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quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Jesus veio trazer a paz à terra ou espada?

Em Mateus 10.34 Jesus diz: “Não penseis que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada”. Em João 14.27, Ele disse aos seus discípulos: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou, não como o mundo a dá...”. É contraditório? Não!

1.Tomada de posição a respeito da Fé Cristã, pode causar conflitos e rupturas nos relacionamentos. É nesse sentido que Jesus quis dizer que veio trazer a espada.  

2.O Evangelho de Jesus confronta aos homens para se declararem seus discípulos ou não. Jesus não é uma religião nem admite ser seguido com meios termos, ou com desculpas esfarrapadas.

3.Quanto à paz social (relações pessoais), pela Bíblia somos ensinados no que depender de nós, termos paz com todos os homens (Rm 12.18). é vencer o mal pelo bem (Rm 12.21). Porém, Deus não é um pacifista (é outra discussão).

Requisitos e consequências do seguir a Cristo em Mateus 10:

a) Mt 10.32-33 - Quem não o confessar diante dos homens na terra, no céu será negado diante do Pai. O ato de confissão individual é uma das exigências da graça de Deus para salvação.

c) Mt 10.36 – Poderá haver desavenças na família por causa do nome de Jesus, o Senhor e Salvador dos homens.  

d) Mt 10.37 – Quem amar pai ou mãe mais do que a Jesus, não é digno de dele. Em Lc 14.26, o ato de aborrecer significa amar menos aos pais, familiares e amar a Cristo, que é Deus, em primeiro lugar.  

e) Mt 10.38 - O seguidor de Cristo, deve tomar a sua cruz e o segui-lo. Ou seja, confessa-o seu redentor e submete-se ao seu senhorio.

f) Mt 10.39 – Aquele que perder (negar) a sua própria vida para ser discípulo de Jesus, ganhará a vida eterna (Jo 3.16).

4.O sistema do mundo secular se opõe ao Reino de Deus. E isto vai muito além de discussões, debates entre as religiões A e B.

Portanto, no contexto de Mateus 10, discórdias são desdobramentos da luta de realidades espirituais e afetará os relacionamentos na família, na Igreja, no trabalho e na sociedade em geral. 


Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Natal/RN, 21/11/2024.

segunda-feira, 18 de novembro de 2024

A mulher, o homem nascido de novo.

 

1.É despido do velho homem.

2.Pensa nos valores que são de cima.

3.Tem discernimento espiritual.

4.Como filho de Deus é guiado pelo seu Espírito.

5.Cultiva atitudes pró santidade de um coração novo.

6.Presta a Deus o culto racional no espírito, alma e corpo.

7.Tem consciência da dependência do Espírito, o agente da regeneração.

8.Nele(a) o Espírito Santo encontra espaço para produzir seus frutos.

9.Tem amor fraterno e evangelístico, interessa-se pela salvação de outrens.

10.Tem a mente de Cristo.

 

Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Natal-RN, 18/11/2024.

domingo, 17 de novembro de 2024

A Promessa de um Coração Novo.

 

Lição 7 - Texto áureo - Ez 36.26 – “E vos darei um coração novo e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei o coração de pedra da vossa carne e vos darei um coração de carne”.

Introdução

1.Por que se faz necessário um coração novo, tanto para a comunidade de Israel como para o crente em Jesus? A expressão coração novo nos remete ao novo nascimento na Nova Aliança, instituída por Jesus, pelo seu sangue.

2.Aprendemos que um dos propósitos da lei (a velha Aliança) dada por Deus no monte Sinai, através do legislador Moisés, era deixar estampado o pecado humano e a incapacidade de o homem cumpri-la (Rm 3.19-20).

3.É relevante destacar que todo aquele que está justificado diante de Deus, seja no AT ou no NT, é pela fé (Rm 3.28; 4 e 5; 10.4; Hb 11).

4.Na Bíblia é usado o vocábulo coração de forma metafórica, com vários significados, em especial, no bojo, na essência da Nova Aliança.

5.A palavra hebraica ‘lev’ para se referir ao coração inclui a mente.

Dt 6.5 - instrui o povo hebreu amar a Deus de todo o coração, alma e poder, enquanto que nos evangelhos esse ensino é repetido três vezes.

Objetivos da lição 7

1.Conceituar a palavra coração, extraindo o sentido conforme o texto e contexto.

