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terça-feira, 15 de novembro de 2022

Proclamação da República (1889)

 *Thiago Souza - Professor de História

A Proclamação da República ocorreu no dia 15 de novembro de 1889. Nessa data histórica, a Monarquia chegou ao fim e a Era Republicana teve início no Brasil, instaurando o regime presidencialista. O primeiro presidente do Brasil foi Marechal Deodoro da Fonseca.

Quem proclamou a República do Brasil?

A república foi proclamada por Marechal Deodoro da Fonseca (1827-1892), principal chefe do exército brasileiro.

 

A nota de 50 CRUZEIROS apresenta em seu anverso, efígie do Marechal Deodoro da Fonseca (1827-1892), enquanto em seu reverso, observamos painel de autoria de Cândido Portinari, representando a colheita do café. A nota circulou no período de 15 de maio de 1970 a 30 de junho de 1984.

Ele foi escolhido para liderar um grupo de militares que preparam um levante militar. Dentre esses militares, se destacou Benjamin Constant (1836-1891).

Deodoro da Fonseca estava doente. Para convencê-lo a liderar o levante, os militares ocultaram-lhe que o objetivo principal do mesmo era derrubar a monarquia, especialmente pelo fato de que o Marechal era amigo do então imperador Dom Pedro II.

Assim, para confundir o Marechal, as tropas se reuniram no Campo de Santana, no centro do Rio de Janeiro, e derrubaram o gabinete do Visconde de Ouro Preto (1836-1912). Naquele momento, a república não havia sido proclamada.

Somente mais tarde, com Deodoro já de volta a sua casa, vários políticos insistiram para que ele assinasse um documento declarando a extinção da monarquia. Alegavam que o imperador iria nomear o político Silveira Martins (1835-1901) no lugar do Visconde de Ouro Preto.

Como Silveira Martins era um antigo desafeto do Marechal Deodoro, este assinou a moção da república, e passou a ser o Chefe do Governo Provisório.

Com isso, a Proclamação da República representou o fim do Brasil Império que havia durado cerca de 70 anos. Dom Pedro II, que era o imperador, foi banido do Brasil com a sua família, e embarcaram rumo à Europa na madrugada do dia 17 de novembro.

A população somente soube mais tarde desses acontecimentos, pois para evitar uma guerra civil no Brasil, Dom Pedro II não quis chamar seus aliados.

Por que aconteceu a Proclamação da República?

A Proclamação da República aconteceu porque a elite brasileira estava insatisfeita com o reinado de D. Pedro II (1825-1891). Essa insatisfação pode ser notada em grupos importantes do cenário político nacional: militares, cafeicultores e a Igreja Católica.

Perder o apoio desses importantes grupos levou D. Pedro II a ficar mais suscetível politicamente, ocasionando o golpe militar que o retirou do trono ocupado ao longo de 49 anos.

Os militares sentiam-se desprestigiados, pois desde a *Guerra do Paraguai (1864-1870) pediam aumentos salariais e uma maior participação no governo.

*reflexo da consolidação das nações da Bacia Platina (Argentina, Uruguai, Brasil e Paraguai) e resultou em enorme destruição e grande saldo de mortos.

Além disso, vários apoiavam o Positivismo, tanto na sua versão religiosa como filosófica, o que impulsionou o movimento republicano.

Já os cafeicultores, após a promulgação das leis em favor da abolição gradual, e sem indenização, estavam cada vez mais descontentes.

Os fazendeiros do oeste paulista exigiam mais autonomia e participação política.

Em 1888, com a abolição da escravatura no Brasil, os ex-proprietários de escravos se voltaram contra D. Pedro II, uma vez que esse fato acarretou o aumento dos custos da produção cafeeira.

Por fim, a Igreja Católica retirou apoio ao imperador após conflitos envolvendo a maçonaria. O papa Pio IX, em 1864, escreveu uma bula (documento oficial) indicando que os membros da maçonaria deveriam ser excomungados.

