Texto: Êxodo 12.1-14; I Co 5.7
Introdução: A Páscoa está entre as grandes festas judaicas. Era observada anualmente, no dia 14 do mês de abibe (março/abril do nosso calendário). Foi instituída para ser celebrada a partir da saída do povo judeu do Egito, por ocasião da décima e última praga, a morte dos primogênitos. Com esta praga, Deus sabia que os egípcios iriam rogar aos israelitas que deixassem o Egito. Assim sendo, deveriam assar e não ferver (cozer) um cordeiro, além dos pães asmos e ervas amargosas e comer apressadamente. Literalmente, páscoa significa pular além da marca, passar por cima, poupar. E isto aconteceu com os filhos primogênitos dos hebreus, pois nos umbrais ou vergas das casas onde havia sangue aspergido, o anjo destruidor passava por cima, poupando os filhos primogênitos do povo hebreu. De modo que naquela noite, partiram os israelitas do Egito, sob a liderança de Moisés, a caminho de Canaã. Para nós cristãos, a Páscoa contém ricos simbolismos proféticos os quais se cumpriram em Jesus Cristo. Portanto, Ele é a nossa Páscoa.
I – Celebração da morte e Ressurreição de Jesus, o Cristo.
1. A primeira ocorreu em solo brasileiro, de 26/04 a 03/05/1500, por Dom
Henrique Soares de Coimbra e mais oito missionários franciscanos.
2. A âmago do evento da Páscoa é a Graça de Deus para salvação.
3. O sangue aplicado nas vergas das portas servia de sinal para que o
primogênito daquela casa não morresse.
4.O cordeiro pascoal foi sacrificado (Hebreus 12.27) em substituição do
filho primogênito.
5. A morte de Jesus na cruz tem caráter substitutivo, insubstituível, um
sacrifício vicário com efeito redentivo sobre todo homem que vai a Ele
arrependido. Jesus é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (João 1.29).
II - O Jesus dos Evangelhos não foi um Mártir.
1.Mártir é aquele cuja morte é imposta de modo irreversível por
religiosos, autoridades e indivíduos de crenças opostas e intolerantes.
2.Considerar Jesus um mártir está diminuindo a sua glória, o
reduz simplesmente a um personagem histórico e não reconhece nele seus
traços de Divindade.
3.A sua morte foi voluntária. Ele tinha completa liberdade diante da
morte.
4.Ele tinha poder para dar e tornar a tomar a sua própria vida (João
10.17-18).
5.A sua morte foi doação (João 10.11; 3.16).
6.Quando chegou o momento, ele não fugiu, não recuou, não recorreu
a nenhum milagre, não pediu ao pai legiões de anjos para o livrar.
III - A Ressureição de Jesus - Disse o anjo às mulheres que buscavam
a Jesus que fora crucificado: "Ele não está aqui porque já ressuscitou,
como tinha dito" (Mt 28.5-6).
Refletindo sobre a Ressurreição de Jesus:
João Crisóstomo, um dos pais da Igreja Primitiva: “Ninguém chore pelos próprios pecados, porque o perdão emergiu do túmulo. Ninguém tenha mais medo da morte, porque dela nos livrou a morte do salvador; prisioneiro da morte, ele a sufocou, tendo descido aos infernos, submeteu os infernos”.
Aleksandr Mien, sacerdote ortodoxo russo: “Desde a manhã da ressurreição, os séculos passaram num relâmpago, impérios surgiram e se foram, civilizações inteiras desapareceram, revoluções militares, convulsões nacionais e políticas mudaram à própria ordem do nosso mundo, Mas aquela pequena comunidade de pescadores fundada pelo judeu Jesus, da aldeia de Nazaré, a sua Igreja, permanece de pé até hoje, como um rochedo firme no meio de um mar em contínuo movimento".
John Stott, escritor, pastor episcopal inglês: “Não devemos considerar a cruz como derrota e a ressurreição como vitória. A cruz foi a vitória conquistada e a ressurreição foi a vitória endossada, proclamada e demonstrada”.
Michael Green, pregador inglês: “A ressurreição de Jesus foi a fé que transformou o coração partido dos seguidores de um rabino crucificado em corajosas testemunhas e mártires da primeira igreja...eles podiam ser presos e açoitados, mas ninguém conseguiu fazê-los mudar a convicção de que no terceiro dia, ele ressuscitou”.
Enfim! “Os
evangelhos não explicam a ressurreição de Jesus. Porém, a sua ressurreição explica os evangelhos”.
Fontes:
Revista Ultimato.
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Anotações pessoais do Blog.
Por Samuel Pereira de Macedo Borges
Bacharel em Direito e Teologia
Natal/RN, 03 de abril de 2012. Revisão em abril de 2023.
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