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domingo, 26 de maio de 2024

O perdão em discussão

 

A cultura cristã está impregnada de certa generalidade em torno do amor e o perdão incondicionais, seja de Deus para com os homens, como também entre os homens. E acredito ser uma consequência do pensamento na literatura calvinista. E cristãos que não são monergistas (amor, perdão, salvação, dependem exclusivamente de Deus) e sim sinergistas (Deus e o homem cooperam para salvação humana), no embalo pregam e ensinam acerca do amor e do perdão incondicionais, sem considerar outros requisitos no processo da aplicação do perdão.

Em Coríntios 13 destaco duas características do amor ágape:

Não é leviano (I Co 13.4). 

Não é indecente (I Co 13.5).

O tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta de I Co 13.7, significa aceitar tudo? Creio que não, pautado em I Co 13.4-5.

“Ser leviano é proceder sem bases verdadeiras, é ser hipócrita, maldoso e irresponsável, é aquele que tem comportamento volúvel, que age com insensatez. O indivíduo leviano é uma pessoa fútil, medíocre, não tem noção do que é prudência, sabedoria e ponderação, transmitindo a imagem de pessoa irresponsável” (www.significados.com.br – Pesquisa em 23/03/2024).

“O indecente age sem pudor moral; oposição aos bons costumes; falta de respeito. Obscenidade; comportamento ou dito obsceno, vulgar, sem moral ou decência” (www.facebook.com.br – Pesquisa em 23/03/2024).

Um amor que nada exige, sem condição nenhuma, é um amor fútil, ordinário e sem valor. E certamente esse não é o amor de Deus.

A característica mais marcante do perdão - É ser terapêutico, restaurador, e via de regra, passa pelo caminho da confissão, do arrependimento, da reconciliação e mudança comportamental.

O perdão é a ponte em construção por onde vamos passar. Todos nós carecemos de perdão e liberar perdão.

O modo de perdoar, é como Deus nos perdoou em Cristo (Ef 4.32), sem reservas e não lança em rosto o passado.

Deus é perdoador e nos exorta, confronta-nos a perdoar (Mt 6.12,14-15). Ele perdoa as nossas ofensas assim como perdoamos aos nossos devedores.

A misericórdia de Deus é de eternidade a eternidade sobre aqueles que o temem, e sua justiça sobre os filhos dos seus filhos (Sl 103.17-18). Logo, não é genérica.

Pv 28.13 – “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia”.

Níveis do Perdão

De Deus para com o homem – É pela graça de Deus, a base é o sacrifício de Jesus na cruz. Está condicionado ao arrependimento e a fé humana (Mc 1.15; Ef 1.13; Hb 4.2). A graça de Deus atua desde o convencimento pelo Espírito no ato humano de atentar para ouvir a voz de Deus. Mas, o indivíduo precisa ouvir com interesse e atenção (Jo 7.37-39). É oportuno realçar aqui que Deus nada deve aos homens, em nenhuma área, no tempo e espaço. 

I Jo 1.9 – “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”.

Certo pensador afirmou: “O filho pródigo perdeu tudo, menos o pai”.

Entretanto, o que fez ele para não perder o pai?

1.Caiu em si, viu a besteira que fez.

2.O pai não foi atrás dele. Ele arrependido voltou para casa.

3.Veio humilhado. Queria ser pelo menos, um trabalhador do pai.

4.O pai o restaurou e o outro irmão não compreendeu o amor do pai.

5.O filho que estava em casa com o pai, é um exemplo de quem tinha de tudo e não sabia usufruir do que estava em mãos, não era grato, nem comemorava as vitórias, via no pai um patrão, não o seu pai.

6.E nessa parábola, como o pai é uma figura de Deus, é o texto bíblico onde encontramos "Deus correndo" para acolher e restaurar.

7.Assim é o amor de Deus para com a Humanidade. Chama-a ao arrependimento para restaurar, mudar o viver.

O perdão entre irmãos – Depende de reconhecimento da ofensa pelo culpado (Mt 18.15-17). E perdoar quantas vezes for necessário (Mt 18.21-22), havendo mudança de atitudes.

O perdão entre pessoas fora do convívio – Houve um fato (uma briga de trânsito, um aborrecimento em lugar qualquer...), ocorreu a ofensa, e tanto o ofendido como quem ofendeu seguiram na vida, não há uma convivência permanente. Nesse caso se libera o perdão, deixando para trás aquela experiência negativa, não fica preso ao passado e independente do ofensor pedir perdão, ou não. E não é de difícil aplicação.

Entretanto, diga-se, as pessoas mais suscetíveis de nos ferir, magoar, decepcionar são as que estão próximas de nós no dia a dia, a quem amamos e temos uma relação continuada de confiança e estreita.

O perdão em família, entre cônjuges – Analisando a infidelidade conjugal, depende do reconhecimento de quem causou e se ajustar, deixar o proceder reprovável.