2.Colocar em destaque a nova perspectiva de vida de quem tem um novo coração.

3. Listar promessas de Deus para quem teve o coração mudado no encontro pessoal com Cristo.

I – O Coração na Perspectiva Bíblica

1.Obviamente, não trataremos da palavra coração pelo olhar da cardiologia. E sim, o coração como o centro da razão e das emoções humanas, isto é, a realidade interior das pessoas.

2.O coração na fisiologia é órgão vital físico, uma bomba complexa e sofisticada, a qual bombeia sangue para circular por todo o corpo humano. Na metáfora bíblica é o centro da vida humana e abarca o espírito e a alma.

3.Então, o coração na Bíblia revela a vida mental, emocional e espiritual do ser humano. Daí, a recomendação:

Pv 4.23 – “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as saídas da vida”. Ao que chamo de mente blindada.

4.Quando falamos de vida mental, é importante distingui-la do cérebro, um membro do corpo. A mente é abstrata, imaterial.

5.No AT a circuncisão era um ato físico, um sinal entre Deus e os descendentes de Abraão. Enquanto a circuncisão do coração no NT, é o operar do Espírito de Deus em nós, desde o convencimento ao novo nascimento, e através de Cristo Jesus, estabelecemos uma relação filial com Deus.

II – O coração de quem está em Deus

No AT Deus fez uma Aliança com o povo hebreu, de ordenanças, marcas físicas e rituais externos. Os fins foram atingidos em parte. Já no NT temos a Nova Aliança, com a transformação no homem interior, produzindo em nós um novo coração.

Escreveu Paulo: “E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento (mente), para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.2).

Efésios 4.23 – “E vos renoveis no espírito da vossa mente...”

Jonh Stott (1921-2011): "Se a degradação dos pagãos é devida à futilidade das suas mentes, a retidão cristã depende da constante renovação da nossa mente".

1.Como age um coração inclinado, voltado para Deus? - É participante ativo do reino de Deus, consequemente se inclina para valores espirituais, a fim de viver de acordo com os preceitos divinos. Diferente do homem natural:

Rm 8.5-6 – “Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito, para as coisas do Espírito. Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz”.

2.Coração consciente – Não é como o do homem morto em delitos e pecado (Ef 2.1), insensível à voz de Deus, andando no curso carnal do mundo. Não! Pelo contrário, conduz-se como disse o salmista:

Sl 119.11 – “Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti”.

Embora o termo ‘coração’ se faça presente no ato de crê (Lc 24.25; Rm 10.8-10; At 8.37), com significados diversos, conforme a exegese do texto e contexto, na Teologia as duas faculdades do espírito humano são: A consciência e a fé.

3.A Bíblia, o manual do fabricante, tem as credenciais da cardiologia espiritual

Jesus censurou a tradição dos anciãos - Havia excessiva preocupação com a higiene externa, ritos como o lavar as mãos para se alimentar.

Ao invés do exterior, Jesus apontou para o homem interior, dizendo: “Mas o que sai da boca procede do coração, e isso contamina o homem” (Mt 15.18).

Em Mt 15.19 Ele afirma: “Porque do coração (da mente) procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias”. O pensamento é o pai das ações.

O profeta Jeremias trata do coração humano, referindo-se à natureza do homem caído.

Jr 17.5 – “Assim diz o Senhor: Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do Senhor!”.

Jr 17.9 – “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?”.

III – Advertências acerca do coração

1.Deus vê o coração – De modo que não adianta tentar enrolar Deus, porque ele vê diferente do homem. Ninguém se esconde da sua presença.

Jr 20.12 - Deus é aquele que prova o justo e vê os pensamentos e o coração.

O homem vê o que está diante de seus olhos; Deus olha para o coração, o homem interior (I Sm 16.7).

Jr 17.10 – “Eu, o Senhor, esquadrinho o coração, eu provo os pensamentos; e isso para dar a cada um segundo os seus caminhos e segundo o fruto das suas ações”.

III – Promessas e características do novo coração, transformado pelo Espírito Santo.

1.O Espírito Santo na Nova Aliança - Jesus disse que se eu não for, o consolador não virá. Então, quem sucedeu a Cristo no seio da Igreja foi o Espírito Santo. Se sem Jesus não dá, assim também, não teremos vida espiritual sem o atuar do Espírito na Igreja.

