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quinta-feira, 21 de maio de 2020

QUE PORRA É ESSA MINISTRO!


Edson Machado Monteiro, economista, ex-Diretor da PREVI e ex-Vice Presidente do Banco do Brasil

Publicado: 20.05.2020


"QUE PORRA É ESSA MINISTRO!"

               O jornal O Globo publicou, em 15 de maio último, a informação de que, em uma reunião ministerial realizada no Palácio do Planalto no dia 22 de abril de 2020, o Ministro da Economia, Sr. Paulo Guedes, teria afirmado que é preciso “vender logo a porra do BB”.

               Como o conteúdo do vídeo gravado nessa reunião está sob segredo da justiça e seu inteiro teor possivelmente nunca será trazido a público, fiquei em dúvida sobre que “BB” V. Exa. estaria falando. De repente, pode ser um código de comunicação utilizado no governo ou, quem sabe, a senha de algum projeto em andamento em seu cabuloso ministério.

               Mas Ministro, se V. Exa. estava mesmo se referindo ao Banco do Brasil, com toda certeza o despropósito e a vulgaridade com que tratou o tema não se coadunam com a liturgia do cargo que ocupa, pois estaria referindo-se a uma empresa de valor e relevantes serviços prestados à sociedade brasileira, com mais de 200 anos de existência. Talvez o melhor e mais rentável ativo do portfólio que administra, como “chefe” do Tesouro Nacional, acionista controlador do Banco do Brasil.

               E isso, para mim, não é novidade. V. Exa. é um “posto Ipiranga” com origem no mercado financeiro, sócio de banco de investimento que vivia mamando nas tetas dos fundos de pensão nas décadas de 1980 e 1990, exceto nas da PREVI, que, em 1993, rompeu o relacionamento espúrio com diversos agentes do mercado financeiro, entre eles o banco do qual V. Exa. era sócio, para constituir o que é hoje o patrimônio saudável da maior entidade fechada de previdência privada abaixo da linha do Equador.

A reforma bancária de 1964 favoreceu o surgimento de grandes conglomerados financeiros, com ampla atuação no mercado, e impôs amarras à atuação do BB, impedindo-o de operar em frentes emergentes e rentáveis, como nas áreas de mercados de capitais, seguros, previdência e cartões, levando-o, ao longo dos anos, a definhar e perder a representatividade que tinha no mercado.

Somente a partir de 1995 foi que o BB, com o apoio de seus acionistas, sobretudo o Tesouro Nacional, venceu as amarras e também se transformou em um conglomerado financeiro, após efetuar ajustes estruturais e sanear seus ativos, com vultosos investimentos em tecnologia, no desenvolvimento de pessoas e em novas frentes de negócios, passando a atuar de maneira competitiva em todos os ramos do mercado financeiro e de capitais, no Brasil e no exterior.

De lá para cá, Ministro, são mais de 20 anos de lucros sucessivos e crescentes, com profissionalismo e elevada eficiência operacional, apesar das restrições que enfrenta uma sociedade de economia mista para atuar em mercados competitivos. Mas o BB superou tudo isso, com expressivo crescimento em todos os ramos de negócios, distribuindo vultosos dividendos no período, sobretudo ao acionista controlador, além impostos gerados para os cofres da União e da excelência dos serviços entregues à sociedade.

E sabe por que, Ministro? Porque o BB inovou em parcerias, investiu e formou gente competente, comprometida com o desenvolvimento de negócios em prol da sociedade brasileira. Além disso, retomou uma das características mais marcantes de sua história: voltou a ser celeiro de profissionais de excelência, muitos dos quais assediados e recrutados por grandes empresas nacionais e multinacionais dos mais diversos ramos de atividade.

E a história se repete, Ministro! Por ingerência do controlador, a atual direção do BB vai dando consequência à estratégia irresponsável de fatiar um banco moderno, competitivo e lucrativo, vendendo isoladamente as subsidiárias que dão contorno e complementam a atuação do conglomerado BB nos diversos segmentos de mercado. Ao final desse processo restará sim um “elefante branco”, igual àquele de antes das reformas iniciadas em 1995, sem capacidade de gerar resultados, pois os negócios mais rentáveis foram “vendidos” sabe-se lá para quem e com que grau de transparência. Ai talvez seja mesmo a hora de “vender logo a porra do BB”, pois será uma empresa sem competitividade e que não atende mais as expectativas de seus clientes e acionistas.

