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quinta-feira, 29 de junho de 2023

A Igreja diante do espírito da Babilônia

TEXTO ÁUREO - “E, na sua testa, estava escrito o nome: Mistério, a Grande Babilônia, a Mãe das Prostituições e Abominações da Terra” (Ap 17.5).

VERDADE PRÁTICA - A igreja deve resistir ao “espírito da Babilônia” presente no cenário atual. Isso deve ser feito por meio do compromisso inegociável com a autoridade da Palavra de Deus.

Objetivos da Lição:

I) Apresentar os significados de Babilônia;

II) Elencar os sistemas que formam o “espírito da Babilônia”;

III) Demarcar a posição que se espera da Igreja nesse contexto.

INTRODUÇÃO

- Observa-se um aparato ideológico na sociedade, fazendo oposição ao Cristianismo Bíblico, a partir do grito de uma minoria, em nome dos “meus direitos” e da “diversidade cultural”.

- A oposição à fé cristã vem ocorrendo nas esferas religiosa, política, econômica e cultural.

- Está constatada a busca pela desconstrução da ética e da moral cristãs, através da inversão de valores e contradições que agridem o bom senso e a inteligência humana (Is 5.20).

- O sexo não é biológico. É um construto social de cada indivíduo, assim apregoa a agenda LGBTQSe+.

- Pessoas vão às ruas defender a aplicação vacina pela vida, mas abortar uma criança é um direito da mãe.

- Pregam a “liberdade” para consumir drogas, opções sexuais sem levar em conta a destruição das famílias no tecido social.

- Há um afrouxamento das penas, manipulação do Código Processo Penal - CPP brasileiro, facilidades para os maus elementos, violadores da lei na sociedade, em detrimento da segurança social.

- O “espírito da Babilônia” não se restringe a uma localização geográfica, vai além de uma instituição e de uma cidade, é um sistema atuando, operante nas esferas religiosa, política, cultural e econômica/mercantilista, potencializado no mundo pelo maligno (I Jo 5.19; II Ts 2.7).  

Diante desse quadro, como a Igreja Cristã vai cumprir a sua missão de pregar o evangelho do arrependimento? Cumprir o seu papel de coluna e firmeza da verdade, até que Jesus venha?

I - BABILÔNIA E SEUS SIGNIFICADOS

A grande meretriz/prostituta – É uma personagem com a qual os reis da terra se prostituíram (Ap 17.1,2).

No AT a idolatria é tratada como prostituição e infidelidade espiritual (Na 3.4; Is 23.15; Jr 2.20; Os 2.5). Em Apocalipse também.

As muitas águas onde a prostituta se assenta simboliza povos, multidões (Ap 17.1;15) seduzidas pela idolatria, diga-se prostituição espiritual (Ap 14.8;17.5), paganismo (Ap 18.3) e sua oposição a fé cristã (Ap 17.6;19.2). 

Babilônia, a prostituta é identificada com três faces: Da moral imunda, um sistema religioso idolátrico (morada de demônios) e mercantilista (Ap 14.8; 17.3-5; 18.1-3;11-19).

A Mulher e a besta Escarlata (Ap 17.3) -  O que representam? A união entre o cavaleiro (mulher) e a montaria (besta) simboliza a nefasta força dos sistemas religioso, político e cultural.

A fera na qual a mulher está montada é a Besta que saiu do mar (Ap 13.1). Trata-se do Anticristo que, pelo poder de Satanás, faz oposição a Jesus (II Ts 2.4,9,10). Ele profere blasfêmias em consciente repulsa ao senhorio de Cristo (Ap 13.6; 17.3b).

Explicitando:

1.A mulher é identificada com uma cidade situada sobre sete montes (Ap 17.9-10). É a localização geográfica. Na política se revela através de sete reis. Ela é a grande cidade que reina sobre os reis da terra (Ap 17.18).

2.As sete cabeças e dez chifres simbolizam os poderes do mundo sob o espírito do anticristo na área religiosa, política, cultural e econômica (17.3c,10,12).