Jo 16.13 – Aquele que viria para nos guiar em toda a verdade.

Rm 8.14 – “Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus”.

Rm 8.16 – “O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus”.

E por causa dele e seu trabalhar em nós, no cristão, temos: 

2.Um coração saudável que revela felicidade - Sl 1.1-2 – “Bem-aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes, tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite”.

Tem coração saudável aqueles que fazem a higiene mental, não apenas do corpo, mediante a paz de Deus em nós.

Higiene mental? Sim! remete à saúde social e espiritual – É fazer a gestão da mente, inibindo, fazendo contra pontos a pensamentos destrutivos, doentios como medo, ansiedade e outros. Significa gerar impulsos positivos na alma e no espírito, aplicando a receita paulina de Filipenses 4.7-8.  

As três faculdades da alma são: A vontade, intelecto e as emoções. Todavia, cuidado! A Psicologia está limitada a esse entorno. Na área do espírito, via de regra, é cega. Mensagens seculares e evangélicas psicologizadas, não alcançam, não tratam do espírito.

3.É um coração regido pelo amor – Ao invés de ódio, egoísmo e tantas outras mazelas do homem secular, não regenerado.

a) É imprescindível a prática do amor pelo cristão, pois é a essência do Cristianismo. Amar deve ser parte do estilo de vida do cristão.

b) O amor é o mais poderoso lubrificante nas relações humanas. Evita atritos, vital no entendimento entre as pessoas, cobre nossas faltas, no sentido de nos tornamos mais tolerantes, uns com os outros, etc.

Conclusão

1.Permitamos o agir do Espírito em nós. Que vivamos despojados do velho homem e suas práticas (Ef 4.22-24).

2.Como está a sua mente? Confusa? Um depósito de lixo? Em que nível avaliamos as imaginações e maquinações dos nossos pensamentos?

3.Administre a sua mente e as emoções. Não as deixe vagar, divagar sem rumos. Combatemos as imaginações, as emoções supérfluas e inúteis. Cultivemos conteúdos edificantes, fora devaneios de aculturamento! Conte com o Espírito Santo. Amém!

Por Samuel Pereira Macedo Borges

Natal RN, 01/11/2024.

quinta-feira, 14 de novembro de 2024

Viúvas na Índia.

 

Segundo o censo de 1991, 8% de todas as mulheres da Índia são viúvas, o que significa cerca de 34 milhões de pessoas. Como o costume é o casamento das meninas muito novinhas, 50% das viúvas têm menos de 50 anos de idade.

No grupo acima de 60 anos, 64% das mulheres são viúvas, enquanto que apenas 6% dos homens são viúvos. Essa diferença brutal de gênero existe por causa da alta incidência de viúvos que se casam novamente, enquanto que um novo casamento, na prática, continua sendo uma opção bastante improvável para as mulheres.

Apesar dos números, sabe-se pouco sobre a vida dessas mulheres, na Índia. A marginalização as torna invisíveis. O que sabemos é que elas vivem em completa pobreza, desemprego, sem acesso aos meios de produção, sem educação formal e sofrendo por superstições que ainda estão bastante arraigadas na cultura indiana.

Em 1956, um ato hindu estabeleceu que as viúvas devem ser consideradas iguais a todas as mulheres, mas a tradição fala mais alto.

Por causa de todas privações que passam, as viúvas têm um índice de mortalidade 85% maior que as mulheres casadas. Apesar das péssimas condições dessas Casas de Viúvas, muitas preferem viver nelas do que ficar com a família do ex-marido, sendo constantemente abusadas sexual e fisicamente.

As Casas de Viúvas são empreendimentos mercenários, existem denúncias de que, apesar das mulheres viverem em completa miséria, os administradores fazem muito dinheiro, pedindo ajuda financeira e vendendo serviços sexuais das jovens viúvas.

“Sem um homem ao seu lado, uma mulher não tem respeito na sociedade indiana. Isso é parte da cultura patriarcal”, afirma uma militante do movimento de mulheres.

Parece incrível, mas isso tudo continua acontecendo hoje. Será que a gente não tem mesmo nada a ver com isso? Quando eu fui pra Índia, escrevi sobre a situação da mulher por lá (vejam ai abaixo), falando sobre as mulheres queimadas por causa dos dotes, e uma criatura me criticou porque eu devia me preocupar com as mulheres do Brasil.