No meio cristão feridos são aconselhados a aguentar traições maritais, violência doméstica e por anos, sem arrependimento do ofensor e infiel, na esperança de recuperar o casamento.

Diz o ditado: “Pimenta nos olhos do outro é refresco”.

Como a sociedade é machista, raramente ocorrem do cônjuge feminino para com o masculino. 

Em que pese testemunhos de restauração, parece-me mais falta de amor-próprio, subserviência indigna, casos de dependência material subjugante, a vida real espiritualizada por profetadas, etc.

Nas Escrituras não encontramos respaldo para manter, sustentar a aliança matrimonial de qualquer jeito. Separação é frequente. Mais complexo é identificar quem faz jus a um novo casamento sem incorrer em transgressão ao padrão divino.

Há sim casos em que se permite o desenlace e o novo casamento. Seja por infidelidade, morte do cônjuge, abandono do lar (é violência doméstica em espécie – I Co 7.12-15) e tantas outras formas de violência e abusos no lar. Os casos que Paulo listou não foram exaustivos.

Penso que quem "lutar" pela manutenção da união conjugal que o faça por fé e com dignidade, não como preso a uma masmorra de humilhação e lágrimas. Todavia entendamos, também passa por uma decisão pessoal, sentimentos de culpas e perdas recíprocas.

Em matrimônios destruídos, há também os aspectos subjetivos da culpa, outros de foro íntimo, erros na escala de valores que não nos cabe levantar.

E em se tratando do perdão nessa seara, é impraticável sem arrependimento e mudança sincera.

Um caso experimental narrado - Conta-se também um episódio de um membro da igreja, que levou ao seu pastor uma infidelidade no casamento e arrependeu-se, mas a esposa optava pelo divórcio. Depois do aconselhamento pastoral em conjunto, ela declarou o perdão ao esposo. Porém, o marido iria experimentar da mesma dor e do veneno da traição. O pastor reiterou a necessidade do verdadeiro perdão e foram para casa. O pastor foi orar pelo casal. E Deus lhe revelou que iria recolhê-la, pois ela havia desrespeitado a sua autoridade espiritual implícita no pastoreio. O pastor insistiu na intercessão. Os dias passaram, aquela jovem senhora, adoeceu e partiu.

Hb 12.5-11 - Pais complacentes em demasia - Estes não disciplinam os filhos, passam a mão por cima dos seus erros e pecados, por trás de uma dissimulação fajuta e desleixada. E as vezes se tornam cúmplices de seus pecados. E pagam alto preço. É bíblico: O mundo espiritual prevalece sobre a realidade da dimensão material e temporal.

O perdão no Ofício Ministerial – É uma situação em particular, pois vai depender da gravidade de cada caso. E em verdade, pelas Escrituras, há pecados mais gravosos que outros. E inclusive no efeito e na dimensão do escândalo que gerar. Os que lideram, via de regra são mestres, na prestação de contas terão juízo mais severo (Tg 3.1). 

Aqui é relevante ressaltar o ditado “dois pesos e duas medidas”. É uma expressão que indica um ato injusto e desonesto, algo feito parcialmente. Ou seja, está relacionada com situações similares tratadas de formas completamente diferentes, seguindo critérios diferentes e à mercê da vontade das pessoas que as executam. 

O que se tem observado é que, na falta cometida, para se levantar vai depender da proximidade ou distância da cúpula da liderança e julgadores.

Vimos então, existem níveis na aplicação do perdão bíblico, seja na esfera divina ou humana.

A Psicologia moderna nessa área pouco ajuda na medida em que busca a parcialidade do homem consigo mesmo. Apresentam-se “n” justificativas sociais e psíquicas, menos os humanos assumirem suas responsabilidades. Eis a razão porque os presídios estão cheios de maus elementos e a grande maioria se declaram inocentes.

William Saroyan: “Todos os homens são bons, num mundo mau – como aliás cada um de nós sabemos muito bem”.

Enfim, o propósito dessa postagem é refletirmos nas ministrações em torno do perdão bíblico, onde ele é enfatizado e o modo como perdoar. Entretanto, fica um tanto “romantizado” enquanto pouco se fala da necessidade da confissão, arrependimento, correção de conduta do ofensor, quem feriu para que ocorra restauração e reconciliação. 

Que o Senhor nos conceda mais graça e misericórdia no exercício do perdão na caminhada cristã. Amém!

 

Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Bacharel em Direito e Teologia

Natal/RN, 26/05/2024.

domingo, 19 de maio de 2024

Chica da Silva

Chica da Silva (1732-1796) foi uma escrava brasileira alforriada que ficou famosa pelo poder que exerceu no arraial do Tijuco, hoje a cidade mineira de Diamantina. Manteve uma relação de concubinato com o contratador de diamantes João Fernandes de Oliveira.

Chica da Silva foi uma negra que se tornou uma das mulheres mais importantes da sociedade colonial elitista de Minas Gerais do século XVIII.

