Tema: A Igreja e a Pós-Modernidade
Texto: Rm 12.1-2; I Co 3.10-15
Imagem: aceitojesuscristo.blogspot.com
Introdução: É inegável que estamos vivendo uma transição socioeconômica e cultural,
sem precedentes na história da humanidade. As conquistas dos últimos 50 anos, superaram
todos os séculos passados, em desenvolvimento e expansão do conhecimento humano.
O modernismo se identificada com a globalização, Internet, turismo espacial,
código de DNA, clonagem, sistema integrado de mídia, novas tecnologias, etc.. Há um progresso desenfreado, porém
profundamente egoísta. A Pós-modernidade traz consigo quebra de princípios,
inclusive cristãos, e vem como uma avalanche. Muitos cristãos estão atordoados.
Vivemos uma ruptura das hegemonias denominacionais. Cantores cristãos com fã clube. Vivemos a era
da informação, a qual está duplicando a cada década...
I – A IGREJA E A
PÓS-MODERNIDADE
1. Vamos nos atrasar ou acompanhar os novos tempos, sem romper com a
Palavra de Deus? Sejamos cônscios, o Evangelho de Cristo, permanecerá como a
nossa bandeira de luta.
2. Afirmar que o
Pós-Modernismo é um mal em si mesmo, estaremos excluindo a responsabilidade
individual, sobrecarregando o coletivo, perdendo-nos no anonimato generalizado.
Como ser inteligente criado por Deus, o homem tem é que desenvolver suas
aptidões. Se expandir nestes novos tempos.
3. O dilema - Se a Igreja entra na onda da Pós-modernidade, o que
acontecerá com as pessoas que não conseguem acompanhar as mudanças? Mas, se a
Igreja tomar uma posição de clausura, como alcançará aquelas pessoas que já
estão envolvidas nestas mudanças sociais e comportamentais?
4. Desde a Modernidade e com a Pós-modernidade há pecados tomando cara
nova, como que deixando ser pecado, identificamo-los no liberalismo, hedonismo, mundanismo, relativismo. Igrejas com dirigentes, porém sem lideranças. Há muita
preocupação com exterior, o homem interior, a cada dia mais fraco, debilitado.
II - TRAÇOS DA SOCIEDADE ATUAL
1. Com a explosão do conhecimento, fragmentada na aceleração dos ritmos
das mudanças, praticamente tudo está mudando velozmente, temos então, a
sociedade do descartável, seja objetos, pessoas e instituições...
2. O capitalismo induz as pessoas a um consumo desenfreado e
insaciável. Altamente valorativa do modo ter sobre o ser. Entramos na era do
dinheiro virtual.
3. Afirmou o psicanalista brasileiro Renato Mezan “o progresso coletivo
das condições de vida não é suficiente para proporcionar felicidade psíquica
permanente". O que traz segurança ao homem é uma experiência pessoal com
Deus. E só é possível pelo o único caminho - Jesus Cristo - o mediador legítimo entre Deus e os homens (Jo 14.6).
4. Os relacionamentos humanos são a cada dia, mais superficiais. Nunca
se alisou tanto o ego humano, através de técnicas de relaxamento, tentando
erguer a sua autoestima.
5. Não há limites na busca de vencer mal-estar que a oprime, mesmo
atropelando a Ética e a Moral. Casamentos oficiais entre pessoas do mesmo sexo.
Trocas de parceiros entre casados. A prática do sexo entre namorados, com apoio
de muitos pais. Lésbicas já procuram uma companheira em programas de televisão,
ao vivo. O ativismo gay está impondo a
sociedade a mentira velada de que ser gay é normal.
6. Há um mal-estar à nossa volta pelo descompromisso reinante.
Insensível, porém sensual e irresponsável.
7. É uma sociedade desnorteada, porque não oferece rumos
identificáveis.
III - O EVANGELHO DE JESUS CRISTO E O HOMEM
PÓS-MODERNO.
1. Não precisa renovar seus
conceitos.