Não consigo estabelecer fronteiras para a humanidade. Me preocupo do mesmo jeito com minhas amigas que vivem em favelas, no Brasil as viúvas indianas e as mulheres com AIDS na África. Somos todas irmãs.

O que é que a gente pode fazer? Falar no assunto, procurar saber o que fazem os grupos de mulheres. Se você faz doação, considerar doar para grupos que trabalham com essas mulheres. No mais, pelo menos se sensibilizar, acho que é um bom começo.

Fonte: http://sindromedeestocolmo.com - Pesquisa em 27/07/2012.


Por Samuel Pereira Macedo Borges

Natal RN, 14/11/2024.

quarta-feira, 13 de novembro de 2024

“Quem deu a crédito à nossa pregação? A quem se manifestou o braço do Senhor?” (Isaías 53.1).

 

1.É uma advertência profética e um chamado para salvação por Jesus Cristo, o único caminho para Deus (Jo 14.6).

2.A rejeição de Jesus, como o Messias para Israel, abriu a porta da salvação a todos os povos (Rm 11.15).

3.A redenção humana é a principal e a maior promessa de Deus para Humanidade (Lc 2.29-32; 3.6; Jo 3.16).

4.Salvação é a palavra mais solene do mundo. E vem dos judeus (Jo 1.11-12; 4.22), e extrapola o existencial terreno.

5.A doutrina da salvação revela-nos quão grande é o amor e a graça de Deus para com todos os homens (Jo 3.16; Tt 2.11).

6.A fé para salvação é gerada pela pregação do Evangelho (Rm 9.9-10,17). O homem só pode está de pé perante Deus pela fé (Rm 5.1).

I - Quando na terra, pregando o Evangelho Jesus chamou à atenção sua geração.

Atenção quanto a que? – A resistência, a incredulidade dos ouvintes a sua mensagem anunciada, pregada.

Disse Jesus em Lucas 11.31-32:

1.A rainha do sul se levantará no juízo e condenará (acusará) a sua geração, porque veio dos confins da terra ouvir a sabedoria de Salomão, e dizia Jesus está aqui quem é maior do que Salomão.

2.Os ninivitas também se levantarão no juízo e condenará (acusará) também a sua geração, ao ouvirem a pregação do profeta Jonas se arrependeram, e Jesus disse eis aqui quem é maior do que Jonas.

3.Mt 11.20-24 - Do narrado acerca das três cidades impenitentes (incorrigível, sem arrependimento - Corazim, Betsaida e Cafarnaum), deduzimos: No juízo final haverá níveis de julgamentos e da sentença em função das oportunidades que os homens tiveram para se arrependerem e crerem no Evangelho e não o fizeram (Mt 21.32). Essa responsabilidade é humana (At 17.30-31).

4.Em João 12.47 Jesus deixou claro que não veio para condenar o mundo (humanidade) e sim para salvá-la.

a) O vocábulo salvação – No grego é ‘soteria’ traz um sentido de “livramento de perigo, de ameaça” (Lc 1.69,71). E, portanto, livramento da condenação eterna, “não perecerá” (Jo 3.16).

b) Sim! Ele veio buscar e salvar o que se havia perdido, o homem na desobediência, desgarrado de Deus (Lc 19.10; Mt 9.36).

c) A condenação do homem diante de Deus consiste em que? A luz veio ao mundo, os homens amaram mais trevas do que a luz, porque suas obras eram más (Jo 3.19;36).

d) A sua palavra pregada e quando rejeitada, será a base do juízo no último Dia (Jo 12.48).

II – No início da Era cristã, eis os alerta do escritor aos hebreus:

Hb 1.1-2 – “Havendo Deus, antigamente, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos, nestes últimos dias, pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo”.

Hb 12.1-2 – “Portanto, nós também, pois, que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo embaraço e o pecado que tão de perto nos rodeia e corramos, com paciência, a carreira que nos está proposta, olhando para Jesus, autor e consumador da fé...” 

III - O que dizer após quase dois mil anos da História da Igreja, de pregações e testemunhos em torno da Fé Cristã?

Há cerca de 700 anos a.C., o profeta Isaias profetizou dizendo: “Quem deu crédito a nossa pregação? A quem se manifestou a braço do Senhor?”.

