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terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

Movimento Pietista - Avivamento Irmãos Morávios e Missões – Século XVII - Alemanha

 

Fontes históricas apontam que por causa da ortodoxia morta na Igreja Luterana, anos após a Reforma Protestante (31/10/1517 – data histórica da deflagração), havia necessidade de o avivamento espiritual.

Cenário teológico na Igreja - Imperava o monergismo, a predestinação calvinista, ênfase na graça para salvação dos eleitos, sem obras, a expiação limitada, ausência de visão missionária, ou seja, amor, compaixão pelas almas, quase zero. 

Em 1666, Philip Spener (1635-1705) separou um grupo de irmãos da sua igreja para reuniões regulares de estudo bíblico e oração em sua própria casa. Foi o marco do início do movimento Pietista na Alemanha.

Pietista destacados

August Hermann Francke (1663-1727) - Professor da Universidade de Halle, na Alemanha - Ali ele se esforçou para trazer os alunos de volta à Bíblia e à piedade. Ele definiu o Pietismo como “uma vida mudada, uma igreja reavivada, uma nação reformada e um mundo evangelizado”. Halle passou a ser um importante centro do Pietismo e também uma prolífera agência missionária. Naquela época vários estudantes da Universidade de Halle partiram como missionários para África, América, Ásia, Ilhas do Pacífico, Índia dentre outros.

A universidade Halle fez parceria com o rei da Dinamarca. Frederico IV decidiu começar uma obra missionária no Oriente e pediu que Halle lhe enviasse missionários. Bartolomeu Zingenbalg e Heinrich Plütschau foram os primeiros obreiros transculturais da Missão Dinamarquesa Tranquebar. Sobre essa missão, Justo González diz que:

“O trabalho desses missionários foi variado, pois além de ministrar aos colonos dinamarqueses e alemães, trabalhavam entre católicos que falavam português e entre os índios”.

O conde Nicolau von Zinzendorf (1700-1760), quando jovem estudou na Universidade de Halle, onde teve Spener e Francke como professores, sendo profundamente influenciado pelo Pietismo. Em uma de suas viagens se deparou com o quadro “Ecce Homo”, onde Cristo era retratado dizendo as seguintes palavras: “Dei minha vida por você; o que você faz por mim?”. Sensibilizado por essa obra de arte, Zinzendorf passou a se dedicar ao trabalho de Cristo.

1722 - O conde Nicolau Zinzendorf deu abrigo em sua propriedade chamada “Herrnhut” (cabana do Senhor) a um grupo de 300 pessoas que estavam sendo perseguidas na Morávia (Áustria e Leste Europeu) por serem adeptas da sã doutrina pregada por John Huss (1369-1415). Ele foi o grande reformador da Boêmia (Tchéquia), martirizado em 1415. Os "os irmãos boêmios" passaram por séculos de perseguição.

Esse grupo de imigrantes acolhidos pelo conde deu origem aos conhecidos Irmãos Morávios.

Avivamento e Missões Irmãos Morávios - Século XVIII – Alemanha

1727 - Zinzendorf, o único líder e porta-voz humano notável, chamou-o de "o dia do derramamento do Espírito Santo sobre a congregação". E o descreveu da seguinte forma: "O Salvador permitiu que viesse sobre nós um Espírito do qual até então não tínhamos nenhuma experiência ou conhecimento. Até agora nós tínhamos sido os líderes e ajudantes. Agora o próprio Espírito Santo assumiu o controle total de tudo e de todos".

Resultados: Uma grande fome depois que a Palavra de Deus tomou posse de nós, três cultos todos os dias, a saber, 5:00 e 7:30 e 21:00 horas. “Todos desejavam acima de tudo que o Espírito Santo pudesse ter pleno controle. O amor-próprio e a obstinação, assim como toda a desobediência, desapareceram e uma inundação avassaladora de graça nos arrastou para o grande oceano do Amor Divino”. E missões.

1731 - O conde Zinzendorf teve um encontro com cristãos nativos da Groelândia e da Índia (frutos do trabalho missionário de Halle) e ficou chocado com o apelo deles para que tivessem mais missionários em suas terras. O conde levou este apelo aos morávios que habitavam em Herrnhut e estes abraçaram a causa com paixão por almas.

1732 – A Igreja Morávia começou a realizar Missões Transculturais.

