Pesquisar

sexta-feira, 10 de maio de 2024

As Armas Espirituais do Cristão

 

Texto Áureo – II Co 10.4 - “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas, sim, poderosas em Deus, para destruição das fortalezas”.

Verdade Prática - Diante da batalha espiritual, temos poderosas armas espirituais a nossa disposição: a Palavra de Deus, a oração e o jejum.

Introdução

1.Na Batalha Espiritual lutamos com armas espirituais contra principados e potestades no mundo espiritual (Ef 6.12).

2.Quando usamos armas humanas na Batalha Espiritual? Quando a natureza do problema é espiritual, não humana. Faz-se necessário discernimento.

3.As armas espirituais em relação ao Mundo e Carne (fatores humanos) – Podem ser usadas, claro, uma vez que não são letais nem mecanismos de agressão e violência às pessoas. E num contexto todo no maligno (I Jo 5.19).

Nota: A expressão “armas espirituais” não elimina os meios civilizados, canais humanos e cristãos competentes na solução de conflitos, enfrentamentos do cotidiano, como: Diálogo, amar, perdoar, conciliar, exercitar a cidadania perante pessoas comuns, autoridades, órgãos e instituições. As vezes somos frouxos, covardes e omissos. E esperamos ou queremos que a vitória caia do céu.

Jesus, o modelo perfeito:

Na convivência social – No caso do tributo, Jesus foi direto e objetivo: Dai a César o que é de César; e a Deus o que é de Deus.

O mundo é condenável porque os homens amaram mais trevas do que a luz (Jesus), e portando seu estilo e práticas são más (Jo 3.19-21).  Jesus foi odiado pelo mundo, sistema de valores alienado de Deus, porque testificou de sua má conduta (Jo 7.7).

Na peleja espiritual - No decurso do seu ministério, orava e jejuava e conhecia a Palavra. Próximo a sua partida para o Pai, fez a célebre oração sacerdotal pela sua Igreja. Então, aplicando armas espirituais.

I – As armas do Cristão

1.A Batalha Espiritual é real e só terá fim com o Arrebatamento da Igreja.  

Numa analogia, existem as armas de ataque e de defesa.

De ataque são - espada (I Sm 17.45), vara (Sl 23.4), funda (I Sm 17.40), arco e flecha (II Rs 13.15), lança (Js 8.18) e dardo (II Sm 18.14).

As de defesa são - escudo (Ef 6.16), capacete (I Sm 17.5), couraça (I Sm 17.5) e caneleiras (I Sm 17.6). Contudo, “armas” tem sentido figurado, não literal.

2.Na perspectiva da lição 6, o foco é a luta contra o mal encabeçado pelo diabo e seus demônios, que se valem do Mundo e da Carne.

Russel Shedd afirmou: “...O mundo faz parte do espólio do diabo e por ele luta fortemente para manter cativo o que conquistou na queda”.

Aqui perguntamos, o mal humano existe? É real? Sim. O mundo e a carne não são inimigos neutros, como vimos na lição 5.  

Entretanto, jamais devemos tratar as pessoas como inimigas e sim visar a salutar convivência social, respeitando aos nossos semelhantes, contudo sem comungar com a pecaminosidade alheia.

Ef 5.11 – “E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas antes condenai-as”.

O Mundo e a carne, a natureza humana caída, envolvem pessoas - Num contexto de injustiças, conflitos sociais, exploração de mercado, corrupção pública, cidadãos desassistidos à margem da sociedade, nervos na flor da pele. Nesse ponto a luta contra o mal requer equilíbrio, bom senso e discernimento.

O Mundo e suas obras – E nele atores físicos são reais e têm responsabilidades (Jo 3.19-21). E para tanto, temos direitos e deveres no tecido social, sejam autoridades, sejam cidadãos comuns. 

Então, cada batalha com suas armas, no bom sentido do termo. Combatamos o egoísmo, as vaidades, a corrupção humana por um mundo menos injusto, pregando o evangelho de Jesus, enquanto aguardamos Jesus voltar.

Ef 6.12 – Realça a batalha frente ao arqui-inimigo - “Porque não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais”.

Com o mundo somos opostos - O cristão não pode amá-lo nem alimentar amizade com ele (I Jo 2.15; Tg 4.4). E ao mesmo tempo vigiar contra tendência de ir de encontro às pessoas ao invés de buscar solução dos males espirituais e sociais, de forma legal, justa, civilizada, educada e sábia.

Jz 2.12;3.5-8 - Israel falhou na medida em se misturou com os povos gentios:

Sl 106.35: “Antes se misturaram com os gentios e aprenderam as suas obras”.