Resposta: Aos que deram crédito ao Evangelho de Jesus. Uma sentença de vida ou morte! Não é um conto de fadas. Ele revela o quanto e a urgência do homem se consertar com Deus.

1.As Escrituras inspiradas, escritas, preservadas para registro e testemunho do Plano de Deus para com toda a Humanidade.

2.O Cristianismo é o único credo de fé que não teme ao crivo da História e da Ciência.

3.O próprio Cristo, quebrou a História ao meio: O antes e o depois dele. Do Oriente ao Ocidente. Aleluia!

IV - Como escaparão os homens se não atentarem para uma tão grande salvação?

Mt 24.37-39 – “Como foi nos dias de Noé, assim será também na vinda do Filho do homem. Pois, como nos dias anteriores ao dilúvio, as pessoas comiam, bebiam, casavam‑se e se davam em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca; eles nada perceberam, até que veio o dilúvio e os levou a todos...”.

Um dia a Igreja fará o último culto completo ou incompleto: entoaremos louvores, recolheremos dízimos e ofertas, pregaremos a palavra, faremos o último convite para salvação e a Igreja será arrebatada...

Hb 2.1-3 – “Portanto, convém-nos atentar, com mais diligência, para as coisas que já temos ouvido, para que, em tempo algum, nos desviemos delas. Porque, se a palavra falada pelos anjos permaneceu firme e toda transgressão e desobediência recebeu a justa retribuição, como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação, a qual, começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos, depois, confirmada pelos que a ouviram”.

1.Sem dúvidas, o Evangelho de Jesus é o maior conto de amor da História: Do amor de Deus pela Humanidade (Jo 3.16).

2.É poder de Deus para salvação de todo aquele que crê (Rm 1.16).

3.Paulo deu testemunho do Evangelho de Jesus, dizendo:

“Esta é uma palavra fiel e digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal” (I Tm 1.15).

Conclusão

1.Eis a razão de ser, Jesus instruiu seus primeiros discípulos em Mc 16.15-16, para que o Evangelho fosse pregado em todo mundo, ao que cressem teria salvação, aos que não cressem condenação. Duas atitudes, dois destinos. Sem meios termos.

2.Vivemos numa geração sobrecarregada de novidades, se diz civilizada, invertendo os valores, trocam o bem pelo mal, avançada em muitas áreas do conhecimento humano, mas continua má e perversa, condenável perante a face do seu Criador.

3.Grande é a responsabilidade da geração hodierna, após vários ciclos civilizatórios. Deus se revelou ao mundo em seu Filho Jesus Cristo, em carne e osso. O Espírito Santo é o agente do convencimento para o arrependimento e a fé salvífica. Fé genérica muitos afirmam tê-la. Não leva o homem a Deus (Jo 16.7-11).

4.Em Jesus estava a vida e a vida era a luz dos homens. A luz resplandece nas trevas e as trevas não a compreenderam (Jo 1.4-5).

5.Essa geração é a mais distraída. O maligno e o sistema de valores opostos a Deus farão de tudo para mantê-la descuidada. Mas, Jesus breve virá e repentinamente!

E cuidado! “O diabo nunca está ocupado demais para parar de balançar o berço de um cristão adormecido”.

6.As boas novas de salvação para nada se aproveita quando aquele que ouve não dá crédito ao Evangelho (Hb 4.2).

7.A expiação, o sacrifício de Cristo na cruz, do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.29), foi por toda a Humanidade. Será eficaz para os que crerem no Evangelho (Mc 16.15-16).

“O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia” (Pv 28.13).

8.Enfim, não se deixe enganar com a religião: A religião nos deixa orgulhosos pelo que fazemos; O Evangelho nos toca, nos impacta pelo que Jesus fez por nós. Vem para Deus por Jesus Cristo. Amém!

 

Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Bacharel em Direito e Teologia

Natal RN, 13/11/2024.

sábado, 2 de novembro de 2024

A promessa da Salvação

 
Introdução

1.A promessa da redenção humana é a principal e a maior promessa de Deus para Humanidade.

2.A prosperidade material, a saúde do corpo só serve enquanto estivermos nesta dimensão física.

3. A salvação da alma humana extrapola o existencial terreno. Uma alma vale mais do que o mundo inteiro (Mc 8.36-37).

4.A doutrina da salvação revela-nos quão grande é o amor e a graça de Deus para com  todos os homens (Jo 3.16).