Cinquenta anos antes do início das modernas Missões Estrangeiras por William Guilherme Carey (1761-1834), ministro batista inglês, a Igreja Morávia já pregava a povos pagãos. A Revista Missionária Inglesa "Periodical Accounts" inspirou o Dr. William Carey e em uma reunião de seus irmãos batistas ele jogou uma cópia do jornal sobre uma mesa com estas palavras memoráveis ​​e históricas:

"Veja o que os Morávios fizeram! Não podemos seguir o exemplo deles e, em obediência ao nosso Mestre Celestial, sair pelo mundo e pregar o Evangelho aos pagãos?"

Em 150 anos de missões, a Igreja Morávia, enviou 2.158 missionários, ao redor do mundo.

Quando o Pietista Zinzendorf foi questionado sobre o real motivo para tão expressivo e sacrificial movimento missionário, baseado em Is 53.11 –“O trabalho da sua alma ele verá e ficará satisfeito...” respondeu: “Estamos indo buscar para o Cordeiro o galardão do Seu sacrifício”.

Fontes pesquisadas:

https://www.lagrimasportuacausa.com.br/2012/12/aviva-mento-moravios.html

https://www.reavivamentos.com/revivals/moravian_revival.php.

Pesquisa em 27/12/2022.

http://moravios.org/moravios-heber-negrao/. Pesquisa em 01/01/2023.

Samuel Pereira de Macedo Borges

Bacharel em Direito e Teologia

Natal/RN, 28/02/2023

Movimento Puritano - Século XVI e XVII

(+-1560-1662) - Desenvolveu-se na Inglaterra, considerado o mais zeloso movimento da Fé Protestante.

Foi um movimento religioso, com implicações política, educacional e cultural, muito influente na Inglaterra. Veio mais tarde influenciar decisivamente a formação da principal tradição religiosa dos Estados Unidos da América. Pregavam a pureza e integridade do indivíduo, da igreja e sociedade.

Naqueles dias, havia divisões de grupos sociais em razão do crescimento do protestantismo na Europa. Os saboias (católicos), os confederados (protestantes). Calvino, como líder político e protestante tinha oposições aos anabatistas e católicos.

31/10/1517 – Data histórica da Reforma Protestante, quando o Monge dominicano Martinho Lutero fixou as 95 teses na porta da Igreja do castelo em Wittenberg, com críticas à Igreja Católica, principalmente as vendas de indulgências pelo Clero.

1521O rei Henrique VIII (1491-1547) combateu a doutrina luterana na Inglaterra, recebendo o título de “defensor da fé”, do Papa Leão X.

1531O rei Henrique VIII, pede ao Clero a anulação do casamento com Catarina de Aragão ao Papa Clemente VII, é negado. Henrique VIII declara que a Igreja da Inglaterra não reconheceria mais a autoridade de Roma.

1533, divorciado, é excomungado pelo papa. No Ato de Supremacia, em 1534, o parlamento inglês o reconheceu como “Chefe Supremo da Igreja na Inglaterra”, com poderes de indicar os bispos e estabelecer a doutrina. Então, surge a Igreja Anglicana. 

1553 a 1558 -  Maria Tudor, filha de Henrique VIII, queria voltar ao romanismo na Igreja anglicana, em oposição ao movimento puritano. Muito derramamento de sangue que deu à rainha o título de Maria, a sanguinária (Bloody Mary), executora dos líderes protestantes: Hugh Latimer, Nicholas Ridley e Thomas Cranmer (1489-1556). Alguns fugiram para Genebra (John Knox e William Whittingham), Zurique e Frankfurt.

Década de 1560 - O adjetivo puritano foi aplicado de forma pejorativa, por causa da ortopraxia rígida dos puritanos, ou seja, “os santarrões”. Era de maioria calvinista.

1563-1567 – A Controvérsia das vestimentas – Em que propunham trocar as vestes clericais pelas togas genebrinas, abolir o sinal da cruz e muitas cerimônias e dias santos.

Os puritanos, burguesia e absolutismo na Inglaterra: Deus estava acima de todos. O rei, pela teoria do direito divino, declarava-se acima da Lei. Confrontado o Rei James I.

Por volta de 1620 O Rei James I (1566-1625), ameaça de expulsão – Um grupo de puritanos migra para a Nova Inglaterra (13 colônias da Grã-Bretanha), mais tarde, formaria os EUA, independente da Inglaterra em 1776. Nos EUA a semente da fé puritana gerou vários “Heróis da Fé Cristã”.

1638 – Explode a Revolução Puritana (Guerra Civil Inglesa) - Em oposição ao Rei Charles I (1600-1649), filho do Rei James I.