Como alguns membros importantes do governo de D. Pedro II eram maçons, o imperador decidiu não aceitar essa ordem, gerando atritos com membros do clero, que não aceitaram essa imposição de poder sobre uma decisão papal.

Perder esses apoios foi fundamental para sua queda, em 1889.

Primeiros anos da República do Brasil

O Governo Provisório previa um referendo para que a população escolhesse entre o regime monárquico parlamentarista ou a república. Tal consulta só seria realizada 103 anos depois.

O Marechal Deodoro organizou os símbolos da República como o Hino Nacional Brasileiro, a Bandeira do Brasil e também a política nacional.

 
A bandeira do Brasil República indica as cores da bandeira do Império. O verde representa a dinastia dos Bragança, o amarelo, a dos Habsburgo.

O presidente e o vice-presidente eram escolhidos por eleição. Importante ressaltar que ambos não concorriam na mesma chapa, sendo eleitos separadamente. Assim, foram eleitos Deodoro da Fonseca, como presidente, e o Marechal Floriano Peixoto (1839-1895), como vice-presidente.

Como os dois primeiros Chefes de Governo e Estado eram do Exército, os primeiros anos da República ficaram conhecidos como a República da Espada.

*Thiago Souza - Graduado em História pela Universidade Estadual de Londrina em 2018. Ministra aulas de História desde 2018 para turmas do Fundamental II e Ensino Médio.

Adendos do Blog:

Dom Pedro II – O último imperador do Brasil

D. Pedro II nasceu no Palácio de São Cristóvão (Quinta da Boa Vista), Rio de Janeiro, Brasil, no dia 02 de dezembro de 1825. Filho do Imperador Dom Pedro I e da Imperatriz Dona Maria Leopoldina.

Dom Pedro II (1825-1891) foi o segundo e último Imperador do Brasil. Tornou-se príncipe regente aos cinco anos de idade quando seu pai Dom Pedro I abdicou do trono e retornou a Portugal. Aos 15 anos foi declarado maior e coroado Imperador do Brasil. Casou-se com Tereza Cristina Maria em 1843. Seu reinado que durou quase cinquenta anos teve início no dia 23 de julho de 1840 e terminou no dia 15 de novembro de 1889, quando foi proclamada a República.

Em 16 de novembro, ele recebeu o informe de que sua família deveria abandonar o Brasil em até 24 horas. Na madrugada do dia 17 de novembro, D. Pedro II e sua família embarcaram em direção a Portugal. D. Pedro II nunca mais retornou ao Brasil, e faleceu de pneumonia, na França, em 5 de dezembro de 1891.

O governo de Floriano Peixoto estendeu-se de 1891 a 1894, sendo o segundo Presidente da República da história brasileira. Peixoto era um militar que assumiu a presidência depois que Deodoro da Fonseca renunciou ao cargo, em novembro de 1891. Ele ficou conhecido na história brasileira como “o marechal de ferro” por sua ação em reprimir duas revoltas durante sua administração.


A cédula de 100 CRUZEIROS, este, representado em seu anverso por efígie do Marechal Floriano Peixoto (1839-1895), trazendo em seu reverso, vista do Congresso Nacional, em Brasília-DF, obra projetada por Oscar Niemeyer. A nota circulou de 15 de maio de 1970 a 30 de junho de 1987.

“O país se tornou um Estado laico e o presidencialismo tornou-se o sistema de governo. A organização da república tomou forma quando foi promulgada uma nova Constituição no ano de 1889”.

Para a professora Cláudia Viscardi: ''A República significa isso, pelo bem do povo e pelo bem público. Então, é preciso defendê-la e preservá-la".

Fontes:

todamateria.com.br – Pesquisa em 15/11/2022.

g1.globo.com -  Pesquisa em 15/11/2022.

Ebiografia.com/dom Pedro II – Pesquisa em 15/11/2022.

 

Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Bacharel em Direito e Teologia

Natal/RN – 15/11/2022.

segunda-feira, 14 de novembro de 2022

A Mentira e a Verdade.

(Pintura: A verdade saindo do poço, de João Leon Geroma, 1896, escultor e pintor francês, 1824-1904).

