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quarta-feira, 23 de julho de 2025

As Escrituras, o Espaço Sideral e os Astros.

 


1 ano-luz equivale a 9,5 trilhões de Km.

A estrela mais próxima da terra Alpha Centauri, está a 4,367 ano-luz. Ou 41,4 trilhões de Km. E na verdade, é um sistema estelar de três estrelas.

A sonda Voyager 1 foi lançada em setembro de 1977, a quase 48 anos e está a cerca de 24 bilhões de km da Terra, ainda em missão no espaço.

A Voyager 1 viaja a 61.000 km/h e se fosse em direção a Alpha Centauri levaria cerca de 73.775 anos para chegar no destino. Se fosse à velocidade da luz (300.000 Km/s), levaria em torno de 4,2 anos.

Textos bíblicos relacionados a fenômenos astronômicos:

A estrela que guiou os magos do Oriente até o menino Jesus

Mateus 2.1-2 – “E, tendo nascido Jesus em Belém de Judeia, no tempo do rei Herodes, eis que uns magos vieram do oriente a Jerusalém, dizendo: Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no oriente, e viemos a adorá-lo”.

Mateus 2.9-10 – “E, tendo eles ouvido o rei, partiram; e eis que a estrela, que tinham visto no oriente, ia adiante deles, até que, chegando, se deteve sobre o lugar onde estava o menino. E, vendo a estrela, regozijaram-se muito com grande alegria”.

Há um milagre fenomenal aqui e para muitos passa despercebido. Somente Deus, o Criador, poderia fazer a estrela se aproximar da Terra e servir de guia aos magos, ao ponto de observá-la e segui-la a olho nu. E mais, se deter no lugar exato onde estava Jesus recém-nascido.

Os magos do Oriente eram estudiosos da Astronomia pura, não dessa mistura que hoje existe entre a Astronomia e a astrologia. 

“A principal diferença entre astronomia e astrologia reside no fato de que a astronomia é uma ciência, enquanto a astrologia é considerada uma pseudociência ou sistema de crenças. A astronomia estuda os corpos celestes e seus movimentos de forma científica, baseada em observações, cálculos e modelos matemáticos. Já a astrologia interpreta a relação entre a posição dos astros e eventos na Terra, buscando prever características de personalidade e eventos futuros” – (visão geral por IA – Google – 23/07/2025). 

A Terra é redonda, não plana.

Isaías 40.22 – “Ele é o que está assentado sobre a redondeza da terra, cujos moradores são como gafanhotos; é ele quem estende os céus como cortina e os desenrola como tenda para neles habitar” (Almeida Revista e Atualizada - ARA).

Isaías 40.22 – “Ele é o que está assentado sobre o globo da terra, cujos moradores são para ele como gafanhotos; ele é o que estende os céus como cortina e os desenrola como tenda para neles habitar” (Almeida Revista e Corrigida - ARC).

Isaías 40.22 – “Deus se senta acima do círculo da terra; para ele, as pessoas lá embaixo parecem gafanhotos. Estende os céus como uma cortina e faz com eles sua tenda” – (Nova Versão Transformadora – NVT).

O "recuo de 10 graus no relógio de sol de Acaz" (II Reis 20.8-11 e Isaías 38.7-8).

O milagre demonstrou o poder de Deus sobre o tempo e a natureza, uma vez que alterou o tempo decorrido com base na trajetória do movimento solar.  E foi um sinal de que Deus ouviria a oração de Ezequias e o curaria, acrescentando-lhe 15 anos de vida (Is 38.5,7-8).

IA no Google lança mais dúvidas do que afirmações sobre os cosmos:

“A Bíblia afirma que o universo teve um começo, o que é consistente com a teoria do Big Bang”.

Constelações:

“Nomes de constelações como as Plêiades, Órion e a Ursa Maior são mencionadas na Bíblia”.

Eventos Astronômicos:

“A Bíblia também alude a fenômenos como eclipses solares e lunares, interpretados como sinais divinos”.

Nota 1 do Blog: A Criação narrada no Gênesis não trata apenas do universo criado. Inclui a criação do Homem, feito à imagem e semelhança do seu Criador, demais seres vivos animais e vegetais e o habitar de cada espécie. E mais adiante, a sua preservação após o juízo divino pelo dilúvio. O Gênesis não corrobora, não flerta com a teoria do Big Bang.

