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terça-feira, 29 de novembro de 2011

O Menino Jesus

O aniversariante sem igual

É Natal! Tempo de confraternização, muitas luzes, vastas decorações com bastantes cores. Tempo de desejar melhores dias aos amigos, colegas, familiares e aos nossos semelhantes. Dá e receber presentes... enviar, receber cartões. Famílias fazem suas festas, Igrejas, empresas e demais entidades também comungam desse mesmo espírito. O comércio entra em frenesi. O consumismo toma conta, domina sobre todos ou quase todos.  No cenário natalino surge um personagem fictício: Papai Noel, um velhinho presenteador, o qual é mais querido e difundido do que o próprio dono da festa – O menino Jesus. Evidentemente, há uma intenção oculta, sublinhar, na criação da figura do palhaço de barbas brancas.

É raro um filme natalino que se concentre na pessoa do menino Jesus. Na verdade, produtores, atores e protagonistas revelam pouco ou nenhuma intimidade com o menino Jesus. Desconhecem ou se fazem de ignorantes dos relatos nos Evangelhos. 

Em Isaías 7.14 dele está escrito: "Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel". Ou seja, Deus conosco.

Em Isaías 9.6, por volta de 700 a.C., apresenta-nos um menino Jesus completo e abrangente, o qual repercute nas cortinas da eternidade: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz”.  Cada um destes títulos tem uma riqueza estupenda a ser dissecado.

O evangelista Lucas afirma: “E o menino crescia, e se fortalecia em espírito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele”(Lc 2.40). Com cerca de doze anos foi achado no templo sentado entre os doutores, ouvindo-os e interrogando-os. E todos se maravilhavam de sua inteligência e respostas. E ali estava para tratar de negócios do Pai Celestial (Lc 2.46-47,49). O menino Jesus do Natal hodierno sofre de raquitismo, não cresce, jamais será considerado Senhor de Vidas. É um Jesus que sempre depende de nós e nunca dependemos dele.

Ele é o pão vivo que desceu do céu; do doente, a cura; do perdido, é o caminho para o céu. Ele é meigo nazareno, varão aprovado por Deus com prodígios, sinais e maravilhas (Atos 2.22),  que andou fazendo o bem a todos e curando todas as moléstias entre o povo.

É aquele que recebeu a informação de que Rei Herodes o procurava para matá-lo (possivelmente tomado de ciúmes contra Jesus e sua fama) e mandou dizer-lhe: “Ide e dizei aquela raposa: eis que expulso demônios e efetuo curas, hoje, amanhã e no terceiro dia sou consumado” (Lc 13.31-32).

João Evangelista, no seu evangelho (João 1.1-5), falando da revelação do Filho de Deus assim se expressa: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.  Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens. E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam”.

Sim! “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (João 1.14). 

Em João 6.35, Ele é o pão da vida;
Em João 8.12, Ele é a luz do mundo e quem o segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida;
Em João 10.11 é o Bom Pastor que dá a vida pelas ovelhas;
Em João 14.6 Ele é o caminho, a verdade e a vida, ninguém tem acesso ao Pai, senão por Ele;
Em João 15.1-2 Ele é a Videira Verdadeira e quem está nele ligado dará frutos.

A autoridade de Jesus sobre a morte

Está em João 10.17-18 - "Por isto o Pai me ama, porque dou a minha vida para tornar a tomá-la.  Ninguém a tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar, e poder para tornar a  tomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai”.

Para João Batista Jesus é o Cordeiro de Deus que tira o pecado de mundo (Jo 1.29). E de quem não era digno de levar as suas sandálias (Mateus 3.11).

Para Simão Pedro é o Cristo, o Filho do Deus Vivo. Para Judas, o traidor, reconheceu que era sangue inocente.

Quando julgado por Pôncio Pilatos, dissera dele: “nele não achou crime algum” (João 18.38).

Para o centurião junto ao calvário, Jesus foi declarado homem verdadeiramente justo (Lucas 23.47).