“A mentira disse à verdade:

Vamos tomar um banho juntas, a água do poço é muito bonita.

A verdade, ainda desconfiada, experimentou a água. E descobriu que ela era muito bonita. Então, elas se despiram e foram tomar banho.

Mas, de repente, a mentira saiu da água e fugiu usando as roupas da verdade.

A verdade, furiosa, saiu do poço para recuperar as roupas.

Porém, o mundo vendo a verdade nua, desviou o olhar, com raiva e desprezo. A pobre verdade voltou ao poço e desapareceu para sempre, escondendo sua vergonha.

Desde então, a mentira gira pelo mundo vestida como a verdade,
satisfazendo as necessidades da sociedade, porque o mundo não alimenta nenhum desejo de conhecer a verdade nua”.

(Versão em www.pensador.com – Pesquisa em 14/11/2022).

A verdade e a mentira parafraseada por Norbet Lieth, missionário alemão, diretor da Chamada da Meia-Noite.

“Certa vez a verdade e a mentira foram passear juntas. Elas se aproximaram de um belo lago e, como a dia estava quente, a mentira falou à verdade: “Venha, vamos nadar juntos, está um dia tão bonito”. A verdade respondeu: “Sim, vamos nadar”. Ambas se despiram, e a verdade pulou na água antes da mentira. A mentira ficou fora da água, pegou as roupas da verdade e sumiu. Desde então, a mentira anda por aí com as roupas da verdade e a verdade é considerada mentira”.

Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Bacharel em Direito e Teologia

Natal/RN, 14/11/2022.         

terça-feira, 8 de novembro de 2022

Beatificação e Canonização no Catolicismo

Aos meus semelhantes católicos, com amor...

Segundo o Cardeal português Saraiva Martins, a beatificação é primeiro passo em direção à canonização definitiva.

O termo canonização foi utilizado pela primeira vez por Alexandre III em 1171. E ao passo que a distinção entre beato e santo foi formalizada por Sisto IV em 1483.

(Há outras fontes que mencionam a canonização de pessoas julgadas piedosas, já por volta de 933 a.C.).

Pela beatificação declara-se a santidade de vida do beato e é permitido o culto público em sua honra no âmbito limitado de uma diocese ou de uma instituição eclesiástica. É local.

“A canonização implica uma declaração especialmente solene de santidade e prescreve o culto público em toda a Igreja. Portanto, enquanto a primeira tem uma dimensão local, a segunda possui uma dimensão universal. Tanto a beatificação como a canonização pressupõem, contudo, a declaração prévia da heroicidade das virtudes praticadas pelo beato ou santo”.

Cân. 834 – “§ 2. Tributa-se este culto, quando é prestado, em nome da Igreja, por pessoas legitimamente escolhidas e por meio de ações aprovadas pela autoridade da Igreja”.

Cân. 1187 — “Só é lícito venerar com culto público os servos de Deus, que foram incluídos pela autoridade da Igreja no álbum dos Santos ou Beatos”.

Cân. 1403 -   § 1 – “O que se entende por causa de canonização? É um conjunto de atos ou passos que devem ser dados, a partir do momento em que se pretende elevar à honra dos altares uma pessoa cristã, após o início de um pedido aceito pela autoridade eclesiástica competente para averiguar a santidade de uma pessoa. Ao final disso, o fiel cristão poderá ser beatificado e, por fim, canonizado sendo autorizado o seu culto público e sua veneração”.

Fonte: https://www.direitonaigreja.com  - Pesquisa em 11/10/2022.

É óbvio que os evangélicos, ou os chamados protestantes, divergem dessa prática eclesiástica Romana.

Existe enorme diferença histórica e teológica entre ser Católico Apostólico Romano e Católico Apostólico Cristão. 

Enquanto o segmento evangélico tem as Escrituras como sua base de Declaração de Fé e Prática Cristã, o Romanismo tem as bulas papais, decisões de concílios, as tradições e o seu magistério católico para ditar uma Cristandade descentralizada de Cristo, do qual afirmou o apóstolo Paulo:

I Coríntios 3.11 – “Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo”.

