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quarta-feira, 2 de novembro de 2022

O Brasil, os Evangélicos e as Eleições de 2022

 


Hoje somos um Brasil de 215.284.000 habitantes projetados. Em relação ao crescimento da Igreja Evangélica Brasileira: 1990 (9% da população), ano 2000 (15,6%), ano 2010 (22,2%, 42,3 milhões), ano 2020, pesquisa Datafolha, 31% (+ de 65 milhões de evangélicos). E segundo o IBGE em 2010, 60% dos evangélicos eram pentecostais, 25,3 milhões de pessoas.

Há projeção para 2036 de que teremos no Brasil 39,4% de católicos e 40,3% de evangélicos.

Quando o Pr. David Yonggi Cho (1936-2021), esteve no Brasil dizia que o Brasil era um leão adormecido, referindo-se a Igreja Evangélica Brasileira. Ele foi Pr. da Igreja do Evangelho Pleno, em Seul, Coréia do Sul.

O que trouxe um crescimento vertiginoso da Igreja Evangélica Brasileira foi o movimento pentecostal e o neopentecostal, este último aliado à heresia da Teologia da Prosperidade. Entre os anos 1980 e 1990, falava-se até em Apagão Teológico no Brasil (a febre gospel do mercantilismo da fé – Renato Vargens). Uma vez que a Igreja evangélica entrou com força no rádio e na TV, evangelizando, também ficou estampado o que se pregava e ensinava pelos líderes neófitos na fé, ou seja, estavam em crescimento e amadurecimento. Havia liturgias estranhas pelo fanatismo religioso.

Há fontes apontando 129% de crescimento dos evangélicos no período da bandeira vermelha no poder. Entretanto, o motivo não foi geopolítico, como expomos acima.

Como o Reino de Jesus era de cima, o nosso reino não é daqui. Jesus vai estabelecer o seu Reino da Terra. Hoje a Igreja é a maior expressão do seu Reino. Mas, enquanto Igreja na Terra, cabe-nos viver e defendermos princípios pela vida, liberdade de expressão e crenças, igualdade de direitos, o casamento cristão, família, educação dos filhos dever dos pais, não do Estado.

Cristãos e política sim. Igreja e Estado, não. Uma Igreja relevante, geopolítica e socialmente ativa, respeitada, tem aptidão de conselheira do Estado, desde que ela se manifeste em horas decisivas e pelos canais competentes, afirmando o que ensina e crê.

Num cenário político polarizado ou não, a Igreja Evangélica Brasileira cabe-lhe expor e manter a bandeira do Evangelho de Cristo. E aberta para ouvir propostas, programas partidários que tenham identidade com Fé Cristã. Diferente disto, seria incoerência bíblica e institucional.

Por outro lado, como caminhamos para o Fim dos Tempos, a humanidade tem andando tortuosa para a esquerda.

Um conselho aos meus irmãos: É óbvio, jamais de alinhe a agendas repressivas, antidemocráticas e a cultura da morte. Que não sejamos encontrados com os injustos e corruptos. Vote com discernimento.

Nesta data, 29/10/2022, mais uma vez, a IEADERN está em clamor e jejum pelo nosso querido Brasil, e certamente nossas vozes se unem a muitas outras, Brasil a fora, que se levantado ao trono da glória de Deus.

Nos dias de Ezequiel, Deus buscou, entre eles, um homem que tapasse o muro e se colocasse na brecha perante Ele a favor da terra, de Israel para que não a destruísse, mas não o encontrou (Ez 22.30). Havia profetas à altura em oposição aos falsos e às autoridades corruptas. Eles apresentavam Deus ao povo e profetizavam o juízo iminente. Faltavam sacerdotes que apresentassem o povo a Deus e por ele intercedesse. O estado espiritual dos sacerdotes, dos príncipes do povo era deplorável (Ez 22.23-31).

Hoje não podemos apontar culpados. Uma é a responsabilidade da ovelha, outra de maior peso, da liderança. Cabe-nos, ser um vaso, um adorador, um sacerdote no lar, um servo útil na Causa do Evangelho. O acesso a Deus está aberto pelo sangue de Jesus. Exerça fé e trate com Deus os dias que vivemos em nosso país e no mundo, em oração, no poderoso nome de Jesus!

 

Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Bacharel em Direito e Teologia

Natal/RN, 29/10/2022

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