Diante das informações e
desinformações, pandemia em curso, o país dividido em ideologias de esquerda e
direita, os políticos com pouca credibilidade, continuam olhando só para os
seus umbigos, com raras exceções, os Poderes da República Brasileira se
digladiando em função de agendas opostas, interesses escusos e obtusos, a
imprensa brasileira, em grande parte, “vendida” aos seus interesses editoriais
nacionais e internacionais. E no meio dessa panaceia está a Sociedade Civil,
bastante desigual no econômico, na cultura, em consciência social, educação e
uma fé mística das mais variadas crenças. Pergunta-se:
Onde? como está se articulando a Igreja Cristã no Brasil?
O atual Governo Federal, longe
de ser o ideal político de um povo, no enfrentamento de uma Pandemia, luta com
suas forças e fraquezas contra "o câncer" da corrupção pública, é pela família heterossexual
e monogâmica, contra o aborto em favor da vida, atua em vários segmentos de minorias,
tais como: idosos, pessoas com deficiências, os índios, e outros vulneráveis.
Defende abertamente a Soberania Nacional e o meio ambiente sustentável, respeita
as diferenças no segmento social com o direito natural de poder opinar, discordar sem
discriminar.
O Governo Federal também tem
uma batalha contra todos aqueles que querem manter os privilégios, em
detrimento da população do país, no objetivo de reduzir o custo e o tamanho do
Estado Brasileiro, onde se verificam desperdícios há décadas e assim
redirecionar recursos do erário para investimentos estruturais. Por outro lado,
o quarto poder, boa parte da imprensa silencia na realização da agenda positiva,
ora em razão da linha de esquerda ou porque os seus privilégios econômicos
foram atingidos e abrem o verbo só para fazer oposição ou apontar erros do
governo.
Quando frisamos a Igreja Evangélica
Brasileira neste contexto, e com propriedade, uma vez que somos cerca de 60
milhões de brasileiros, não se cogita fundir a Igreja com o Estado. Longe
disso! Entretanto, ela é e faz parte da vida social, não é antissocial. Muito menos alienada da realidade.
O que se quer discutir em tom
de alerta? Onde estão, como, quando e quem irá preservar as liberdades de culto e
crenças, direitos fundamentais individuais e coletivos, na atual conjuntura
política, jurídica e social? Sabemos que estão contidos na Constituição
Federativa do Brasil. As perguntas que se sucedem é como, quando e quem irá
preservá-los. Vamos deixar essa tarefa a cargo dos políticos ou da politicalha
do país? Basta que só alguns deem as caras às tapas em suas defesas? O Poder
Judiciário é suficiente para manter estes direitos e liberdades? A Igreja
Cristã basta orar a Deus, e fica na abstração social, alienada da realidade e
tudo se resolve?
A História ensina que na
vivência social e na política quem é mais visto e ouvido, certos ou errados, são aqueles que se manifestam,
defendem direitos, se posicionam quando se sentem afetados. E nem sempre agem com
condutas, estratégias éticas e difusas. O que se tem observado são minorias, procurando impor práticas questionáveis, modos comportamentais à maioria de forma leviana.
No judiciário, em geral, em
razão do princípio da inércia, só atua quando provocado via petição dos
interessados. Exceto, quando a ação é pública e incondicionada.
A bem da verdade, não temos um
“papado evangélico” no Brasil e nem o queremos. Entretanto, indagamos, onde
estão as entidades representativas dos pastores, das Denominações Evangélicas
Brasileiras? Além das armas espirituais que temos, a oração, a Palavra de Deus,
a fé, etc., que ação politizada, unida, consistente, permanente e vigilante a
cada ameaça, se tem planejado em defesa do legítimo exercício da cidadania, dos valores e
princípios cristãos, sob a bandeira do Evangelho e do Estado de Direito?
A liderança evangélica, considerando a nossa representatividade na sociedade brasileira, tem o dever
de se posicionar em favor da Democracia, da liberdade de fé, expressão do
pensamento e Direitos Fundamentais, quando ameaçados, e contribuir para que haja, efetivamente, peso e contrapesos entre
os Três Poderes da República Brasileira. E certamente vivemos dias com riscos de ruptura institucional.
O Estado Democrático de
Direito é uma construção dinâmica e continuada. Manifestos, Notas de Repúdios
dos anos atrás, de décadas passadas, podem não valer, não ter a autoridade
necessária para os novos desafios contemporâneos. Carecemos de organização,
união, estratégias e vigilância com zelo às Liberdades e Direitos Fundamentais Individuais
e Coletivos, à Justiça Social, sedimentados na Constituição do país, se é que
ela é justa e é cumprida em prol do povo.
“A Constituição certamente não é perfeita. Ela própria o confessa, ao admitir reformas. Quanto a dela, discordar, sim. Divergir, sim. Descumprir, jamais. Afrontá-la, nunca. […]. A persistência da Constituição é a sobrevivência da democracia”.
Deputado Federal constituinte Ulysses
Guimarães (1916-1992).
Está escrito em Pv 12.16 - “O tolo tem pavio curto e explode na hora, mas o prudente ignora o insulto e mantém a calma”. Verdade! Porém, não se pode é confundir prudência com passividade, após muitos insultos e falta de respeito ao indivíduo e ao coletivo.
Quando a causa é justa, devemos
agir com moderação, sabedoria e imparcialidade pelo bem-estar de todos (II Ts
3.13), ponderando os riscos e consequências. Todavia, jamais se omitir.
“Porque o Senhor é justo e ama
a justiça; o seu rosto está voltado para os retos” (Sl 11.7).
As Escrituras também nos
ensinam: Não pagar o mal por mal e procurar andar honestamente perante todos os
homens e no que depender de nós, manter a paz na vivência social (Rm 12.17-18;
Mt 5.9).
Em Tiago 1.27 - A religião que Deus considera é a conjugação da prática de
duas virtudes cristãs: Piedade e santidade.
Os bem-aventurados têm, no
presente, fome e sede de justiça (Mt 5.6), e chegará o dia quando seremos
fartos. Sejamos corretos nos deveres, lutemos por nossos direitos. Nada nos
aproveita sermos politiqueiros, e sim cidadãos de fé e politizados. A
Igreja Cristã não é uma abstração social.
Aquele que sabe fazer o bem e
não o faz, peca (Tg 4.17).
Como, quando atuar a Aliança Cristã Evangélica
Brasileira? A voz das Igrejas Históricas? A CGADB? As demais Convenções de
Pastores Cristãos? A Bancada Evangélica nas duas Casas Legislativas? Membros do
Judiciário, Membros dos Ministérios Públicos, de Procuradorias, etc., de
confissão cristã? Não, de mera cristandade.
Ficar em cima do muro, a História tem mostrado, é vergonhoso para sociedade civil, líderes e instituições.
Chega um momento em que a tolerância deixa de ser uma virtude, passa a ser omissão, uma covardia.
Que o Senhor Jesus, a cabeça da Igreja, continue cuidando e intercedendo por nós, até que venha nos buscar (Jo 14.1-3; Rm 8.34; Hb 7.25).
Samuel P M Borges
Assembleiano de nascimento.
Natal RN – 23/08/2021.
Acima de tudo temos que tet serenidade para analisarmos os fatos e emitirmos as nossas opinioes, nunca acuados perante os fatos sociais.
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