Os que não creem
Descrente –
Aquele que descrê de tudo aquilo que a razão não explica. O mesmo que cético ou
incrédulo. Para os céticos, uma afirmação para ser provada exige outra,
que requer outra, até o infinito. Questiona as bases do conhecimento
metafísico, científico, moral e, especialmente, o religioso.
Existencialista – Aquele que entende que a existência precede a essência. Isto é, o homem primeiro existe no mundo - e depois se realiza, se define por meio de suas ações e pelo que faz com sua vida. Na versão de Friedrich Nietzsche, Jean Paul Sartre e Albert Camus, o existencialista rejeita a ideia de um Criador pessoal que existe acima do Universo e do qual o Universo depende. Nesse caso, o mundo todo é absurdo e sem sentido. O existencialista coloca sobre o homem toda a responsabilidade por suas ações. No existencialismo não há nenhuma natureza humana ou Deus que nos defina como homens.
Humanista –
Aquele que se orienta expressamente por uma perspectiva antropocêntrica. O
humanista secular é aquele que possui um conjunto de crenças e valores
inteiramente não-religiosos, assumindo uma postura anti-teísta e
anti-sobrenaturalista.
Iluminista –
Aquele que acredita que a verdade deve ser obtida por meio da razão, estudando
os fenômenos naturais e sociais. Eram Deístas em certa medida. Ou seja,
acreditavam em Deus, mas que este Deus agiria indiretamente nos homens, através
das leis naturais. As pessoas, por natureza, seriam boas, os
problemas, as desigualdades sociais foram colocadas e provocadas pelo próprio
homem, dentro da organização social. O objetivo filosófico era a busca da
felicidade. Eram contra a injustiça, intolerância religiosa e a concentração de
privilégios nas mãos de poucos e estes subjugavam outros.
Livre-pensador –
Aquele que em matéria religiosa pensa livremente, só aceitando as doutrinas que
se harmonizam com a sua razão.
Materialista –
Aquele que acredita que tudo é matéria ou redutível a ela ou, na linguagem
bíblica, aquele que se desvia de Deus, a fonte de água viva, e cava suas
próprias cisternas, que não retêm água alguma (Jr 2.13).
Positivista – Aquele que defende
a ideia de que o conhecimento científico seria a única forma de conhecimento
verdadeiro. Ele ver a religião como desvio e anomalia, presta culto à ciência, ao
humanismo e ao material em detrimento do metafísica ou sobrenatural.
Racionalista –
Aquele que valoriza de maneira única e desproporcional a razão, com exclusão ou
menosprezo dos sentidos, dos sentimentos e da revelação.
Realista
– Quem
valoriza os fatos ou a realidade dos fatos e despreza o imaginário romântico e
as simbologias representativas da vida. Os personagens são descritos, revelando
seu o lado negativo. O realista procura uma explicação lógica, objetiva para as atitudes
dos personagens, considerando a soma de fatores que justificam ou não as suas ações.
Então, é de certa forma, oposto ao pensamento romântico. O amor é
materializado, sendo a mulher apenas objeto de prazer, adultério, etc...
Fatalista
–
Aquele que acredita que tudo acontece pelo que está estabelecido antecipadamente
pelo destino. Pessoa que acredita que as coisas acontecem porque
têm de acontecer. Nem Deus e nem o homem interfere nos acontecimentos.
É uma forma de determinismo. O destino é fixo, não controlado ou
influenciado pela vontade humana. O que encontramos determinado, nas
Escrituras, fixado por Deus são os tempos dantes ordenados, os limites da
habitação humana na terra, bem como o julgamento dos homens (Atos 17.26,30-31).
O destino em si não pode ser endeusado.
Empirista
– Aquele
que a veridicidade ou falsidade de um fato deve ser verificada por meio dos
resultados de experiências e observações. Para o empirista, o inglês John
Locke (1632-1704), a mente humana é uma tábula rasa, um quadro branco.
“Nada pode existir na mente que não tenha passado antes pelos sentidos”.