Pedro e a cura do coxo na entrada do Templo em Jerusalém

Atos 3.1-12- Pedro, sem prata e nem ouro, pela cura do coxo junto à porta formosa do Templo, a ordenou em nome de Jesus Cristo, o nazareno, deixou o povo atônito. E apontou toda glória para Deus. Jamais teria recebido veneração de quem quer que fosse por causa da cura do coxo.

Paulo e Barnabé na cidade de Listra

Atos 14.8-18 - Por causa do milagre de um aleijado uma multidão queria fazer sacrifícios, com touros e grinaldas, como se fossem deuses, chamando a Paulo de Júpiter e Barnabé de Mercúrio. Rejeitaram toda a glória e se declararam homens com as mesmas fraquezas humanas. Um grande templo dedicado a Júpiter ocupava o centro de Listra.

*Herodes, não deu a glória devida a Deus

Atos 12.21-23 – Herodes, autoridade romano, levou o nome de Deus e ao invés de transferir a glória para Deus, certamente se envaideceu, e o anjo do Senhor o feriu, e logo morreu....

*Era Agripa I neto de Herodes o Grande. Seu pai era Aristóbulo, um filho de Mariamne, a segunda mulher de Herodes. Reinou de 37 a 44 d.C. Ele matou à espada Tiago, o irmão de João, e lançou Pedro na prisão, o qual foi libertado pela intervenção do anjo do Senhor (Atos 12.1-17).

Jesus foi tentado pelo diabo para o adorar

Lucas 4.1-8 - O diabo tentou a Jesus para dele receber adoração e foi severamente por Ele repreendido. O anticristo, personagem escatológico, nos últimos tempos, se revelará, e vai enganar a muitos e se sentar no templo de Deus, querendo ser como Deus. E Cristo na sua segunda vinda o desfará pelo sobro de sua boca (II Ts 2.3-8).

Jesus é o único nome debaixo do céu apto para salvar o homem

Atos 4.11-12 - Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta por cabeça de esquina. E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.

De Deus é toda a Criação e os seus habitantes

Salmos 24.1 – “Do Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam”.

Toda boa dádiva provém de Deus

Tiago 1.17 - "Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança, nem sombra de variação".

Somente Deus pode e deve adorado em espírito e em verdade

Este modelo de adoração está em João 4.24. Não comporta crenças fluídicas em relação a Deus, uma vez que Deus é transcendente e imanente. Deus é pessoal, não é uma energia universal indecifrável e intangível.

Isaías 42.17 – “Tornarão atrás e confundir-se-ão de vergonha os que confiam em imagens de escultura, e dizem às imagens de fundição: Vós sois nossos deuses”.

A prática de beatificar e canonizar pessoas piedosas é outro evangelho, não o de Jesus Cristo. E dizia o apóstolo Paulo, que seja anátema, maldição.

Gálatas 1.8-9 – “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema. Assim como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo: se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema”.

Tornou-se uma tradição eclesiástica que se choca frontalmente com as Sagradas Escrituras.

Jesus – É o único mediador entre Deus e os homens

I Timóteo 2.5 – “Porque há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem”. Nem os anjos e sua mãe tem essa prerrogativa.

O ato de beatificar ou/e canonizar, além de alheio às Escrituras Sagradas contrariam a adoração exclusiva devida a Deus. Nenhum Sistema Religioso tem autoridade para beatificar, canonizar homens, mulheres piedosas, transformando-os em mediadores ou medianeiras, entre Deus e os homens, concedendo-lhes altares de devoção e culto.

Estas praxes se impregnaram na história do próprio Sistema Religioso, de modo que se institucionalizaram como certas, e as consequências são irreparáveis e um caminho sem volta, afetando, em especial, a fé dos povos ocidentais.  

Uma consequência bastante evidente dessa veia romanista são as igrejas, templos, paróquias erguidas, centros de romarias, dedicadas a “santos e santas”, produzidos, por todo o Ocidente, fruto do seu arcabouço religioso e idolátrico.