Isso é cruel e leviano, Ministro! A irresponsabilidade chega às raias do absurdo, do inacreditável. Representa um descompromisso com os investidores e com a sociedade brasileira, pois dilapida o patrimônio do povo e desintegra um negócio que está funcionando de maneira harmônica e lucrativa há décadas. É claro que é um desmonte planejado, possivelmente combinado com os competidores, com amplos interesses em adquirir ou retomar “shares” que lhes foram tirados pela contundente atuação do BB nas últimas duas décadas.
           
Afinal Ministro, que porra é essa? É bom lembrar que a privatização do BB depende de autorização do Legislativo. E lá, os representantes do povo terão que enfrentar esses fatos históricos e os valores que o BB representa para o País, além de “abrir mão” do papel que desempenha no campo social e cultural, na execução de políticas econômicas anticíclicas, no financiamento da produção nacional, principalmente do agronegócio, e na prestação de serviços a milhões de brasileiros.


https://www.linkedin.com/pulse/que-porra-%C3%A9-essa-ministro-edson-monteiro/

segunda-feira, 18 de maio de 2020

Propostas Cidadãs aos órgãos da Impressa Brasileira.



Defender e conservar a Democracia, considerando em seus editoriais quem foi eleito legitimamente em eleições majoritárias.

Fazer críticas imparciais, justas e construtivas, sempre para elevar o nível da discussão no mundo das ideias e das crenças, defendendo valores e princípios da maioria, sem discriminar as minorias.

Respeitar os que pensam diferente do seu Editorial, em geral, tendenciosos.

Manter em dia seus compromissos Tributários e Previdenciárias, servindo de exemplo para o país.

Deixar de lado, notadamente em qualquer crise, os interesses particulares e trabalhar, ser solidária, em favor do povo.

Divulgar, incentivar ideias e inovações que visem redução de custos nas Contas Públicas.

Desenvolver e aplicar estratégias para fazer acontecer a Política do Bem Comum, a partir do seu trabalho jornalístico.

Ser mais responsável nas ponderações das reportagens antes de levá-las ao ar, visando a Harmonia Social e não disputas descabidas e nocivas ao Convívio Social.

Primar pela Verdade, a Transparência e a Justiça Social, mesmo cientes de que vivemos num mundo movido a mentiras. Estes atos traduzem uma Imprensa livre.

Ficar ao lado do povo, ter ousadia e contribuir efetivamente para mudanças nas Estruturas dos Poderes Constituídos, porém, muitas vezes, antiéticas, injustas e com a legitimidade maculada.


Samuel P M Borges
Natal RN – Maio/2020



domingo, 17 de maio de 2020

Medidas Públicas Protetivas contra a Pandemia da Covid-19



Quarentena - Restrição para quem pode ter sido exposto ao vírus, mas não tem sintomas.

Isolamento - Separação de quem está doente, de pessoas não infectadas.

Distanciamento - Medidas para diminuir a interação e o contato entre as pessoas de uma comunidade.

Confinamento (Lockdown) - Bloqueio total em que só é permitido sair para atividades essenciais.

Fonte: Grancursoonline

Comentários:  

Listado na ordem racional da aplicação das medidas. Se aplicadas sem uma boa gestão e os devidos acompanhamentos podem ser desastrosas à economia de estados e municípios.

Em tempos de globalização, diferente da Idade Média, nenhuma economia aquentará travar por muito tempo a produção, comercialização e prestação de serviços, sem consequências graves ao mercado de trabalho e para as instituições.

No Brasil, convém lembrar que os FPE e Municípios constitucionais são proporcionais às arrecadações. E as receitas recebidas poderão cair sensivelmente e as despesas, inclusive de pessoal, não.

Os que defendem medidas drásticas e inconsequentes, devem se preparar para enfrentar possíveis atrasos de salários e aposentadorias. Ou até reduções em razão da precarização das Contas Públicas.

Devemos pensar também nos autônomos que produzem hoje para comer no dia seguinte.

O Governo Federal não tem recursos ilimitados e também certamente sofrerá redução nas Receitas de Impostos e Tributos. E não se sabe por quanto tempo poderá se arrastar.

Neste contexto, em sendo verdade o que se vem divulgando na imprensa, em alguns estados da Federação, O Poder Judiciário está estabelecendo ajuda extra para seus servidores, em razão da Pandemia, quando estes são melhores remunerados do que muitos outros trabalhadores no país. É antiético e vergonhoso para o Brasil. 