Francisca da Silva nasceu no Arraial do Tijuco, atual cidade de Diamantina, Minas Gerais, em 1732, época em que o Brasil se tornou grande produtor de diamantes. Filha do português, capitão das ordenanças, Antônio Caetano de Sá e da africana Maria da Costa, foi escrava de um proprietário de lavras, o sargento-mor Manoel Pires Sardinha, com quem teve um filho chamado Simão Pires Sardinha, que alforriado pelo pai, recebeu seus bens em testamento.

Alforria e Luxo

Com 22 anos, Chica da Silva foi comprada pelo rico desembargador João Fernandes de Oliveira, contratador de diamantes, que chegou ao Arraial do Tijuco em 1753. Depois de alforriada, passou a viver com o contratador mesmo sem matrimônio oficial. Chica da Silva passou a ser chamada oficialmente Francisca da Silva de Oliveira. O casal teve 13 filhos e todos receberam o sobrenome do pai e boa educação.

Chica da Silva, mulata, frívola e prepotente, impôs-se de tal forma que o rico português atendia a todos os seus caprichos. O maior deles, como não conhecia o mar, pediu ao marido para construir um açude, onde lançou um navio com velas e mastros, igual às grandes embarcações.

Chica da Silva vivia em uma magnífica casa construída nas encostas da serra de São Francisco, onde promovia bailes e representações. Era dona de vários escravos que cuidavam das tarefas domésticas de sua casa. Só ia à Igreja ricamente vestida e coberta de joias, seguida por doze acompanhantes. Consta que muitas pessoas se curvavam à sua passagem e lhe beijavam as mãos.

Fim da União

João Fernandes de Oliveira foi acusado de contrabandear diamantes, chegou a ser preso e perdeu parte de seus bens. Mesmo assim, possuía uma das maiores fortunas do Império Português. A união do casal, que durava 15 anos, foi interrompida, em 1770, quando João Fernandes retornou a Portugal, depois da morte de seu pai, a fim de resolver questões de herança familiar, levando com ele os quatro filhos homens que teve com Chica da Silva. Lá, adquiriram educação superior e alcançaram cargos importantes na administração do reino.

Chica da Silva ficou no Brasil com as filhas e a posse das propriedades do marido, o que lhe permitiu continuar vivendo no luxo. Suas filhas estudaram prendas domésticas e música. Mesmo sem viver com João Fernandes pelo resto de sua vida, Chica da Silva conseguiu distinção social e respeito na sociedade elitista de Minas Gerais do século XVIII.

Chica da Silva convivia com a elite branca local. Em seu testamento, doou parte de seus bens às irmandades religiosas do Carmo e de São Francisco, que eram exclusivas de brancos, às das Mercês, exclusivas dos mestiços, e a do Rosário dos Pretos, que eram reservadas aos negros.

Chica da Silva faleceu em Serro Frio, Minas Gerais, no dia 15 de fevereiro de 1796. Foi sepultada na irmandade religiosa de São Francisco de Assis, exclusiva dos brancos.

Por Dilva Frazão - Biblioteconomista e professora

Fonte: www.ebiografia.com – Pesquisa em 19/05/2024.

sexta-feira, 10 de maio de 2024

O perigo da murmuração


Texto: I Co 10.10 – “E não murmureis, como também alguns deles murmuraram e pereceram pelo destruidor”.

Introdução

1.Ao deixar o Egito através de tantos sinais poderosos, ao invés de crescer na confiança em Deus, Israel temeu diante dos moradores de Canaã e murmurou, reclamou contra Moisés, Arão e contra o Senhor Jeová.

2.A murmuração não agrada a Deus e sua prática é danosa à vida espiritual e emocional do murmurador.

3.É muito sério questionar os planos e a fidelidade de Deus.

I – A murmuração na Bíblia

Do hebraico, o verbo liyn – resmungar, reclamar e murmurar (Nm 14.36).

Do grego, o verbo goggúzô – murmurar, resmungar, queixar-se, dizer algo contra alguém em tom baixo.

Segundo o dicionário Houaiss, a palavra murmuração significa: “ato ou efeito de murmurar, murmúrio, rumor infundado, boato, falatório depreciativo, detração, maledicência” (2011, p. 1982).

Segundo o comentarista da lição, Pr Osiel Gomes:

a) O murmurador é um insatisfeito, ingrato, queixoso e opositor.

b) O murmurar é um mal que revela comportamento inconveniente, temperamento inquieto e as vezes, sarcástico (crítico).

c) Muito cuidado com insatisfação doentia. Ela azeda a alma.

Depurando a Insatisfação - Num cenário de insatisfação definir o problema é o problema.

1.Descobrir sua causa. Nem sempre está explícita.

2.Será uma consequência do egoísmo inato?

3.Ela é justificável ou injustificável?

4.Vai construir? Levar-nos-á a desafios e mudanças de que precisamos?

5.Ela está sob controle ou dominando?

6.Tenha a sua lista de gratidões. Não seja um reclamão.

7.Entre defeitos e virtudes das pessoas, o que mais vejo?

8.Como está a qualidade de vida, a começar do homem interior?

