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domingo, 29 de agosto de 2021

Aumento do Padrão de Vida da Humanidade nos Últimos 200 anos.

 

Síntese do Blog com base no artigo - O aumento do padrão de vida da humanidade nos últimos 200 anos (domtotal.com). De 24/03/2018.

Ano 1776 – destacam-se três eventos marcantes no século XVIII: A Independência dos Estados Unidos; O lançamento do livro “A riqueza das nações” de Adam Smith e a entrada em funcionamento da máquina a vapor aperfeiçoada por James Watt que deu início à utilização dos combustíveis fósseis em larga escala. Este último fator na segunda fase do capitalismo na Europa.

Entre 1776 e 2016 o crescimento da população foi de quase 9 vezes (de cerca de 850 milhões para 7,5 bilhões de habitantes), enquanto o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) foi de 120 vezes. O aumento da renda per capita foi superior a 13 vezes.

Não é possível mensurar com precisão o grau de liberdade política e civil, em cada país, mas sem dúvidas, tornamo-nos menos tiranos e ditatoriais.

Fatores como educação (um dos ideais e sonho do Iluminismo), liberdades políticas, civis e de mercados, são essenciais para o desenvolvimento científico, tecnológico, industrial e cultural, geraram bem-estar aos países.

Com a atenção à Saúde Pública, a taxa de mortalidade infantil 10 vezes menor significa avanços em direitos humanos e bem-estar social. Houve ganhos para mulher, família, ao setor produtivo e para os países.

Na década de 1960 saúde e vacinação passam a andar em conjunto. Enfim, governos perceberam a importância da Saúde Pública e todos ganham.

Países desenvolvidos – A taxa de mortalidade infantil é abaixo de 1%.

A extrema pobreza em alguns locais nas Américas voltou a aumentar em razão de reveses no campo político, com ditadores no poder e Guerra Civil. São exemplos Filipinas, Cuba, Venezuela. Não é diferente na Rússia, Turquia, Iêmen, Síria e na China.

Não se pode deixar de apontar o retrocesso das condições ambientais. Várias espécies vivas extintas ou em extinção e ecossistemas degradados. E já estamos pagando o preço com frequentes calamidades consequentes de desastres naturais.  Falta de água potável em várias regiões do mundo é uma realidade.

Não é à toa que tanto se fala em Desenvolvimento Sustentável. Isto é, produzir, consumir hoje, pensando nas gerações futuras.

O consumo desenfreado de gerações passadas e presentes, têm reduzido a capacidade de sobrevivência das próximas gerações.

E todo o avanço civilizatório dos humanos poderá não se repetir no futuro e diversas conquistas poderão não se sustentarem, pois sem Ecologia não irão longe as Economias dos países.  

Referência:

Max Roser. “The short history of global living conditions and why it matters that we know it”. Published online at OurWorldInData.org., 2017.

Adendos do Blog:

O artigo teve por objetivo fazer uma leitura e análise de dados estatísticos, tendo o objeto da pesquisa delimitado aos séculos XIX e XX, embora os fatores relevantes de contribuição apontados ocorreram no final do século XVIII.

Sob um prisma histórico temos que reconhecer os avanços civilizatórios da humanidade se devem também ao que os homens construíram nos últimos cinco séculos anteriores.

O feudalismo, sistema socioeconômico e político, o qual perdurou desde o século V, na Europa Ocidental, durante a Idade Média, com três classes sociais bem definidas: Nobreza, Clero e os servos.

No Século XV o feudalismo entrou em decadência, dando lugar ao capitalismo em três fazes distintas e consecutivas: O capitalismo mercantil (XV ao XVIII), industrial (XVIII e XIX) e o financeiro (XX), após a 2ª Guerra Mundial.

No contexto dos últimos cinco séculos da História, convém trazer à tona a Reforma Protestante no século XVI, com suas implicações teológicas, culturais, filosóficas, econômicas e políticas.  E aliás, renomados pensadores, alinharam a ética protestante ao capitalismo, cujo sistema político e econômico permeia grande parte do mundo contemporâneo, em contraponto ao socialismo.

O iluminismo, movimento intelectual do século XVIII, atendia aos anseios da burguesia (nova classe social pós feudalismo), e era contra o absolutismo monárquico e do clero católico, monopólio de "verdades religiosas" impostas pelo autoritarismo e violências brutais. E defendiam o progresso da ciência, da razão e da liberdade política dos cidadãos. E o estado deveria representar, liderar pela vontade do povo, ensinava Jean-Jacques Rousseau.

No iluminismo, impossível é conciliar com a Teologia Bíblica o pensamento do filósofo liberal e médico inglês John Locke (1632-1704), precursor do iluminismo, o qual apregoava que a mente humana era um papel em branco, uma tábua rasa, e tudo que o homem viesse a ser dependia do que lhe fosse ensinado. Ignorava ele a natureza humana degenerada pelo pecado. Só a educação não regenera o homem moral e espiritualmente diante de Deus.

Sl 51.5 –“Eis que em iniquidade fui formado e em pecado me concebeu minha mãe”.  

Jr 17.9 – “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá? ”.  Ratifica Jeremias 17.5 – “...maldito o homem que confia no homem...”. Ou seja, na natureza humana caída.

O Apóstolo Paulo escreveu a este respeito em Rm 7.18-20:

“Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e com efeito o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço. Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim”.

João 3.7b – “Necessário vos é nascer de novo”.

Ainda é oportuno destacar a abolição da escravatura nos mais diversos continentes e que foi ocorrendo de forma gradual. O processo da abolição do trabalho escravo vem desde o século VI a.C. com a libertação de cidadãos atenienses. E no ano de 326 a.C. quando com a “Lex Poetelia Papiria” é decretada a abolição da servidão. 

O trabalho escravo é uma prática que manchou a História Mundial. E vem desde as mais antigas civilizações, tais como, os assírios, hebreus, babilônios, egípcios, gregos e romanos, variando as suas características dependendo do contexto geográfico.

A escravatura no seu nascedouro está relacionada às guerras e conquistas de territórios, quando os povos vencidos passavam a ser explorados com a mão de obra forçada pelos conquistadores.

A tendência geral e acentuada pela abolição da escravidão se deu, globalmente, a partir da segunda metade do século XVIII até o século XIX. E certamente foi um fator preponderante na melhoria da qualidade de vida dos povos.

A Mauritânia foi exceção, último local a abolir a escravidão oficialmente no mundo, tornando-a ilegal em 1981.

Fontes:

https://www.infoescola.com/historia/cronologia-da-abolicao-da-escravidao-no-mundo. Pesquisa em 23/08/2021.

https://www.todamateria.com.br/escravidao/ - Pesquisa em 29/08/2021.

https://blogdoibre.fgv.br/posts/os-500-anos-da-reforma-protestante-weber-tinha-razao?. Pesquisa em 23/08/2021.

https://www.politize.com.br/sistema-capitalista-origem/ Pesquisa em 25/08/2021.

https://www.sohistoria.com.br/resumos/iluminismo.php Pesquisa em 29/08/2021.

 

Por Samuel P M Borges

Bacharel em Direito e Teologia

Natal RN, 29/08/2021.

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