Aos meus semelhantes católicos, com amor...
Segundo o Cardeal português
Saraiva Martins, a beatificação é primeiro passo em direção à canonização
definitiva.
O termo canonização foi
utilizado pela primeira vez por Alexandre III em 1171. E ao passo que a
distinção entre beato e santo foi formalizada por Sisto IV em 1483.
(Há outras fontes que
mencionam a canonização de pessoas julgadas piedosas, já por volta de 933
a.C.).
Pela beatificação declara-se a
santidade de vida do beato e é permitido o culto público em sua honra no âmbito
limitado de uma diocese ou de uma instituição eclesiástica. É local.
“A canonização implica uma
declaração especialmente solene de santidade e prescreve o culto público em
toda a Igreja. Portanto, enquanto a primeira tem uma dimensão local, a segunda
possui uma dimensão universal. Tanto a beatificação como a canonização
pressupõem, contudo, a declaração prévia da heroicidade das virtudes praticadas
pelo beato ou santo”.
Cân. 834 – “§ 2. Tributa-se
este culto, quando é prestado, em nome da Igreja, por pessoas legitimamente
escolhidas e por meio de ações aprovadas pela autoridade da Igreja”.
Cân. 1187 — “Só é lícito
venerar com culto público os servos de Deus, que foram incluídos pela
autoridade da Igreja no álbum dos Santos ou Beatos”.
Cân. 1403 - § 1 – “O que se entende por causa de
canonização? É um conjunto de atos ou passos que devem ser dados, a partir do momento
em que se pretende elevar à honra dos altares uma pessoa cristã, após o início
de um pedido aceito pela autoridade eclesiástica competente para averiguar a
santidade de uma pessoa. Ao final disso,
o fiel cristão poderá ser beatificado e, por fim, canonizado sendo autorizado o
seu culto público e sua veneração”.
Fonte: https://www.direitonaigreja.com - Pesquisa em 11/10/2022.
É óbvio que os evangélicos, ou os
chamados protestantes, divergem dessa prática eclesiástica Romana.
Existe enorme diferença histórica e teológica entre ser Católico Apostólico Romano e Católico
Apostólico Cristão.
Enquanto o segmento evangélico
tem as Escrituras como sua base de Declaração de Fé e Prática Cristã, o
Romanismo tem as bulas papais, decisões de concílios, as tradições e o seu
magistério católico para ditar uma Cristandade descentralizada de Cristo, do
qual afirmou o apóstolo Paulo:
I Coríntios 3.11 – “Porque ninguém pode pôr outro
fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo”.
Pedro
e a cura do coxo na entrada do Templo em Jerusalém
Atos 3.1-12- Pedro, sem prata
e nem ouro, pela cura do coxo junto à porta formosa do Templo, a ordenou em
nome de Jesus Cristo, o nazareno, deixou o povo atônito. E apontou toda glória para
Deus. Jamais teria recebido veneração de quem quer que fosse por causa da cura
do coxo.
Paulo
e Barnabé na cidade de Listra
Atos 14.8-18 - Por causa do milagre
de um aleijado uma multidão queria fazer sacrifícios, com touros e grinaldas,
como se fossem deuses, chamando a Paulo de Júpiter e Barnabé de Mercúrio.
Rejeitaram toda a glória e se declararam homens com as mesmas fraquezas
humanas. Um grande templo dedicado a Júpiter ocupava o centro de Listra.
*Herodes,
não deu a glória devida a Deus
Atos 12.21-23 – Herodes,
autoridade romano, levou o nome de Deus e ao invés de transferir a glória para
Deus, certamente se envaideceu, e o anjo do Senhor o feriu, e logo morreu....
*Era Agripa I neto de Herodes
o Grande. Seu pai era Aristóbulo, um filho de Mariamne, a segunda mulher de
Herodes. Reinou de 37 a 44 d.C. Ele matou à espada Tiago, o
irmão de João, e lançou Pedro na prisão, o qual foi libertado pela intervenção
do anjo do Senhor (Atos 12.1-17).
Jesus
foi tentado pelo diabo para o adorar
Lucas 4.1-8 - O diabo tentou a
Jesus para dele receber adoração e foi severamente por Ele repreendido. O anticristo, personagem escatológico, nos
últimos tempos, se revelará, e vai enganar a muitos e se sentar no templo de
Deus, querendo ser como Deus. E Cristo na sua segunda vinda o desfará pelo
sobro de sua boca (II Ts 2.3-8).
Jesus
é o único nome debaixo do céu apto para salvar o homem
Atos 4.11-12 - Ele é a pedra
que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta por cabeça de
esquina. E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum
outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.
De
Deus é toda a Criação e os seus habitantes
Salmos 24.1 – “Do Senhor é a terra e a sua
plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam”.
Toda
boa dádiva provém de Deus
Tiago 1.17 - "Toda boa dádiva e todo dom
perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança, nem
sombra de variação".
Somente Deus pode e deve adorado em espírito e em verdade
Este modelo de adoração está
em João 4.24. Não comporta crenças fluídicas em relação a Deus, uma vez que Deus é transcendente e imanente. Deus é pessoal, não é uma energia universal
indecifrável e intangível.
Isaías 42.17 – “Tornarão atrás
e confundir-se-ão de vergonha os que confiam em imagens de escultura, e dizem
às imagens de fundição: Vós sois nossos deuses”.
A prática de beatificar e canonizar pessoas piedosas é outro evangelho, não o
de Jesus Cristo. E dizia o apóstolo Paulo, que seja anátema, maldição.
