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terça-feira, 26 de agosto de 2025

Murmuração!

 

Murmurar - Significa resmungar, queixar-se, reclamar, ou expressar descontentamento ou oposição, e pode ser dirigida contra Deus, à liderança estabelecida e até contra ao nosso semelhante, como um falatório maledicente.

Murmúrio – É o burburinho - ruído indistinto e prolongado de muitas pessoas falando ao mesmo tempo; bulício, murmurinho.

Murmurações na Bíblia:

Êxodo 16.2 – “E toda a congregação dos filhos de Israel murmurou contra Moisés e Arão no deserto”. Já era a terceira vez que murmuraram, reclamavam (Êx 14.10-12;15.24). E Deus ouviu as murmurações (Êx 16.7).

Números 14.2 – “E todos os filhos de Israel murmuraram contra Moisés e contra Arão; e toda a congregação lhes disse: Quem dera tivéssemos morrido na terra do Egito! ou, mesmo neste deserto!”.

I Coríntios 10.10 - “E não murmureis, como também alguns deles murmuraram, e pereceram pelo destruidor”. Aqui é uma exortação para evitarmos a prática da murmuração.

Nota – O episódio de Números 14 trata de uma murmuração gravíssima. Deus tomou a murmuração por incredulidade contra si (Nm 14.11,26-30) pela intercessão Moisés evitou a destruição daquela geração, mas todos de 20 anos acima, não entraram em Canaã, exceto Josué e Calebe e seus descendentes.

Números 16 narra a respeito da rebeldia de Corá, Datã e Abirão, contra a liderança de Moisés e de Arão (Nm 16.3), e deu no que deu: Pelo poder de Deus e sua indignação (Nm 16.20-24), a terra abriu a sua boca (Nm 16.31-35) e os consumiu.

Ocorreu que no dia seguinte, a congregação dos filhos de Israel murmurou contra Moisés e Arão, dizendo “Vós matastes o povo de Deus” (Nm 16.41). E a ira divina veio sobre a congregação e por orientação de Moisés, correu Arão e fez expiação pelo povo e ainda morreram 14.700 e cessou a praga.

Salmos 31.13 – “Pois ouvi a murmuração de muitos, temor havia ao redor; enquanto juntamente consultavam contra mim, intentaram tirar-me a vida”. (murmuração por descontentamento e oposição).

Salmos 106.25 - “Antes murmuraram nas suas tendas, e não deram ouvidos à voz do SENHOR”. (pecado de murmuração contra Deus por incredulidade e ingratidão).

Jeremias 20.10 – “Porque ouvi a murmuração de muitos, terror de todos os lados: Denunciai, e o denunciaremos; todos os que têm paz comigo aguardam o meu manquejar, dizendo: Bem pode ser que se deixe persuadir; então prevaleceremos contra ele e nos vingaremos dele. (murmuração em oposição às profecias e ao profeta).  

João 7.12 - “E havia grande murmuração entre a multidão a respeito dele. Diziam alguns: Ele é bom. E outros diziam: Não, antes engana o povo”.

João 7.31-32 – “E muitos da multidão creram nele, e diziam: Quando o Cristo vier, fará ainda mais sinais do que os que este tem feito? Os fariseus ouviram que a multidão murmurava dele estas coisas; e os fariseus e os principais sacerdotes mandaram servidores para o prenderem”.

Em João 7 – Era um burburinho, murmúrio de conversas no meio da multidão, pois havia opiniões divididas a respeito de Jesus. E muitos da multidão creram nele. Jesus por prudência, não se revelara nessa ocasião ser o Cristo, como o fez para samaritana junto ao poço de Jacó (Jo 4.25-30). – (Nestes textos, não houve pecado de murmuração).

Atos 6.1 – “ORA, naqueles dias, crescendo o número dos discípulos, houve uma murmuração dos gregos contra os hebreus, porque as suas viúvas eram desprezadas no ministério cotidiano”.

Os gregos em Atos 6 são cristãos gentios convertidos à fé cristã. Neste texto a murmuração era uma justa reclamação, podemos até chamar de uma “crítica construtiva” e os líderes da época tiveram a humildade de ouvir e tomar as devidas providências, sem prejuízos ao ministério da palavra e da oração (At 6.3-4).

Portanto, a murmuração se constitui em pecado, na medida em que afetar a Deus, à liderança, ao semelhante se traduzindo em oposição, em uma reclamação, uma queixa injusta, podendo ser doentia ao Corpo de Cristo.

E em geral a murmuração pode revelar: Inveja, falta de fé, de sabedoria, ingratidão e insubmissão às autoridades delegadas por Deus.

Nas Escrituras aprendemos acerca do cuidado com a língua (Tg 3.1-12), a comunicação, as conversas devem ser responsáveis e edificantes.

Efésios 4.29 – “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe (que contraria ou fere os bons costumes, a decência, a moral; que revela caráter vil; indecoroso), mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem”.

Colossenses 4.6 – “A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibais como vos convém responder a cada um”.

Nota – A palavra com graça, amável, sábia, não exclui palavras enérgicas, severas quando necessárias falar e com a verdade, não com afrontas, grosserias e má educação.

Provérbios 25.11- “Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo”.

 

Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Natal/RN, 26/08/2025.

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