9.Combata o vício social de estar se comparando aos outros. Avalie-se em torno de seus ideais. Compare, então, o eu de ontem com o eu de hoje.

10.Portanto, reflitamos diante da insatisfação antes de agirmos.

II – A Murmuração de Israel no deserto – Impedida a entrada da 1ª geração na Canaã prometida

O fato ocorreu após o retorno dos espias à terra de Canaã (Nm 13-1-33; 14.1-2).

Queixaram-se de Moisés e Arão, Deus tomou para si (Nm 14.2;27).

O foco na dificuldade e a incredulidade do povo deixou Deus indignado (Nm 14.11).

Moisés foi provado na vaidade de líder por Deus. E apontou para o cuidado com a glória de Deus. Deus disse que podia fazer dele um outro povo. Moisés rogou perdão pelo povo (Nm 14.12-20).

Lição: O medo e a ausência de fé em Deus limitam a visão de enxergar as suas ações em nossas vidas e no contexto onde estivermos inseridos.

Rm 15.4 – “Porque tudo que dantes foi escrito para nosso ensino foi escrito, para que, pela paciência e consolação das Escrituras, tenhamos esperança”.

III – Murmuração – Um comportamento que atrelado à incredulidade, pode atrapalhar a entrada na Canaã Celestial

O fim dos murmuradores – A pedido de Moisés, Deus perdoou o povo (Nm 14.20). Porém, só as sementes de Josué e Calebe herdaria a terra de Canaã (Nm 14.24;14.38). Os murmuradores acima de 20 anos, ficariam prostados na peregrinação do deserto (Nm 14.29-35).

Os quarenta dias espiando a terra, Deus transformou em 40 anos de peregrinação no deserto (Nm 14.34).

Reflexão: O deserto, via de regra, é necessário na jornada. A peregrinação depende de nossas atitudes.

Os dez espias que infamaram a terra e fez murmurar a congregação, sobre eles veio uma praga e morreram perante o Senhor (Nm 14.36-37).

Murmuração não é relato de fatos, é mero queixume – Na Igreja local a murmuração pode trazer muitos males: desânimo espiritual, contendas, rebeldias, desvios da fé e divisões. E pode resultar em:

Difamar - Atribuir fato negativo que não seja crime;

Injuriar - Atribuir palavras ou qualidades negativas, é o xingar;

Caluniar - É dizer de forma mentirosa que alguém cometeu crime.

IV - A murmuração no Novo Testamento

Em João 5.16-47, Jesus havia se declarado Filho de Deus, enviado do Pai e igual ao Pai e tinha curado um homem no sábado, por isso fariseus e os principais dos sacerdotes queriam matá-lo, contrariando a Lei (Jo 7.19). E mandaram guardas do templo para o prender (Vv. 32). E voltaram sem o prender e extasiados, perplexos, cativados com o discurso de Jesus (Jo 7.46) – “...Nunca homem algum falou assim como este homem”.

João 7.12,32 - No contexto o murmurar eram comentários da multidão dividida em torno da identidade de Jesus. Quem realmente era Ele? Jesus subiu em oculto a festa, no meio do evento ensinava no templo (Jo 7.14-16). E no último dia, o grande dia da festa clamou dizendo: “Se quem tem sede, que venha a mim e beba (Jo 7.37).

E, portanto, outras traduções preferem usar variantes linguísticas.

João 7.32 - “Quando os fariseus ouviram que as multidões sussurravam essas coisas, eles e os principais sacerdotes enviaram guardas do templo para prendê-lo” (NVT).

João 7.32 – “Os fariseus ouviram a multidão comentando essas coisas sobre Jesus, e por isso eles e os chefes dos sacerdotes mandaram guardas para o prenderem” (NTLH).

Atos 6.1-7 – A murmuração (queixa) dos gregos aos hebreus foi na verdade uma crítica justa, em razão do desprezo às viúvas no nascedouro da Igreja. E os apóstolos tiveram a humildade de recebê-la e tomaram providências. 

Do tema em estudo, precisamos tirar lições para não cairmos no erro e pecados de Israel no AT e assim Paulo nos exorta em I Co 10.10.

Pontos chaves - Deus, o homem e a murmuração:

a) Deus nada deve aos homens - O que dele recebemos é pelo seu amor, graça e misericórdia. Quem somos nós para se queixar, murmurar contra Deus?

Murmurar contra Deus é uma insanidade humana (Jó 9.4). 

Lm 3.39 – “De que se queixa, pois, o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus pecados”.

b) Para o cristão é importante se autoexaminar, identificar a motivação de estar reclamando, queixando-se, porque pode estar doente na alma. A insatisfação pode ser justa ou não cabível, pode estampar ingratidão e precisa ser tratada e corrigida.

