavia, depende também de os cônjuges quererem se reger pelo Criador do casamento.

São poucas linhas. Comentários contemporâneos no entorno dos votos matrimoniais, sem ignorar as Escrituras.

Natal/RN, 11/05/2021

Presb. Samuel P M Borges.

 

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...