São perguntas
aparentemente simples de responder e na verdade escondem mentiras que se
perpetuaram na História, afetando duramente a civilização judaica, com o
advento do Cristianismo.
Os
fariseus, os saduceus, os escribas e Jesus
Mateus 12.1-14 – Os fariseus
formaram conselho contra Jesus, para o matarem porque Ele e seus discípulos
estavam violando a guarda do sábado. Não sabiam eles, Jesus era maior do que o
templo e até do sábado é Senhor (Mt 12.6-8).
Mateus 12.22-24 – Os fariseus
blasfemam de Jesus, dizendo que Ele expulsava demônios em nome de Belzebu (o
principal dos demônios). Como Jesus fazia no poder do Espírito Santo, a blasfêmia
foi atribuída ao Espírito Santo e era imperdoável (Mt 12.31-32).
Mateus 15.1-20 – Alguns
escribas e fariseus acusam os discípulos de Jesus de estarem transgredindo a
tradição dos anciãos, não lavar as mãos antes de comer. E Jesus responde com
outra, porque eles estavam violando e invalidando o mandamento de Deus, de
honrar a pai e mãe, pela vossa tradição. E Jesus concluiu dizendo: Em vão
adoravam a Deus e suas doutrinas eram preceitos de homens. E o que realmente
contaminava o homem é que sai da boca, não o que vai para o seu ventre.
Portanto, cuidem do coração no sentido de mente, pensamentos, imaginações, etc.
Mateus 16.1 – Fariseus e
saduceus para tentarem a Jesus pedem um sinal do céu e são enquadrados compondo
uma geração má e adúltera. E Jesus ainda
adverte aos discípulos para se guardar da doutrina dos fariseus (Mt 16.12).
Mateus 23.1-39 – Numa série de
censuras e admoestações diretas aos escribas e fariseus, uma vez que ensinavam
e não praticavam, Jesus sintetiza assim em Mt 23.27: “Ai de vós, escribas e
fariseus, hipócritas! Pois que sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por
fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de
mortos e de toda a imundícia”.
Marcos 12.18-27 – Os saduceus
que não acreditavam na ressurreição dos mortos apresentaram uma sucessão de
casamentos de uma viúva e queriam saber quem ficaria com aquela mulher, quando
ressuscitasse, numa total ignorância do mundo espiritual. Simplesmente Jesus
respondeu: Nos céus não se casa e nem se dá em casamento, seremos como anjos
(Mc 12.24-25).
Jesus
era o Messias profetizado para Israel?
Lucas 2.25-32 – Simeão viu
cumprida a visão de que não morreria sem antes ver o Cristo profetizado e o
toma em suas mãos no templo e ora: “Agora, Senhor, podes despedir em paz o teu
servo, segundo a tua palavra, pois já os meus olhos viram a tua salvação. Luz
para alumiar as nações (gentios) e para glória de teu povo Israel”.
Mateus 15.21-28 – No episódio
pelas terras de Tiro e Sidom, com a mulher cananeia, em meio ao seu clamor em
favor da filha endemoniada, Jesus declara: “Eu
não fui enviado senão as ovelhas perdidas da casa de Israel” (Mt 15.24).
Entretanto, sabemos que um dos pontos fundamentais na relação do homem com Deus
é a fé. E usando de misericórdia, Jesus honrou a grande fé e humildade daquela
mulher gentílica (Mt 15.28).
Mateus 16.16-17 – Jesus
ratifica a resposta de Pedro de que Ele era o Cristo, o Filho do Deus vivo.
Porém, recomendou, naquele momento, a ninguém dissessem que Ele era o Cristo
(Mt 16.20).
João 1.35-51 – Relata João que
André seguiu a Jesus e informou a seu irmão Simão Pedro ser ele o Messias, o
Cristo. E Filipe achou Natanael e lhe disse haver achado aquele de quem
escreveu Moisés na Lei e de quem escreveram os profetas: Jesus de Nazaré, filho
de José. E do encontro e diálogo com Jesus, Natanael concluiu: “Rabi, tu és o
Filho de Deus, tu és o Rei de Israel” (Jo 1.49).
João 4.25-26 – A samaritana em
diálogo com Jesus junto a fonte de Jacó disse-lhe “...Eu sei que o Messias (que
se chama o Cristo) vem; quando ele vier, nos anunciará tudo. E Jesus lhe diz: “Eu sou o que falo
contigo”.
Lucas 19.41-44 – Na entrada
triunfal de Jerusalém, aclamado Rei pelas multidões, Jesus chora sobre a
cidade, centro religioso judaico, antever o juízo que viria sobre ela, porque não
conheceu o tempo da sua visitação.