Nota 2 do Blog: A cronologia bíblica não está voltada para eras geológicas e sim para Criação e a presença do Homem no governo da Terra e como o seu habitar natural.

Fontes:

Visão geral por IA – Google – pesquisa em 23/07/2025. 

Bíblia Sagrada.

 

Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Natal/RN, 23/07/2025.

Curiosidade Planetária.

 

“Você sabia que Vênus, o planeta mais quente do sistema solar, chega a incríveis 461 °C? Isso é mais do que o dobro da temperatura de um forno de pizzaria!

Em comparação, o lugar mais quente já registrado na Terra foi no Kuwait, com 54 °C.

Já o mais frio foi na Antártida, com impressionantes -89 °C.

Mesmo assim, Urano e Netuno são ainda mais gelados, com temperaturas abaixo dos -220 °C!

Nosso planeta é um verdadeiro oásis térmico entre extremos cósmicos”.

Créditos: Mistérios do Universo

Fonte Secundária: Facebook Contato Imediato – Publicação 20/07/2025.

Adendo do Blog

Nota - Plutão não consta listado na imagem porque não é mais considerado um planeta e sim um planetoide (planeta anão), desde 2006 pela União Astronômica Internacional – UAI.

A Terra é o nosso habitar natural e ao homem deu o Criador o governo político e econômico (Gn 1.26-30; Sl 8.3-9). Se está administrando bem ou mal, não discutiremos nesta postagem.

Salmos 24.1-2 – “Do Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam. Porque ele a fundou sobre os mares, e a firmou sobre os rios”.

Salmos 115.16 – “Os céus são os céus do Senhor; mas a terra a deu aos filhos dos homens”.

Jesus prometeu aos que nele viessem a crer, uma nova morada com Ele, de natureza celestial.

João 14.1-3 – “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também”.

Em Mateus 24.35 - Jesus afirmou que o céu e a terra atuais passarão. E uma nova ordem criada será estabelecida.

Apocalipse 21.1-4 - “E vi um novo céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. E eu, João, vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, preparada como uma esposa adornada para o seu marido. E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus está com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus. E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas”.

Um conselho de amor: Creia e venha arrependido para Deus por Jesus Cristo. Amém!

Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Natal/RN, 23/07/2025.

domingo, 20 de julho de 2025

AD Brasil e o seu Crescimento Nacional

O crescimento assombroso das Assembleias de Deus no Brasil e suas razões expostas pela liderança – reportagem do Pr presbiteriano, exímio escritor, fundador da Revista Ultimato, Élben Magalhães Lenz César (1930-2016). 

Junho de 2011 - Centenário da AD Brasil.

1.As Assembleias de Deus crescem por causa da importância dada à pessoa e à obra do Espírito Santo.

Seus membros levam a sério o revestimento com o poder sobrenatural do Espírito para testemunhar e realizar o trabalho do Senhor, como Jesus mesmo ordenou (Lc 24.49; At 1.4-5). “O Espírito Santo é a razão do avanço da igreja”, lembrou José Wellington Bezerra da Costa, na abertura da Convenção Geral de janeiro de 2003, no Estádio Rei Pelé, em Maceió, AL. Porém, pode acontecer, às vezes, de os assembleianos se lembrarem mais do batismo do que da plenitude do Espírito, mais do poder do que do fruto do Espírito.

2.As Assembleias de Deus crescem por causa do seu ardor evangelístico.

A evangelização faz parte da cultura assembleiana. Na Convenção Geral de 1981, realizada no Estádio Felippe Drummond (conhecido como “Mineirinho”), em Belo Horizonte, MG, o missionário Bernhard Johnson declarou que as maiores necessidades das Assembleias de Deus no Brasil são “preservar a agressividade evangelística que as tem caracterizado e preservar a doutrina”. O mesmo disse Alcebíades Pereira Vasconcelos, de Manaus, AM: “Mais do que nunca, a Assembleia de Deus precisa arrepender-se e, ajoelhada, confessar a Deus o seu pecado de omissão evangelística”. Na mesma oportunidade, o missionário John Peter Kolenda lembrou que o alvo de qualquer despertamento religioso é a evangelização e aproveitou para dar uma alfinetada: “Quando estamos preocupados com a evangelização, não se oferecem tantas oportunidades para a contenda”.