5.O sacrifício de Cristo na cruz é a coluna central da redenção provida por Deus.

I. A Promessa da Salvação

1. Uma maravilhosa salvação - No sentido geral, a palavra “salvação” – No grego é soteria, traz um sentido de “livramento de perigo, de ameaça” (Lc 1.69,71). E, portanto, livramento da condenação eterna, “não perecerá”.

O amor de Deus é revelado nas Escrituras de uma maneira que não se pode mensurar, ao ponto de entregar o seu Único Filho para salvar aquele que crê (Jo 3.16).

O Salvador é Jesus – Ele veio buscar e salvar o que se havia perdido – Ele morreu morte substitutiva e insubstituível, pagando pelos pecados da humanidade. 

Em Lc 2.11 – Está escrito acerca do seu advento: “Pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor”.

Porém, é uma preciosa promessa com duas realidades:

1) a de que quem nele crê não será condenado (Jo 3.18);

2) a de que quem nele não crê já está condenado (Jo 3.18).

II. A Natureza da Promessa de Salvação

Há vários aspectos no âmago do projeto da salvação de Deus para com todos os homens (Tito 2.11).

O evangelista Lucas escreveu: “E toda a carne (a humanidade) verá a salvação de Deus” (Lc 3.6). Logo, a salvação vem de Deus, de cima.

Vejamos alguns aspectos da soteriologia bíblica:

1.Justificação – É um ato divino que coloca o pecador arrependido em um novo patamar, na condição de justo, sem culpa diante de Deus. Ou seja, aquele que crê no Filho de Deus, de todo coração, é declarado absolvido, livre da culpa e do merecimento da punição divina. Ele não é mais um condenado. Ganhou status de santo pelo sacrifício de Jesus na cruz (Rm 5.1).

2.Regeneração – O homem na desobediência está morto em delitos e pecados diante de Deus (Ef 2.1). Ao se arrepender e pela fé em Cristo, nasce de novo pela ação e no poder do Espírito (Jo 3.5). 

O pecador se torna filho de Deus, o Espírito disso testemunha com o nosso espírito, e como nova criatura anda em novidade de vida (Rm 8.16,17; II Co 5.17).

Para Nicodemos disse Jesus: Somente os que nascem de novo podem ter acesso ao Reino de Deus.

João 3.3 – “Jesus respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus”.

João 3.5 – “...Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus”.

Tito 3.5 – “Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas, segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo”.

Portanto, a pessoa que nasce de novo passa por um processo de transformação do velho para o novo, experimenta uma mudança interior radical por intermédio do Evangelho de poder (Rm 1.16), mediante o convencimento do Espírito (Jo 16.7-11).

3.Santificação – Através da Justificação e da Regeneração, alcançamos posição imediata de justos diante de Deus. Em segundo lugar, progredimos em santidade por meio do relacionamento com Cristo, no caminhar com Deus (I Ts 5.23).

Portanto, aquele que está em santificação, revelará crescimento contínuo em fé e obediência a Deus, sendo moldado à imagem de Cristo ao longo da jornada espiritual.

Então, eis os três tempos da salvação: Fui salvo (justificação), sendo salvo (santificação) e serei salvo (glorificação – ausência do domínio e da presença do pecado em corpo ressurreto).

III. Promessa e Perseverança na Salvação.

1.A base da promessa – É o amor de Deus revelado no sacrifício de Cristo no calvário (Jo 3.16). É a graça de Deus manifesta para salvar (Ef 2.8).

Desse modo fazemos parte do Corpo de Cristo e isso só é possível por causa da redenção pelo seu sangue consumada no Calvário (Ef 1.7).

2.A perseverança na fé em Cristo (At 14.21-22) – Faz-se necessária, uma vez que a salvação não é incondicional, no automático como ensinam alguns.

Vejamos:

2.1 – As pessoas podem resistir à pregação do evangelho (Mc 16.15-16; Jo 3.18-20). A graça de Deus não é imposta (Jo 7.37), é resistível assim como o é ao Espírito (At 7.51).

2.2 – Apostasia doutrinária - Os que receberam a palavra, experimentaram o amor e o perdão de Deus, podem romper esse relacionamento, por algum percalço pelo caminho (Lc 8.11-15; I Tm 6.10-12).