No exato momento de sua morte, ao entregar o espírito ao Pai, houve terremotos, as pedras se fenderam, o sol não deu a sua luz, houve trevas sobre a terra, do meio-dia  até as três horas da tarde. Era a natureza protestando a morte do Filho de Deus, morte sacrificial pela Humanidade, no gólgota (Lucas 23.44-45).

O apóstolo Paulo escrevendo à Igreja de colossos (Colossenses 1.15-18), disse dele:
“O qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele. E ele é a cabeça do corpo, da igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência”. 

O escritor aos Hebreus 1.1-4, declara-nos que Deus o Pai, o fez herdeiro de tudo: “A quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo. O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas alturas; feito tanto mais excelente do que os anjos, quanto herdou mais excelente nome do que eles. 

E ainda afirmou: "Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e eternamente" (Hebreus 13.8).

Finalmente, Ele declara-se em Ap 1.8: “Eu Sou o Alva e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor que é, e que era, e que há de vir, o Todo Poderoso".

Irmãos! Amigos! O MENINO JESUS É UM ANIVERSARIANTE SINGULAR. E como é que comemoramos o seu aniversário e não centramos nossas atenções no aniversariante? É muito estranho!

Não pode haver no cristão dúvidas acerca das duas naturezas de Jesus: O Menino Jesus nasceu com duas naturezas: Uma humana e outra divina.

Na voz melódica do saudoso mineiro Nelson Ned (1947-2014), o pequeno, o  gigante da canção.

Como homem ele teve mãe, mas não teve pai; Como Deus, ele tem Pai, todavia não teve mãe.

Como homem se alimentou quando teve fome; como Deus é alimento para alma do homem. 

Como homem teve sede, e pediu para bater; como Deus é água viva para todo o que crê. 

Como homem ele chorou, em Betânia e em Jerusalém; como Deus é o consolo dos aflitos e desesperados. 

Como homem teve sono e cansaço, até chegou a dormir na polpa de um barco; como Deus ele não dorme e nem se desfalece. 

Como homem foi levado a cruz para provar a morte, sofreu e padeceu; porém ressuscitou  dentre os mortos porque ele é Deus. 

Como sua testemunha, o meu maior desejo é que muitos encontrem em Jesus Cristo: Salvação, redenção, segurança da Vida Eterna, arrependidos, confessando e o seguindo, como o seu Senhor e Salvador. Amém!       

Feliz Natal e um Venturoso Ano Novo de realizações.

São os votos de Samuel Borges e Família
Natal/RN

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Será caridade econômica?


