Pesquisar

terça-feira, 31 de agosto de 2021

O Estado do Vaticano

 

                     Imagem do Google

Por Rainer Gonçalves Sousa

O pequeno estado do Vaticano foi criado em 1929 quando o Papa Pio XI e o ditador Benito Mussolini assinaram o Tratado de Latrão que previa o Vaticano como um estado independente e o recebimento de uma indenização pela perda do seu território durante a unificação alemã e em contrapartida, a Igreja Católica teve que abrir mão das terras conquistadas na Idade Média e também teve que reconhecer Roma como a capital da Itália.

Em 1947, o Tratado de Latrão passou a fazer parte da Constituição e o Papa teve que jurar neutralidade sobre termos políticos.

Em 1978, o acordo foi reformulado fazendo com que o catolicismo deixasse de ser a religião oficial da Itália. Com a perda de influência da Igreja, o Papa João XXIII (1958-1963) se comunicou com outras igrejas para discutir temas relacionados com o entendimento de Cristo com a realidade humana. Este encontro reformulou algumas leis da Igreja fazendo com que esta ganhasse força e apoio da comunidade.

Em 1982, grandes personalidades do Vaticano foram descobertas fazendo parte de fraudes que levaram o Banco Ambrosiano à falência.

 

Adendo do blog:

Fundação: 11 de fevereiro de 1929

Área: 44 ha

Capital: Vaticano

População: 825 (2019)

Presidente: Giuseppe Bertello

Continente: Europa

 

Fonte: https://www.historiadomundo.com.br

Pesquisa em 31/08/2021.

domingo, 29 de agosto de 2021

Aumento do Padrão de Vida da Humanidade nos Últimos 200 anos.

 

Síntese do Blog com base no artigo - O aumento do padrão de vida da humanidade nos últimos 200 anos (domtotal.com). De 24/03/2018.

Ano 1776 – destacam-se três eventos marcantes no século XVIII: A Independência dos Estados Unidos; O lançamento do livro “A riqueza das nações” de Adam Smith e a entrada em funcionamento da máquina a vapor aperfeiçoada por James Watt que deu início à utilização dos combustíveis fósseis em larga escala. Este último fator na segunda fase do capitalismo na Europa.

Entre 1776 e 2016 o crescimento da população foi de quase 9 vezes (de cerca de 850 milhões para 7,5 bilhões de habitantes), enquanto o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) foi de 120 vezes. O aumento da renda per capita foi superior a 13 vezes.

Não é possível mensurar com precisão o grau de liberdade política e civil, em cada país, mas sem dúvidas, tornamo-nos menos tiranos e ditatoriais.

Fatores como educação (um dos ideais e sonho do Iluminismo), liberdades políticas, civis e de mercados, são essenciais para o desenvolvimento científico, tecnológico, industrial e cultural, geraram bem-estar aos países.

Com a atenção à Saúde Pública, a taxa de mortalidade infantil 10 vezes menor significa avanços em direitos humanos e bem-estar social. Houve ganhos para mulher, família, ao setor produtivo e para os países.

Na década de 1960 saúde e vacinação passam a andar em conjunto. Enfim, governos perceberam a importância da Saúde Pública e todos ganham.

Países desenvolvidos – A taxa de mortalidade infantil é abaixo de 1%.

A extrema pobreza em alguns locais nas Américas voltou a aumentar em razão de reveses no campo político, com ditadores no poder e Guerra Civil. São exemplos Filipinas, Cuba, Venezuela. Não é diferente na Rússia, Turquia, Iêmen, Síria e na China.

Não se pode deixar de apontar o retrocesso das condições ambientais. Várias espécies vivas extintas ou em extinção e ecossistemas degradados. E já estamos pagando o preço com frequentes calamidades consequentes de desastres naturais.  Falta de água potável em várias regiões do mundo é uma realidade.

Não é à toa que tanto se fala em Desenvolvimento Sustentável. Isto é, produzir, consumir hoje, pensando nas gerações futuras.

O consumo desenfreado de gerações passadas e presentes, têm reduzido a capacidade de sobrevivência das próximas gerações.