Lm 3.26 – “Bom é ter esperança e aguardar em silêncio a salvação do Senhor”. Ao invés de se portar com resmungos e reclamações.

c) Em relação à liderança na Igreja - Muito cuidado com o que diz, fala e as atitudes, pois pode estar causando danos no Reino de Deus. E não respeitando as autoridades delegadas por Deus.

d) As autoridades delegadas por Deus são humanos e podem falhar, errar e até pecar. Diferente de murmurar, o cristão maduro pode discordar, dá sugestões, feedback, um conselho bíblico, em clima fraterno e respeitoso, sem ironias ou chacotas, sempre visando edificação no corpo de Cristo. E que o líder tenha humildade, seja acessível para ouvir. 

Conclusão

1.A murmuração é prejudicial tanto da vida espiritual de quem pratica como no meio do povo de Deus.

2.Ao invés da murmuração, queixas, havendo espaço e oportuno, faça sugestões, apresente ideias, seja cooperativo. E estando de pé, cuide para que não caia (I Co 10.12).

3.Enfim, Deus não nos dá provação além das nossas forças, antes dá também o escape, lutas na jornada do crente jamais justifica a murmuração (I Co 10.13).

Fontes da pesquisa:

Lição EBD/CPAD – 2º trimestre de 2024.

Bíblia Sagrada.

Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Natal/RN, 19/05/2024 (revisão).

As Armas Espirituais do Cristão

 

Texto Áureo – II Co 10.4 - “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas, sim, poderosas em Deus, para destruição das fortalezas”.

Verdade Prática - Diante da batalha espiritual, temos poderosas armas espirituais a nossa disposição: a Palavra de Deus, a oração e o jejum.

Introdução

1.Na Batalha Espiritual lutamos com armas espirituais contra principados e potestades no mundo espiritual (Ef 6.12).

2.Quando usamos armas humanas na Batalha Espiritual? Quando a natureza do problema é espiritual, não humana. Faz-se necessário discernimento.

3.As armas espirituais em relação ao Mundo e Carne (fatores humanos) – Podem ser usadas, claro, uma vez que não são letais nem mecanismos de agressão e violência às pessoas. E num contexto todo no maligno (I Jo 5.19).

Nota: A expressão “armas espirituais” não elimina os meios civilizados, canais humanos e cristãos competentes na solução de conflitos, enfrentamentos do cotidiano, como: Diálogo, amar, perdoar, conciliar, exercitar a cidadania perante pessoas comuns, autoridades, órgãos e instituições. As vezes somos frouxos, covardes e omissos. E esperamos ou queremos que a vitória caia do céu.

Jesus, o modelo perfeito:

Na convivência social – No caso do tributo, Jesus foi direto e objetivo: Dai a César o que é de César; e a Deus o que é de Deus.

O mundo é condenável porque os homens amaram mais trevas do que a luz (Jesus), e portando seu estilo e práticas são más (Jo 3.19-21).  Jesus foi odiado pelo mundo, sistema de valores alienado de Deus, porque testificou de sua má conduta (Jo 7.7).

Na peleja espiritual - No decurso do seu ministério, orava e jejuava e conhecia a Palavra. Próximo a sua partida para o Pai, fez a célebre oração sacerdotal pela sua Igreja. Então, aplicando armas espirituais.

I – As armas do Cristão

1.A Batalha Espiritual é real e só terá fim com o Arrebatamento da Igreja.  

Numa analogia, existem as armas de ataque e de defesa.

De ataque são - espada (I Sm 17.45), vara (Sl 23.4), funda (I Sm 17.40), arco e flecha (II Rs 13.15), lança (Js 8.18) e dardo (II Sm 18.14).

As de defesa são - escudo (Ef 6.16), capacete (I Sm 17.5), couraça (I Sm 17.5) e caneleiras (I Sm 17.6). Contudo, “armas” tem sentido figurado, não literal.

2.Na perspectiva da lição 6, o foco é a luta contra o mal encabeçado pelo diabo e seus demônios, que se valem do Mundo e da Carne.

Russel Shedd afirmou: “...O mundo faz parte do espólio do diabo e por ele luta fortemente para manter cativo o que conquistou na queda”.

Aqui perguntamos, o mal humano existe? É real? Sim. O mundo e a carne não são inimigos neutros, como vimos na lição 5.  

Entretanto, jamais devemos tratar as pessoas como inimigas e sim visar a salutar convivência social, respeitando aos nossos semelhantes, contudo sem comungar com a pecaminosidade alheia.

Ef 5.11 – “E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas antes condenai-as”.

O Mundo e a carne, a natureza humana caída, envolvem pessoas - Num contexto de injustiças, conflitos sociais, exploração de mercado, corrupção pública, cidadãos desassistidos à margem da sociedade, nervos na flor da pele. Nesse ponto a luta contra o mal requer equilíbrio, bom senso e discernimento.

O Mundo e suas obras – E nele atores físicos são reais e têm responsabilidades (Jo 3.19-21). E para tanto, temos direitos e deveres no tecido social, sejam autoridades, sejam cidadãos comuns. 

Então, cada batalha com suas armas, no bom sentido do termo. Combatamos o egoísmo, as vaidades, a corrupção humana por um mundo menos injusto, pregando o evangelho de Jesus, enquanto aguardamos Jesus voltar.