Ap 16.19 e capítulos 17 ao 19 - No simbolismo apocalíptico, vemos a figura da grande Babilônia, com duas fases, uma política e outra religiosa. Uma mulher assentada sobre uma besta (Ap 17.3). O nome que lhe dado é de a mãe das prostituições e abominações da terra, em sentido espiritual (Ap 17.5-6). Deus trará juízo, julgará a Babilônia e as suas duas fases no Fim dos Tempos, associadas à besta e ao falso profeta (as duas bestas de Ap 13). Ap 19-11-21, narra a vitória de Cristo e com Ele exércitos celestes, sobre as duas bestas citadas. Muito mistério a se revelar.

Para mais detalhes veja a postagem em: http://samuca-borges.blogspot.com/2022/11/a-babilonia-politica-e-eclesiastica.html

Como os mitos e a idolatria pagã também tem contaminado a muitos povos e cegado espiritualmente a humanidade, a pregação do evangelho bíblico, Cristocêntrico, a toda criatura, ordenada por Jesus (Mc 16.15), fazendo discípulos em todas as nações (Mt 28.19-20), é a luz de esperança que tem trazido muitos, na sua individualidade à conversão e salvação, em Cristo Jesus. 

É oportuno destacar: Todo cristão é chamado a viver uma vida santa, separado dos valores do mundanismo presente. O Deus de paz atua no cristão, santificando-o no espírito, alma e corpo, conservando-o irrepreensível até a vinda de Jesus (I Ts 5.23). Mas, não o coloca em um pedestal de veneração e culto. Continua humano e falho no exercício da piedade cristã (I Tm 4.7).

I João 2.15 – “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele”.

I Pedro 1.15 – “Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver”.

Hebreus 12.14 – “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”.

No céu sim, para os salvos em Cristo Jesus, haverá distribuição de galardões, recompensas, pelos critérios daquele que fará as entregas, conforme está escrito:

II Tm 4.7-8- “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda”.

II Co 5.10 – “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal”.

Apocalipse 22.12 – “E eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo para dar a cada um segundo a sua obra”.

É possível citar cronologicamente na História cerca de 25 desvios do Evangelho de Cristo no Romanismo. Vejamos os mais afetos a esta postagem.

Ano 320 d.C. as Igrejas Católicas, começam a utilizar velas.

Ano 394 d.C. o culto cristão é abolido e passam a rezar as missas.

Ano 431 d.C. passam a cultuar Maria, mãe de Jesus.

Ano 787 d.C. começam com o culto às imagens de esculturas.

Ano 830 d.C. a Igreja Católica passa a usar ramos e água benta.

Ano 933 d.C. instituíram a canonização dos "santos".

Ano 1190 d.C. instituiu-se a venda de indulgência, ou seja, pagar                         pelo pecado para ganhar a salvação.

Ano 1854 d.C. foi criado o dogma da Imaculada Conceição.

Ano 1950 d.C. decretou-se a "Assunção de Maria".

A Idolatria é condenável por toda a Bíblia porque corrompe, desvia a adoração ao único Deus verdadeiro. A idolatria é prostituição espiritual cuja prática abominável contamina o altar do culto a Deus.

O apóstolo Paulo escreveu em I Coríntios 10.14, tratando da idolatria tangível, para que fujamos do altar dos ídolos, objetos de culto religioso.

“Portanto, meus amados, fugi da idolatria”.

Enfim, convém lembrar que a idolatria tem outras faces a se combater e dela se guardar em áreas do não palpável.

Um ídolo pode ser tudo aquilo que mais nos fascina e toma o primeiro lugar de Deus em nossas vidas. 

Vigiemos e evangelizemos aos que carecem de um encontro pessoal com Deus, enquanto a porta da graça está aberta. Amém!

Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Bacharel em Direito e Teologia

Natal/RN, 08/11/2022. 