2. Não precisa de inovações religiosas.
3. Não precisa de novas crendices.
4. Ou ele está encoberto para os que se perdem, ou ele está descoberto
para os que se salvam.
5. São as boas novas de salvação, por excelência, para toda humanidade.
6. E permanece contendo uma declaração de salvação para os que crêem,
porém uma sentença de condenação para os que o rejeitam.
IV – REAFIRMANDO VALORES
INSUBSTITUÍVEIS.
1. A igreja evangélica precisa ser reconhecida por todos, não por
alguns, como a reserva moral e espiritual da sociedade hodierna. Isso depende
do meu e do seu testemunho cristão.
2. Será ainda as Escrituras a nossa regra de fé e prática cristã? Charles Swindoll escreveu o livro “Firme
seus Valores” - e não é fácil fazê-lo, principalmente valores morais, éticos e espirituais.
E a oração, o jejum, a comunhão no templo e demais atividades no Reino de Deus? Lembremo-nos: com a explosão do
conhecimento tudo ou quase tudo está se tornando descartável.
3. Não basta
sermos Igreja Militante, melhor é sermos participantes da Igreja Triunfante, que
ascenderá ao céu quando soar a trombeta.
CONCLUSÃO REFLEXIVA
1) Do modo como estamos vivendo a vida cristã, como também fazendo a
obra de Deus, até onde estamos edificando?
Estamos expandindo o reino de Deus ou estamos estagnados.
2) Nenhuma nova estratégia, nova abordagem de trabalho no Reino de
Deus, substituirá a unção do Espírito na vida e sobre a Igreja de Cristo (Missionária
Izabel Zwahlen).
3) Verdades históricas do Cristianismo, as quais suas grandes defesas,
estão sendo obscurecidas por um evangelho de vantagens, mercadológico, de
milagres questionáveis, não sacrificial, sem compromisso com o arrependimento e a conversão.
4) Jesus Cristo é o
único fundamento. Não abramos mãos um milímetro deste referencial bíblico. Não
percamos a visão do calvário.
I Co 3.10-11 – “Segundo a graça de Deus que me foi dada, pus eu, como sábio arquiteto, o fundamento, e outro edifica sobre ele; mas veja cada um como edifica sobre ele. Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo”.
SUBSÍDIOS:
A Idade Moderna – Foi um período predominante do século XV ao XVIII. Fundados em
movimentos como: Renascença, a Reforma Protestante, a Contrarreforma, o Iluminismo, Antropocentrismo, Ceticismo, novas ideologias
políticas e econômicas, Revolução Industrial, etc...
Pós-modernidade – Da metade do Século XX em diante - Resulta da influência dos vários "ismos" (sistemas de ideias e pensamentos consolidados como regra de um grupo...). A Pós-modernidade se caracteriza pela superficialidade, a predominância de uma visão de mundo destituída dos valores
cristãos, tem base na pseudo Revolução Sexual (1948 - Relatórios Alfred Kinsey, o mito dos 10...), no relativismo, sem lugar para o certo e o errado,
com ênfase na valorização das questões existenciais e a insatisfação
recorrente que alimenta toda forma de idealização humana. São implicações da Pós-modernidade:
O conceito de família foge dos padrões tradicionais e a sociedade em
geral se robotiza pelo alto grau de facilidade da vida humana.
A prevalência da visão naturalista que, reduz os fenômenos, por um
encadeamento mecânico (teoria da evolução orgânica), a fatos do mundo concreto
material sem a intervenção de nenhuma causa transcendente. Busca-se excluir a possibilidade da existência do
Criador.
No naturalismo a
vida humana se reduz a um simples ato da natureza e passa a ter a mesma
importância da vida de qualquer animal. O Criacionismo ensina que os animais
foram criados por Deus, contudo o homem foi feito à sua imagem e semelhança, de
modo que ele é um ser distinto dos irracionais. No evolucionismo, todavia,
todos somos iguais. Aplica-se até a lei do mais forte, alinhando a vida humana
racional à cadeia alimentar dos irracionais.
Por Samuel P M Borges