Ef 6.12 – Realça a batalha frente ao arqui-inimigo - “Porque não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais”.

Com o mundo somos opostos - O cristão não pode amá-lo nem alimentar amizade com ele (I Jo 2.15; Tg 4.4). E ao mesmo tempo vigiar contra tendência de ir de encontro às pessoas ao invés de buscar solução dos males espirituais e sociais, de forma legal, justa, civilizada, educada e sábia.

Jz 2.12;3.5-8 - Israel falhou na medida em se misturou com os povos gentios:

Sl 106.35: “Antes se misturaram com os gentios e aprenderam as suas obras”.

3. As estratégias do Inimigo. É vital conhecermos os inimigos. Quanto ao diabo, o NT revela o que ele é capaz de fazer para.

a) ludibriar as pessoas: arrebatar a boa Palavra do coração (Mt 13.19), buscar altas posições com mentiras (At 5.3), usar pessoas para trair (Lc 22.3,4), escravizar (II Tm 2.26), enfraquecer a fé do crente (Lc 22.32) e enganar com doutrinas demoníacas (I Tm 4.1).

4.E a estratégia da Igreja? “O exército de Deus deve avançar atacando” (Russell Shedd, do livro o Mundo, a Carne e o diabo).

Quatro petições pela Igreja, da Missionária Glenda do Amaral:

“Senhor conscientiza a tua Igreja da batalha espiritual”.

“Senhor conscientiza a tua Igreja da sua beleza”.

“Senhor conscientiza a tua Igreja da sua autoridade”.

”Senhor conscientiza a tua Igreja da responsabilidade e da sua missão na terra".

Sl 90.1 – E o Senhor tem sido o nosso refúgio de geração a geração.

II. As Três Armas Espirituais do Cristão

1. A Palavra de Deus. O Senhor Jesus disse que não vivemos apenas de pão, mas de toda a Palavra de Deus (Mt 4.4).

a) O estudo sistemático, perseverante da Palavra de Deus vai gerar em nós crescimento espiritual (I Pd 2.2).

b) Uma vez nutrido e solidificado na Palavra - Estamos firmados em Deus para resistir às influências malignas, às armadilhas de Satanás e demais estratégias neste mundo mal (Mt 7.24,25). 

2.A oração. Aliada ao estudo da Palavra, a oração é uma das mais importantes armas espirituais que o crente tem ao longo de sua jornada para o Céu (Sl 55.17).

Reconheçamos, precisamos levar a sério a oração, uma disciplina espiritual.

“Nenhum espírito maligno receia orações mecânicas, sem ardor e pujança”.

Ef 6.18 - “Orando em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito”.

Certo escritor, disse acerca da oração no Espírito:

Em primeiro lugar significa reconhecer a nossa infantilidade no que diz respeito à oração;

Em segundo lugar, orar no Espírito implica em evitar apagar ou entristecer o Espírito (I Ts 5.19; Ef 4.30);

Em terceiro lugar, orar em Espírito é suplicar sob a direção do Espírito;

Em quarto lugar, orar em Espírito dinamiza a oração, o poder vem sobre nós (At 1.8).

Enfim, a oração no Espírito é o segredo da comunicação eficaz e ousada com Deus (Hb 10.19; Ef 3.12).

Hb 10.19-20 – “Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no Santuário, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne”.

3.O jejum. Aliado à Palavra de Deus e à oração, a prática do jejum é uma terceira arma espiritual do crente durante a jornada para o Céu. Tanto no Antigo quanto no NT, o jejum é uma prática presente. O Senhor Jesus jejuou (Mt 4.1-4) e disse que seus discípulos também o fariam (Mt 9.14-17; Lc 5.33-39).

Entretanto, o jejum bíblico deve, precisa ter propósitos espirituais, com começo, meio e fins. Se fizer para se vangloriar, tempo perdido.

III. Jesus Cristo: O Nosso Maior Modelo

1.Venceu o Diabo com a Palavra. O Senhor Jesus venceu o Tentador pela autoridade da Palavra de Deus (Lc 4.4,8).

2.Ele venceu o mundo, o tratou como seu inimigo (Jo 16.33).

3.Vivendo em oração - Jesus se retirava para os lugares desertos para orar (Lc 5.16; 6.12; 9.28). Ou seja, desenvolveu o seu ministério na prática da oração. Como homem, revelou dependência do Pai.

4.Vivendo em jejum - Além de meditar na Palavra e perseverar em oração, o Senhor Jesus jejuava (Lc 4.2). Ora, Ele também espera que o imitemos, orando e jejuando.

5.Jesus como homem, em tudo foi tentado, mas sem pecado.

Hb 4.15 – “Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado”.

Conclusão

1.Que usemos as armas espirituais com discernimento na Batalha Espiritual, sem ignorar o sistema de valores oposto a Deus, bem como a velha natureza humana caída, seus muitos males e os atores responsáveis.