E todo o avanço civilizatório dos humanos poderá não se repetir no futuro e diversas conquistas poderão não se sustentarem, pois sem Ecologia não irão longe as Economias dos países.  

Referência:

Max Roser. “The short history of global living conditions and why it matters that we know it”. Published online at OurWorldInData.org., 2017.

Adendos do Blog:

O artigo teve por objetivo fazer uma leitura e análise de dados estatísticos, tendo o objeto da pesquisa delimitado aos séculos XIX e XX, embora os fatores relevantes de contribuição apontados ocorreram no final do século XVIII.

Sob um prisma histórico temos que reconhecer os avanços civilizatórios da humanidade se devem também ao que os homens construíram nos últimos cinco séculos anteriores.

O feudalismo, sistema socioeconômico e político, o qual perdurou desde o século V, na Europa Ocidental, durante a Idade Média, com três classes sociais bem definidas: Nobreza, Clero e os servos.

No Século XV o feudalismo entrou em decadência, dando lugar ao capitalismo em três fazes distintas e consecutivas: O capitalismo mercantil (XV ao XVIII), industrial (XVIII e XIX) e o financeiro (XX), após a 2ª Guerra Mundial.

No contexto dos últimos cinco séculos da História, convém trazer à tona a Reforma Protestante no século XVI, com suas implicações teológicas, culturais, filosóficas, econômicas e políticas.  E aliás, renomados pensadores, alinharam a ética protestante ao capitalismo, cujo sistema político e econômico permeia grande parte do mundo contemporâneo, em contraponto ao socialismo.

O iluminismo, movimento intelectual do século XVIII, atendia aos anseios da burguesia (nova classe social pós feudalismo), e era contra o absolutismo monárquico e do clero católico, monopólio de "verdades religiosas" impostas pelo autoritarismo e violências brutais. E defendiam o progresso da ciência, da razão e da liberdade política dos cidadãos. E o estado deveria representar, liderar pela vontade do povo, ensinava Jean-Jacques Rousseau.

No iluminismo, impossível é conciliar com a Teologia Bíblica o pensamento do filósofo liberal e médico inglês John Locke (1632-1704), precursor do iluminismo, o qual apregoava que a mente humana era um papel em branco, uma tábua rasa, e tudo que o homem viesse a ser dependia do que lhe fosse ensinado. Ignorava ele a natureza humana degenerada pelo pecado. Só a educação não regenera o homem moral e espiritualmente diante de Deus.

Sl 51.5 –“Eis que em iniquidade fui formado e em pecado me concebeu minha mãe”.  

Jr 17.9 – “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá? ”.  Ratifica Jeremias 17.5 – “...maldito o homem que confia no homem...”. Ou seja, na natureza humana caída.

O Apóstolo Paulo escreveu a este respeito em Rm 7.18-20:

“Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e com efeito o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço. Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim”.

João 3.7b – “Necessário vos é nascer de novo”.

Ainda é oportuno destacar a abolição da escravatura nos mais diversos continentes e que foi ocorrendo de forma gradual. O processo da abolição do trabalho escravo vem desde o século VI a.C. com a libertação de cidadãos atenienses. E no ano de 326 a.C. quando com a “Lex Poetelia Papiria” é decretada a abolição da servidão. 

O trabalho escravo é uma prática que manchou a História Mundial. E vem desde as mais antigas civilizações, tais como, os assírios, hebreus, babilônios, egípcios, gregos e romanos, variando as suas características dependendo do contexto geográfico.

A escravatura no seu nascedouro está relacionada às guerras e conquistas de territórios, quando os povos vencidos passavam a ser explorados com a mão de obra forçada pelos conquistadores.

A tendência geral e acentuada pela abolição da escravidão se deu, globalmente, a partir da segunda metade do século XVIII até o século XIX. E certamente foi um fator preponderante na melhoria da qualidade de vida dos povos.

A Mauritânia foi exceção, último local a abolir a escravidão oficialmente no mundo, tornando-a ilegal em 1981.

