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sábado, 18 de junho de 2022

Orai sem cessar (I Ts 5.17)

 

O que o Apóstolo Paulo queria dizer com o “Orai sem cessar”?

Será que temos que orar sem intervalo de tempo? Feito uma máquina de jogar palavras ao ar? Orar com vãs repetições (Mt 6.7)? Certamente que não.  Somos ensinados a orar em todo o tempo, ou seja, nos bons e maus momentos da vida, acrescentando à oração, súplica, vigilância e perseverança. E jamais perdermos de vista que a oração é um recurso espiritual daqueles que exercem fé em Deus.

Segundo o Pr. Hernandes Dias Lopes: “Orai sem cessar não significa estar sempre sussurrando orações. A tradução do termo ‘sem cessar’ não significa fazer continuamente, mas sim voltar a fazer constantemente” (Comentários de I e II Tessalonicenses).

Na Bíblia somos exortados à oração pessoal, como também fazer a intercessão fraternal e com tantos outros objetivos, seja de ordem familiar, eclesiástica, nacional, mundial e pelas autoridades constituídas (Ef 6.18; I Tm 2.1-3).

Acredito que a esta altura, o nosso horizonte de oração se alargou, se aperfeiçoou. Se assim ocorreu, objetivo alcançado. Glória a Deus!

Um detalhe que enriquece a nossa vida de oração é partimos do papel de adorador – Aquele que adora, cultua ao Deus em quem crê e venera, reconhecendo a beleza da sua santidade e grandeza. É evidente que me refiro ao Deus Criador e Senhor, revelado nas Escrituras.

À luz da Bíblia e teologicamente, deve-se sempre escrever Deus (Hb. El, Elá, Eloim) com “D” maiúsculo. Quando se escreve com “d” minúsculo, refere-se aos deuses falsos, aos ídolos ou ao diabo (Êx 20.3-5,23; Sl 115.1-13; II Co 4.4).

De vez em quando, façamos um exercício de oração: Prostre-se, quebrante-se diante de Deus apenas para adorar e agradecer. Evite fazer pedidos, se possível. Visa aprendermos a adorar, cultuar a Ele, antes de fazermos petições ou apresentar a listagem de pedidos.

Mt 7.7-11 - É verdade que a Bíblia nos incentiva ao diálogo com Deus, comunicando as nossas necessidades (Ef 4.6), inclusive serve de antídoto contra a ansiedade. E sempre em nome de Jesus (Jo 14.13-14).

Por outro lado, não existe o tal “espírito de oração”. E orar com o espírito (humano), não se pode dissociá-lo da alma, pois a oração deve ser com entendimento, não exclui o racional (I Co 14.15).

A palavra recomenda orar no Espírito Santo (Ef 6.18; Judas 1.20), isto é, orar contando com ajuda do Espírito Santo nessa relação íntima com Deus, uma vez que Ele ajuda em nossas fraquezas e na falta de sabedoria.

Rm 8.26 – “E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis”.

Então, no orar sem cessar, seja o Senhor Deus o centro de nossas orações e a razão de ser das nossas vidas. Parafraseando o Pr. A. W. Tozer:

Aquilo que nos fascina é o que irá nos guiar. Então oro, imploro para que a fascinação predominante em nós seja a maravilhosa glória de Deus (I Co 10.31).

 

Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Bacharel em Direito e Teologia

Natal/RN – 18/06/2022.

 

 

 

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