2.Discute-se quem é o nosso maior inimigo. Para os teóricos de autoajuda o homem é o seu maior inimigo.

3.Pelas Escrituras o diabo é o arqui-inimigo. Por enquanto com a cabeça ferida, mas, breve será esmagada. E lançada no lago de fogo a trindade satânica.

4.E em Cristo, temos o modelo por excelência para o cristão nas batalhas em toda a sua jornada até o céu. Amém!

Fontes da Pesquisa:

Lição CPAD/EBD – 2º trimestre de 2024.

Bíblia Sagrada.

Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Natal/RN, 29.04.2024.

sexta-feira, 3 de maio de 2024

Dicas para o bem viver aqui e na eternidade

 

1.Quais são os seus maiores valores e as maiores conquistas? Família, realização pessoal, casamento, amizade, bons relacionamentos, dinheiro, bens? etc.  E pondere os riscos das perdas para evitar disputas e conflitos.

2.É falsa a vida só de vitórias, sempre em cima do pódio. As experiências dos erros e das perdas são pedagógicas e também somam.

3.Os três R que ajudam no formato do caráter humano: Respeito por si próprio, respeito pelos outros, responsabilidade pelas nossas ações e omissões.

4.Para quem crê em Deus, um dos atos de misericórdia Dele é não responder a todas orações que lhe fazemos. E só ouve a quem o reverencia.

5.Assuma seus erros, faz parte do crescimento humano. E com humildade, corrija-se.

6.Não se isole doentio. Tempo reflexivo a sós é um degrau para amadurecer.

7.Num mundo dinâmico, mudanças são necessárias. Porém, valores e princípios éticos, morais divinos, não religiosos, são absolutos. Deus é absoluto. Aprenda sobre sua Asseidade: “É a virtude pela qual ele existe de e por si mesmo, tendo o fundamento e fonte eterna do seu ser em si mesmo, não sendo causado ou dependente de nenhum ser fora si, e sendo portanto, o ser absoluto e puro, que é também autossuficiente, e que não precisa de nenhum ser fora de si”.

8.Nem sempre temos resposta para todas as perguntas. E as vezes o silêncio é a melhor resposta.

9.Viva uma vida digna e honrada, diante de Deus e dos homens, que não precise esquecer nem esconder o passado.

10.Deus é o número 1. Não o confunda com religião. As prioridades se estabelecem no passo seguinte.

11.O ato de amar e exercitar a justiça são verdadeiros e aplica-se aos familiares, irmãos de fé, amigos e inimigos.

12.Transforme dados em informações. E informações em conhecimento. E o compartilhe com sabedoria, sem vaidades.

13.Se possível, viaje para ver a vida com outras cores, repaginando sua cultura e a breve existência.

14.A felicidade não um fim em si mesma. Ela não nos isenta de altos e baixos na jornada. O seu segredo está em Deus e começa com arrependimento e pelo seu perdão tornamo-nos Bem-aventurados, ou seja, mais do que felizes. É errado buscar a felicidade como produto de consumo. Deus nos basta, independente das circunstâncias.

15.Zele pelo seu habitar. A Terra é Criação, não comporta adoração. Adore o Criador. Fuja da mentira panteísta, não distingue a Criação do Criador.

16.Deus deu ao homem o governo político-econômico da Criação. Não lhe deu domínio do homem sobre o homem. Deu sobre os recursos naturais criados para mantimento (Gn 1.26-31). Com a queda (desobediência) no Éden agravou-se toda a conjuntura. E no cenário entraram o diabo e a maldade da natureza humana enferma pelo pecado (transgressão...). Jesus veio para restaurar o homem a Deus.

17.A paz, a harmonia se possível entre os homens. A verdade é inegociável. Refiro-me da verdade de Deus aos homens. O homem não é a medida da sua realidade existencial e metafísica, como apregoavam os sofistas.

18.Regras de ouro na Ética de Jesus:

“O que quereis que os homens vos façam, façam vós também”.

“...A vida de uma pessoa não é definida pela quantidade de seus bens".

19.Aqui tudo passa. Tudo é vaidade! Tem prestação de contas. Haverá um Novo Céu, uma Nova Terra onde habita a justiça. Vem aí a eternidade com Deus ou sem Ele.

20.E “Deus é tão generoso que te dá liberdade de plantar o que quiser. Mas Ele é tão justo, que você colhe exatamente o que plantou”. É a Lei da Semeadura. 

Um conselho: Corra para Jesus! O único Salvador e mediador entre Deus e os homens. Amém!

Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Bacharel em Direito e Teologia

Natal/RN, 03/05/2024.

quarta-feira, 1 de maio de 2024

Homenagem ao Dia do Trabalhador

 
Escritos do apóstolo Paulo em Período de Escravidão

Como Paulo tratava de temas melindrosos, justiça social, doutrinava com imparcialidade, sem ser um revolucionário.

À Igreja de Éfeso – A escravos e senhores cristãos (por volta de 62 d.C.).