Fontes:

https://www.infoescola.com/historia/cronologia-da-abolicao-da-escravidao-no-mundo. Pesquisa em 23/08/2021.

https://www.todamateria.com.br/escravidao/ - Pesquisa em 29/08/2021.

https://blogdoibre.fgv.br/posts/os-500-anos-da-reforma-protestante-weber-tinha-razao?. Pesquisa em 23/08/2021.

https://www.politize.com.br/sistema-capitalista-origem/ Pesquisa em 25/08/2021.

https://www.sohistoria.com.br/resumos/iluminismo.php Pesquisa em 29/08/2021.

 

Por Samuel P M Borges

Bacharel em Direito e Teologia

Natal RN, 29/08/2021.

segunda-feira, 23 de agosto de 2021

O Brasil, a Política, o Judiciário e a Igreja Cristã

 

Diante das informações e desinformações, pandemia em curso, o país dividido em ideologias de esquerda e direita, os políticos com pouca credibilidade, continuam olhando só para os seus umbigos, com raras exceções, os Poderes da República Brasileira se digladiando em função de agendas opostas, interesses escusos e obtusos, a imprensa brasileira, em grande parte, “vendida” aos seus interesses editoriais nacionais e internacionais. E no meio dessa panaceia está a Sociedade Civil, bastante desigual no econômico, na cultura, em consciência social, educação e uma fé mística das mais variadas crenças. Pergunta-se: Onde? como está se articulando a Igreja Cristã no Brasil?

O atual Governo Federal, longe de ser o ideal político de um povo, no enfrentamento de uma Pandemia, luta com suas forças e fraquezas contra "o câncer" da corrupção pública, é pela família heterossexual e monogâmica, contra o aborto em favor da vida, atua em vários segmentos de minorias, tais como: idosos, pessoas com deficiências, os índios, e outros vulneráveis. Defende abertamente a Soberania Nacional e o meio ambiente sustentável, respeita as diferenças no segmento social com o direito natural de poder opinar, discordar sem discriminar.

O Governo Federal também tem uma batalha contra todos aqueles que querem manter os privilégios, em detrimento da população do país, no objetivo de reduzir o custo e o tamanho do Estado Brasileiro, onde se verificam desperdícios há décadas e assim redirecionar recursos do erário para investimentos estruturais. Por outro lado, o quarto poder, boa parte da imprensa silencia na realização da agenda positiva, ora em razão da linha de esquerda ou porque os seus privilégios econômicos foram atingidos e abrem o verbo só para fazer oposição ou apontar erros do governo. 

Quando frisamos a Igreja Evangélica Brasileira neste contexto, e com propriedade, uma vez que somos cerca de 60 milhões de brasileiros, não se cogita fundir a Igreja com o Estado. Longe disso! Entretanto, ela é e faz parte da vida social, não é antissocial. Muito menos alienada da realidade.

O que se quer discutir em tom de alerta? Onde estão, como, quando e quem irá preservar as liberdades de culto e crenças, direitos fundamentais individuais e coletivos, na atual conjuntura política, jurídica e social? Sabemos que estão contidos na Constituição Federativa do Brasil. As perguntas que se sucedem é como, quando e quem irá preservá-los. Vamos deixar essa tarefa a cargo dos políticos ou da politicalha do país? Basta que só alguns deem as caras às tapas em suas defesas? O Poder Judiciário é suficiente para manter estes direitos e liberdades? A Igreja Cristã basta orar a Deus, e fica na abstração social, alienada da realidade e tudo se resolve?

A História ensina que na vivência social e na política quem é mais visto e ouvido, certos ou errados, são aqueles que se manifestam, defendem direitos, se posicionam quando se sentem afetados. E nem sempre agem com condutas, estratégias éticas e difusas. O  que se tem observado são minorias, procurando impor práticas questionáveis, modos comportamentais à maioria de forma leviana.

No judiciário, em geral, em razão do princípio da inércia, só atua quando provocado via petição dos interessados. Exceto, quando a ação é pública e incondicionada.

