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terça-feira, 5 de junho de 2012

Cristãos Ocidentais versus Igreja Perseguida


Partindo de nós brasileiros, somos uma pátria livre para confissão de nossa fé. Vivemos em um contexto de legalidade com direitos constitucionais, a Lei maior do país.  Diz-se que a nação é laica no sentido de que não há religião oficial no país. Abraça todos os credos.  O mesmo não se pode dizer com cerca de 90 nações, povos, onde existe perseguição aos cidadãos que confessam serem cristãos. A Missão Portas Abertas tem catalogado desde 1993, os 50 países onde existem perseguições de várias dimensões e até inimagináveis por nós cristãos ocidentais.

Dos 50 países classificados pela Missão Portas Abertas, 38 deles são de predominância islâmica. 


A Coréia do Norte encabeça a lista há cerca de 10 anos.
A Igreja cristã vive a maior perseguição da sua História. Os números giram em torno de 90 a 120 milhões de cristãos sob o fogo serrado da perseguição. A cifra de mortos em função da Causa Cristo está em torno de 250 mil mortos anuais.


A perseguição pode ser:

Física - com agressões físicas, prisões sem o devido processo legal, sem oportunidade de defesa, mutilações pelo corpo, perda de bens, perda do sustento do pão de cada dia, ruínas de famílias e mortes. (É a dura realidade da Igreja Perseguida).

Cultural - Via culturas populares, movimentos sociais, mídia escrita, falada e imagens, filosofias humanas, relativismo moral, liberalismo com uma ética lasciva, frágil e permissiva.

Institucional – Vem ocorrendo pela via legal silenciosamente diante da nossa omissão, falta de unidade na Igreja Evangélica Brasileira e por causa de seu analfabetismo político. Como os interesses do Reino de Deus não comungam com o Reino deste mundo e este está no maligno, necessitamos está muito atentos às investidas contra a Igreja Instituição. Não dá para se esconder por trás do determinismo. E que ninguém espere por vozes isoladas protestando no deserto da omissão eclesiástica. Escolhamos: atores da história ou plateia apática. Em uma sociedade civilizada, os segmentos mais organizados e reivindicatórios tendem a ganhar mais espaço.

Edmund Burke: “Há um limite em que a tolerância deixa de ser uma virtude".
                      
Espiritual – Neste âmbito, diante das investidas no mundo espiritual, forças contrárias à Igreja, utilizemo-nos sim, das armas de cunho espirituais: Oração, jejum, autoridade da Palavra e do nome de Jesus. É caco de demônio para todo lado! Discernimos a Igreja organismo vivo e invisível, tal qual como Deus a ver.  E as portas do inferno não prevalecerão contra Ela.  O inimigo maior é um só.  Está se debatendo ferido, mas sua derrota final é certa. E Saibam todos: Deus não está pegando queda de braço com o diabo. Deus é o Soberano e o resto é resto.

Então, o que fazer diante desde quadro? Algumas atitudes Deus espera de nós cristãos Ocidentais:
1.    A consciência de que vida cristã não é uma colônia de férias; não é uma estufa espiritual; muito menos uma redoma de vidro de não me toque ou não me perturbe. Parafraseando o Pr. Hernandes D. Lopes.

2.   Não devemos, é claro, se comportar como estivéssemos sob perseguição tal qual a Igreja Perseguida. Porém, também não podemos viver a síndrome do adágio popular: ”O que os olhos não veem o coração não sente”.

3.     Ficamos caretas de saber: Missão se faz de três formas: Orando, contribuindo ou indo além-fronteiras. Cada um pergunte-se a si mesmo: Que investimento tenho feito na Igreja Perseguida desde o momento que ouvi falar de suas lágrimas, dores, prisões, carências  e mortes?

4.    Precisamos sair do indiferentismo. Levantar a cabeça e ver além dos limites denominacionais em que fomos domesticados. Isto, sem perder o compromisso com a Igreja local.

5.   A postura da maioria na Igreja Ocidental para com a Igreja perseguida é como se ela não fosse nem nossos parentes. Precisamos tratar com a Igreja Perseguida verdadeiramente como o corpo de Cristo na terra, da qual somos parte.

Finalmente, quando vemos a perseguição batendo à porta da Igreja de Jesus, precisamos de estratégias. ESTRATÉGIA REQUER:

Sabedoria, Inteligência, Discernimento, Percepção e Sensibilidade.


Atitudes diante da perseguição:

1. Não temê-la. O medo nos paralisa;
2. Não incitá-la ou invocá-la sobre si;
3. Enfrentá-la com unidade no corpo de Cristo;
4. Distinguir o campo de ação: o humano, institucional e o espiritual;
5. Manter a identidade de povo de Deus e prosseguir na sua missão evangelizadora;
6. Discernimento para estabelecer estratégias e agir;
7. Não pagar mal por mal. Deus fará justiça;
8. Amar o(s) inimigo(s) sem ingenuidades;
9. Cumprir deveres, defender os direitos, fazendo apologia da fé;
10. Se possível não confrontar, mas também não se omitir;
11. Aprendendo impor respeito, civilizadamente,  sem  desrespeitar;
12. Ter a consciência de que nem o inferno barra a marcha da Igreja Cristã.

Martin Luther King: “O que mais preocupa não é  o grito dos violentos, dos corruptos, dos desonestos, dos sem-caráter e dos sem-ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons."
                                              

Por Samuel P M Borges

Bacharel em Direito e Teologia

Natal/RN - 05/06/2012.

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