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terça-feira, 30 de setembro de 2014

Quanto custa o Congresso Nacional?


POR ARTIGO - GIL CASTELLO BRANCO  - 25/02/2013 16:18


http://ads.globo.com/RealMedia/ads/adstream_lx.ads/ogcoglobo8/opiniao/materia/L26/747319444/x20/ocg/pdg_140901_oglobo_rein_ros_Click/Tag_retangulo_300x250px_pdg_140825.html/75757a4a6b314f64676f7341434c455a?_RM_EMPTY_&idArtigo=7668883
A democracia não tem preço, mas o Legislativo brasileiro tem custo elevado. No ano passado, as despesas da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do Tribunal de Contas da União (TCU) atingiram R$ 9 bilhões, montante equivalente aos dispêndios integrais de seis ministérios: Cultura, Pesca, Esporte, Turismo, Meio Ambiente e Relações Exteriores.

Neste ano, somente os gastos das duas Casas Legislativas, excluindo o TCU, deverão alcançar 8,5 bilhões. Assim sendo, chova ou faça sol, trabalhem ou não suas Excelências, cada dia do parlamento brasileiro custará R$ 23 milhões, ou seja, quase um milhão por hora!

Estudo realizado no ano passado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em parceria com a União Interparlamentar revelou que o congressista brasileiro é um dos mais caros do mundo. No campeonato de 110 países, o Brasil ganhou a medalha de prata no ranking dos custos por parlamentar, atrás apenas dos Estados Unidos. Na classificação dos custos por habitante, ocupamos a 21ª posição.

Dentre as Casas, a vilã do momento é a Câmara que custou aos contribuintes R$ 4,3 bilhões em 2012, montante superior em R$ 400 milhões à média de R$ 3,8 bilhões dos últimos dez anos. Já no Senado, em função dos escândalos de 2009, as despesas vêm caindo e, no ano passado, foram as menores desde 2010, totalizando R$ 3,4 bilhões.

Considerando os 15.647 servidores da Câmara e os 6.345 do Senado, o Congresso é uma "cidade" com quase 22.000 funcionários efetivos e comissionados. A título de comparação, dentre os 5.570 municípios do País, apenas 27 % possuem mais habitantes. Em 2012, o custo de "pessoal e encargos sociais" no Congresso Nacional foi de R$ 6,4 bilhões, o que correspondeu a 84% da despesa global. A conta inclui salários, gratificações, adicionais, férias, 13º salário e outras vantagens. Só pelo trabalho noturno, Câmara e Senado pagaram R$ 4,5 milhões em 2012.

Comparativamente, o Legislativo é o campeão de salários médios entre os Poderes. Em dezembro de 2012, segundo o Ministério do Planejamento, a média salarial do Legislativo foi de R$ 16,3 mil, mais do que o dobro dos R$ 6,7 mil que ganham os servidores do Executivo. No Judiciário, a média é de R$ 13,5 mil.

Por vezes, as despesas do Parlamento são extravagantes e curiosas. No ano passado, somente com horas extras foram pagos R$ 52 milhões. A Câmara dos Deputados foi responsável por R$ 44,4 milhões desse montante. O Senado comemorou a economia de R$ 35 milhões que obteve após implementar o "banco de horas". A ideia poderia ser adotada pelos vizinhos. Outro absurdo é a existência de 132 apartamentos funcionais vazios, aguardando uma reforma que não tem data para começar, enquanto são gastos R$ 8,3 milhões/ano com os pagamentos de auxílio-moradia a parlamentares.

Na semana passada, pressionado por manifesto popular com 1,6 milhão de assinaturas, o presidente do Senado anunciou corte de R$ 262 milhões nas despesas da Casa, a começar por 500 funções de chefia e assessoramento. Já era tempo. A gastança é tal que no último ano as gratificações por exercício de cargos e funções totalizaram R$ 683,1 milhões, quase três vezes o montante dos salários que alcançou R$ 249,2 milhões. Ao que parece, o Senado além de muitos índios tem centenas de caciques.

http://ads.globo.com/RealMedia/ads/adstream_lx.ads/ogcoglobo8/opiniao/materia/L26/1263855098/x21/ocg/dafiti_140901_globo_rein_ros/tag_rein_globo.html/75757a4a6b314f64676f7341434c455a?_RM_EMPTY_&idArtigo=7668883Além disso, o novo presidente afirmou que reduzirá gastos com serviços médicos e terceirizados. Apesar das boas intenções, até o momento a contenção de despesas limitou-se à demissão de duas estagiárias. A intenção de Renan Calheiros é, por meio da transparência, reaproximar o Senado da sociedade brasileira. É bom que comece pelo próprio gabinete, informando, por exemplo, quais os serviços que lhe presta escritório de advocacia em Alagoas que recebe há mais de um ano R$ 8 mil mensais da chamada "verba indenizatória".