ESPANHA QUER REDUZIR A CRISE MANDANDO SEUS DESEMPREGADOS PARA O BRASIL

Com um desemprego de 22% em seu país (no Brasil o desemprego é de 6.7%), uma dívida externa de 160% do PIB (a do Brasil é de 14%), e menos de 30 bilhões de dólares em reservas internacionais (as do Brasil são de 350 bilhões) a imprensa da Espanha, talvez com o senso de realidade afetado pela crise, está anunciando, com grande estardalhaço, que hoteleiros cariocas – muitos deles estrangeiros – estariam dispostos a trazer milhares de espanhóis para o Brasil para trabalharem, no lugar de brasileiros, como engenheiros, arquitetos, mestres de obra - nos projetos da Copa e das Olimpíadas - e como camareiros, garçons, chefes de cozinha e gerentes de hotel, em seus hotéis.
A matéria, reproduzida em dezenas de veículos espanhóis, diz que estaria sendo negociado um “memorando de entendimento” entre o governo brasileiro e o espanhol para abrir o mercado de trabalho brasileiro para os espanhóis e cita uma frase do Ministro do Trabalho, Carlos Lupi, que teria dito para a Diretora Geral de Cidadania Espanhola no exterior, Pilar Pin, há alguns meses, que “o Brasil precisa de dois milhões de pessoas altamente qualificadas, e que a Espanha as têm.” Vejam o link:
Especialmente interessantes são os comentários, entre eles o de um cidadão espanhol, indignado, que diz que “enquanto eles nos enviam prostitutas, nós mandamos mão-de-obra altamente qualificada, que maravilha de intercâmbio...
Com toda pressão que houver no Brasil por mão-de-obra, como está acontecendo com os engenheiros, na indústria do petróleo, acho que, antes de trazer profissionais de fora, é preciso investir na formação de brasileiros, e contratar quem está desempregado. O Sr. Carlos Lupi, antes de acertar memorandos de intenções, deve consultar os sindicatos do pessoal de hotelaria no Rio, e saber do que precisa o SENAC, por exemplo, para acelerar a qualificação de mão de obra em sua ampla rede.
A imprensa argentina mostra que o Brasil está se transformando, de novo, em um país atraente para os emigrantes, e, entre outras coisas, diz, em uma matéria em La Nacion, que aumentou, em apenas um ano, de 276.703 para 328.856 o número de portugueses no Brasil:
Ou seja, um país que tratou como tratou nossos dentistas, que mandou tantos brasileiros de volta do aeroporto e no qual a mais recente polêmica contra nossos emigrantes envolve a exibição em um canal estatal, de um desenho animado no qual uma prostituta caricata é o único personagem que fala com sotaque “brasileiro”, não pode continuar a ser tratado com toda essa benevolência na hora de mandar gente para cá:
Da Espanha, nem é preciso lembrar da crise das expulsões e da forma com que sempre se reteve ilegalmente e em condições animalescas, centenas e centenas de brasileiros no aeroporto de Barajas, a pão e água, antes de serem enviados de volta, e sem sequer poder sair do prédio, algumas vezes algemados, para o Brasil.
A emigração pode ser boa - e temos aí acordos com o Mercosul, que é quem nós temos que priorizar se precisarmos de mão-de-obra - mas os critérios de reciprocidade e de respeito à soberania e à dignidade de nossos nacionais, quando no exterior é que devem nortear nossa política de importação de mão de obra estrangeira

MAURO SANTAYANA

Contribuição de: jf.firmino

domingo, 20 de novembro de 2011

A fé na Rússia


Rússia é o país da Europa que mais acredita em Deus

Um levantamento realizado em abril pelo “Public Opinion Fund” (Fundo de Opinião Pública) constatou que 82% dos russos se dizem cristãos, enquanto apenas 13% afirma não acreditar em nenhuma divindade. Este resultado torna a Rússia o país europeu que mais crê em Deus, duas décadas após o colapso do regime soviético ateu.
Porém, segundo a pesquisa, 50% dos russos pertencem à Igreja Ortodoxa Russa, enquanto 27% deles não fazem parte de nenhuma instituição de fé organizada. Entre os jovens de idade entre 18 e 24 anos, o número de cristãos não filiados é de 34%.
“Seria mais correto descrever a Rússia como um país de crentes, mas não um país de pessoas religiosas”, diz Mikhail Tarusin, chefe do departamento de sociologia do Instituto de Projetos Públicos, em Moscou. “Nós fomos um Estado oficialmente ateu por 74 anos, e levaremos algum tempo para nos recuperar disso. Acho que a porcentagem de pessoas realmente religiosas não passa de 20%”, afirma Tarusin.

Fonte: Ultimato Julho-Agosto 2011

Ética e o fazer acontecer



“Se ética é a escolha pelo bem comum, decidir rejeitar qualquer proposta que pareça “idealista” ou “utópica”… não é ético.

Se ética é a escolha pelo bem comum, decidir deixar tudo como está por que o caminho para a perfeição é muito complexo e difícil de implementar, definitivamente... não é ético.

Se ética é a escolha pelo bem comum, decidir “entrar no jogo” fingindo não perceber manipulações em processo… não é ético.

Se ética é a escolha pelo bem comum, decidir protelar ações ousadas de novo e de novo esperando “o momento certo”… não é ético.

Se ética é a escolha pelo bem comum, decidir abster-se de agir para não contrariar  convenções de sua “comunidade profissional ou outra”… não é ético.

Se ética é a escolha pelo bem comum, decidir deixar de buscar o melhor e se conformar  com o “negociável”… não é ético.