Ignorava complemente a queda espiritual do homem em relação a Deus (Sl 51.5; Rm
5.12; 6.23). Muito menos distinguia a alma do espírito humano (Hb 4.12).
Determinista
– Acredita
que a totalidade dos fenômenos constitutivos da realidade se encontra submetida
a determinadas leis, estas sendo compreendidas como possuindo caráter natural.
Tais leis, ainda, são consideradas como sendo regidas por uma relação de
causalidade. O determinismo se baseia na concepção mecanicista do mundo físico.
A impossibilidade de prova decorre, como consequência, de seu universalismo.
Existem duas posições deterministas: Parcial ou radical. O determinismo, ao ser
aplicado a todas as esferas da vida humana, exclui a capacidade de análises,
decisões e escolhas humanas. E, portanto, é a negação da liberdade do homem. Pobre
infeliz! A proposta do evangelho de Jesus Cristo é trazer o homem à liberdade
pela verdade. E esta, está nele (João 8.32,36).
Niilista
- Do
latim, o termo “nihil” significa “nada”. É a compreensão de que a vida não
possui nenhum sentido ou finalidade. Uma filosofia apoiada no ceticismo
radical, destituída de normas indo contra os ideais das escolas materialistas e
positivistas. O niilismo está pautado na subjetividade do ser, onde não existe
nenhuma fundamentação metafísica para a existência humana. Ou seja, não há
verdades absolutas que alicercem a moral, os hábitos ou as tradições. Ou seja,
parte do nada para nada. A não ser que faça prevalecer “A Morte de Deus” e o
homem se torna “Um Super-Homem”, segundo o niilista Friedrich Nietzsche (1844-1900), na
proposição da “ausência de sentido”. Desse modo, Friedrich volta à estaca zero:
“Disseram os néscios (ignorantes) no seu coração: Não há Deus. Têm se
corrompido, fazem-se abomináveis em suas obras...(Sl 14.1). Resta-lhe aguardar se cumprir o juramento divino: “...Pela minha vida, diz o Senhor, todo joelho se
dobrará diante de mim, e toda a língua confessará a Deus. De maneira que cada
um de nós, dará conta de si mesmo a Deus” (Rm 14.11-12).
Ateísta
- É
aquele que nega a existência de Deus. O ateísta prático nega apenas na prática
a existência de Deus, enquanto o ateísta dogmático nega na prática e na teoria
a existência de Deus. O ateísmo absoluto é raro e tem muito menos adepto do que
o ateísmo demonstrado pela indiferença quanto à pessoa de Deus. A palavra grega
atheos, que quer dizer “sem Deus”, aparece uma única vez nas Escrituras, quando
Paulo descreve a situação dos efésios antes da conversão: “Naquela época vocês
estavam [...] sem esperança e sem Deus no mundo” (Ef 2.12).
Agnóstico - É
aquele que considera os fenômenos sobrenaturais inacessíveis à compreensão
humana. A palavra deriva do termo grego agnostos que significa
“desconhecido" ou "não cognoscível”. Ou seja, é aquele que se diz desprovido de meios para conhecer Deus e outras
realidades metafísicas (não-palpáveis ou invisíveis). O termo foi criado
pelo zoólogo inglês Thomas H. Huxley (1825-1895), porém a base filosófica do
agnosticismo foi lançada cem anos antes pelo filósofo escocês David Hume
(1711-1776) e pelo filósofo alemão Immanuel Kant (1724-1804). Do ponto de vista
bíblico o homem não pode chegar a Deus pela razão, mas por meio de uma decisão
pessoal com uma experiência de fé.
Os que creem parcialmente
Deísta –
Aquele que aceita a existência de um Deus destituído de atributos morais e
intelectuais, sem fazer uso de qualquer espécie de revelação divina. Acreditam
que Deus não é uma questão de fé ou suspensão da descrença, mas uma conclusão
lógica baseada na evidência dos sentidos e da razão. São avessos às crenças, à religião, ao culto e aos atos cerimonias de expressão da fé.
