Murmurar - Significa
resmungar, queixar-se, reclamar, ou expressar descontentamento ou oposição, e
pode ser dirigida contra Deus, à liderança estabelecida e até contra ao nosso
semelhante, como um falatório maledicente.
Murmúrio – É o
burburinho - ruído indistinto e prolongado de muitas pessoas falando ao mesmo
tempo; bulício, murmurinho.
Murmurações na Bíblia:
Êxodo 16.2 – “E toda a
congregação dos filhos de Israel murmurou contra Moisés e Arão no deserto”. Já
era a terceira vez que murmuraram, reclamavam (Êx 14.10-12;15.24). E Deus ouviu
as murmurações (Êx 16.7).
Números 14.2 – “E todos os
filhos de Israel murmuraram contra Moisés e contra Arão; e toda a congregação
lhes disse: Quem dera tivéssemos morrido na terra do Egito! ou, mesmo neste
deserto!”.
I Coríntios 10.10 - “E não
murmureis, como também alguns deles murmuraram, e pereceram pelo destruidor”. Aqui
é uma exortação para evitarmos a prática da murmuração.
Nota – O episódio de Números
14 trata de uma murmuração gravíssima. Deus tomou a murmuração por
incredulidade contra si (Nm 14.11,26-30) pela intercessão Moisés evitou a
destruição daquela geração, mas todos de 20 anos acima, não entraram em Canaã,
exceto Josué e Calebe e seus descendentes.
Números 16 narra a respeito da
rebeldia de Corá, Datã e Abirão, contra a liderança de Moisés e de Arão (Nm
16.3), e deu no que deu: Pelo poder de Deus e sua indignação (Nm 16.20-24), a
terra abriu a sua boca (Nm 16.31-35) e os consumiu.
Ocorreu que no dia seguinte, a
congregação dos filhos de Israel murmurou contra Moisés e Arão, dizendo “Vós
matastes o povo de Deus” (Nm 16.41). E a ira divina veio sobre a congregação e
por orientação de Moisés, correu Arão e fez expiação pelo povo e ainda morreram
14.700 e cessou a praga.
Salmos 31.13 – “Pois ouvi a
murmuração de muitos, temor havia ao redor; enquanto juntamente consultavam
contra mim, intentaram tirar-me a vida”. (murmuração por descontentamento e
oposição).
Salmos 106.25 - “Antes
murmuraram nas suas tendas, e não deram ouvidos à voz do SENHOR”. (pecado de
murmuração contra Deus por incredulidade e ingratidão).
Jeremias 20.10 – “Porque ouvi
a murmuração de muitos, terror de todos os lados: Denunciai, e o denunciaremos;
todos os que têm paz comigo aguardam o meu manquejar, dizendo: Bem pode ser que
se deixe persuadir; então prevaleceremos contra ele e nos vingaremos dele. (murmuração
em oposição às profecias e ao profeta).
João 7.12 - “E havia grande
murmuração entre a multidão a respeito dele. Diziam alguns: Ele é bom. E
outros diziam: Não, antes engana o povo”.
João 7.31-32 – “E muitos da
multidão creram nele, e diziam: Quando o Cristo vier, fará ainda mais sinais do
que os que este tem feito? Os fariseus ouviram que a multidão murmurava dele
estas coisas; e os fariseus e os principais sacerdotes mandaram servidores
para o prenderem”.
Em João 7 – Era um burburinho,
murmúrio de conversas no meio da multidão, pois havia opiniões divididas a
respeito de Jesus. E muitos da multidão creram nele. Jesus por prudência, não
se revelara nessa ocasião ser o Cristo, como o fez para samaritana junto ao poço
de Jacó (Jo 4.25-30). – (Nestes textos, não houve pecado de murmuração).
Atos 6.1 – “ORA, naqueles
dias, crescendo o número dos discípulos, houve uma murmuração dos gregos
contra os hebreus, porque as suas viúvas eram desprezadas no ministério
cotidiano”.
Os gregos em Atos 6 são cristãos
gentios convertidos à fé cristã. Neste texto a murmuração era uma justa
reclamação, podemos até chamar de uma “crítica construtiva” e os líderes da
época tiveram a humildade de ouvir e tomar as devidas providências, sem
prejuízos ao ministério da palavra e da oração (At 6.3-4).
Portanto, a murmuração se
constitui em pecado, na medida em que afetar a Deus, à liderança, ao semelhante
se traduzindo em oposição, em uma reclamação, uma queixa injusta, podendo ser doentia
ao Corpo de Cristo.
E em geral a murmuração pode
revelar: Inveja, falta de fé, de sabedoria, ingratidão e insubmissão às
autoridades delegadas por Deus.
Nas Escrituras aprendemos
acerca do cuidado com a língua (Tg 3.1-12), a comunicação, as conversas devem
ser responsáveis e edificantes.
Efésios 4.29 – “Não saia da
vossa boca nenhuma palavra torpe (que contraria ou fere os bons costumes, a decência, a moral;
que revela caráter vil; indecoroso), mas só a que for boa para
promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem”.
Colossenses 4.6 – “A vossa
palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibais como vos
convém responder a cada um”.
Nota – A palavra com graça, amável,
sábia, não exclui palavras enérgicas, severas quando necessárias falar e com a verdade,
não com afrontas, grosserias e má educação.
Provérbios 25.11- “Como maçãs
de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo”.
Por Samuel Pereira de Macedo Borges
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