Se ética é a escolha pelo bem comum, decidir não agir, se manter em silêncio, deixando o medo prevalecer… não é ético.

Se ética é a escolha pelo bem comum, decidir se conformar com a “letra da lei” em vez de persistir pelo “espírito da lei”… não é ético”.
                            
   Oscar Motomura 

sábado, 19 de novembro de 2011

Onde estão os modelos a seguir?


                           Role model - a importância de um conceito
Uma sociedade demonstra que determinado valor ou comportamento é importante para ela quando cria um termo para expressá-lo. É o caso do conceito de “role model”, expressão usual nos países de língua inglesa, mas que não possui um equivalente exato em português. O Dicionário Webster o define como “uma pessoa cujo comportamento em um papel específico é imitado por outros”. Seria algo como um “modelo de conduta”. Nos Estados Unidos, é comum uma personalidade pública ser chamada de “role model”, com o entendimento de que, pelo fato de exercer forte influência, principalmente sobre crianças, adolescentes e jovens, essa pessoa tem a obrigação de dar um exemplo positivo, construtivo.

Na Bíblia, o “role model” mais notório e declarado é o apóstolo Paulo. Em diversas passagens de suas epístolas, ele se apresenta explicitamente como um modelo digno de ser imitado pelos cristãos do seu tempo (1Co 4.16; Fp 3.17; 2Ts 3.7-9; 1Tm 1.16). Acima de tudo, porém, Paulo coloca diante das pessoas o supremo “role model” -- Jesus Cristo (1Co 11.1; 1Ts 1.6s; Fp 2.5). Numa época carente de bons exemplos, o grande apóstolo julgava ter a responsabilidade de servir de referencial para os cristãos que estavam sob seus cuidados pastorais. Essa é uma questão fundamental na sociedade brasileira contemporânea, na qual a conduta de muitas figuras públicas tem ficado aquém do desejável, com resultados funestos para a formação das novas gerações.

O mundo artístico e desportivo

Pelas atividades que exercem e pela grande exposição que recebem nos meios de comunicação, atletas e cantores estão entre as pessoas mais admiradas e imitadas que existem em nossa sociedade. Eles estão entre os principais “ídolos” da infância e da juventude, sempre atentas a todos os seus movimentos. Suas roupas, linguagem e estilo de vida influenciam inevitavelmente as mentes e caracteres em formação. Todavia, nessas categorias, são relativamente poucos os que têm consciência do poder que exercem e buscam intencionalmente ser bons “role models” para seus fãs.

Como um exemplo negativo, pode ser citado o falecido cantor Tim Maia, dotado de uma belíssima voz, autor de grandes sucessos e artista de vasto apelo popular. Sua vida pessoal e seu comportamento ético estavam em total contraste com isso, como ele mesmo admitiu em diversas entrevistas. Um caso positivo é o do cantor Bono Vox (Paul David Hewson), principal vocalista da banda irlandesa U2, que tem se destacado por suas atividades humanitárias, principalmente em conexão com a África, e já esteve por diversas vezes no Brasil. No âmbito do futebol, um exemplo de destaque é o jogador Kaká (Ricardo dos Santos Leite), conhecido não só por seu talento esportivo, mas por sua vida familiar íntegra e por sua participação em causas filantrópicas.

A esfera política

O ambiente político é, no Brasil contemporâneo, aquele em que os verdadeiros “role models” são mais difíceis de serem encontrados. Em nenhuma outra área da sociedade, indivíduos projetam uma imagem e exercem uma influência tão inversamente proporcionais à relevância das funções que desempenham. Por causa das falhas de nossa formação cultural, das deficiências da legislação eleitoral e da falta de preparo de considerável parte da população para o exercício consciente do voto, os poderes executivo e legislativo acabam abrigando um bom número de homens e mulheres carentes de qualificações morais e intelectuais para a atuação política. O Congresso Nacional é uma instituição desacreditada, palco de sucessivos escândalos. Seus “conselhos de ética e decoro parlamentar” são notórios por seu corporativismo e ineficácia.