Efésios 6.5-9 – “Escravos, obedeçam a seus senhores terrenos com respeito e temor. Sirvam com sinceridade, como serviriam a Cristo. Procurem agradá-los sempre, e não apenas quando eles estiverem observando. Como escravos de Cristo, façam a vontade de Deus de todo o coração. Trabalhem com entusiasmo, como se servissem ao Senhor, e não a homens. Lembrem-se de que o Senhor recompensará cada um de nós pelo bem que fizermos, quer sejamos escravos, quer livres.

Senhores, assim também tratem seus escravos. Não os ameacem; lembrem-se de que vocês e eles têm o mesmo Senhor no céu, e ele não age com favoritismo” - com acepção de pessoas (NVT).

À *Igreja de Colossos – Aos escravos cristãos (por volta de 62 d.C.).

*Tudo indica haver sido fundada por Paulo durante os três anos em Éfeso (At 20.31). Estava a 160 Km a leste de Éfeso. Epafras, era um dos convertidos pioneiros e laborioso cooperador no ministério de Paulo (Cl 1.7;4.12).

Colossenses 3.22-25 – “Escravos, em tudo obedeçam a seus senhores terrenos. Procurem agradá-los sempre, e não apenas quando eles estiverem observando. Sirvam-nos com sinceridade, por causa de seu temor ao Senhor. Em tudo que fizerem, trabalhem de bom ânimo, como se fosse para o Senhor, e não para os homens. Lembrem-se de que o Senhor lhes dará uma herança como recompensa e de que o Senhor a quem servem é Cristo. Mas, se fizerem o mal, receberão de volta o mal, pois Deus não age com favoritismo” - com acepção de pessoas (NVT).

E aos senhores cristãos

Colossenses 4.1 – “Senhores, sejam justos e imparciais com seus escravos. Lembrem-se de que vocês também têm um Senhor no céu” (NVT).

Instruções pastorais de Paulo a Timóteo em Éfeso (64-65 d.C.)

I Timóteo 2.1-4 – “Em primeiro lugar, recomendo que sejam feitas petições, orações, intercessões e ações de graça em favor de todos, em favor dos reis e de todos que exercem autoridade, para que tenhamos uma vida pacífica e tranquila, caracterizada por devoção e dignidade. Isso é bom e agrada a Deus, nosso Salvador, cujo desejo é que todos sejam salvos e conheçam a verdade” (NVT).

Os deveres dos servos

I Timóteo 6.1-2 – “Os escravos devem ter todo o respeito por seus senhores, para não envergonharem o nome de Deus e seus ensinamentos. O fato de o senhor ser irmão na fé não é desculpa para deixarem de respeitá-lo. Pelo contrário, devem trabalhar ainda mais arduamente, pois seus esforços beneficiam outros irmãos amados” (NVT).

Doutrina sobre bens, dinheiro e as riquezas materiais

I Timóteo 6.7-10 – “Afinal, não trouxemos nada conosco quando viemos ao mundo, e nada levaremos quando o deixarmos. Portanto, se temos alimento e roupa, estejamos contentes. Mas, aqueles que desejam enriquecer caem em tentações e armadilhas e em muitos desejos tolos e nocivos, que os levam à ruína e destruição. Pois o amor ao dinheiro é a raiz de todo mal. E alguns, por tanto desejarem dinheiro, desviaram-se da fé e afligiram a si mesmos com muitos sofrimentos” (NVT).

I Timóteo 6.13-19 – “Diante de Deus, que a todos dá vida, e de Cristo Jesus, que deu bom testemunho perante Pôncio Pilatos, encarrego-o de obedecer a esta ordem sem vacilar. Assim, ninguém poderá acusá-lo de coisa alguma, desde agora até a volta de nosso Senhor Jesus Cristo. Pois: No devido tempo ele será revelado do céu pelo bendito e único Deus todo-poderoso, o Rei dos reis e Senhor dos senhores. Somente a ele pertence a imortalidade, e ele habita em luz tão resplandecente que nenhum ser humano pode se aproximar dele. Ninguém jamais o viu, nem pode ver. A ele sejam honra e poder para sempre! Amém. Ensine aos ricos deste mundo que não se orgulhem nem confiem em seu dinheiro, que é incerto. Sua confiança deve estar em Deus, que provê ricamente tudo de que necessitamos para nossa satisfação. Diga-lhes que usem seu dinheiro para fazer o bem. Devem ser ricos em boas obras e generosos com os necessitados, sempre prontos a repartir. Desse modo, acumularão tesouros para si como um alicerce firme para o futuro, a fim de experimentarem a verdadeira vida” (NVT).

Que trabalhadores e patrões cristãos contemporâneos se conduzam na perspectiva paulina de que temos um Senhor e justo, independente das circunstâncias sociológicas, lutemos por uma vida digna, honrosa. Porém, ciente de que “...nada trouxemos para este mundo e manifesto é que nada podemos levar dele” (I Tm 6.7).

Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Natal/RN, 01/05/2024.

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