Enfim, há muito o que melhorar no Congresso Nacional. A redução das despesas é necessária, mas não é o mais importante. Urgente é que os princípios constitucionais de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência sejam aplicados tanto pelas Casas quanto pelos deputados e senadores. O Judiciário pode auxiliar julgando os quase 200 parlamentares que respondem a inquéritos ou ações penais no Supremo Tribunal Federal. Na pauta, crimes contra a administração pública, homicídio, sequestro e tráfico. O saneamento do Legislativo é essencial para conter o desgaste progressivo de sua imagem. Afinal, a democracia não tem preço. Pior do que o atual Congresso Nacional só a sua ausência.

Gil Castello Branco é economista e fundador da organização não-governamental Associação Contas Abertas.


Fonte: oglobo.globo.com, pesquisa em 30/09/2014.

Revolução de consciências já!!!


Segundo pesquisa da ONU em parceria com a UIP (União Interparlamentar), o custo do Congresso brasileiro é o segundo mais caro do mundo, seja em valor global ou por parlamentar (US$ 4.415.091,00), apenas superado pelos Estados Unidos. Se aproximássemos a média de custo da atividade parlamentar brasileira à média dos custos na Alemanha (total: US$ 821 milhões // por parlamentar: US$ 1,191 milhão) e França (total: US$ 998 milhões // por parlamentar: US$ 1,079 milhão), o custo total do Congresso (Senado e Câmara de Deputados) deveria ser de US$ 674 milhões (média por parlamentar: US$ 1,135 milhão), ou R$ 1.348.380.000,00. Caso a comparação fosse feita com realidade mais próxima, como Argentina (5ª maior despesa média do mundo) ou México (7ª maior despesa média do mundo), a situação seria a seguinte: Argentina (total US$ 1,138 bilhão // US$ 1,917 milhão por parlamentar), México (total US$ 1,055 bilhão // média de US$ 1,777 milhão); neste caso o custo máximo do Congresso Brasileiro deveria ser de US$ 1,847 milhão por congressista, com um orçamento total de US$ 1,097 bilhão, ou R$ 2.194.236.000,00. Como resultado, uma bilionária economia de R$ 6.405.764.000,00!!

Por Célio Turino – 30/maio/2013...


Fonte: www.revistaforum.com.br, pesquisa em 30/09/2014.


Um caminho: A massa brasileira não espere reforma política pelos políticos. Eles não vão cortar na própria carne. Só um movimento popular forte, consistente e organizado. E que comecemos propondo mudanças do Sistema Bicameral para o Unicameral. Ou seja, uma só casa parlamentar, sem aumentar os atuais nr. do quantitativo de políticos da que permanecer. Não queremos trocar seis por meia dúzia. Então, encerra-se as atividades do Senado Federal e mantém-se a Câmara de Deputados. Não irão fazer falta à Nação Brasileira.

Se precisa de Emenda à Constituição Federal, vamos propor...há em mim este senso de justiça inquietando-me. São altos custos, privilégios mil, resultado: acúmulo de riqueza por uma minoria, enquanto que uma maioria agoniza à procura das necessidades básicas na sociedade.

Samuel P M Borges

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Casar para ser feliz ou ser feliz para casar?


Ultimato entrevistou a psicóloga Leonora Ciribelli, autora do mais novo livro da editora Antes de Casar. Neste bate-papo, ela desmistifica conceitos e dá um rumo mais honesto para a caminhada da vida a dois. Confira.

Ultimato - Há tantos livros sobre casamento no meio cristão e há tantos aspectos para serem discutidos na “vida a dois”. O que o leitor vai encontrar em Antes de Casar?

Leonora – Grande parte dos materiais dirigidos a relacionamentos apresentam uma proposta de intervenção para o que está adoecido. Basta olharmos a proporção de literaturas para casados em proporção aos que irão se casar. O “Antes de Casar” tem como diferencial ser um livro preventivo e não interventivo. Acredito que um esclarecimento do que é casamento deve vir antes de casar e que o casal que aprende a conversar antes do “sim”, sobre os mais variados assuntos pertinentes à vida a dois, terá muito mais habilidades para enfrentar as crises naturais do casamento.

Ultimato – Como você descreveria a linguagem do livro? Qualquer pessoa poderá lê-lo, sem dificuldade de compreensão? Não cristãos também?

