Cultuar é ato de adoração,
louvor, exaltação, reverência a Deus que é digno de recebê-la. O que disso
passar, poderá está ferindo princípios da adoração bíblica.
O Templo foi, é consagrado com
o propósito da adoração coletiva (II Cr 7.1-10; Ec 5.1; Sl 27.4;122.1).
Deus, o Pai, o Filho e o
Espírito Santo são adorados no culto porque compõem a Trindade, a Divindade em
três pessoas distintas, na mesma essência, natureza e substância. E glorificam-se entre si (João
16.13-15;17.1-5; I Co 15.27-28). E ninguém mais é digno de culto ou adoração
(Lc 4.5-8). Nem os anjos são dignos de adoração (Ap 19.10;22.8-9).
Elementos básicos do culto: Oração, louvores, leitura oficial, recolhimentos de dízimos e ofertas, ministração da Palavra, informes, convites, encerramento.
O culto tem a sua liturgia e
varia de denominação para denominação. Há cultos tão formais que tipifica o
culto à liturgia. E às vezes o que predomina no culto são as tradições que vamos
criando com o tempo.
Há cultos sob o título “ação
de graças” e tem tanto de social, honras humanas, que descaracteriza o culto de
adoração, exclusivamente a Deus. O social pode e deveria ser feito fora do
culto divino. E fica uma pergunta no ar: Como Deus está vendo?
No culto pode ocorrer manifestações diversas, conforme a expansividade de cada adorador. E vivemos numa sociedade com constantes mudanças e há fatores sociais que afetam a vida da Igreja. O que não pode é entristecer, apagar o mover do Espírito na Igreja, transformar o altar em palco e culto em show, fazer mistura do social com o espiritual, balançar mais o esqueleto do que adorar em espírito e em verdade etc.
Se a Igreja Cristã deixar de
contar, não valorizar a Pessoa e o agir do Espírito Santo na dinâmica do
sobrenatural, tornar-se-á uma instituição meramente humana, religiosa e
natural.
Existe o culto do reteté,
crente canela de fogo, cai cai, crise do riso, mungangas de coreografias, nada
disso corresponde ao verdadeiro culto pentecostal. Agora, sinais, curas,
milagres, línguas estranhas como evidências do batismo com o Espirito Santo,
variedades de línguas e sua interpretação, manifestações de dons espirituais
faz parte da fé pentecostal.
O Pr. Roberto José, falando
sobre o culto desde o AT e de sua experiência com um projeto de inclusão de
surdos-mudos em Abreu e Lima (PE), contou um lindo testemunho de um lugar.
Um mudo crente teve uma ideia
de levar um saco plástico com expressões escritas de louvor e adoração a Deus.
E quando ele entendia a mensagem e se alegrava, jogava os papéis para cima, era
a sua expressão de glorificação ao Senhor.
Um irmão cooperador, ao vê-lo
jogar papéis para cima no ambiente do Templo, foi até ele pedir para não sujar
o Templo com os papéis quando soube de que se tratava de um adorador mudo,
adaptando-se, usando a sua criatividade para prestar o culto racional a Deus. E
dessa forma, Deus era glorificado na sua individualidade e expressão de
adorador.
Por outro lado, temos hoje o
movimento do Autismo, pessoas que tem sérias dificuldades nas relações humanas, com barulho,
iluminação etc. Estes devem ser orientados para ambientes de cultos com menos
barulho. E há opções no Reino de Deus que atende essa demanda.
E atualmente, por questões ambientais,
combate-se a poluição sonora. Seja nos cultos, bares e em eventos públicos.
Verdade é: Todo exagero não é saudável. E precisamos cultivar a paz em
sociedade, respeitando limites da boa convivência.
Reflitamos a respeito!
Por Samuel Pereira de Macedo Borges
Bacharel em Direito e Teologia
Natal/RN, 07/03/2023.
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