Texto Áureo – II Co 10.4 - “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas, sim, poderosas em Deus, para destruição das fortalezas”.
Verdade Prática -
Diante da batalha espiritual, temos poderosas armas espirituais a nossa
disposição: a Palavra de Deus, a oração e o jejum.
Introdução
1.Na Batalha Espiritual
lutamos com armas espirituais contra principados e potestades no mundo
espiritual (Ef 6.12).
2.Quando usamos armas humanas na
Batalha Espiritual? Quando a natureza do problema é espiritual,
não humana. Faz-se necessário discernimento.
3.As armas espirituais em relação
ao Mundo e Carne (fatores humanos) – Podem ser usadas, claro, uma vez
que não são letais nem mecanismos de agressão e violência às pessoas. E num
contexto todo no maligno (I Jo 5.19).
Nota: A
expressão “armas espirituais” não elimina os meios civilizados, canais humanos e
cristãos competentes na solução de conflitos, enfrentamentos do cotidiano,
como: Diálogo, amar, perdoar, conciliar, exercitar a cidadania perante pessoas
comuns, autoridades, órgãos e instituições. As vezes somos frouxos, covardes e
omissos. E esperamos ou queremos que a vitória caia do céu.
Jesus, o modelo perfeito:
Na convivência social – No caso
do tributo, Jesus foi direto e objetivo: Dai a César o que é de César; e a Deus
o que é de Deus.
O
mundo é condenável porque os homens amaram mais trevas do que a luz (Jesus), e
portando seu estilo e práticas são más (Jo 3.19-21). Jesus foi odiado pelo mundo, sistema de
valores alienado de Deus, porque testificou de sua má conduta (Jo 7.7).
Na peleja espiritual - No
decurso do seu ministério, orava e jejuava e conhecia a Palavra. Próximo a sua
partida para o Pai, fez a célebre oração sacerdotal pela sua Igreja. Então,
aplicando armas espirituais.
I – As armas do Cristão
1.A
Batalha Espiritual é real e só terá fim com o Arrebatamento da Igreja.
Numa analogia, existem as
armas de ataque e de defesa.
De
ataque são - espada (I Sm
17.45), vara (Sl 23.4), funda (I Sm 17.40), arco e flecha (II Rs 13.15), lança
(Js 8.18) e dardo (II Sm 18.14).
As
de defesa são - escudo (Ef
6.16), capacete (I Sm 17.5), couraça (I Sm 17.5) e caneleiras (I Sm 17.6). Contudo,
“armas” tem sentido figurado, não literal.
2.Na
perspectiva da lição 6, o foco é a luta contra o mal encabeçado pelo diabo e
seus demônios, que se valem do Mundo e da Carne.
Russel
Shedd afirmou: “...O mundo faz parte do espólio do diabo e por ele luta
fortemente para manter cativo o que conquistou na queda”.
Aqui
perguntamos, o mal humano existe? É real? Sim. O mundo e a carne não são inimigos
neutros, como vimos na lição 5.
Entretanto,
jamais devemos tratar as pessoas como inimigas e sim visar a salutar
convivência social, respeitando aos nossos semelhantes, contudo sem comungar
com a pecaminosidade alheia.
Ef
5.11 – “E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas antes
condenai-as”.
O Mundo e a carne, a natureza humana caída, envolvem pessoas - Num contexto de injustiças, conflitos
sociais, exploração de mercado, corrupção pública, cidadãos desassistidos à
margem da sociedade, nervos na flor da pele. Nesse ponto a luta contra o mal
requer equilíbrio, bom senso e discernimento.
O
Mundo e suas obras – E nele atores
físicos são reais e têm responsabilidades (Jo 3.19-21). E para tanto, temos
direitos e deveres no tecido social, sejam autoridades, sejam cidadãos comuns.
Então,
cada batalha com suas armas, no bom sentido do termo. Combatamos o egoísmo, as
vaidades, a corrupção humana por um mundo menos injusto, pregando o evangelho
de Jesus, enquanto aguardamos Jesus voltar.
Ef 6.12 – Realça a batalha
frente ao arqui-inimigo - “Porque não temos que lutar contra
carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra
os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade,
nos lugares celestiais”.
Com
o mundo somos opostos - O cristão
não pode amá-lo nem alimentar amizade com ele (I Jo 2.15; Tg 4.4).
E ao mesmo tempo vigiar contra tendência de ir de encontro às pessoas ao invés
de buscar solução dos males espirituais e sociais, de forma legal, justa, civilizada,
educada e sábia.
Jz
2.12;3.5-8 - Israel falhou na medida em se misturou com os povos gentios:
Sl
106.35: “Antes se misturaram com os gentios e aprenderam as suas obras”.
