Mateus 23.9-10 - "A ninguém sobre a terra chameis vosso pai; Porque só um
é vosso Pai, aquele que está nos céus. Nem sereis chamados guias, porque um só
é vosso Guia, o Cristo".
Será que estamos errados em chamar de pais aqueles que nos geraram, nos
criaram com tanto esforço, amor e carinho?
Certamente, não era o que Jesus pretendia dizer. Na lei mosaico, na cultura
judaico ficou muito clara a consideração e respeito que devemos ter pelos
nossos genitores.
Este preceito está contido no decálogo, Êxodo 20.12; Dt 5.16; Ef 6.1-2 e
por todo o texto sagrado, a menção ao zelo e respeito dos filhos aos pais e vice-versa.
Então, o que Jesus pretendeu afirmar?
1. Primeiro,
precisamos levar em conta o contexto do texto. Jesus estava censurando os
Escribas e Fariseus, em suas religiosidades frias, cerimonialistas e vazias de
respaldo diante de Deus.
2.Como
religiosos, botavam cargas de preceitos humanos sobre o povo que nem eles se
dispunham a cumprir. E o que ensinavam não praticavam.
3. As
obras que faziam, tinha a intenção de serem vistos pelos homens e receber
aplausos.
4. Amavam
os primeiros lugares nas ceias, festividades religiosas, as primeiras cadeiras
nas sinagogas. Ficavam envaidecidos de receber saudações públicas e serem
chamados rabi, mestres e guias espirituais.
E concluindo este breve
comentário, Jesus repreendeu severamente aos Escribas e Fariseus, por estarem
em posição de mestres, guias e mentores espirituais, uma vez que não tinham
testemunho exemplar, eram de caráter discutível e reputação condenável diante
da sociedade e de Deus. A estes não mereciam ser chamados de pai, sem condições
alguma de fazer discípulos, ou cuidar de filhos na fé, indignos do pastoreio.
No reino de Deus, a batida do
bombo é diferente, o maior é servo dos menores (Mt 23.11-12).
A missão de nós pais, é temporal
e tem sentido relativo. Deus é Pai por excelência e em absoluto.
Por Samuel Pereira de Macedo Borges
Natal/RN, 13/08/2016.
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