Felizmente, não é inevitável que seja assim. Não precisamos nos entregar ao ceticismo do antigo filósofo grego Diógenes, que andava pelas ruas durante o dia com uma lamparina, dizendo estar à procura de um homem honesto. Já tivemos em nossa vida pública estadistas de escol como José Bonifácio de Andrada e Silva, Diogo Antônio Feijó, Saldanha Marinho, Barão do Rio Branco, Joaquim Nabuco e Rui Barbosa, homens que tanto fizeram pelo Brasil e que até hoje servem de inspiração para muitos, principalmente os mais jovens. Devemos lutar para que um dia a honradez, o interesse público e a competência não sejam a exceção, mas a regra em nosso mundo político; para que nossos mandatários vejam suas funções não como meio para a obtenção de vantagens pessoais e partidárias, e sim como instrumentos de serviço à coletividade.

O lugar das igrejas

Muitos cristãos acham que a solução para esses problemas é fazer um maior investimento na evangelização do povo brasileiro. Se as pessoas se converterem a Cristo, dizem eles, elas automaticamente modificarão os seus valores e comportamentos e o Brasil será um país melhor. Infelizmente, os fatos não têm corroborado essa expectativa. As igrejas evangélicas estão crescendo como nunca, mas isso não tem se traduzido em uma elevação dos padrões éticos da sociedade. A atuação dos políticos evangélicos com frequência tem sido decepcionante. Muitos líderes eclesiásticos têm tido seus nomes associados à busca incessante de prestígio, poder e prosperidade financeira, estando muito longe de serem genuínos “role models” para os seus fiéis.

As igrejas precisam associar ao evangelismo outra ênfase absolutamente essencial para o futuro do país -- a educação. Uma educação que seja integral, firmada em princípios bíblicos e voltada para a formação do caráter, para uma vida de altruísmo e para o pleno exercício da cidadania. Esse processo educativo deve começar com a formação dos quadros dirigentes das próprias igrejas, para que sejam pautados pela integridade, sensatez e equilíbrio. A partir daí, eles poderão exercer uma influência salutar e transformadora sobre suas comunidades e sobre a sociedade como um todo.

Conclusão

Nossa infância e juventude necessitam desesperadamente de “role models”, figuras exemplares de carne e osso que vão além do que se vê em livros, filmes e desenhos animados. As celebridades e as personalidades públicas precisam se conscientizar da responsabilidade que têm de servir de bons modelos para aqueles que são influenciados por suas palavras e ações. Que nossos artistas, desportistas, governantes, parlamentares, juízes, empresários, sacerdotes e pastores compreendam esse imperativo que recai inevitavelmente sobre eles.

• Alderi Souza de Matos é doutor em história da igreja pela Universidade de Boston e historiador oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil. É autor de A Caminhada Cristã na História e “Os Pioneiros Presbiterianos do Brasil”. 

Fonte: Revista Ultimato setembro-outubro 2011

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Nadando contra a correnteza



Quem pode nadar contra a correnteza senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus ?  (I João 5.5)

1. As estatísticas dizem que mais de 40% dos casamentos fracassam.
2. Nos Estados Unidos o amor não sobrevive mais de três anos.
3. Nas Canárias houve mais casamentos desfeitos do que casamentos feitos em 2010.
4. Calcula-se que mais de 30% dos jovens que tomam a pílula do dia seguinte são menores de idade.
5. A cada dia 3.300 brasileiros de ambos os sexos se tornam usuários da Ashley Madison, empresa que promove e facilita a infidelidade conjugal pela internet, instalada no país há quatro meses.

Fonte revista Ultimato novembro-dezembro 2011

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

HERMENÊUTICA, EXEGESE e HOMILÉTICA


HERMENÊUTICA:

Consiste num conjunto de regras que permitem determinar o sentido literal do objeto de estudo, no caso, a Bíblia.


EXEGESE:

É o estudo cuidadoso e sistemático da Escritura para descobrir o significado original que foi pretendido. É a tentativa de interpretar conforme os destinatários originais devem tê-la ouvido; de tentar descobrir qual era a intenção original das palavras da Bíblia.
É a disciplina que aplica métodos e técnicas que ajudam na compreensão do texto.