A Babilônia política e a eclesiástica – Babel significa confusão

 

Esta postagem visa destacar, brevemente, a figura da Babilônia em Ap 16.19 e capítulos 17 e 18. Ela terá duas faces no Fim dos Tempos: Uma política (Ap 17.8-17) e outra religiosa/eclesiástica (Ap 17.1-7;18.1-24).

Nas Escrituras, muitas vezes, as profecias proferidas apontam para uma perspectiva presente e/ou outra futura. E ricas em símbolos.  

a) A Babilônia eclesiástica é a grande meretriz (Ap 17.1,15) e será destruída pela Babilônia política (Ap 17.15-18), para que só a primeira besta (o anticristo) seja objeto de culto (II Ts 2.3-4).

b) A segunda besta é o falso profeta, promovendo a primeira besta e sua imagem (Ap 13.11-15).

c) A Babilônia política é o império confederado da besta, a última forma de domínio mundial gentílico/pagão.

d) O poder da Babilônia política será destruído pelo Senhor Jesus quando descer em glória (II Ts 2.8; Ap 16.19;17.12-14;18.21), no contexto da Batalha do Armagedom.

e) E a mulher de Ap 17.9,18 é a grande cidade, “a mãe das meretrizes e das abominações da terra” (Ap 17.4-6), a qual já teve em alto grau domínio sobre os reis da terra, e hoje em menor grau, é muito provavelmente Roma.

Prostituição e luxúria (Ap 18.3;19.1-2) foram as suas práticas: Disseminação da idolatria, feitiçarias, propagação do falso culto com inúmeros mediadores e medianeiras entre Deus e os homens, quando só Jesus Cristo é o mediador legítimo (I Tm 2.5; At 4.12), poder papal e riquezas, venda de indulgências, inquisições responsáveis pelos milhares de assassinatos de inocentes, cristãos e judeus, sob a bandeira de uma cristandade corrompida e nos últimos dias, ecumênica.

Em 1929 foi criado o Estado do Vaticano Independente pelo Tratado de Latrão, assinado pelo Papa Pio XI e o ditador Benito Mussolini. A Igreja Católica recebeu uma indenização pela perda de território durante a unificação alemã. Em contrapartida abriu mão das terras conquistadas na Idade Média e reconheceu Roma como capital da Itália.

Em 1947, o Tratado de Ladrão passou a fazer parte da Constituição e o Papa teve que jurar neutralidade sobre temas e termos políticos.

Em 1978 o Tratado foi reformulado e o Catolicismo Romano deixou ser a religião oficial da Itália.

E com perda de influência política e religiosa, o Romanismo procurou se abrir para dialogar com outras Igrejas, tratando de temas relacionados à realidade humana, buscando se contextualizar na Sociologia contemporânea. 

Fontes:

Bíblia Sagrada.

https://www.historiadomundo.com.br - Por Rainer Gonçalves Sousa. Pesquisa em 31/08/2021.

Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Bacharel em Direito e Teologia

Natal/RN, 08/11/2022

quarta-feira, 2 de novembro de 2022

Uma reflexão sobre o Tempo do Fim.


 

Relevante o vídeo para examinarmos o Tempo do Fim.

Acredito que já vivemos esses dias. Itens da agenda social e política caracteriza a cultura da morte e a insubmissão ao Deus Criador. A natureza geme com a pecaminosidade humana. Fenômenos naturais, vem ceifando vidas em muitos lugares na Terra.

O mundo está sendo tomado por políticas de esquerda. E estão ocorrendo ataques avassaladores aos princípios e valores cristãos, e a inversão de valores no fundo do poço.

O Brasil será que se mantém com um governo de Direita? A NOM - Nova Ordem Mundial está em curso e por traz, surgirá o anticristo.

Caminhamos para o estilo do iníquo: descumprimento das leis, levará a humanidade a uma baderna social, sem respeito entre os homens e as instituições.

No Brasil a Instituição que deveria zelar pela Constituição é quem mais a atropela descaradamente. E um Legislativo omisso e covarde, que não cumpre o seu papel político e institucional. Há Censura a cidadãos e a órgãos da imprensa. Mentiras sendo disseminada na sociedade, tornando mais confusa a policailha brasileira. Não existe Democracia sem imprensa livre e sem a liberdade de expressão e crenças.