Leonora - O livro foi escrito em tom de uma conversa e de fácil compreensão. Certamente o leitor irá se identificar com muitas histórias e exemplos citados. O livro tem uma abrangência até para os não cristãos, pois trata de uma crença que a maioria dos casais têm, que é o equívoco de pensar que casamento é remédio que leva à felicidade. Se casamento fosse remédio que leva à felicidade, não haveria casados infelizes, não é mesmo?

Ultimato - A pesquisa das “Estatísticas do Registro Civil 2102” do IBGE mostra que no Brasil o casamento tem encurtado sua “data de validade”. Os casamentos no país duram, em média, 15 anos. A informação leva em conta o tempo médio transcorrido entre o casamento e a data da sentença do divórcio. Em 2007, o tempo médio era de 17 anos, mesmo período que havia sido observado em 2002. Em sua opinião, quais as razões para o que está acontecendo?

Leonora - Tenho observado que inúmeros casais desistem muito cedo do casamento pelo fato de não suportarem os problemas que surgem naturalmente num relacionamento conjugal. Para estes, casamento é sinônimo de prazer. Se tiver alguma situação que gere dor ou mal estar, abrem mão do compromisso e provavelmente se projetam em um novo relacionamento. Por outro lado, também há muitos que se esforçam para permanecerem juntos, mas acabam se divorciando ou tendo um casamento frustrado, devido à falta de preparo desde o início do relacionamento. Uma das razões pelas quais isto acontece está no fato de os casais não investirem tempo em ajustes que necessitam fazer em seus relacionamentos antes de se casar. Os contratos do buffet, fotógrafo, festa, vestido são incansavelmente avaliados e pensados, mas os acordos entre eles que se referem a famílias de origem, sexualidade, finanças, espiritualidade, dentre outros, acabam ficando em segundo plano. A mídia é uma boa amostra do que estou falando: basta ver nas capas de revistas e na internet os grandes casamentos das celebridades e sua durabilidade. E esta realidade não está limitada aos famosos, está bem pertinho de nós: entre parentes e amigos.

Outra razão que observo é a era tecnológica e a maneira como os relacionamentos estão sendo afetados. No mundo virtual, a conduta dos seres humanos se altera. Com apenas um clique é possível dar comandos diversos, como comprar, enviar mensagens, fazer transferências bancárias, acessar redes sociais. A sensação é mágica. Talvez ainda não nos demos conta, mas estamos transferindo as expectativas do mundo virtual para nossos relacionamentos. É como se pudéssemos controlar o outro com um clique e obter uma rápida resposta. Mas casamento é uma construção, que durará a vida inteira. É preciso paciência e perseverança.

Ultimato - Um dos medos de um jovem cristão é a escolha do cônjuge. Este medo é normal? Até que ponto deixa de ser um algo saudável? Que dicas você pode dar para ajudá-lo a enfrentar esta fase?

Leonora - A maioria dos jovens cristãos quer acertar na escolha de seus cônjuges, por aprender que casamento é algo sério. Muitos acabam sentindo medo de não fazerem a escolha certa, com receio de não serem felizes. Como diria o Pr. Carlos McCord, “casamento não gera felicidade. O casamento apenas revela a existência ou não de uma felicidade preexistente, que será compartilhada pelo casal”. Um dos conselhos que ele dava a suas filhas era: “Vocês estão prontas para escolher um homem para se casar, quando não precisarem de um homem para ser feliz”. 

Portanto, quando o casal entra com uma visão de que casamento é construção, e esta construção é para a vida toda, de que o noivo ou a noiva não encontrarão pessoas prontas (perfeitas) e não irão prontos para o casamento, creio que esta visão ajuda a enfrentar os medos com mais maturidade e capacidade de confrontar o desconhecido e não com um medo que gera a insegurança de que irão se arrepender. Por outro lado, creio que um bom termômetro para este medo é fazer uma pergunta simples, porém significativa: “este relacionamento está me ajudando a me tornar uma pessoa melhor?” Exemplo: um melhor cristão, profissional, filho, amigo(a), irmão e claro noivo(a). Não acredito que o outro seja responsável por isto, mas acredito que somos influenciados por nossos relacionamentos. Gosto de testemunhar que me torno uma pessoa melhor na medida em que me relaciono com Fábio (meu esposo), e me esforço para que a recíproca seja verdadeira.

Ultimato – Um dos seus ministérios é realizar cursos sobre matrimônio em igrejas. Quais as dificuldades mais frequentes que você encontra entre as pessoas que participam de seus cursos?