Os Puritanos e a Igreja anglicana – Exigiam reformas, pois estava muita próxima da liturgia e dogmas do Catolicismo Romano. Como também no governo da nação, na família, nas estruturas sociais civis, pela pregação e ensino das Escrituras. Ao enfatizar a soberania de Deus, na visão calvinista, Ele reinava no mundo literalmente. 

Segundo o Pr. Augustus Nicodemus: “Quando o movimento toma corpo, em primeiro lugar, eles queriam purificar a Igreja de Deus, especialmente o culto, através da Palavra de Deus escrita. Mas não pararam aí, estavam interessados em purificar também, em segundo lugar, o governo da Igreja e depois a vida da família, o comércio e os negócios. Daí passavam para o governo civil; queriam purificar a forma do governo dirigir a nação. Eles queriam reformar as escolas e as universidades à luz da Palavra de Deus. Por isso começaram a orar e a pregar para que toda a terra, em todos os aspectos do país, fosse reformada pela Palavra”.

No campo da educação, a contribuição puritana é até hoje reconhecida por pedagogos como J. W. Ashley Smith que disse que foi na época do governo puritano na Inglaterra que os estudos universitários alcançaram o ápice.

1643-1649 – Assembleia de Westminster – A mais notável assembleia protestante de todos os tempos – Pautada na erudição teológica e oração no fervor puritano à época. Resultado: a Confissão de Fé, o Catecismo Maior e o Breve Catecismo. Base de fé da Igreja Reformada, na Inglaterra e Escócia. E ainda hoje são fundamentos de fé do Presbiterianismo e várias outras denominações históricas.  

1649 - Com a morte de Charles I, considerado tirano e traidor foi decapitado, a monarquia foi abolida e foi declarada República na Inglaterra.

1649-1658 - “Protetorado” ou Comunidade Puritana - Sob a liderança do congregacional calvinista Oliver Cromwell. Com divergências sobre formas de governo dos puritanos, houve a restauração da Monarquia inglesa e o rei Carlos II (1660-1685) expulsou dois mil puritanos, ano de 1662, determinando o final do puritanismo anglicano.

1662 - Ato de Uniformidade, Test Act, Corporation Acts, Lei Quaker - A maioria dos não-conformistas foram, excluídos, direitos sociais castrados na Inglaterra - Fim da era puritana. A Igreja Anglicana foi submetida ao Livro de Oração Comum. De certa forma, um retorno a dogmas romanos. Porém, a Inglaterra nunca mais foi a mesma.

Puritanos - Chegada na América do Norte

Nomes notáveis do Avivamento Puritano: William Tyndale (1494-1536 - contemporâneo de Lutero), John Hooper (1495-1555), Thomas Cartwright (1535-1603), Robert Fleming (1630-1694), Jonathan Edwards (1703-1758) e John Gillies (1712-1796), Laurence Chaderton (1546-1640), William Gouge (1575-1653), John Knox (1514-1572), reformador na Escócia, John Owen (1616-1683), um importante teólogo britânico.

O Puritanismo nos EUA foi bastante influente desde o início da “Nova Inglaterra” (1620) até o Grande Despertamento (em 1740).

O Iluminismo na França X Puritanismo - Teve pouca influência sobre o Movimento Puritano, uma vez que só se torna um movimento intelectual popular no século XVIII, conhecido pelo século das luzes. Na verdade, trouxe um apagão na fé cristã por toda a Europa. Na força da razão, exaltação da ciência, os iluministas nominaram a Idade Média a Era das Trevas. Porém, não tinham discernimento para distinguir Cristandade (Igreja romanizada) do Cristianismo bíblico, defendido pelos precursores John Wycliffe (1328-1384), John Huss (1372-1415), séculos XIV e XV, e os reformadores, no século XVI em diante.

 

Fontes de pesquisas:

Os Puritanos e o Cristianismo do Avivamento – Lain Murray. Tradução, adaptação e editado por Sílvio Dutra. Dezembro de 2019.

Puritanismo - Augustus Nicodemus – base principal palestras de Dr. Douglas Kelley - Publicado no Presbiteriano Conservador - Setembro/outubro de 1995.

Puritanismo – Armando Araújo Silvestre - Pós-doutorado em História da Cultura (Unicamp, 2011).


Samuel Pereira de Macedo Borges

Bacharel em Direito e Teologia

Natal/RN, 28/02/2023.

domingo, 12 de fevereiro de 2023

Avivamento Irmãos Morávios – 1727 (Século XVIII) - Alemanha.