E por causa deste e outros descalabros, faz-se necessário rever os repasses constitucionais ao Poder Judiciário. É a leitura preliminar que fazemos. 

É irresponsável a Casa Legislativa que aprovar medidas, editar leis para o Governo Municipal, Estadual ou Federal sancionar (ou não), a cumprir sem os devidos lastros econômico-financeiros junto ao Tesouro Local. Assim fazendo, joga fora a sua legitimidade, é politicalha, jogo sujo do poder, sem respeito e sem sentimento aos cidadãos, em plena crise de uma Pandemia.  


Samuel P M Borges

Natal RN – Maio/2020.


sexta-feira, 15 de maio de 2020

Impiedade, Piedade e Autopiedade


Tema: Impiedade, Piedade e Autopiedade


Texto:  I Tm 6.3-6

Introdução: Amados, na oportunidade, queremos fazer uma correlação entre os termos impiedade, piedade e a autopiedade. E de modo que fique evidente os objetivos da ministração, que é combater a impiedade, nos alertar contra a autopiedade no meio cristão em geral, e nos exortarmos à prática da piedade.

I – A Impiedade, Piedade e Autopiedade nas Escrituras.

Impiedade - É a ausência de compaixão ou de dó pela dor do outro. É o antônimo de piedade. Em sentido geral impiedade é prática do mal.  Veremos o quanto é condenável.

Dt 9.4-5 – A Impiedade dos cananeus foi um dos motivos Deus os lançou fora de sua terra, para dar aos filhos de Abraão, cumprindo a promessa.

I Sm 24.13 “...Dos ímpios procede a impiedade...” Então, é própria dos ímpios.

Sl 45.7 –  Pv 8.7 - Deus ama a justiça e abomina a impiedade.

Sl 125.3 – A impiedade não prevalecerá sobre a sorte do justo.

Pv 10.2 – De nada aproveita os tesouros da impiedade.

Pv 13.6 – Enquanto a justiça guarda o sincero no seu caminho; A impiedade transtornará (trará aflição, contratempo, tribulação) o pecador.

Pv 16.12 – É abominável aos que governam, praticar a impiedade...pois o trono de estabelece com justiça.

Ec 3.16 – O pregador viu o quanto é injusto e ímpio este mundo...isto por volta do ano 900 a.C

Ec 7.25 –  A Impiedade é insensatez.

Rm 1.18 – “...Do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda impiedade e injustiça dos homens, que detêm a verdade em injustiça”.

Judas Vv.15 – Asseverou que virá juízo de Deus sobre toda impiedade.

II – O vocábulo Piedade – Tem dois sentidos básicos:

1. Qualidade de quem é pio, piedoso – devoção religiosa e de fé.

2. Também expressa misericórdia, compaixão, sensibilidade pela dor de outrens.

3. No sentido prático é fazer o bem...as vezes, até pagando o mal com o bem.

I Tm 6.3 – O ensino de Jesus está em conformidade com a piedade...dizia Paulo ao jovem Timóteo.

I Pd 3.11, corroborava com o apóstolo Paulo – “Aparte-te do mal e faça o bem; busque a paz e siga-a. E o Vv12b “...mas o rosto do Senhor é contra os que fazem males”.

Mt 5.46 - Quem faz o bem só a quem lhe faz o bem, já recebeu a sua recompensa.

Mt 6.3 – Apresenta-nos um princípio para fazermos o bem sem darmos publicidade.

Mt 5.20 - Nossos atos de bondade e justiça, precisam exceder ao dos escribas e fariseus, do contrário, não teremos parte no Reino de Deus.

Sl 69.16 – Igreja! Deus é abundante em piedade.

Sl 25.16; 26.11;30.10 – Quando necessitarmos de piedade, faça como o salmista, peça ao Senhor.

Seis verdades bíblicas sobre a piedade que não podemos deixar passar desapercebida:

I Tm 3.16 – ...Grande é o mistério da piedade. É o seu nascedouro. E de acordo com texto citado consiste na encarnação do verbo, na sua ascensão aos céus, e glorificação junto ao Pai.

I Tm 4.7 – Somos exortados a deixar as fábulas profanas e velhas, e se exercitar na piedade.

I Tm 6.5 – Faz menção de “...homens corruptos de entendimento, e privados da verdade, cuidando que a piedade seja causa de ganho; Aparta-te dos tais.

I Tm 6.6 - Grande é a piedade com contentamento. Seja um servo e adorador grato. E fazendo o bem, faço-o com alegria, sem segunda intenções, sem lamentos e reclamações...