Gálatas 1.8-9 – “Mas, ainda
que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos
tenho anunciado, seja anátema. Assim como já vo-lo dissemos, agora de novo
também vo-lo digo: se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes,
seja anátema”.
Tornou-se uma tradição eclesiástica que
se choca frontalmente com as Sagradas Escrituras.
Jesus
– É o único mediador entre Deus e os homens
I Timóteo 2.5 – “Porque há um
só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem”. Nem os anjos e sua
mãe tem essa prerrogativa.
O ato de beatificar ou/e
canonizar, além de alheio às Escrituras Sagradas contrariam a adoração
exclusiva devida a Deus. Nenhum Sistema Religioso tem autoridade para
beatificar, canonizar homens, mulheres piedosas, transformando-os em mediadores
ou medianeiras, entre Deus e os homens, concedendo-lhes altares de devoção e culto.
Estas praxes se impregnaram na
história do próprio Sistema Religioso, de modo que se institucionalizaram como
certas, e as consequências são irreparáveis e um caminho sem volta, afetando,
em especial, a fé dos povos ocidentais.
Uma consequência bastante evidente
dessa veia romanista são as igrejas, templos, paróquias erguidas, centros de
romarias, dedicadas a “santos e santas”, produzidos, por todo o Ocidente, fruto
do seu arcabouço religioso e idolátrico.
Ap 16.19 e capítulos 17 ao 19
- No simbolismo apocalíptico, vemos a figura da grande Babilônia, com duas
fases, uma política e outra religiosa. Uma mulher assentada sobre uma besta (Ap
17.3). O nome que lhe dado é de a mãe das prostituições e abominações da terra,
em sentido espiritual (Ap 17.5-6). Deus trará juízo, julgará a Babilônia e as suas
duas fases no Fim dos Tempos, associadas à besta e ao falso profeta (as duas
bestas de Ap 13). Ap 19-11-21, narra a vitória de Cristo e com Ele exércitos celestes,
sobre as duas bestas citadas. Muito mistério a se revelar.
Para mais detalhes veja a
postagem em: http://samuca-borges.blogspot.com/2022/11/a-babilonia-politica-e-eclesiastica.html
Como os mitos e a idolatria pagã
também tem contaminado a muitos povos e cegado espiritualmente a humanidade, a
pregação do evangelho bíblico, Cristocêntrico, a toda criatura, ordenada por
Jesus (Mc 16.15), fazendo discípulos em todas as nações (Mt 28.19-20), é a luz
de esperança que tem trazido muitos, na sua individualidade à conversão e salvação,
em Cristo Jesus.
É oportuno destacar: Todo
cristão é chamado a viver uma vida santa, separado dos valores do mundanismo
presente. O Deus de paz atua no cristão, santificando-o no espírito, alma e
corpo, conservando-o irrepreensível até a vinda de Jesus (I Ts 5.23). Mas, não o coloca em um pedestal de veneração
e culto. Continua humano e falho no exercício da piedade cristã (I Tm 4.7).
I João 2.15 – “Não ameis o
mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está
nele”.
I Pedro 1.15 – “Mas, como é
santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de
viver”.
Hebreus 12.14 – “Segui a paz
com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”.
No céu sim, para os salvos em
Cristo Jesus, haverá distribuição de galardões, recompensas, pelos critérios
daquele que fará as entregas, conforme está escrito:
II Tm 4.7-8- “Combati o bom
combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me
está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele Dia; e não somente
a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda”.
II Co 5.10 – “Porque todos
devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o
que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal”.
Apocalipse 22.12 – “E eis que cedo venho, e o meu galardão
está comigo para dar a cada um segundo a sua obra”.
É possível citar cronologicamente
na História cerca de 25 desvios do Evangelho de Cristo no Romanismo. Vejamos os
mais afetos a esta postagem.
Ano 320 d.C. as Igrejas
Católicas, começam a utilizar velas.
Ano 394 d.C. o culto cristão é
abolido e passam a rezar as missas.
Ano 431 d.C. passam a cultuar Maria, mãe de Jesus.
Ano 787 d.C. começam com
o culto às imagens de
esculturas.
Ano 830 d.C. a Igreja Católica
passa a usar ramos e água benta.
Ano 933 d.C. instituíram
a canonização dos
"santos".
Ano 1190 d.C. instituiu-se a venda de indulgência, ou seja, pagar pelo pecado para
ganhar a salvação.
Ano 1854 d.C. foi criado o
dogma da Imaculada Conceição.
Ano 1950 d.C. decretou-se
a "Assunção de Maria".
A Idolatria é
condenável por toda a Bíblia porque corrompe, desvia a adoração ao
único Deus verdadeiro. A idolatria é
prostituição espiritual cuja prática abominável contamina o altar do culto a
Deus.
O apóstolo Paulo escreveu em I Coríntios 10.14,
tratando da idolatria tangível, para que fujamos do altar dos ídolos, objetos de culto religioso.
“Portanto, meus amados, fugi da idolatria”.
Enfim, convém lembrar que a idolatria tem outras faces a se combater e dela se
guardar em áreas do não palpável.
Um ídolo é tudo o que mais nos
fascina e toma o primeiro lugar em nossa mente, ele está no centro das nossas atenções.
Vigiemos e evangelizemos aos que carecem de um encontro pessoal com Deus, enquanto a porta da graça está aberta. Amém!
Por Samuel Pereira de Macedo
Borges
Bacharel em Direito e Teologia
Natal/RN, 08/11/2022.