Universalista
“cristão” (Reconciliação Universal) – Ele crê que existe um Deus
cuja natureza é o amor. E não age independente de seu amor. Não haverá punição
eterna para o pecado. Dizem que Deus finalmente restaurará toda a família
humana à santidade e à alegria. Observa-se que os universalistas negam a
justiça e os juízos de Deus, seja de redenção ou de punição, bem como o
inferno, lago de fogo, destino final do diabo, demônios e dos incrédulos.
Teísta
–
Aquele que reconhece, crê em um ser
Supremo, pessoal, o oposto do ateu. Entretanto, pode variar em suas crenças acerca
de Deus, a depender do tipo de teísmo que pratica.
Politeísta
- É aquele que acredita na existência de muitos deuses e deusas.
Depois que a humanidade perdeu a noção de monoteísmo, Deus mesmo separou Abraão
e fez dele um povo para levantar a bandeira do monoteísmo em meio ao politeísmo
pagão. Naquele estágio da humanidade era tão importante que o primeiro
mandamento do Decálogo proíbe terminantemente o politeísmo: “Não terás outros
deuses além de mim” (Êx 20.3). E visava também com o advento do Messias, a
identidade do Deus verdadeiro, como o único redentor da humanidade (Is 43.11; Lc
3.6).
Panteísta
–
É aquele que acredita que tudo é Deus e Deus é tudo. Deus e a natureza
identificam-se um com o outro. Trata-se de uma mistura imprópria, descabida do
Criador com a Criação, sendo Deus um ser pessoal e eterno, enquanto o mundo é material e finito. Há vários tipos
de panteísmo. Um deles, o panteísmo absoluto, ensina que os seres
humanos devem superar sua ignorância e perceber que são deuses. Essa corrente
de pensamento faz parte da cosmovisão da maioria dos hinduístas, de muitos
budistas e de outras religiões da Nova Era.
Henoteísta –
Aquele que adora um dos muitos deuses do panteão, sem negar a existência dos
outros. Também chamado de monólatra.
Gnóstico – (do
grego gnostikós) - Seguidor do gnosticismo primitivo, um misto de filosofia e
religião pagã, e se dizia os únicos a possuírem um conhecimento perfeito de
Deus. Acreditava e defendia um dualismo entre o mundo espiritual e o material.
A matéria era corruptamente má.
Sofistas
–
Eram mestres na retórica e na oratória, embora sem uma escola filosófica
estabelecida (Século IV e V a. C.). Acreditavam que a verdade é múltipla,
relativa e mutável. Protágoras foi um dos mais importantes sofistas, dizia ele:
“O homem é a medida de todas as coisas”. Para os sofistas importavam ganhar na
argumentação, ainda que não fossem válidas ou verdadeiras, ou seja, não estavam
interessados pela procura da verdade e sim pelo refinamento da arte
de vencer discussões. A verdade era determinada pelo contexto de tempo e
espaço. Para os sofistas, é mais provável que os deuses não existam, mas eles
não rejeitavam completamente a existência, como Platão, por exemplo. Portanto,
quanto aos deuses eles são mais próximos do agnosticismo do que do ateísmo. Ao cristão, cabe-lhe seguir o conselho
paulino (II Co 13.8): “Porque nada podemos contra a verdade, senão pela
verdade”. Na atualidade, sofismas são usados como uma estratégia de manipulação
de massas, comumente para fins comerciais e políticos.
Aplicação
da postagem:
Henri Jozef Machiel Nouwen, católico holandês, teólogo, padre e escritor (1932-1996):
“É possível permanecer flexível sem tornar-se relativista, convincente sem tornar-se rígido, voluntarioso sem torna-se ofensivo ou áspero, gentil e perdoador sem abrir mãos das convicções, e um verdadeiro defensor da fé sem tornar-se manipulador, controlador ou opressor”.
1.
O homem ateu que ignora Deus, está enquadrado nas Escrituras.
Salmos 14.1 – “DISSERAM os
néscios nos seus corações: Não há Deus. Têm-se corrompido, fazem-se abomináveis
em suas obras, não há ninguém que faça o bem”.
2.