João 1.11 - “Veio para o que
era seu, e os seus não o receberam”.
Nos quatro evangelhos existem
vários momentos no ministério de Jesus onde ele procurou restringir, abafar a
sua popularidade e detinha o entusiasmo do povo diante dos sinais, curas e
milagres. Na verdade, estava escondendo o fato de ser o Messias, pois o seu
ministério ainda não estava plenamente cumprido (Mt 8.1-4; Lc 4.41;8.56; Mc 7.36).
Jesus
se antecipa aos fatos e revela aos discípulos que morreria crucificado
Mateus 16.21 – Jesus declara
aos discípulos que convinha ir a Jerusalém, e padecer muito dos anciãos, e dos
principais dos sacerdotes, e dos escribas, e ser morto, e ressuscitaria ao
terceiro dia.
Mateus 26.21-25 – Jesus faz declaração antecipada acerca da
traição de Judas. Não havia surpresas (Mt 26.45-46). Ele era e é onisciente (Mt
9.4;12.25).
Mateus 26.1-2 – Após Jesus
pregar os sermões proféticos, Ele anuncia que daqui a dois dias, era a Páscoa,
e o Filho do Homem seria entregue para ser crucificado.
Quem
julgou e condenou Jesus?
João 11.47-48 – Após a
repercussão da ressurreição de Lázaro, diante de muitos sinais que Jesus fazia,
fariseus e principais dos sacerdotes se sentiram ameaçados no poder religioso e
político, formam um conselho para enfrentar a situação, temendo perder status e
posição com a reação do Império Romano.
Mateus 21.45-46 – A parábola
dos dois filhos e dos lavradores maus consta do texto sagrado que os príncipes
dos sacerdotes e os fariseus, ouvindo entenderam que falava deles e não se
arrependeram para crer (Mt 21.32), continuaram no intento de prender Jesus, mas
receavam o povo.
Mateus 26.3 – O sumo sacerdote
era Caifás (no cargo de 18-36 d. C.), era genro de Anás (Jo 18.13). Caifás se
reuniu com os líderes religiosos, escribas, anciãos e discutiram a trama mútua de
prender Jesus com dolo e levaram à morte (Mt 26.4). E
sempre evitando o povo (Mt 26.5; Mc 14.1-2).
Mateus 26.57-59 – Sendo Jesus
preso, os discípulos fogem (Mt 26.56), e conduzido à casa de Caifás, onde todo
o conselho do Sinédrio se reuniu. Não tendo de que o acusar, buscavam falsas
testemunhas para o incriminar e levá-lo à morte.
Marcos 14.56-57 – O
evangelista Marcos narrou que as acusações contra Jesus foram inventadas e
falsas. E mesmo assim os depoimentos eram incoerentes (Mc 14.59).
Marcos 14.60-64 – Jesus não se
“preocupou” com as acusações falsas contra Ele. Perante o Sinédrio apenas confirmou a pergunta do sumo sacerdote: És tu
o Cristo, o Filho do Deus bendito? E ele,
falando a verdade, disse “Eu o sou”. O que consideraram uma blasfêmia e todos o
culparam de morte. E alguns dos presentes passaram a agredi-lo cuspindo-lhe
o rosto, zombando dele e davam-lhe bofetadas (Mt 26.57-68).
João 18.19-21 – Quando Jesus,
já preso, foi interrogado pelo sumo sacerdote acerca dos seus discípulos e da
sua doutrina, Ele respondeu que ensinava abertamente ao mundo e nada em oculto,
nas sinagogas e no templo, então pergunta aos que me ouviram o que lhes
ensinei. Obviamente, Jesus sabia que
naquela trama o povo estava de fora e desinformados.
Marcos 15.1 – Jesus foi
julgado, na calada da noite, fora da vista do povo, pelos chefes dos
sacerdotes, líderes religiosos, mestres da lei e todo o Sinédrio chegaram a uma
decisão: Condenação. Amarrando Jesus, levaram-no e entregaram a Pilatos.
Nenhum julgamento que
envolvesse execução era permitido à noite. Jesus foi julgado e condenado entre
uma hora e três horas da manhã da sexta-feira, sem defesa alguma, um julgamento
com dolo intencional.
Quem
matou Jesus?
Marcos 11.15-18 – Na
purificação do templo em Jerusalém, Jesus meteu o chicote nos maus adoradores
(Jo 2.15), derrubou mesas e cadeiras dos cambistas porque o que era casa de
oração, transformaram em covil de ladrões. Indignados
escribas e principais dos sacerdotes buscavam ocasião para o matar, mas o
temiam porque toda a multidão estava admirada da sua doutrina. E os meninos
clamando no templo diziam: “Hosana ao Filho de Davi” (Mt 21.15-16).