3.As Assembleias de Deus crescem por causa da oração.

Para ganhar 50 milhões de almas para Cristo, preparar 100 mil novos obreiros e estabelecer 50 mil novas igrejas na chamada “década da colheita”, foi necessário “levantar um exército de 3 milhões de intercessores”, conforme foi dito na Convenção de 1990. A prática da oração é outro ponto forte entre os assembleianos. Em 1943, houve um forte apelo para as igrejas começarem a orar todos os dias, pela manhã, das 4 às 5 horas, das 5 às 6 horas, em favor de um avivamento no país. Nesse mesmo ano lançou-se o Círculo de Oração, uma reunião de oração semanal que começava de manhã e durava até às 16 horas. Depois de algumas décadas, o Círculo de Oração passou a ser uma atividade mais desenvolvida pelas mulheres, em um dia útil da semana, à tarde.

4.As Assembleias de Deus crescem por causa da simplicidade.

Elas começaram com missionários pobres (imigrantes suecos nos Estados Unidos) e se infiltraram nas camadas mais desfavorecidas do país. Seus obreiros sabem falar a linguagem dos pobres e oferecem não só salvação para a alma, mas também esperança de cura para o corpo. Chamam a atenção para o sobrenatural (o fenômeno de línguas estranhas, a expulsão de demônios, o dom de profecia e os possíveis milagres de cura). As classes sociais que eles atingem têm menos resistência ao evangelho, menos satisfações a dar, menos distrações para tomar o tempo da religião. Além de tudo, elas acreditam fervorosamente na existência de Deus e enxergam com mais facilidade suas próprias carências pessoais e familiares, sociais e afetivas. Pelo menos era assim até pouco tempo. O país deve às Assembleias de Deus e a várias outras igrejas evangélicas a diminuição do analfabetismo e a recuperação de marginais.

Fonte: Revista Ultimato julho-agosto 2011.

Em resumo:

No Centenário da AD Brasil, olhando para sua história, foram os motivos mencionados pela liderança, as Assembleias de Deus crescem por causa de:

1.Da importância dada à pessoa e à obra do Espírito Santo.

2.Por causa do seu ardor evangelístico.

3.Por causa da oração.

4.E as Assembleias de Deus crescem por causa da simplicidade.

A bem da verdade, já nos idos de 2011 não crescíamos como em décadas anteriores. Faz-se necessário reconhecer que a Igreja Evangélica Brasileira cresceu em outros segmentos denominacionais, enquanto a AD Brasil perdeu em unidade, consequência da política eclesiástica vaidosa, sistema episcopal viciado, sucessões temerárias, conflitos e perpetuação no poder sem a devida transparência, etc. Por outro lado, não se deseja um 'papismo' na AD Brasil.

Enfim, houve também um certo inchaço nos movimentos neopentecostais, inflamados pela “Ideologia da Prosperidade” e ausência de um escopo doutrinário saudável e sustentável.


Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Bacharel em Direiro e Teologia

Natal/RN, 20/07/2025.

quarta-feira, 16 de julho de 2025

A Igreja de Atos dos Apóstolos era:

 

Koinônica - Valorizava a comunhão dos santos.

Kerygmática - Proclamadora do nome de Jesus.

Martírica - Vivia segundo a sua fé.

Proséitica - Cultivava a oração.

Escriturística - Amava e seguia a Palavra de Deus.

Diácona - Servia com amor aos necessitados.

Poimênica - Pastoreava o povo.

E litúrgica - Cuja vida consistia em adoração ao Pai.


Que seja a nossa identidade, quem somos em Cristo Jesus. 

Pautado no artigo – Aleluia! A noiva está sendo preparada.

 

Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Natal/RN, 16/07/2025.

Filósofos e a Bíblia.

 


“Zenão? Crescas? Spinoza? Spengler? Quem se lembra? Quem conhece? São inúmeros os pensadores que fizeram sucesso um dia e definiram a vida de muitos! Por que fenecem?