3. As estratégias do Inimigo. É vital conhecermos os inimigos. Quanto ao diabo, o NT revela o que ele é capaz de fazer para.

a) ludibriar as pessoas: arrebatar a boa Palavra do coração (Mt 13.19), buscar altas posições com mentiras (At 5.3), usar pessoas para trair (Lc 22.3,4), escravizar (II Tm 2.26), enfraquecer a fé do crente (Lc 22.32) e enganar com doutrinas demoníacas (I Tm 4.1).

4.E a estratégia da Igreja? “O exército de Deus deve avançar atacando” (Russell Shedd, do livro o Mundo, a Carne e o diabo).

Quatro petições pela Igreja, da Missionária Glenda do Amaral:

“Senhor conscientiza a tua Igreja da batalha espiritual”.

“Senhor conscientiza a tua Igreja da sua beleza”.

“Senhor conscientiza a tua Igreja da sua autoridade”.

”Senhor conscientiza a tua Igreja da responsabilidade e da sua missão na terra".

Sl 90.1 – E o Senhor tem sido o nosso refúgio de geração a geração.

II. As Três Armas Espirituais do Cristão

1. A Palavra de Deus. O Senhor Jesus disse que não vivemos apenas de pão, mas de toda a Palavra de Deus (Mt 4.4).

a) O estudo sistemático, perseverante da Palavra de Deus vai gerar em nós crescimento espiritual (I Pd 2.2).

b) Uma vez nutrido e solidificado na Palavra - Estamos firmados em Deus para resistir às influências malignas, às armadilhas de Satanás e demais estratégias neste mundo mal (Mt 7.24,25). 

2.A oração. Aliada ao estudo da Palavra, a oração é uma das mais importantes armas espirituais que o crente tem ao longo de sua jornada para o Céu (Sl 55.17).

Reconheçamos, precisamos levar a sério a oração, uma disciplina espiritual.

“Nenhum espírito maligno receia orações mecânicas, sem ardor e pujança”.

Ef 6.18 - “Orando em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito”.

Certo escritor, disse acerca da oração no Espírito:

Em primeiro lugar significa reconhecer a nossa infantilidade no que diz respeito à oração;

Em segundo lugar, orar no Espírito implica em evitar apagar ou entristecer o Espírito (I Ts 5.19; Ef 4.30);

Em terceiro lugar, orar em Espírito é suplicar sob a direção do Espírito;

Em quarto lugar, orar em Espírito dinamiza a oração, o poder vem sobre nós (At 1.8).

Enfim, a oração no Espírito é o segredo da comunicação eficaz e ousada com Deus (Hb 10.19; Ef 3.12).

Hb 10.19-20 – “Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no Santuário, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne”.

3.O jejum. Aliado à Palavra de Deus e à oração, a prática do jejum é uma terceira arma espiritual do crente durante a jornada para o Céu. Tanto no Antigo quanto no NT, o jejum é uma prática presente. O Senhor Jesus jejuou (Mt 4.1-4) e disse que seus discípulos também o fariam (Mt 9.14-17; Lc 5.33-39).

Entretanto, o jejum bíblico deve, precisa ter propósitos espirituais, com começo, meio e fins. Se fizer para se vangloriar, tempo perdido.

III. Jesus Cristo: O Nosso Maior Modelo

1.Venceu o Diabo com a Palavra. O Senhor Jesus venceu o Tentador pela autoridade da Palavra de Deus (Lc 4.4,8).

2.Ele venceu o mundo, o tratou como seu inimigo (Jo 16.33).

3.Vivendo em oração - Jesus se retirava para os lugares desertos para orar (Lc 5.16; 6.12; 9.28). Ou seja, desenvolveu o seu ministério na prática da oração. Como homem, revelou dependência do Pai.

4.Vivendo em jejum - Além de meditar na Palavra e perseverar em oração, o Senhor Jesus jejuava (Lc 4.2). Ora, Ele também espera que o imitemos, orando e jejuando.

5.Jesus como homem, em tudo foi tentado, mas sem pecado.

Hb 4.15 – “Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado”.

Conclusão

1.Que usemos as armas espirituais com discernimento na Batalha Espiritual, sem ignorar o sistema de valores oposto a Deus, bem como a velha natureza humana caída, seus muitos males e os atores responsáveis.

2.Discute-se quem é o nosso maior inimigo. Para os teóricos de autoajuda o homem é o seu maior inimigo.

3.Pelas Escrituras o diabo é o arqui-inimigo. Por enquanto com a cabeça ferida, mas, breve será esmagada. E lançada no lago de fogo a trindade satânica.

4.E em Cristo, temos o modelo por excelência para o cristão nas batalhas em toda a sua jornada até o céu. Amém!

Fontes da Pesquisa:

Lição CPAD/EBD – 2º trimestre de 2024.

Bíblia Sagrada.

Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Natal/RN, 29.04.2024.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

INCLUIR COMENTÁRIO!

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...