Lucas 22.1-2 – Perto da Festa
da Páscoa principais dos sacerdotes e os escribas andavam procurando como o
matariam, porque temiam o povo. E o acordado com Judas Iscariotes, o traidor, era
para o entregar sem alvoroço público (Mt 22.6). Não era o povo judeu que queria matar Jesus.
Mateus 27.17-20,25 - Quando Pilatos pergunta qual destes quereis que
vos solte? Barrabás ou Jesus, chamado o Cristo? A frase “caia o seu sangue sobre nós e nossos filhos”, foi consequência
da persuasão dos principais dos sacerdotes e anciãos (Mt 27.20), para que o
povo pedisse a soltura de Barrabás e que Jesus fosse condenado à morte.
João 18.38-40;19.1-7 – No
relato do evangelho de João, onde Jesus é apresentado como o verbo divino, o Filho
de Deus, com base nos costumes judaicos um preso era solto na Páscoa. E Pilatos
ao interrogar Jesus, não via nele crime algum. E indaga os judeus: “Quereis que
vos solte o rei dos judeus? ” E todos gritam para soltar a Barrabás, um ladrão.
Jesus é trazido perante o público.
“Vendo-o, pois, os principais dos sacerdotes e os servos, gritaram, dizendo: Crucifica-o!
Crucifica-o! Disse-lhe Pilatos: Tomai-o vós e crucificai-o, porque nenhum
crime acho nele”. Os líderes religiosos insistiram
em acusar a Jesus (Mt 27.11-12), e segundo sua lei deveria morrer, porque se
fez Filho de Deus igual ao Pai (Jo 5.16-18;19.7).
Lucas 18.31-33 – Jesus anuncia
a sua morte vicária e tudo que dele estava profetizado se cumpriria em
Jerusalém. Julgamento numa tramoia do Sinédrio, sem a participação do
povo e entregue aos gentios (os romanos), e escarnecido, injuriado, cuspido e
açoitado, o matarão. E ao terceiro dia, ressuscitaria. Então, quem matou Jesus foram os romanos. Ele foi crucificado às 9
horas da manhã e expirou na cruz por volta das 15 horas da tarde.
A rigor Jesus era imatável. Por diversas vezes quando quiseram atentar contra a sua vida no seu ministério
terreno, ele saía do ambiente, do local, de forma imperceptível e milagrosa,
sem nenhum enfrentamento.
João 10.17-18 – “Por
isto o Pai me ama, porque dou a minha vida para tornar a tomá-la. Ninguém a
tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar, e poder para
tornar a tomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai”.
Mateus 26.45b – No
Getsêmani, disse Jesus: “...Eis que é chegada a hora, e o Filho do Homem será
entregue nas mãos dos pecadores”.
Foi Ele quem se entregou para
ser “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29; Is 53.4-7).
João 3.16 – A sua morte foi
doação do Pai movido por amor sacrificial pela humanidade, em prol da redenção
de todo o que crê.
Conclusão:
1. Jesus foi rejeitado pelos principais
dos sacerdotes, pelos anciãos, escribas e fariseus, não pela grande massa do
povo judeu. Tudo que fizeram para julgar, condenar e entregá-lo aos romanos, e
morto pelos gentios (Lc 18.31-33), foi feito de forma leviana. E sempre evitando a reação do povo.
2. Houve uma conspiração para
a crucificação de Jesus. Ela foi feita sob
a condução do sumo sacerdote Caifás, que de maneira nenhuma representava a
vontade do povo judeu (Mt 26.1-5).
Durante o reinado de Herodes o Sinédrio não foi nada mais do que o
tribunal religioso impotente. Caifás foi nomeado por Herodes para fazer a
vontade de Roma. Era ilegítimo e não escolhido pelo povo judeu.
João 19.15 – Quando Pilatos
perguntou hei de crucificar o vosso rei? “Responderam os principais dos
sacerdotes, não temos rei, senão o César”.
3. Mateus 27.15-26 – Jesus
após ser julgado e condenado pelo Sinédrio de forma desonesta e fora da vista
do povo judeu, é entregue a Pilatos e diz o texto sagrado: Pilatos sabia que por inveja o haviam entregue. Por várias vezes,
não vendo crime nele, o queria soltar, mas os principais líderes religiosos
insistiram em o acusar, tanto perante Herodes Antipas como diante de Pilatos
(Lc 23.10;20-24).