Leonora - Uma das maiores dificuldades é a que eu citei acima, que é do paradigma de que eu sou responsável de fazer o meu cônjuge feliz, e vice-versa. Fico impressionada quando vejo o quanto os líderes ainda reforçam esta ideia nas cerimônias de casamento e aconselhamento matrimonial: de que o outro seja responsável por sua felicidade. Quebramos este paradigma enfatizando que o outro não pode ser responsável por minha felicidade. A felicidade deve ser fruto de uma realização pessoal, alcançada pela obediência e pelo entendimento de que cada um foi criado com dons e talentos dados por Deus de maneira singular. O exemplo é da mulher samaritana: enquanto fazia dos seus relacionamentos a fonte de sua felicidade, ela não foi saciada; Jesus é a fonte que gera esta felicidade. 

Outra dificuldade é acreditarem que pelo fato de serem cristãos, estão “blindados” em relação a muitas questões que um não cristão enfrenta. Se estão passando por problemas, é “ataque do inimigo”. Acredito que haja, sim, lutas espirituais, mas é grande o número de pessoas que transferem para o diabo lutas que são naturais de um relacionamento conjugal, que os levarão ao crescimento, caso enfrentem-nas como desafio da fase que estão vivendo.

Ultimato - Você acha que as igrejas locais estão preparadas para ajudar casais em crise? Se sim, o que elas têm feito de bom? Se não, o que falta?

Leonora - Creio que muitas das igrejas têm se empenhado para ajudar os casamentos em crise, mas percebo que ainda falta muito uma visão mais real de como ajudar estes casais a crescerem e a colocarem em prática os princípios e conceitos que lhe são passados. Um exemplo é quando dizem que o casamento é para revelarmos a “imagem de Deus”. Ótimo! Perfeito! Mas como ajudá-los no seu dia a dia a encarnarem esta realidade? Como um casal revela um Deus invisível, tornando-o visível em suas relações? Outra questão que observo é que existem igrejas que fazem muitos eventos. Eu gosto de dizer “é-vento”, porque quando durante estes eventos as pessoas sentem-se tocadas, mas depois o vento leva a empolgação. Falta um acompanhamento, pequenos grupos ou células que ajudem estes casais a permanecerem em Jesus, para que estejam juntos de forma saudável e não unidos por uma religiosidade.

Ultimato – Você é vice-presidente da EIRENE do Brasil. O que exatamente esta associação faz? Como ela pode servir às igrejas? 

Leonora - A Eirene do Brasil visa buscar a criação de um ambiente familiar saudável e, para isso, investe no treinamento e certificação de pessoas que possam se especializar neste trabalho. Atualmente esta organização tem atuado no treinamento de assessores familiares (pessoas leigas com chamado para atender à família em seus multiformes aspectos) e profissionais da área de ajuda na arte da terapia familiar, tendo como base os enfoques sistêmicos e psicoteológicos. Além disso, diversos seminários têm sido realizados, contribuindo assim para a divulgação desta visão ministerial, voltada para a família. A formação de centros de atendimento à família em diversas regiões do país também tem sido estimulada pela Eirene, além de vínculos e convênios firmados entre a organização e instituições de ensino para o desenvolvimento de programas de especialização na área de família.

Ultimato – Para terminar, qual sua expectativa com o lançamento de Antes de Casar?
Leonora – Minha expectativa é que muitos casais entrem mais conscientes em seus relacionamentos conjugais. Que se responsabilizem antes mesmo de se casarem pelo relacionamento conjugal e que aprendam que casamento não é para fazer o outro feliz, mas para a entrega do amor contínuo, fazendo desta união uma oportunidade de somar as felicidades preexistentes em cada um dos cônjuges. Casamento é para refletir a imagem de Deus, e esta imagem divina é revelada através do perdão, alegria, paciência, bondade. Ou seja, o Deus invisível se torna visível quando há estas práticas em um lar. Portanto meu convite é: antes de casar, vamos conversar?

• Sobre a autora:

Leonora Ciribelli é casada e tem dois filhos. É psicóloga clínica especialista em família e vice-presidente de EIRENE do Brasil, uma associação de profissionais cristãos que trabalham em favor do desenvolvimento, fortalecimento e defesa da saúde integral da família. Junto com o marido, o pastor Fábio Ciribelli, idealizou o curso de noivos “Antes de Casar, Vamos Conversar?”. Ambos ministram cursos e palestras na área de família por todo o Brasil.

Fonte: http://ultimato.com.br/sites/blogdaultimato
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