Se o Brasil será um refúgio para muitos sofrendo perseguições da Esquerda, a Igreja despertada espiritual e moralmente, precisamos entender como Deus fará acontecer este cenário. 

A Igreja Evangélica Brasileira já teve um crescimento muito expressivo numérico desde a década de 1980. Acredito que está havendo, no momento, um amadurecimento deste avanço.  E poderá ser com perseguições à Fé Cristã e despertamento espiritual.

A recomendação de Jesus é olhar para a figueira: Israel.  A grande maioria dos estados do Oriente-Médio receberam quase que de mão beijada suas independências. Israel foi muito, terrivelmente sofrida. Mas, a profecia da Restauração Nacional ocorreu. Surgiu do Vale dos Ossos Secos, do Holocausto, e está aí, para ocorrer a sua Restauração Espiritual. Essa é, assim creio, a agenda de Deus.

O arrebatamento da Igreja descortinará uma série de acontecimentos escatológicos: A manifestação do anticristo, A Grande Tribulação, o Tribunal de Cristo, o Armagedom, o Julgamento das Nações, livramento do alto para Israel, prisão do diabo, o Milênio estabelecido na Terra e a Restauração Espiritual de Israel.

O que quero dizer nessa singela e curta reflexão? Concluído o tempo da Igreja na Terra, Deus voltará a tratar com Israel e as demais nações, cumprindo a sua agenda do Fim dos Tempos.  Ainda não fui ao céu, mas tenho saudades da Morada de Deus com os homens e mulheres, lavados e remidos no sangue do Cordeiro. Ora vem Senhor Jesus!!

 

Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Bacharel em Direito e Teologia

Natal/RN, 27/10/2022.

A árvore dos problemas


Esta é uma história de um homem que contratou um carpinteiro para ajudar a arrumar algumas coisas na sua fazenda.

O primeiro dia do carpinteiro foi bem difícil. O pneu do seu carro furou, a serra elétrica quebrou, cortou o dedo, e ao final do dia o seu carro não funcionou.
O homem que contratou o carpinteiro ofereceu uma carona para casa.

Durante o caminho, o carpinteiro não falou nada.

Quando chegaram à sua casa, o carpinteiro convidou o homem para entrar e conhecer a sua família.

Quando os dois homens estavam caminhando para a porta da frente, o carpinteiro parou junto a uma pequena árvore e gentilmente tocou as pontas dos galhos com as duas mãos.

Depois de abrir a porta da sua casa, o carpinteiro transformou-se.
Os traços tensos do seu rosto transformaram-­se em um grande sorriso, e ele abraçou os seus filhos e beijou a sua esposa.

Um pouco mais tarde, o carpinteiro acompanhou a sua visita até o carro. Assim que eles passaram pela árvore, o homem perguntou:

– Por que você tocou na planta antes de entrar em casa?

O carpinteiro respondeu:

– Ah! Esta é a minha Árvore dos Problemas. Eu sei que não posso evitar ter problemas no meu trabalho, mas estes problemas não devem chegar até os meus filhos e minha esposa. Então, toda noite, eu deixo os meus problemas nesta árvore quando chego em casa, e os pego no dia seguinte; e você quer saber de um detalhe? Toda manhã, quando eu volto para buscar os meus problemas, eles não são nem metade do que eu me lembro de ter deixado na noite anterior.

      Autor Desconhecido

Lição: Não é bem assim que ocorre no automático. Porém, é uma boa técnica vivencial que nos ajuda lidar com os problemas do dia a dia.

Postada por Samuel Pereira de Macedo Borges

Bacharel em Direito e Teologia.

Natal/RN, 02/11/2022.

O Brasil, os Evangélicos e as Eleições de 2022

 


Hoje somos um Brasil de 215.284.000 habitantes projetados. Em relação ao crescimento da Igreja Evangélica Brasileira: 1990 (9% da população), ano 2000 (15,6%), ano 2010 (22,2%, 42,3 milhões), ano 2020, pesquisa Datafolha, 31% (+ de 65 milhões de evangélicos). E segundo o IBGE em 2010, 60% dos evangélicos eram pentecostais, 25,3 milhões de pessoas.