Pôncio Pilatos foi
governador/procurador da Judéia de 26 a 36 d.C.
Herodes Antipas reinou na Galileia
e na Pereia de 4 a 39 d.C.
Tibério César foi imperador
romano de 14 a 37 d.C.
4. Estatísticas da época constam
que 2/3 do povo judeu estava disperso, fora da terra de Canaã. Dos 1/3
restantes, cerca de 10.000 judeus residiam em Jerusalém quando Jesus foi
crucificado pelos romanos. E os demais, em outras localidades sob o Império Romano.
5. Jesus foi aclamado o Rei em
Israel, na entrada triunfal em Jerusalém, por volta do ano 33 da era cristã (Mt
21.1-11). O povo clamava: “Hosana ao Filho de Davi! Bendito ao que vem em nome
do Senhor! Hosanas nas alturas! E alguns
fariseus mesmo diante daquela cena gloriosa, no seu farisaísmo queriam que
Jesus repreendesse a multidão, ao que disse Jesus: “Se estes se calarem, as
próprias pedras clamarão” (Lc 19.39-40).
6. Lucas 23.27 – Quando Jesus
seguia ao caminho do Gólgota, seguia-o uma grande multidão de povo e de
mulheres, as quais batiam aos peitos e o lamentavam, em razão da sua condenação à pena de morte romana na cruz do calvário.
7. Pelo escopo geral das
profecias e principalmente dos evangelhos, era Jesus o Messias que havia de
vir. E escondia essa sua face, para ter condições de se expor às multidões na pregação
do Evangelho do Reino de Deus, no ensino e cumprir o seu ministério terreno. O povo judeu queria aclamá-lo o Messias libertador
político e econômico do jugo romano. Ele não admitiu o que tanto desejavam, uma
vez que o seu reino não é deste mundo (Jo 18.36-37). Porém, chegará o
momento na História, quando reinará sobre toda a Terra, com Israel e a Igreja.
8. Uma grande mentira se perpetua na História: O povo judeu são os
assassinos de Jesus. Assim pensava o Historiador Eusébio (263-340 d.C.),
Gregório de Nissa (340-394 d.C.), pároco na Capadócia. O bispo bizantino João
Crisóstomo (347-407 d.C.) foi quem cunhou em sermões a expressão deicide Jews
(assassinos de Cristo). Eram prédicas carregadas de ódio aos judeus. Eis,
portanto, a origem do antissemitismo, que começou no meio cristão primitivo,
prosseguiu na cristandade e contaminou: Concílios eclesiásticos, o Protestantismo, as Universidades Teológicas, algumas Denominações e Institutos cristãos, até os dias atuais.
9. A mentira do deicídio (homicídio de Deus) desencadeou outra inverdade histórica e teológica: A Teologia da Substituição – A Igreja cristã
tomou o lugar de Israel no Plano de Deus. E tem servindo como uma base para
as atrocidades cometidas em nome do cristianismo contra o povo judeu, séculos
após séculos. E milhões de vidas judaicas foram ceifadas de formas perversas, brutais
e covardes. E os algozes, o clero, os cruzados, monarcas, czares, nazistas,
etc., todos travestidos de uma falsa legalidade, ora política, ora religiosa, com
interesses escusos, têm se beneficiado da propagação de uma mentira mundial, vergonhosa
e imoral, uma vez que tem sido usada para lhes impor a fé cristã, julgá-los em tribunais de inquisições, assassinar judeus, explorar e extorquir suas riquezas em quase todo o mundo. Em consequência, até hoje muitos
judeus não veem na cruz um símbolo de salvação. Na verdade, é como uma cadeira
elétrica de execução. Porém, registramos também que já existem irmãos judeus que tem crido em Jesus como o Messias que havia de vir, reconhecendo a canonicidade do Novo Testamento.
10. Jesus, “Ele é a pedra que
foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta por cabeça de
esquina”. (Atos 4.11; Lc 20.17; I Pd 2.27). E ensejou o parêntese escatológico (Dispensação da Igreja) entre o advento do Messias e a Grande Tribulação (Dn 9.24-27; Rm 11.1-12). Juízo viria sobre o povo judeu (Lc 23.27-31), no geral, pelo legalismo (Mt
15.8-10; Mc 7.6), pela incredulidade e endurecimento de coração (Mt 21.31-32;
Jo 5.39-40;12.34-43).