Todavia eu me pergunto como e porque Gênesis, Salmos e os Evangelhos sempre cativam o coração de filósofos, cientistas, crianças, esportistas, artistas e religiosos?

É curioso observar de os grandes pensadores sempre fizeram um recorte limitado da realidade e falaram para um contexto de sua época. O Zeitgeist os delimitou. O fluxo da história e a heterogênea experiência humana logo sepulta a relevância de suas ideias.

E o que é que o texto bíblico tem? Por que fascina e prevalece? A Palavra do Senhor permanece para sempre (I Pd 1.25). Em sua amplitude única a Bíblia combina elementos que tocam na essência de todas as áreas internas do coração e da experiência humana. O mosaico bíblico é obra de arte magistral. Não é recorte simplista. O mais sábio pensador é um fragmento.

A Bíblia é o mosaico nítido e diverso. Cativa. O pensador instiga, a Bíblia faz mais, inspira, pois inclui o mistério e o insondável permeando suas declarações de verdade. Mas, isso não explica tudo.

O teor de confrontação do texto é o seu tempero forte inesquecível. Não só é um contraponto a propostas antigas, mas se ergue em crítica feroz contra seus protagonistas e o próprio leitor.

É ferida que cura. É extração de tumor. É a derrota do marketing supérfluo.

Mas, talvez o segredo maior da Palavra Divina está no seu feitio simples, que humilha todo elitismo. Filósofo fala difícil, cria um mundo hermético que até é difícil de explicar. A Bíblia? Tem história da cobra, do gigante, do leão, da menina, do baixinho e da cruz. Histórias que unem céu e terra. Ligam o mundo das coisas, das ideias e das palavras. Fazem rir e chorar, refletir e dançar. Numa combinação de santo temor e sagrada euforia, trazem vida que a toda derrota desafia.

Quem da Bíblia bebe não morre, nem envelhece. É fôlego eterno e para o dia-a-dia. É o sorriso da tartaruga que desbanca a lebre prepotente.

Tenho visto que toda perfeição tem limite; mas não há limite para o teu mandamento. Como eu amo a tua lei! Medito nela o dia inteiro (Sl 119.96)”.

Por Luiz Sayão – Paulista (1963-) - É um teólogo, linguista, hebraísta (USP) e pastor batista brasileiro. Ele é conhecido por seu trabalho como tradutor da Bíblia, tendo participado das versões NVI (2000), Almeida 21 e A Mensagem. Além disso, é conferencista internacional, professor na área bíblica e autor de diversos livros e materiais de estudo bíblico (IA).

O médico brasileiro que desvendou uma nova doença

 

"Carlos Chagas (1879–1934), nascido em Oliveira - Minas Gerais, foi um dos mais brilhantes cientistas da medicina brasileira e mundial. Médico, sanitarista e pesquisador, ficou famoso por ter descoberto, em 1909, uma nova doença tropical, que viria a ser conhecida como Doença de Chagas, em sua homenagem.

O mais impressionante? Chagas foi o único cientista na história a descrever sozinho todos os aspectos de uma nova doença: identificou o agente causador (Trypanosoma cruzi), o vetor (o inseto popularmente chamado de "barbeiro"), os sintomas clínicos e o ciclo completo de transmissão. Tudo isso em meio a seu trabalho de combate à malária em áreas rurais do Brasil.

Trabalhando no Instituto Oswaldo Cruz, sob a liderança de Oswaldo Cruz, Carlos Chagas também se destacou no combate a outras doenças endêmicas e epidemias que assolavam o Brasil no início do século XX, como a malária e a febre amarela. Foi pioneiro na saúde pública, promovendo medidas sanitárias em regiões esquecidas do país.

Reconhecido internacionalmente, Chagas recebeu prêmios e homenagens ao redor do mundo. Foi indicado duas vezes ao Prêmio Nobel de Medicina, e sua obra permanece um marco na medicina tropical e na saúde pública.

Carlos Chagas não apenas mudou o rumo da ciência médica, mas também revelou a importância de se olhar com atenção para as populações mais vulneráveis. Sua história é símbolo de dedicação, humanidade e genialidade científica".

Fonte: Facebook do Tchê – 27052025.

sexta-feira, 11 de julho de 2025

A Igreja de Jerusalém, um modelo a ser seguido.