Há projeção para 2036 de que teremos no Brasil 39,4% de católicos e 40,3% de evangélicos.

Quando o Pr. David Yonggi Cho (1936-2021), esteve no Brasil dizia que o Brasil era um leão adormecido, referindo-se a Igreja Evangélica Brasileira. Ele foi Pr. da Igreja do Evangelho Pleno, em Seul, Coréia do Sul.

O que trouxe um crescimento vertiginoso da Igreja Evangélica Brasileira foi o movimento pentecostal e o neopentecostal, este último aliado à heresia da Teologia da Prosperidade. Entre os anos 1980 e 1990, falava-se até em Apagão Teológico no Brasil (a febre gospel do mercantilismo da fé – Renato Vargens). Uma vez que a Igreja evangélica entrou com força no rádio e na TV, evangelizando, também ficou estampado o que se pregava e ensinava pelos líderes neófitos na fé, ou seja, estavam em crescimento e amadurecimento. Havia liturgias estranhas pelo fanatismo religioso.

Há fontes apontando 129% de crescimento dos evangélicos no período da bandeira vermelha no poder. Entretanto, o motivo não foi geopolítico, como expomos acima.

Como o Reino de Jesus era de cima, o nosso reino não é daqui. Jesus vai estabelecer o seu Reino da Terra. Hoje a Igreja é a maior expressão do seu Reino. Mas, enquanto Igreja na Terra, cabe-nos viver e defendermos princípios pela vida, liberdade de expressão e crenças, igualdade de direitos, o casamento cristão, família, educação dos filhos dever dos pais, não do Estado.

Cristãos e política sim. Igreja e Estado, não. Uma Igreja relevante, geopolítica e socialmente ativa, respeitada, tem aptidão de conselheira do Estado, desde que ela se manifeste em horas decisivas e pelos canais competentes, afirmando o que ensina e crê.

Num cenário político polarizado ou não, a Igreja Evangélica Brasileira cabe-lhe expor e manter a bandeira do Evangelho de Cristo. E aberta para ouvir propostas, programas partidários que tenham identidade com Fé Cristã. Diferente disto, seria incoerência bíblica e institucional.

Por outro lado, como caminhamos para o Fim dos Tempos, a humanidade tem andando tortuosa para a esquerda.

Um conselho aos meus irmãos: É óbvio, jamais de alinhe a agendas repressivas, antidemocráticas e a cultura da morte. Que não sejamos encontrados com os injustos e corruptos. Vote com discernimento.

Nesta data, 29/10/2022, mais uma vez, a IEADERN está em clamor e jejum pelo nosso querido Brasil, e certamente nossas vozes se unem a muitas outras, Brasil a fora, que se levantado ao trono da glória de Deus.

Nos dias de Ezequiel, Deus buscou, entre eles, um homem que tapasse o muro e se colocasse na brecha perante Ele a favor da terra, de Israel para que não a destruísse, mas não o encontrou (Ez 22.30). Havia profetas à altura em oposição aos falsos e às autoridades corruptas. Eles apresentavam Deus ao povo e profetizavam o juízo iminente. Faltavam sacerdotes que apresentassem o povo a Deus e por ele intercedesse. O estado espiritual dos sacerdotes, dos príncipes do povo era deplorável (Ez 22.23-31).

Hoje não podemos apontar culpados. Uma é a responsabilidade da ovelha, outra de maior peso, da liderança. Cabe-nos, ser um vaso, um adorador, um sacerdote no lar, um servo útil na Causa do Evangelho. O acesso a Deus está aberto pelo sangue de Jesus. Exerça fé e trate com Deus os dias que vivemos em nosso país e no mundo, em oração, no poderoso nome de Jesus!

 

Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Bacharel em Direito e Teologia

Natal/RN, 29/10/2022
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