HOMILÉTICA:

1) É o estudo dos fundamentos e princípios de como preparar e proferir sermões.
2) É a ciência cuja arte é a pregação e cujo resultado é o sermão. 
3) É a arte do preparo e pregação de sermões.

Do ponto de vista etimológico hermenêutica e exegese são sinônimos, mas hoje os especialistas costumam fazer a seguinte diferença: Hermenêutica é a ciência das normas que permitem descobrir e explicar o verdadeiro sentido do texto, enquanto a exegese é a arte de aplicar essas normas. É a disciplina que aplica métodos e técnicas que ajudam na compreensão do texto.

Princípios Básicos:

Aqui se encontram dez princípios que devem ser seguidos na interpretação bíblica:

1° - Denomina-se princípio da unidade escriturística. Sob a inspiração divina a Bíblia ensina apenas uma teologia. Não pode haver diferença doutrinária entre um livro e outro da Bíblia.

2° - Deixe a Bíblia interpretar a própria Bíblia. Este princípio vem da Reforma Protestante.
O sentido mais claro e mais fácil de uma passagem explica outra com sentido mais difícil e mais obscuro. Este princípio é uma ilação do anterior.

3° - Jamais esquecer a Regra Áurea da Interpretação, chamada por Orígenes de Analogia da Fé. O texto deve ser interpretado através do conjunto das Escrituras e nunca através de textos isolados.

4° - Sempre ter em vista o contexto. Ler o que está antes e o que vem depois para concluir aquilo que o autor tinha em mente.

5° - Primeiro procura-se o sentido literal, a menos que as evidências demonstrem que este é figurado.

6° - Ler o texto em todas as traduções possíveis, antigas e modernas.
Muitas vezes uma destas traduções nos traz luz sobre o que o autor queria dizer.

7° - Apenas um sentido deve ser procurado em cada texto.

8° - O trabalho de interpretação é científico, por isso deve ser feito com isenção de ânimo e desprendido de qualquer preconceito. (o que poderíamos chamar de "achismos").

9° - Fazer algumas perguntas relacionadas com a passagem para chegar a conclusões circunstanciais. Por exemplo:
a) - Quem escreveu?
b) - Qual o tempo e o lugar em que escreveu?
c) - Por que escreveu?
d) - A quem se dirigia o escritor?
e) - O que o autor queria dizer?

10° - Feita a exegese, se o resultado obtido contrariar os princípios fundamentais da Bíblia, ele deve ser colocado de lado e o trabalho exegético recomeçado novamente.


Fonte: http://institutoedificar.blogspot.com, pesquisa em  19/10/2011.