A bem da verdade, não temos um “papado evangélico” no Brasil e nem o queremos. Entretanto, indagamos, onde estão as entidades representativas dos pastores, das Denominações Evangélicas Brasileiras? Além das armas espirituais que temos, a oração, a Palavra de Deus, a fé, etc., que ação politizada, unida, consistente, permanente e vigilante a cada ameaça, se tem planejado em defesa do legítimo exercício da cidadania, dos valores e princípios cristãos, sob a bandeira do Evangelho e do Estado de Direito?

Acredito que todos nós já aprendemos: O que faz a diferença no sofrimento e provações da vida é a postura ética e fé resiliente nas ações que adotarmos no seu enfrentamento.  Do contrário, é só esperar para sermos vítimas do meio.

A liderança evangélica, considerando a nossa representatividade na sociedade brasileira, tem o dever de se posicionar em favor da Democracia, da liberdade de fé, expressão do pensamento e Direitos Fundamentais, quando ameaçados, e contribuir para que haja, efetivamente, peso e contrapesos entre os Três Poderes da República Brasileira. E certamente vivemos dias com riscos de ruptura institucional. 

O Estado Democrático de Direito é uma construção dinâmica e continuada. Manifestos, Notas de Repúdios dos anos atrás, de décadas passadas, podem não valer, não ter a autoridade necessária para os novos desafios contemporâneos. Carecemos de organização, união, estratégias e vigilância com zelo às Liberdades e Direitos Fundamentais Individuais e Coletivos, à Justiça Social, sedimentados na Constituição do país, se é que ela é justa e é cumprida em prol do povo.  

“A Constituição certamente não é perfeita. Ela própria o confessa, ao admitir reformas. Quanto a dela, discordar, sim. Divergir, sim. Descumprir, jamais. Afrontá-la, nunca. […]. A persistência da Constituição é a sobrevivência da democracia”.

Deputado Federal constituinte Ulysses Guimarães (1916-1992).

Está escrito em Pv 12.16 - “O tolo tem pavio curto e explode na hora, mas o prudente ignora o insulto e mantém a calma”. Verdade! Porém, não se pode é confundir prudência com passividade, após muitos insultos e falta de respeito ao indivíduo e ao coletivo.

Quando a causa é justa, devemos agir com moderação, sabedoria e imparcialidade pelo bem-estar de todos (II Ts 3.13), ponderando os riscos e consequências. Todavia, jamais se omitir. 

“Porque o Senhor é justo e ama a justiça; o seu rosto está voltado para os retos” (Sl 11.7).

As Escrituras também nos ensinam: Não pagar o mal por mal e procurar andar honestamente perante todos os homens e no que depender de nós, manter a paz na vivência social (Rm 12.17-18; Mt 5.9).

Em Tiago 1.27 - A religião que Deus considera é a conjugação da prática de duas virtudes cristãs: Piedade e santidade.

Os bem-aventurados têm, no presente, fome e sede de justiça (Mt 5.6), e chegará o dia quando seremos fartos. Sejamos corretos nos deveres, lutemos por nossos direitos. Nada nos aproveita sermos politiqueiros, e sim cidadãos de fé e politizados.  A Igreja Cristã não é uma abstração social.

Aquele que sabe fazer o bem e não o faz, peca (Tg 4.17).

Como, quando atuar a Aliança Cristã Evangélica Brasileira? A voz das Igrejas Históricas? A CGADB? As demais Convenções de Pastores Cristãos? A Bancada Evangélica nas duas Casas Legislativas? Membros do Judiciário, Membros dos Ministérios Públicos, de Procuradorias, etc., de confissão cristã? Não, de mera cristandade.

Ficar em cima do muro, a História tem mostrado, é vergonhoso para sociedade civil, líderes e instituições.

Chega um momento em que a tolerância deixa de ser uma virtude, passa a ser omissão, uma covardia. 

Que o Senhor Jesus, a cabeça da Igreja, continue cuidando e intercedendo por nós, até que venha nos buscar (Jo 14.1-3; Rm 8.34; Hb 7.25).

 

Samuel P M Borges

Assembleiano de nascimento.

Natal RN – 23/08/2021.

 

 

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...