3. As estratégias do Inimigo. É vital conhecermos os inimigos. Quanto
ao diabo, o NT revela o que ele é capaz de fazer para.
a)
ludibriar as pessoas: arrebatar a boa Palavra do coração (Mt 13.19), buscar
altas posições com mentiras (At 5.3), usar pessoas para trair (Lc 22.3,4),
escravizar (II Tm 2.26), enfraquecer a fé do crente (Lc 22.32) e enganar com
doutrinas demoníacas (I Tm 4.1).
4.E
a estratégia da Igreja? “O
exército de Deus deve avançar atacando” (Russell Shedd, do livro o Mundo, a Carne
e o diabo).
Quatro petições pela Igreja, da Missionária Glenda do
Amaral:
“Senhor conscientiza a tua Igreja da batalha espiritual”.
“Senhor conscientiza a tua Igreja da sua beleza”.
“Senhor conscientiza a tua Igreja da sua autoridade”.
”Senhor conscientiza a tua Igreja da responsabilidade e da
sua missão na terra".
Sl
90.1 – E o Senhor tem sido o nosso refúgio de geração a geração.
II. As Três Armas Espirituais do Cristão
1. A Palavra de Deus. O Senhor Jesus disse que não vivemos apenas de pão, mas
de toda a Palavra de Deus (Mt 4.4).
a)
O estudo sistemático, perseverante da Palavra de Deus vai gerar em nós
crescimento espiritual (I Pd 2.2).
b)
Uma vez nutrido e solidificado na Palavra - Estamos firmados em Deus para
resistir às influências malignas, às armadilhas de Satanás e demais estratégias
neste mundo mal (Mt 7.24,25).
2.A oração. Aliada
ao estudo da Palavra, a oração é uma das mais importantes armas espirituais que
o crente tem ao longo de sua jornada para o Céu (Sl 55.17).
Reconheçamos,
precisamos levar a sério a oração, uma disciplina espiritual.
“Nenhum
espírito maligno receia orações mecânicas, sem ardor e pujança”.
Ef
6.18 - “Orando em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito”.
Certo
escritor, disse acerca da oração no Espírito:
Em
primeiro lugar significa reconhecer a nossa infantilidade no que diz respeito à
oração;
Em
segundo lugar, orar no Espírito implica em evitar apagar ou entristecer o
Espírito (I Ts 5.19; Ef 4.30);
Em
terceiro lugar, orar em Espírito é suplicar sob a direção do Espírito;
Em
quarto lugar, orar em Espírito dinamiza a oração, o poder vem sobre nós (At
1.8).
Enfim,
a oração no Espírito é o segredo da comunicação eficaz e ousada com Deus (Hb
10.19; Ef 3.12).
Hb 10.19-20 – “Tendo,
pois, irmãos, ousadia para entrar no Santuário, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho
que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne”.
3.O jejum. Aliado
à Palavra de Deus e à oração, a prática do jejum é uma terceira arma espiritual
do crente durante a jornada para o Céu. Tanto no Antigo quanto no NT, o jejum é
uma prática presente. O Senhor Jesus jejuou (Mt 4.1-4) e disse que seus
discípulos também o fariam (Mt 9.14-17; Lc 5.33-39).
Entretanto,
o jejum bíblico deve, precisa ter propósitos espirituais, com começo, meio e
fins. Se fizer para se vangloriar, tempo perdido.
III. Jesus Cristo: O Nosso Maior Modelo
1.Venceu o Diabo com a Palavra. O Senhor Jesus venceu o Tentador pela
autoridade da Palavra de Deus (Lc 4.4,8).
2.Ele
venceu o mundo, o tratou como seu inimigo (Jo 16.33).
3.Vivendo em oração - Jesus se retirava para os lugares desertos para orar
(Lc 5.16; 6.12; 9.28). Ou seja, desenvolveu o seu ministério na prática da
oração. Como homem, revelou dependência do Pai.
4.Vivendo em jejum - Além de meditar na Palavra e perseverar em oração, o
Senhor Jesus jejuava (Lc 4.2). Ora, Ele também espera que o imitemos, orando e jejuando.
5.Jesus
como homem, em tudo foi tentado, mas sem pecado.
Hb 4.15 – “Porque não temos um sumo sacerdote que
não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo
foi tentado, mas sem pecado”.
Conclusão
1.Que usemos as armas espirituais com discernimento
na Batalha Espiritual, sem ignorar o sistema de valores oposto a Deus, bem como
a velha natureza humana caída, seus muitos males e os atores responsáveis.
2.Discute-se quem é o nosso maior inimigo. Para os
teóricos de autoajuda o homem é o seu maior inimigo.
3.Pelas Escrituras o diabo é o arqui-inimigo. Por
enquanto com a cabeça ferida, mas, breve será esmagada. E lançada no lago de
fogo a trindade satânica.
4.E em Cristo, temos o modelo por excelência para o
cristão nas batalhas em toda a sua jornada até o céu. Amém!
Fontes da Pesquisa:
Lição CPAD/EBD – 2º trimestre
de 2024.
Bíblia Sagrada.
Por Samuel Pereira de Macedo
Borges
Natal/RN, 29.04.2024.
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