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domingo, 14 de junho de 2020

“Noé, porém, achou graça aos olhos do Senhor” (Gn 6.8).


Introdução: No livro de Gn 6.6, vemos Deus reprovando a geração dos dias de Noé. Todavia, Deus viu a Noé justo. “Achar graça diante de Deus”, tem a conotação de agradar, corresponder em temor e obediência a Deus; É estar em linha com os seus propósitos e ditames da sua Palavra. E apesar das fraquezas humanas, Noé como um de nós, recebeu um feedback positivo de Deus, uma aprovação divina pela sua conduta em seus dias que eram maus.

O nome Noé (Hb. Noach), significa repouso, e vem de um verbo que significa descansar, e está associado a alívio.

Noé era filho de Lameque, neto de Matusalém e bisneto de Enoque (Gn 5.21-32).

Gn 6.5 - Noé vivia no meio de uma geração corrompida, cheia de violência e injustiças, não muito diferente da que vivemos.

Desde Adão até Noé, havia se passado dez gerações.

Gn 6.6 - Diz o texto sagrado que Deus em razão da Terra corrompida por causa da maldade humana, “arrependeu-se” de haver criado o homem. É linguagem antropopática, que atribui a Deus sentimentos humanos de pesar, lamento e decepção pela degradação moral e espiritual da raça humana. O arrepender-se de Deus é uma mudança de propósito.

Então, Deus ordena Noé construir a arca, pois viria juízo sobre a Terra (Gn 6.13-22), e assim falou por volta de 2.445 a.C.

I Pd 3.20,21 – Deus anunciou o juízo e foi longânimo, nos dias de Noé, por cerca de 100 anos, para arrependimento daquela geração perversa (Gn 5.32;6.13;7.6).

Quando veio o dilúvio sobre a terra? Embora não precisa a data, mas considerando que de Adão a Noé, se passaram 1656 anos. Então, o dilúvio pode ter ocorrido por volta de 2.345 a.C.

Gn 6.9 – Diferentemente, Noé era varão justo e reto em suas gerações. Gn 6.9b – “...Noé andava com Deus”.

Spurgeon dizia: “Se formos fracos em nossa comunhão com Deus, seremos fracos em tudo”.

Andar com Deus envolve:

Ter tempo com Deus e para Ele;
Ocupar-se nos assuntos de cima, do céu;
Buscar o reino de Deus e sua justiça;
Consciência cristã de que está no mundo, mas não é dele;
Do contrário, existe grande probabilidade de nos tornamos cristãos acomodados, ou secularizados e sem frutos.

C. Spurgeon afirmou: “Quanto mais existe em nossas vidas do céu, menos da terra cobiçaremos”.  

No anuncio do dilúvio, Noé fez tudo conforme Deus lhe mandou (Gn 6.22), em especial, no tocante a construção da arca. Deixou de lado os escárnios, a zombaria dos que não acreditavam.

Arca no hebraico significa objeto apropriado para flutuar...Era uma barca de tamanho gigantesco (capacidade de carga - para mais de 300 vagões ferroviários, cabia cerca de 7000 tipos de animais, espaço para os alimentos, etc...

Gn 8.21 – Após o juízo do dilúvio, Deus prometeu não mais amaldiçoar a terra por causa do homem. Entretanto, é importante frisar, em Gn 8.22, deixa evidente que a terra terá duração por tempo determinado. É temporal e finita. Céus e terra passarão (Mc 13.31; II Pd 3.10).

Deus fez um pacto com Noé (Gn 6.18). Está descrito em Gn 9.1-19.

Tinha Noé 600 anos, quando veio o dilúvio sobre a terra (Gn 7.6). E viveu mais 350 anos, após o dilúvio e morreu (Gn 9.28-29).

Conclusão:

Gn 7.1 – Noé foi visto justo por Deus, no meio daquela geração ímpia. Será que o nosso perfil de cristão corresponde ao que Deus espera de nós nos dias hodiernos? No meio da humanidade pecadora atual?

II Pd 2.5 – Deus executou juízo sobre o mundo ímpio, mas guardou a Noé, pregoeiro da justiça e mais sete pessoas.  

Noé avisado do que não via e temeu. Salvou a toda a sua família do juízo divino, entrando na arca. Hoje a arca é um tipo de Cristo. Fora de Jesus, não tem nenhuma possibilidade de salvação eterna (Jo 3.36; 14.6; At 4.12). Noé foi herdeiro da justiça, segundo a fé (Hb 11.7).

Mt 24.36-39 – No sermão profético, Jesus faz menção ao dilúvio como um fato histórico e um alerta da sua segunda vinda, na primeira fase. Aos desapercebidos, atenção! Ele virá!

Fontes:

Bíblia de Estudo Pentecostal
Novo Comentário Bíblico -  AT - Editora Central Gospel. 1ª Edição 2010.
Manual Bíblico de Henry H. Halley. Edições Vida Nova – 4ª Edição 1994.
Anotações Pessoais.

Por Samuel P M Borges

Bacharel em Direito e Teologia

Natal/RN – Junho/2020.


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