3. Os dez chifres na besta serão dez reis (Ap 17.12). Quem destruirá a grande prostituta?

4. Deus não luta, só vence! Vai usar de sua soberania diretiva e jogar os dez reis contra a prostituta e a destruirá, ficará desolada e nua...e a queimarão no fogo (Ap 17.16-17).

5. Esses reis entregarão o poder e autoridade à besta, ou seja, seus reinos (Ap 17.13;17).

6. Os dez reis unidos com a besta (anticristo), combaterão contra o Cordeiro e o Cordeiro os vencerá com o seu povo, porque é o Senhor dos senhores e Rei dos reis (Ap 17.14).

7. Finalmente, Apocalipse de 17 a 20 apresentam três quedas no cenário escatológico:

Ap 17 e 18 – A queda grande da Babilônia, mãe das prostituições e abominações da terra. E foi anunciada em Ap 14.8 e 16.19.

Ap 19.1-10 – Descreve a celebração no céu, pelo julgamento da grande prostituta, justiça feita aos santos perseguidos, e adentra-se ao chamado para as Bodas do Cordeiro. 

Ap 19.11-21 -  A descrição da vitória de Cristo sobre os poderes do mal, a queda do anticristo e seu “reinado” na terra.

Ap 20 - Relata o julgamento e condenação final de Satanás e de todos os que o seguiram, de alguma forma, em todas as épocas, em todos em tempos.

II. O ESPÍRITO DA BABILÔNIA

Na área religiosa

Seduzem as pessoas pelo germe da “prostituição e infidelidade espiritual” (Ap 17.2).

Tem levado o ser humano a se tornar amante de si mesmo, do dinheiro e dos deleites (II Tm 3.2-4). Casa-se a fé com o cifrão($).

Em favor de “liberdade” estimula a devassidão, libertinagem por meio do afrouxamento da moral (II Pd 2.19).

O ecumenismo doutrinário é um meio de contaminação da ortodoxia e da fé bíblica (Gl 1.6,8).

O relativismo rejeita a doutrina dos apóstolos e a autoridade bíblica (II Tm 4.3) e deságua no liberalismo teológico.

O humanismo se sobrepõe a Deus, às Escrituras e atua para ressignificar os mandamentos divinos. É a criatura querendo corrigir o Criador. E ao tentar fazer será para sua própria perdição (II Pd 3.16).

O sincretismo mistura o sagrado e o profano, o falso com o verdadeiro no mundo das crenças (II Co 6.16,17).

Assim, tudo passa a ser permitido e a verdade é desconstruída (II Tm 3.7). Em consequência disso, cristãos são taxados de quadrados, idiotas por intolerantes à religião e a perseguição tende a piorar (Mt 24.9).

Na esfera política e cultural (Mt 13.38; I Jo 5.19).

O “espírito da Babilônia” é identificado em Pautas Progressistas pela inversão de valores, tais como: apologia ao aborto, ideologia de gênero, legalização das drogas, da prostituição...na verdade é um retrocesso humano exponencial, descomunal, monstruoso.

O patrulhamento ideológico estigmatiza como “fundamentalista”, retrógado quem ousa discordar dessas pautas (Mt 5.10-11; I Pd 4.4). Porém, “...hão de dar conta ao que está preparado para julgar os vivos e os mortos (I Pd 4.5).

Vem se acentuando a censura contra quem defende os valores bíblicos (Lc 12.11,12; I Tm 6.3-5); a grande mídia, as artes, a literatura e na educação promovem ideologias contrárias à fé cristã (Jo 15.19;21), sem bases científicas, meras concepções sociais e sob a bandeira do ativismo de minorias.

Desde a década de 1980, nos EUA, empresas, políticos vem sendo confrontados, provocados a aderir ao lgbtismo, a uma falsa revolução sexual, sob pena de sofrerem com lobbys contra seus produtos, negócios e atuações parlamentares (Livro: A estratégia, do Rev. Louis P. Sheldon -  2005 - EUA). 

Pelo “politicamente correto”, a sociedade assimila e defende a “nova cultura” (I Jo 4.5,6). Nesse contexto, cristãos são perseguidos e julgados (Lc 21.12-13;16-17).

