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terça-feira, 8 de novembro de 2022

Beatificação e Canonização no Catolicismo

Aos meus semelhantes católicos, com amor...

Segundo o Cardeal português Saraiva Martins, a beatificação é primeiro passo em direção à canonização definitiva.

O termo canonização foi utilizado pela primeira vez por Alexandre III em 1171. E ao passo que a distinção entre beato e santo foi formalizada por Sisto IV em 1483.

(Há outras fontes que mencionam a canonização de pessoas julgadas piedosas, já por volta de 933 a.C.).

Pela beatificação declara-se a santidade de vida do beato e é permitido o culto público em sua honra no âmbito limitado de uma diocese ou de uma instituição eclesiástica. É local.

“A canonização implica uma declaração especialmente solene de santidade e prescreve o culto público em toda a Igreja. Portanto, enquanto a primeira tem uma dimensão local, a segunda possui uma dimensão universal. Tanto a beatificação como a canonização pressupõem, contudo, a declaração prévia da heroicidade das virtudes praticadas pelo beato ou santo”.

Cân. 834 – “§ 2. Tributa-se este culto, quando é prestado, em nome da Igreja, por pessoas legitimamente escolhidas e por meio de ações aprovadas pela autoridade da Igreja”.

Cân. 1187 — “Só é lícito venerar com culto público os servos de Deus, que foram incluídos pela autoridade da Igreja no álbum dos Santos ou Beatos”.

Cân. 1403 -   § 1 – “O que se entende por causa de canonização? É um conjunto de atos ou passos que devem ser dados, a partir do momento em que se pretende elevar à honra dos altares uma pessoa cristã, após o início de um pedido aceito pela autoridade eclesiástica competente para averiguar a santidade de uma pessoa. Ao final disso, o fiel cristão poderá ser beatificado e, por fim, canonizado sendo autorizado o seu culto público e sua veneração”.

Fonte: https://www.direitonaigreja.com  - Pesquisa em 11/10/2022.

É óbvio que os evangélicos, ou os chamados protestantes, divergem dessa prática eclesiástica Romana.

Existe enorme diferença histórica e teológica entre ser Católico Apostólico Romano e Católico Apostólico Cristão. 

Enquanto o segmento evangélico tem as Escrituras como sua base de Declaração de Fé e Prática Cristã, o Romanismo tem as bulas papais, decisões de concílios, as tradições e o seu magistério católico para ditar uma Cristandade descentralizada de Cristo, do qual afirmou o apóstolo Paulo:

I Coríntios 3.11 – “Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo”.

Pedro e a cura do coxo na entrada do Templo em Jerusalém

Atos 3.1-12- Pedro, sem prata e nem ouro, pela cura do coxo junto à porta formosa do Templo, a ordenou em nome de Jesus Cristo, o nazareno, deixou o povo atônito. E apontou toda glória para Deus. Jamais teria recebido veneração de quem quer que fosse por causa da cura do coxo.

Paulo e Barnabé na cidade de Listra

Atos 14.8-18 - Por causa do milagre de um aleijado uma multidão queria fazer sacrifícios, com touros e grinaldas, como se fossem deuses, chamando a Paulo de Júpiter e Barnabé de Mercúrio. Rejeitaram toda a glória e se declararam homens com as mesmas fraquezas humanas. Um grande templo dedicado a Júpiter ocupava o centro de Listra.

*Herodes, não deu a glória devida a Deus

Atos 12.21-23 – Herodes, autoridade romano, levou o nome de Deus e ao invés de transferir a glória para Deus, certamente se envaideceu, e o anjo do Senhor o feriu, e logo morreu....

*Era Agripa I neto de Herodes o Grande. Seu pai era Aristóbulo, um filho de Mariamne, a segunda mulher de Herodes. Reinou de 37 a 44 d.C. Ele matou à espada Tiago, o irmão de João, e lançou Pedro na prisão, o qual foi libertado pela intervenção do anjo do Senhor (Atos 12.1-17).

Jesus foi tentado pelo diabo para o adorar

Lucas 4.1-8 - O diabo tentou a Jesus para dele receber adoração e foi severamente por Ele repreendido. O anticristo, personagem escatológico, nos últimos tempos, se revelará, e vai enganar a muitos e se sentar no templo de Deus, querendo ser como Deus. E Cristo na sua segunda vinda o desfará pelo sobro de sua boca (II Ts 2.3-8).

Jesus é o único nome debaixo do céu apto para salvar o homem

Atos 4.11-12 - Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta por cabeça de esquina. E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.

De Deus é toda a Criação e os seus habitantes

Salmos 24.1 – “Do Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam”.

Toda boa dádiva provém de Deus

Tiago 1.17 - "Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança, nem sombra de variação".

Somente Deus pode e deve adorado em espírito e em verdade

Este modelo de adoração está em João 4.24. Não comporta crenças fluídicas em relação a Deus, uma vez que Deus é transcendente e imanente. Deus é pessoal, não é uma energia universal indecifrável e intangível.

Isaías 42.17 – “Tornarão atrás e confundir-se-ão de vergonha os que confiam em imagens de escultura, e dizem às imagens de fundição: Vós sois nossos deuses”.