11. A verdade: É uma injustiça histórica crônica perseguir, julgar e condenar, séculos
após séculos, toda a civilização judaica, pela rejeição e morte de Jesus,
quando se observa nas Escrituras que a grande massa do povo ficou de fora da
trama orquestrada pelos líderes religiosos da época. Entretanto, a porta da
graça foi aberta a todas as gentes, mediante o arrependimento e a fé (At
3.17-19;17.30-31). A salvação vem dos judeus (Jo 4.21-22).
12. A acusação desonesta da morte
de Jesus contra toda a civilização judaica, ofusca verdades proféticas do modo
como padeceria na cruz sob o poder romano e ao terceiro dia ressuscitaria (Lc
18.31-33). E verdadeiramente, Ele não ficou na sepultura, ressuscitou, ascendeu
aos céus, está vivo à direita do Pai, intercedendo pela sua Igreja. A morte de
Jesus no calvário, não foi a morte do um homem comum, foi a do Cordeiro de Deus
que tira o pecado do mundo (Jo 1.29). “...O castigo que nos traz a paz estava
sobre ele, e pelas as suas pisaduras fomos sarados (Is 53.5).
13. Atos 4.10,27;6.8-13;7.1,52
– Pela narração dos primeiros dias da Igreja Cristã, aqueles que se opuseram a
Jesus, principais dos sacerdotes, escribas, fariseus e saduceus, continuavam em
oposição à pregação do evangelho pelos apóstolos e tinham inveja deles (Atos
5.17-18). E por isso, apontados nas pregações dos apóstolos, responsáveis pela
crucificação e morte de Jesus. A Igreja Primitiva logo caiu na graça de todo o
povo (At 2.47). Nos líderes religiosos do judaísmo, persistia o temor ao povo (Atos
5.12-16,26). “E a multidão dos que criam em Jesus, tanto homens como mulheres,
cresciam cada vez mais” (Atos 5.14). E frisamos de acordo com Atos 6.7, registra que "grande parte dos sacerdotes obedecia à fé". Estava havendo mudança no meio judaico.
14. Atos 3.17-19 – O que fizeram
os principais dos sacerdotes, líderes religiosos e demais do povo (Atos
3.13-15), foi por ignorância e para que se cumprisse o que acerca de Jesus
estava profetizado (Mt 26.51-54). Deus não leva em conta o tempo da ignorância, se houver arrependimento (At 17.30-31). E agora, todos (judeus e gentios) somos chamados a arrepender-se
e crê na mensagem do evangelho (Mc 16.15-16; Rm 1.16-17). Oportuno frisar, o pecado imperdoável é aquele praticado contra o Espírito Santo (Mt 12.31-32).
15. Por volta do ano 33-34 d.
C., instituída a Igreja, entrou em curso a transição do Judaísmo (sombras) para o Cristianismo (profecias cumpridas), o que não
significa dizer que um judeu para ser cristão tem que renegar a sua cultura e
deixar de ser judeu. O divisor de águas é a manifestação, o advento do Messias encarnado e Deus revelado aos homens, em Cristo
Jesus (João 1.14; 14.6-11; Atos 4.12). O
Antigo Testamento é o Plano Divino da salvação oculta; O Novo Testamento é o
Plano Divino da salvação revelada e extensiva a todos os povos (Lc 2.29-32;3.6; Mc
16.15-16). E Deus escolheu e capacitou o Apóstolo Paulo para ser o maestro da
fé judaica à fé cristã (At 9.15).
16. Deus não rejeitou e nem
baniu Israel do seu Plano através dos séculos (Rm 11.1-2). A sua queda
espiritual é a riqueza do mundo, a sua diminuição a riqueza dos gentios, como
não será a sua plenitude! (Rm 11.11-12). Pelas Escrituras entendo que o jugo
gentílico começou com os Assírios, ano 722 a.C. e se estenderá até o término da
Grande Tribulação (Septuagésima semana de Daniel) quando toda a nação clamará pelo Messias libertador (Zc 12.9-10; Mt 23.39), e ele virá dos céus em glória
com os seus anjos para socorrer, salvar Israel entrincheirado no vale do Armagedom,
e quando julgará as nações no trato para com a nação Israelita, estabelecerá o Milênio, etc. (Zc
14.1-5; Mt 25.31-46; Ap 1.7).
Fontes da pesquisa:
A Bíblia Sagrada.
Em Defesa de Israel – John
Hagee - 1ª edição 2009 – CPAD.
História Eclesiástica –
Eusébio de Cesaréia – 12ª impressão 2011 – CPAD.
História dos Hebreus – Flávio Josefo
– 1ª edição 1990 – CPAD.
Por Samuel P M Borges
Bacharel em Direito e Teologia
Natal/RN, 04/10/2021.