2.3 – Apostasia moral - Os que aos se desviarem, tornam-se novamente escravos da prática do pecado. “Mas, o justo viverá da fé; e se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele” (Hb 10.38).

2.4 – Apostasia propriamente dita - Implica em rebelião contra Deus, abandono pleno da fé que antes se pregava (I Tm 4.1). Essa é irremediável (Hb 6.4-6). Não é mera parada no caminho. É o fundo do povo da incredulidade.

Hb 2.1-4 – “Portanto, convém-nos atentar, com mais diligência, para as coisas que já temos ouvido, para que, em tempo algum, nos desviemos delas. Porque, se a palavra falada pelos anjos permaneceu firme, e toda transgressão e desobediência recebeu a justa retribuição, como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação, a qual, começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos, depois, confirmada pelos que a ouviram, testificando também Deus com eles, por sinais, e milagres, e várias maravilhas, e dons do Espírito Santo, distribuídos por sua vontade?

I Co 10.12 - “Assim, aquele que julga estar firme, cuide-se para que não caia!   

Sejamos daqueles que crêem para conservação da alma (Hb 10-39).

Enfim, a experiência da salvação em Cristo, envolve mudança de conduta continuada, perseverante diante de Deus e do mundo.

3. A Promessa e a Segurança da Salvação.

No NT está afirmado que, em Cristo, há certeza da redenção – “É o ato ou efeito de redimir ou remir, que significa libertação, reabilitação, reparo, salvação. É o ato de adquirir de novo, de resgatar, de tirar do poder alheio, do cativeiro. É livrar-se de um passo arriscado, é livrar-se das penas do inferno” (significados.com.br).

É fundamental que estejamos seguros quanto à redenção provida pelo Pai (Gn 3.15), através de seu filho Jesus Cristo (Jo 3.16).

Destacamos três características da redenção:

a) PERFEITA: “…pode também salvar perfeitamente…” (Hb 7.25a);

b) ÚNICA: “…oferecendo-se uma vez para tirar os pecados…” (Hb 9.28a).

c) ETERNA: “…por seu próprio sangue… havendo efetuado eterna redenção” (Hb 9.12a);

Jesus foi entregue, padeceu por nossos pecados e ressuscitou para nossa justificação (Rm 4.25). 

“Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida” (Jo 5.24).

A vida eterna consiste, em termos de fé, conhecer a Deus por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviou ao mundo (Jo 17.3).

Reitera João Evangelista – “E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está em seu Filho. Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida. Estas coisas vos escrevi, para que saibais que tendes a vida eterna e para que creiais no nome do Filho de Deus” (I João 5.11-13).

Conclusão

1.Deus planejou, prometeu, proveu por amor e garante salvação a todos que crerem no seu projeto redentivo.  

2.Na presciência divina, a solução para a pecaminosidade humana foi feita mesmo antes da Queda, pois o “Cordeiro foi morto desde a fundação do mundo” (Ap 13.8).

3.A graça salvadora foi e é manifesta a todos, porém resistível.

4.O sacrifício de *expiação na cruz é um ato de amor por toda a Humanidade (Jo 1.29; 3.16; II Co 5.19; I Jo 2.2), eficaz para quem crê no plano divino salvífico (I Tm 1.15; Hb 4.2). Jesus é a causa de eterna salvação para todos os que lhe obedecem (Hb 5.9b).

*Expiação – Ato de remover a culpa por meio do pagamento de uma penalidade ou da oferta de um sacrifício.

5.O homem é livre para decidir se crê ou não (Mc 16.15-16; Jo 3.16), mediante a graça preveniente, na ação de convencimento pelo Espírito (Jo 16.7-11), arcando com as consequências boas ou más da sua decisão. Se não é livre, não há responsabilidade individual, pessoal.

6.Todo salvo, mediante arrependimento e a fé, torna-se um escolhido em Cristo Jesus! Ele é o agente da salvação. Não há merecimento humano (At 4.12; Ef 2.8-9).

Eleição e Predestinação centradas nos eleitos, não em Cristo, deforma as doutrinas da salvação nas Escrituras (Samuel Borges).

Fontes da pesquisa:

Lição EBD/CPAD – 4º trimestre de 2024.

Bíblia Sagrada.

Rbc1 – ADPE.

Anotações pessoais.

 

Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Bacharel em Direito e Teologia

Natal/RN, 02/11/2024. 

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