A prática de beatificar e canonizar pessoas piedosas é outro evangelho, não o de Jesus Cristo. E dizia o apóstolo Paulo, que seja anátema, maldição.

Gálatas 1.8-9 – “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema. Assim como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo: se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema”.

Tornou-se uma tradição eclesiástica que se choca frontalmente com as Sagradas Escrituras.

Jesus – É o único mediador entre Deus e os homens

I Timóteo 2.5 – “Porque há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem”. Nem os anjos e sua mãe tem essa prerrogativa.

O ato de beatificar ou/e canonizar, além de alheio às Escrituras Sagradas contrariam a adoração exclusiva devida a Deus. Nenhum Sistema Religioso tem autoridade para beatificar, canonizar homens, mulheres piedosas, transformando-os em mediadores ou medianeiras, entre Deus e os homens, concedendo-lhes altares de devoção e culto.

Estas praxes se impregnaram na história do próprio Sistema Religioso, de modo que se institucionalizaram como certas, e as consequências são irreparáveis e um caminho sem volta, afetando, em especial, a fé dos povos ocidentais.  

Uma consequência bastante evidente dessa veia romanista são as igrejas, templos, paróquias erguidas, centros de romarias, dedicadas a “santos e santas”, produzidos, por todo o Ocidente, fruto do seu arcabouço religioso e idolátrico.

Ap 16.19 e capítulos 17 ao 19 - No simbolismo apocalíptico, vemos a figura da grande Babilônia, com duas fases, uma política e outra religiosa. Uma mulher assentada sobre uma besta (Ap 17.3). O nome que lhe dado é de a mãe das prostituições e abominações da terra, em sentido espiritual (Ap 17.5-6). Deus trará juízo, julgará a Babilônia e as suas duas fases no Fim dos Tempos, associadas à besta e ao falso profeta (as duas bestas de Ap 13). Ap 19-11-21, narra a vitória de Cristo e com Ele exércitos celestes, sobre as duas bestas citadas. Muito mistério a se revelar.

Para mais detalhes veja a postagem em: http://samuca-borges.blogspot.com/2022/11/a-babilonia-politica-e-eclesiastica.html

Como os mitos e a idolatria pagã também tem contaminado a muitos povos e cegado espiritualmente a humanidade, a pregação do evangelho bíblico, Cristocêntrico, a toda criatura, ordenada por Jesus (Mc 16.15), fazendo discípulos em todas as nações (Mt 28.19-20), é a luz de esperança que tem trazido muitos, na sua individualidade à conversão e salvação, em Cristo Jesus. 

É oportuno destacar: Todo cristão é chamado a viver uma vida santa, separado dos valores do mundanismo presente. O Deus de paz atua no cristão, santificando-o no espírito, alma e corpo, conservando-o irrepreensível até a vinda de Jesus (I Ts 5.23). Mas, não o coloca em um pedestal de veneração e culto. Continua humano e falho no exercício da piedade cristã (I Tm 4.7).

I João 2.15 – “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele”.

I Pedro 1.15 – “Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver”.

Hebreus 12.14 – “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”.

No céu sim, para os salvos em Cristo Jesus, haverá distribuição de galardões, recompensas, pelos critérios daquele que fará as entregas, conforme está escrito:

II Tm 4.7-8- “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda”.

II Co 5.10 – “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal”.

Apocalipse 22.12 – “E eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo para dar a cada um segundo a sua obra”.

É possível citar cronologicamente na História cerca de 25 desvios do Evangelho de Cristo no Romanismo. Vejamos os mais afetos a esta postagem.

Ano 320 d.C. as Igrejas Católicas, começam a utilizar velas.

Ano 394 d.C. o culto cristão é abolido e passam a rezar as missas.

Ano 431 d.C. passam a cultuar Maria, mãe de Jesus.

Ano 787 d.C. começam com o culto às imagens de esculturas.

Ano 830 d.C. a Igreja Católica passa a usar ramos e água benta.

Ano 933 d.C. instituíram a canonização dos "santos".

Ano 1190 d.C. instituiu-se a venda de indulgência, ou seja, pagar                         pelo pecado para ganhar a salvação.

Ano 1854 d.C. foi criado o dogma da Imaculada Conceição.

Ano 1950 d.C. decretou-se a "Assunção de Maria".

A Idolatria é condenável por toda a Bíblia porque corrompe, desvia a adoração ao único Deus verdadeiro. A idolatria é prostituição espiritual cuja prática abominável contamina o altar do culto a Deus.

O apóstolo Paulo escreveu em I Coríntios 10.14, tratando da idolatria tangível, para que fujamos do altar dos ídolos, objetos de culto religioso.

“Portanto, meus amados, fugi da idolatria”.

Enfim, convém lembrar que a idolatria tem outras faces a se combater e dela se guardar em áreas do não palpável.

Um ídolo pode ser tudo aquilo que mais nos fascina e toma o primeiro lugar de Deus em nossas vidas. 

Vigiemos e evangelizemos aos que carecem de um encontro pessoal com Deus, enquanto a porta da graça está aberta. Amém!

Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Bacharel em Direito e Teologia

Natal/RN, 08/11/2022. 

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