Como Deus tem se revelado aos homens?
Salmos 19.1-3 – “OS céus
declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos. Um dia
faz declaração a outro dia, e uma noite mostra sabedoria a outra noite. Não há
linguagem nem fala onde não se ouça a sua voz”.
Romanos 1.19-20 - Porquanto o
que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou.
Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno
poder como a sua divindade, se entendem, e claramente se veem pelas coisas que
estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis”.
João 14.6-11 - Disse-lhe
Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por
mim. Se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai; e já desde
agora o conheceis, e o tendes visto. Disse-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai,
o que nos basta. Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me
tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu:
Mostra-nos o Pai? Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim?
As palavras que eu vos digo não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em
mim, é quem faz as obras. Crede-me que estou no Pai, e o Pai em mim; crede-me,
ao menos, por causa das mesmas obras”.
Hebreus 1.1-3 – “HAVENDO Deus
antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos
profetas, a nós falou-nos nestes últimos
dias pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o
mundo. O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua
pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito
por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da
majestade nas alturas”.
3.
Como encontrar com Deus?
Jeremias 29.13 – “E
buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes com todo o vosso coração”.
Blaise Pascal (1623-1662) - “Há dois
tipos de pessoas: As que têm medo de perder Deus e as que têm medo de o
encontrar”.
4. O crê em Deus passa pela fé confessional no seu Filho, Jesus Cristo.
Mateus 10.32-33 – “Portanto, qualquer
que me confessar diante dos homens, eu o confessarei diante de meu Pai, que
está nos céus.
Mas qualquer que me negar diante dos homens, eu o negarei também diante de meu
Pai, que está nos céus”.
5. Não seja incrédulo, seja crente!
João 20.27 – “Depois disse a
Tomé: Põe aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; e chega a tua mão, e põe-na no
meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente”.
6.
Como a pregação do evangelho surte efeito? Funciona quando se põe fé na
mensagem.
Hebreus 4.2 – “Porque também a
nós foram pregadas as boas-novas, como a eles, mas a palavra da pregação nada
lhes aproveitou, porquanto não estava misturada com a fé naqueles que a ouviram”.
7.
O maior pecado é a incredulidade uma vez que desencaminha para pecaminosidades
consequentes.
João 16.7-11 – “Todavia, digo-vos a verdade: que vos convém que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, se eu for, enviar-vo-lo-ei. E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça, e do juízo: do pecado, porque não creem em mim; da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais; e do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado”.
8.
II Tm 3.1-5 – O apóstolo Paulo escreveu acerca da corrupção dos homens, nos últimos
tempos e identificou sua geração em torno de 20 adjetivos.
II Timóteo 3.7 - “que aprendem
sempre e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade”. Faltam-lhes o temor,
consideração a Deus, aquele que os criou (Pv 9.10;14.27; Gn 1.26-27; At 17.26).
Parafraseando: Aprendem! Aprendem! E não chegam ao conhecimento da verdade de Deus aos homens.
9. As consequências sobre aqueles que não tiveram a amor à verdade, antes tiveram prazer na iniquidade.
II Ts 2.10-12 - “E com todo engano da injustiça para os que
perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. E, por isso,
Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam na mentira, para que
sejam julgados todos os que não creram na verdade; antes, tiveram prazer na
iniquidade”.
Por Samuel P M Borges
Bacharel em Direito e Teologia
Natal/RN – Maio /2022.
Fontes de Pesquisas:
Bíblia Sagrada.
Revista Ultimato Novembro-Dezembro
2005.
www.significados.com.br/deísmo/
Centro Apologético Cristão de
Pesquisas – CACP
https://www.algosobre.com.br/sociofilosofia/determinismo.html - Pesquisa
em 10/05/2022.
https://www.todamateria.com.br/positivismo/ - Pesquisa
em 10/05/2022.
https://mundoeducacao.uol.com.br/filosofia/sofistas
- Pesquisa em 10/05/2022.
https://www.todamateria.com.br/niilismo/ -
Pesquisa em 10/05/2022.
Anotações Pessoais.