I Tm 6.11 -  A piedade está arrolada entre as virtudes cristãs, tais como: A fé, o amor, a justiça, paciência e a mansidão.

II Tm 3.5 – A Bíblia recomenda distância daqueles que tendo aparência de piedade, negam sua eficácia (o real cuidado com as pessoas – II Pd 3.11). Destes, afasta-te.


III – Autopiedade – É a pena, dó de si mesmo. Autocomiseração, Coitadismo. 

Por causa da autopiedade, muitos estão girando em torno do seu umbigo. É uma espécie de narcisismo religioso.  Amados irmãos vos afirmo: O egocentrismo é o pai da autopiedade.  Frisamos: A Bíblia não a recomenda.

Primeiro, é importante distinguir a autopiedade da autoestima, isto é, do amor próprio.  
Ef 5.29 – “Porque nunca ninguém odiou a sua própria carne; antes a alimenta e sustenta, como também o Senhor à igreja”.  O Apóstolo Paulo ensinava que o amor próprio é algo que se pratica naturalmente. Esta índole Deus, pois em nós. Mas, como vivemos no meio de humanidade muito infeliz, a autoestima de muitos está em crise. Que o diga, os índices alarmantes de suicídios...

Deus na sua sabedoria estabeleceu o amor próprio na mesma proporção que amamos ao nosso semelhante. Nem mais, nem menos. E regra geral, amamos mais a nós mesmos. Tornam-nos egoístas e este é um dos grandes males da humanidade.

Como constatar, observar a autopiedade no meio cristão?

Nas mensagens de redes sociais (áudio, vídeo) que despejam os pacotes de bênçãos, de forma barata e irresponsável, sem ponderar se houve arrependimento, se quem as recebe está em comunhão com Deus ou não. Amados, as promessas de Deus não são incondicionais e automáticas.

Por causa do espirito de autopiedade, tem pessoas infelizmente, que não só falam mal dos outros, como falam mal de si mesmas, para chamar a atenção e alcançar dó dos outros.

“Atrair os olhos da piedade é desejar e invocar sobre si condições dignas de piedade”.

A autopiedade está presente nas músicas de alisamento de ego, centradas no homem e não servem de louvor e adoração a Deus.
E tem aqueles que se sentem como “os prediletos de Deus”,  “os escolhidos”. Neste ponto, precisamos ter uma visão bíblica, da Eleição em Cristo para a Vida Eterna, Predestinação e chamadas específicas para salvação e serviço. E nunca se esquecer de que Deus não faz acepção de pessoas, pois Ele não precisa fazer média com ninguém, nem na terra, nem no céu. E a ninguém trata de forma desigual. Deus é imparcial e justo (Atos 10.34-35; Rm 2.6-11; Ef 6.9; Cl 3.25). Em Cristo e por Cristo, todos são chamados à salvação.


Conclusão

1. Fuja da impiedade e fique longe dela. E tenhamos cuidado para não nos condenarmos no que aprovamos.

2. De acordo com II Tm 3.12, o exercício da piedade trará oposições. Na piedade, teremos embates a vencer.

3. Não caiamos na malha do engano da autopiedade.

4. Mantenha em equilíbrio a autoestima.

5. Exercitemo-nos na piedade. O melhor esporte da vida – fazer o bem.

Subsídios:

Em II Pd 1.5-7 – Somos aconselhados a acrescentar à piedade, a fraternidade, e a fraternidade, o amor ágape.

I Tm 4.8 – “O exercício corporal tem pouco proveito, mas a piedade para tudo é proveitosa, tendo a promessa da vida presente e da que há de vir..”

Então, cabe ao cristão se exercitar na piedade e fazê-lo com excelência. De modo, Deus será glorificado em nosso viver aqui e na eternidade.

Em Ap 4.10-11 estão simbolizados os dois grupos de salvos, a Igreja e Israel, com suas coroas sendo lançados aos pés do que estava assentado no trono.

Precisamos dá mais valor a galardões, sabendo do seu objetivo na eternidade. Não servirão para nossa vanglória no céu.

Coroa da Vida – Tg 1.2; Ap 2.10;

Coroa de Glória – I Ts 2.19-20; I Pd 5.4;

Coroa da Justiça – II Tm 4.7-8;

Coroa Incorruptível -   I Co 9.25-27;

Coroa da Alegria – Fl 4.1).

Pb Samuel P M Borges – Revisão em maio/2020.
Natal/RN

sexta-feira, 1 de maio de 2020

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