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quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Não vou ter medo!



Já chega de medo! O medo não me deixa ir para frente. Obriga-me a retroceder. Leva-me a enxergar a terra e não o céu, os gigantes de Canaã e não a abertura do mar Vermelho, as minhocas e não as aves do céu. Atravanca a minha vontade, os meus projetos, os meus sonhos. Coloca-me numa prisão. Faz-me desperdiçar o tempo, a energia, as oportunidades. O medo me torna indeciso e vacilante o tempo todo. Não vou mais mentir para mim: eu sou medroso, eu sou viciado no medo. Não posso continuar assim. De hoje em diante, com a ajuda de Deus, proclamarei e viverei a minha independência do medo. Vou parar de fingir coragem. O lugar do lixo é o lixo, o lugar do medo é o inferno!

Quando digo “sou cauteloso”, deveria dizer “sou medroso”. Tenho usado a palavra “cautela” para esconder a palavra “medo”. As duas nunca foram sinônimas. Farei a necessária distinção entre uma e outra.

Não sei por que sou medroso, se a Bíblia que eu leio todos os dias repudia o medo. A todo momento encontro o mandamento para não ter medo. O anjo disse a Maria: “Não tenha medo” (Lc 1.30) e aos estupefatos pastores de Belém: “Não tenham medo” (Lc 2.10). Jesus disse ao pai da menina de 12 anos que estava entre a vida e a morte: “Não tenha medo” (Lc 8.50); aos discípulos que estavam tremendo de medo da tempestade marítima: “Não tenham medo” (Mt 14.27); aos três apóstolos que estavam com ele no monte da transfiguração: “Não tenham medo” (Mt 17.7); e às mulheres da Galileia no jardim de José de Arimateia: “Não tenham medo” (Mt 28.10). Pelo menos duas vezes, Deus fala com Paulo: “Não tenha medo” (At 18.9; 27.24). Deus disse a João na ilha de Patmos: “Não tenha medo” (Ap 1.17).

Porém a passagem que mais me intriga está na Primeira Epístola de João. É um sermão e tanto: “No amor não há medo; o amor que é totalmente verdadeiro afasta o medo” (1Jo 4.18). Chego à conclusão de que se sinto medo não tenho no coração o amor totalmente verdadeiro. Verifico que eu tenho uma coisa que não deveria ter -- medo -- e não tenho a outra que deveria ter -- amor. Mas Deus há de arrancar o medo de dentro de mim!

É algo incrível. Se olho para o Antigo Testamento, a exortação continua. Ao povo de Israel, ainda na travessia do deserto, frente aos possíveis inimigos, Moisés disse: “Não se assustem, não se apavorem, não fiquem com medo, pois o Senhor, nosso Deus, está com vocês para lutar ao seu lado e salvá-los do inimigo” (Dt 20.3-4).

Para livrar-me para sempre do medo, pretendo ligá-lo à oração, isto é, em vez de me amedrontar com situações reais ou não, me colocarei de joelhos para superar o medo e pedir o socorro do Senhor, como fez o rei Josafá: “Então, Josafá temeu e pôs-se a buscar o Senhor; e apregoou jejum em todo o Judá” (2Cr 20.3).

Fonte: Seção De hoje em diante - Revista Ultimato julho-agosto 2012.

2 comentários:

  1. Olá Samuel
    Agradeço a visita ao Coisas do Brasil e ao se comentario. Volte sempre com comentarios, criticas e sugestões que serão muito vem aceitos.
    Estou sempre visitando o Blog do Samuca.
    Abraços
    JOÃO HERCULANO

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  2. Paz irmão, sua participação enriqueceu o meu post, me identifiquei muito com a sua visão neotestamentária.
    Estou com muita alegria seguindo o seu blog, ficaria feliz em tê-lo como seguidor também.

    Em Cristo,
    ***Lucy***

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