Atos 2.42 - “E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações”.

Introdução

1.A Igreja de Jerusalém, nascida no pentecoste, tinha quatro pilares básicos: Doutrina, comunhão, oração e piedade. Nasceu forte, no fogo do Espírito.

2.No relato de Atos fica muito evidente o impacto da Igreja em sua geração. Seguia na adoração, no louvor e caindo na graça do povo. Porém, surgia os primeiros opositores (At 2.47; 5.17-18,26;6.7;8-12).

3.Logo se estabeleceu as duas ordenanças bíblicas aos convertidos a Cristo: O Batismo em águas e a Ceia do Senhor (At 2.41).

4.Havia compromisso com a Palavra, no ensino, na comunhão e uma fé prática. E hoje são prioridades na Igreja hodierna? Ou estamos mais focados em eventos, agendas, num evangelho institucionalizado? Discutiremos...

5.É praticamente unânime a afirmação de que megas templos tende a fazer da Igreja ovelhas solitárias, desconhecidas na multidão, usuários do consumo da fé. Como crescer sem nos tornamos dispersos?

I – Uma Igreja com Alicerces Sólidos

1.“Perseveravam na doutrina dos apóstolos” (At 2.42). 

A palavra “doutrina” traduz o termo grego didaquê, que significa “ensinar” e “instruir”. Tudo a ver, portanto, com o discipulado cristão.

Uma igreja só pode ser considerada genuinamente cristã quando ela consegue ensinar e doutrinar seus membros de tal forma que eles passem a refletir o caráter de Cristo.

O discípulo é alguém que consegue reproduzir, isto é, levar adiante o que aprendeu de seu Mestre.

A tragédia da igreja acontece quando ela não consegue ser discipulada, nem tampouco discipular.

2.Uma igreja Relacional e Piedosa. A igreja de Jerusalém perseverava na “comunhão” (At 2.42). A maioria dos intérpretes entende que a palavra grega koinonia, traduzida aqui como “comunhão” é uma referência às relações interpessoais dos primitivos cristãos.

Sem o cultivo de relações interpessoais fortes, a igreja cai em um mero ativismo. Há muita atividade, mas sem o calor humano que caracteriza a verdadeira vida cristã.

“No partir do pão” - Esta expressão pode estar se referindo:

a) simplesmente, às refeições feitas nas casas, uns dos outros;

b) ou à refeição do amor ágape (I Co 11.21, nota da BEP);

c) ou ao momento da comunhão na Ceia do Senhor, propriamente dita.

3.Uma Igreja que Orava (At 2.42;3.1;6.4;12.5) - Apesar de todo empenho da liderança, hoje temos várias atividades, afetando a oração, a Palavra e a missão de evangelizar.

II – Uma Igreja Observadora dos Símbolos Cristãos

O batismo era uma das ordenanças de Jesus no bojo da pregação do evangelho (Mc 16.15-16).

O Batismo em Águas – Era o meio de admissão formal e testemunho público da confissão de fé do convertido, adentrando à Igreja, no Corpo de Cristo (At 2.41).

Pelo batismo os cristãos de Jerusalém mostravam à sociedade que tinham uma nova vida, um Senhor e uma identidade com Ele.

A Ceia do Senhor – “no partir do pão” (At 2.42). Estudiosos concordam que esse texto é uma referência à prática da Ceia do Senhor entre os primeiros cristãos.

Donald Gee, dizia sobre a Ceia – “Ela leva a Igreja ao próprio coração de sua fé; ao próprio centro do Evangelho; ao objeto supremo do amor de Deus, quando dela se participa corretamente”.

No diário de John Wesley - Pr metodista inglês – Ele conta que enfrentou processo num tribunal, porque tinha pessoas abastardas na Igreja que queriam participar da Ceia do Senhor de qualquer jeito.

III – A Igreja em Jerusalém - Uma Igreja Modelo

1. Uma igreja reverente e cheia de dons - Lucas destaca que “muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos” (At 2.43). “Sinais (gr. Téras) e maravilhas (gr. Sémeion)” são as mesmas palavras usadas pelo apóstolo Paulo para se referir aos dons do Espírito Santo que se manifestavam em suas ações missionárias (Rm 15.19). Os dons espirituais estavam presentes na vida da Igreja Primitiva.