Por Samuel P M Borges

Natal RN - Novembro/2011


sábado, 5 de novembro de 2011

AVIVAMENTO ESPIRITUAL


Texto: Col 3.16;Ef 3.18

Introdução: Em se tratando de avivamento no âmbito espiritual nem tudo que reluz é ouro. Há pessoas fazendo a obra de Deus, em nome de Jesus faz sinais, curas, profetiza e no final serão  reprovadas...a vida está na semente e não no semeador...muitos plantas, só Deus dá o crescimento. Cuidado! A glória é sempre para Deus. Somos vasos de barros. Fora disso é vanglória. O nível da entrega determina que vida viveremos para o Senhor...
I – O que não é avivamento
a) Movimento religioso ainda que com sinais e maravilhas.
b) Ondas de festividades.
c) Malabarismo de pregador conduzindo massas.
d) Apenas manifestações sobrenaturais não atestam aprovação divina.
II - O que é avivamento e o que ele produz.
a) A causa é a Palavra de Deus ministrada/ensinada com eficácia.
b) É consequência de oração e entrega total ao Senhor.
c) É o mover do Espírito no homem convertido para uma vida abundante sob o Senhorio de Cristo.
d) Provoca em nós arrependimento, contrição, tristeza segundo Deus, quebrantamento, confissão, restauração, compromisso e submissão.
e) Renova nossa relação com Deus e há temor para não pecar.
f) Contagia-nos para está na casa do Senhor.
g) Leva-nos a servir com zelo e qualidade.
h) Torna-nos vigilantes e alerta, olhando para cima.
i) Toca-nos para contribuir, evangelizar e usar de misericórdia com os outros.
j) Coloca fora as cinzas da religião e acende a tocha do evangelho.
l) Faz a diferença entre quem éramos e quem hoje somos.
m)Torna o amor operante em nossas vidas(Rm 5.5).
III – Por que tarda o Pleno Avivamento?
1)   Porque fazemos concessões ao pecado em vez de fazermos oposição a ele.
2)  Porque há pregadores e evangelista mais preocupados com a fama, com o dinheiro, do que levar os perdidos ao arrependimento.
3)  Porque os pregadores de hoje, em geral, têm receio de falar contra as falsas religiões.(Elias zombou, debochou dos profetas de Baal).
4)   Porque o nosso Deus é o Deus de Elias. Mas, onde estão os "Elias de Deus?"
5)   Porque há muito tumulto sem avivamento, ainda que sabemos, pela história da igreja, não podemos ter avivamento sem tumulto.
6)  Porque não temos mais intensidade e fervor na oração. Em nossas orações, ainda não resistimos até o sangue. Como disse Lutero: “Na oração, nem ao menos fizemos suar a alma”. Será que ainda não aprendemos  que a única força diante da qual Deus se rende é a oração.
7)  Porque roubamos a glória que pertence a Deus. Daí  tanta autopromoção nos púlpitos: "minha igreja", "meus livros",' meus projetos"...apreciamos os louvores dos homens. Buscamos nossos próprios interesses. Falamos da graça de Deus de lábios. Esquecemo-nos de que o que conseguimos fazer na "Causa Cristo", foi e é pela graça de Deus.
8)  Porque é possível que hoje tenhamos o maior índice de pessoas frequentando a igreja, ao tempo em que temos também o mais baixo índice de espiritualidade de todos os tempos.
9) Porque vivemos dias de crentes incrédulos. Existe grande diferença entre conhecer a Palavra de Deus e de fato conhecer o Deus da Palavra. Pois não importa quem nós somos, nem o que nós sabemos. O que realmente importa é o que somos diante do inescrutável Deus.
10)  Porque a verdade nua e crua é que estamos tão envolvidos com a terra(coisas desta vida), que não temos muita utilidade para o reino dos céus.
11)  O grande problema de Deus é que mundo pródigo convive com uma igreja pródiga. Primeiro, a igreja terá que se arrepender depois o mundo se quebrantará. Primeiro, a igreja terá que chorar; depois os altares ficarão cheios de pecadores arrependidos.
12) Porque ainda não entendemos que, Deus pede dos seus servos: Que façam não o que são capazes, mas sim o que não são capazes, unindo a nossa incapacidade a sua onipotência.

Baseado no livro: Por que tarda o Pleno Avivamento? – De Leonard Ravenhill (1907-1994), escritor, evangelista, avivalista britânico.

"O propósito de Deus quanto ao sucesso espiritual da sua igreja no século presente, pode ser expresso numa única frase: Avivamento até o arrebatamento! "         
                                                  Pr. Raimundo de Oliveira

                    Conclusão reflexiva: O cristão avivado tem:

a) Discernimento espiritual.
b) Conhecimento e prossegue em conhecer o Senhor.
c) Vigilância, e não se embaraça com os negócios dessa vida.
d) Bom testemunho e compromisso com a santidade.
e) Fé frutífera.
f) Graça de Deus na vida.
g) Ousadia como porta-voz do céu.
h) Maturidade/estatura espiritual, não anda pelos extremos:
1. Do emocionalismo e nem racionalismo;
2. Do modernismo e nem tradicionalismo;
3. Do legalismo e nem liberalismo;
4. Do fanatismo e nem formalismo.
 
Por Samuel Pereira de Macedo Borges  

Natal/RN, novembro de 2011.

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