O que o Apóstolo Paulo queria dizer com o “Orai
sem cessar”?
Será que temos que orar sem intervalo de tempo? Feito uma máquina de jogar palavras ao ar? Orar com vãs repetições (Mt 6.7)? Certamente que não. Somos ensinados a orar em todo o tempo, ou seja, nos bons e maus momentos da vida, acrescentando à oração, súplica, vigilância e perseverança. E jamais perdermos de vista que a oração é um recurso espiritual daqueles que exercem fé em Deus.
Segundo o Pr. Hernandes Dias
Lopes: “Orai sem cessar não significa estar sempre sussurrando orações. A tradução
do termo ‘sem cessar’ não significa fazer continuamente, mas sim voltar a fazer
constantemente” (Comentários de I e II Tessalonicenses).
Na Bíblia somos exortados à
oração pessoal, como também fazer a intercessão fraternal e com tantos outros objetivos,
seja de ordem familiar, eclesiástica, nacional, mundial e pelas autoridades constituídas (Ef
6.18; I Tm 2.1-3).
Acredito que a esta altura, o nosso horizonte de oração se alargou, se aperfeiçoou. Se assim ocorreu, objetivo
alcançado. Glória a Deus!
Um detalhe que enriquece a
nossa vida de oração é partimos do papel de adorador – Aquele que adora, cultua
ao Deus em quem crê e venera, reconhecendo a beleza da sua santidade e grandeza.
É evidente que me refiro ao Deus Criador e Senhor, revelado nas Escrituras.
À luz da Bíblia e
teologicamente, deve-se sempre escrever Deus (Hb. El, Elá, Eloim) com “D” maiúsculo.
Quando se escreve com “d” minúsculo, refere-se aos deuses falsos, aos ídolos ou
ao diabo (Êx 20.3-5,23; Sl 115.1-13; II Co 4.4).
De vez em quando, façamos um exercício
de oração: Prostre-se, quebrante-se diante de Deus apenas para adorar e agradecer.
Evite fazer pedidos, se possível. Visa aprendermos a adorar, cultuar a Ele,
antes de fazermos petições ou apresentar a listagem de pedidos.
Mt 7.7-11 - É verdade que a
Bíblia nos incentiva ao diálogo com Deus, comunicando as nossas necessidades
(Ef 4.6), inclusive serve de antídoto contra a ansiedade. E sempre em nome de
Jesus (Jo 14.13-14).
Por outro lado, não existe o
tal “espírito de oração”. E orar com o espírito (humano), não se pode dissociá-lo
da alma, pois a oração deve ser com entendimento, não exclui o racional (I Co
14.15).
A palavra recomenda orar no
Espírito Santo (Ef 6.18; Judas 1.20), isto é, orar contando com ajuda do
Espírito Santo nessa relação íntima com Deus, uma vez que Ele ajuda em nossas
fraquezas e na falta de sabedoria.
Rm 8.26 – “E da mesma maneira
também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos
de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos
inexprimíveis”.
Então, no orar sem cessar,
seja o Senhor Deus o centro de nossas orações e a razão de
ser das nossas vidas. Parafraseando o Pr. A. W. Tozer:
Aquilo que nos fascina é o que
irá nos guiar. Então oro, imploro para que a fascinação predominante em nós seja
a maravilhosa glória de Deus (I Co 10.31).
Por Samuel Pereira de Macedo
Borges
Bacharel em Direito e Teologia
Natal/RN – 18/06/2022.
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