“Em cada alma havia temor” (At 2.43 – do grego phóbos) – Temor no sentido de: Reverência, respeito pelo sagrado, um forte sentimento da presença de Deus e um clima da presença do sagrado.

2.Uma Igreja acolhedora. É praticamente impossível ser uma igreja relevante, sem ser acolhedora, não ter atenção e não cuidar de pessoas.  Uma Igreja, para se tornar relevante, necessariamente deve ser acolhedora. Da Igreja de Jerusalém diz o texto bíblico: “todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum” (At 2.44).

Segundo o comentarista: “Não é fácil partilhar, muito menos acolher”. Temos que nos desprender das amarras do ego humano.

3.Uma Igreja adoradora. Aquela Igreja local era também uma igreja adoradora: “...louvando a Deus” (At 2.47). O louvor é uma expressão de júbilo e gratidão. Muito mais que apenas cantar, é uma expressão de rendição e total entrega.

A última frase em At 2.47 - “...E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar”. Segundo o comentário bíblico Beacon – CPAD 2024, pg. 225, é uma tradução completamente injustificável.

O texto grego expressa claramente: “todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que estavam sendo salvos”.

At 5.14 – “E a multidão dos que criam no Senhor, tanto homens como mulheres, crescia cada vez mais”.

At 6.7 – “E crescia a palavra de Deus e em Jerusalém se multiplicava muito o número dos discípulos e grande parte dos sacerdotes obedecia a fé”.

At 5.42 – “E todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar e de anunciar a Jesus Cristo”.

Conclusão

1.A Igreja em Jerusalém, o modelo de igreja ideal para todos os tempos, até que Jesus venha. Era notável na unidade, amor e poder espiritual.

2.Na Igreja temos a liderança, um comando divino e humano, de modo a sermos povo organizado, regido no poder do Espírito para edificação de todo o Corpo de Cristo. Deus deu à Igreja (At 6.1-4; Ef 4.11-13).

3.Mantenhamos esses fundamentos: A Palavra, a comunhão, a oração, adoração, serviço e vida piedosa. Amém!

Fonte da Pesquisa:

Lição EBD/CPAD - 3º trimestre de 2025.

Bíblia Sagrada.


Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Nata/RN, 11/07/2025.

quinta-feira, 3 de julho de 2025

O apóstolo dos pés sangrentos

 


Sundar Singh, filho de um rico proprietário de terras sikh, nasceu no estado de Patiala, no norte da Índia. Quando o indiano Sadhu Sundar Singh (1889-1929?) se converteu a Cristo, ele creu de tal forma, que queria ser o mais próximo possível parecido com Jesus, mesmo debaixo de perseguições.

“Seu pai o rejeitou oficialmente, e seu irmão Rajender Singh tentou envenená-lo. Ele foi envenenado não apenas uma, mas várias vezes. Pessoas daquela área jogaram cobras em sua casa, mas ele foi resgatado dos maus-tratos com a ajuda de um cristão britânico próximo.

“...Por muito tempo, Sundar Singh desejou visitar a Grã-Bretanha e a oportunidade surgiu quando seu pai, Sher Singh, que também já era convertido, lhe deu dinheiro para sua passagem para a Grã-Bretanha. Ele visitou o Ocidente duas vezes, viajando para a Grã-Bretanha, os Estados Unidos e a Austrália em 1920, e para a Europa novamente em 1922. Ficou horrorizado com o materialismo no Ocidente” – (Wikipédia livre).

Ele passava pelas aldeias, nas montanhas do Himalaias, pregando o Evangelho. Como missionário deixou a sua contribuição na evangelização da índia, no Tibete, Inglaterra, Europa e EUA. E certo dia, ele partiu de onde estava e uma criança chega para os pais e pergunta: “Aquele homem é Jesus?”...Ele refletia amor e misericórdia em favor das almas...Ano de 1929 foi a última vez que saiu em direção ao Tibete, já debilitado. E não foi mais encontrado...buscaram, desapareceu sem deixar vestígios.

Indicação de leitura: Livro o apóstolo dos pés sangrentos - Boanerges Ribeiro - Edição CPAD 1988.

Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Natal/RN, 03/07/2025.

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