No campo das ideias e da política estamos assistindo frequentes coações à liberdade de pensamento e crenças, e ao arrepio da Constituição do Brasil. Uma tal diversidade não comporta cristãos bíblicos, mesmo com devido respeito a crenças e valores do seu semelhante. A mensagem do evangelho de arrependimento é de amor, não de ódio.

Na área econômica

Na sociedade hodierna, o “espírito da Babilônia” está presente e atuante:

No enriquecimento de poucos por meio da exploração dos meios de produção, empregos e cargos públicos de altos salários e uma grande maioria do povo à margem do progresso, na miséria. São “mercadores” dominados e dominando pelo “espírito da Babilônia” (Ap 18.3).

Nos Poderes, nas Instituições onde há membros que subornam os cidadãos por avareza, dinheiro e poder (Êx 23.8; Ec 7.7; Mq 2.1-3)

Onde as pessoas são motivadas a levar vantagem financeira, ilícita e imoral em prejuízo do próximo (Pv 16.29; Is 5.23; Mq 3.10-11).

A sociedade é comprimida sob pesados impostos, tributos e multas para benefícios, privilégios de alguns, em detrimento do povo que os mantém (Mt 5.6; Tg 2.6,7).

Há uma busca material pela satisfação dos prazeres pecaminosos e um consumismo desenfreado (Is 55.2; Lc 12.15). Os deleites e a autossuficiência conduzem o ser humano a confiar no dinheiro (I Tm 6.9,10,17).

III. A POSIÇÃO DA IGREJA FRENTE AO ESPÍRITO DA BABILÔNIA

Não negociar a ortodoxia bíblica -  Ortodoxia é a boa, a sã doutrina, o ensino correto. A ortopraxia é a aplicação da sã doutrina, ou a prática do ensino correto na vivência cristã.

Reafirmar as verdades bíblicas como valor universal e imutável (Sl 100.5; Ec 12.13-14; II Tm 3.16). Não pode fugir desse compromisso, seja na vida ou na morte.

Cristãos! Vivamos o caráter de Cristo Jesus – É pelo fruto que se conhece uma árvore (Mt 12.33). O melhor antídoto contra o veneno e o jugo do pecado é andar no Espírito (Gl 5.16,17). A falha na formação moral do caráter produz pseudocristãos escravizados pela impiedade (Jd 1.12,13).

Cada um saiba responder a razão da sua fé – “Antes, santificai ao Senhor Deus em vossos corações; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós” (I Pd 3.15).

Conclusão

1.“O espírito da Babilônia” vem exercendo forte influência social e busca ter completo domínio religioso, político, cultural e econômico, em oposição aos valores da fé cristã.

2.Há movimentos, segmentos de minorias com proposituras, sem nenhum escrúpulo, forçam a barra para fazer valer suas reivindicações, algumas anticristãs, e ora provocativas chamando atenção social para si.

3.Como cristãos, precisamos aprender a assumir posições, não ficar em cima do muro e ser um propagador e defensor da fé cristã, sem desrespeitar direitos e deveres em sociedade. E em tudo movidos pelo amor, sem ingenuidades.

4.Quanto a sofrer por amor a Causa Cristo é uma insígnia, um selo do cristão.

5. A Palavra de Deus é a verdade absoluta e imutável. Disse Jesus: “O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar” (Mt 24.35). Terão fiel e cabal cumprimento. Doa a quem doer! Viva quem viver! Morra quem morrer!

6. II Co 13.8 – “Porque nada podemos contra a verdade, senão pela verdade”. Ou seja, a mentira, distorções da verdade não prevalecerão contra a verdade. Chegará a hora em que a verdade contestada persistirá como luz dissipando as trevas. 

Fonte da Pesquisa:

Bíblia Sagrada.

Lição EBD/CPAD – 3º trimestre de 2023.

EBD/Podcast - Open.spotify.com - Para Escola Bíblica Dominical.

Livro – A Estratégia – Editora Central Gospel – Edição 2012.

Anotações pessoais.

 

Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Bacharel em Direito e Teologia

Natal/RN, 29/06/2023.


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