 

Ano 1722, o conde Nicolau Zinzendorf (1700-1760) deu abrigo em sua propriedade chamada “Herrnhut” (cabana do Senhor) a um grupo de 300 pessoas que estavam sendo perseguidas na Morávia (Áustria e Leste Europeu) por serem adeptas da sã doutrina pregada por John Huss (1369-1415). Ele foi o grande reformador da Boêmia (atual Tchéquia), martirizado em 1415. Os "os irmãos boêmios" passaram por séculos de perseguição.

Esse grupo de imigrantes acolhidos pelo conde deu origem aos conhecidos Irmãos Morávios.

13/08/1727 - O conde Zinzendorf, o único líder e porta-voz humano notável, chamou-o de "o dia do derramamento do Espírito Santo sobre a congregação". E o descreveu da seguinte forma: "O Salvador permitiu que viesse sobre nós um Espírito do qual até então não tínhamos nenhuma experiência ou conhecimento. Até agora nós tínhamos sido os líderes e ajudantes. Agora o próprio Espírito Santo assumiu o controle total de tudo e de todos".

Resultados: Uma grande fome depois que a Palavra de Deus tomou posse de nós, três cultos todos os dias, a saber, 5:00 e 7:30 e 21:00 hs. “Todos desejavam acima de tudo que o Espírito Santo pudesse ter pleno controle. O amor-próprio e a obstinação, assim como toda a desobediência, desapareceram e uma inundação avassaladora de graça nos arrastou para o grande oceano do Amor Divino”. 

Missões Morávias – Pontos em destaque

1. Ano de 1731, numa viagem a Copenhague (Dinamarca), o conde Zinzendorf conheceu alguns nativos das Índias Ocidentais e da Groenlândia. E havia um clamor por missionários naquelas terras. Regressou a Herrnhut, na Alemanha, e lançou o desafio aos irmãos morávios. Avivados, a partir daí, começaram as Missões Morávios Transculturais, em 1732.

2.Naqueles dias a Igreja Cristã acreditava que era responsabilidade do Governo alcançar os outros povos com o Evangelho, através das atividades de colonização.

3.Segundo Kenneth Mulholland, “os morávios foram os primeiros cristãos a colocar em prática a ideia de que a evangelização dos perdidos é dever de toda a Igreja, não apenas de uma sociedade ou de alguns indivíduos”.

4.Uma das principais características do movimento missionário moraviano era que eles não eram sustentados pela igreja local. Os próprios missionários se dispunham para o campo, comprometendo-se a utilizar a sua profissão para manterem-se ali.

5.Os irmãos morávios, durante as primeiras três décadas após seu Pentecostes espiritual, eles levaram o Evangelho para quase todos os países da Europa, e para muitas raças pagãs na América, Norte e Sul, Ásia e África. 

6. Os irmãos morávios, dirigidos por Zinzendorf e outros líderes, enviaram missionários para: Ilhas Virgens (1732); Groenlândia (1733); Suriname (1735); África do Sul (1736); Jamaica (1750); Canadá (1771); Austrália (1850); Tibet (1856), entre outros longínquos lugares.

7.Quando Zinzendorf foi questionado sobre o real motivo para tão expressivo e sacrificial movimento missionário, baseado em Is 53.11, respondeu: “Estamos indo buscar para o Cordeiro o galardão do Seu sacrifício”.

8.Em 1745 a Igreja Morávia já estava plenamente organizada com seus bispos, presbíteros e diáconos, embora seu governo fosse, e ainda seja, mais presbiteriano que episcopal.

9. Cinquenta anos antes do início das modernas Missões Estrangeiras por William Carey (1761-1834), ministro batista inglês, a Igreja Morávia já pregava a povos pagãos. A Revista Missionária Inglesa "Periodical Accounts" inspirou o Dr. Carey e em uma reunião de seus irmãos batistas ele jogou uma cópia do jornal sobre uma mesa com estas palavras memoráveis ​​e históricas:

"Veja o que os Morávios fizeram! Não podemos seguir o exemplo deles e, em obediência ao nosso Mestre Celestial, sair pelo mundo e pregar o Evangelho aos pagãos?"

Em 150 anos de missões enviaram 2.158 missionários, ao redor do mundo.

10. A liderança da Igreja Morávia em Missões Estrangeiras tem sido tão amplamente reconhecida que o conhecido historiador alemão de "Missões Protestantes" Dr. Warneck testifica: "Esta pequena Igreja em vinte anos convocou mais Missões do que toda a Igreja Evangélica em dois séculos".

Fontes:

https://www.reavivamentos.com/revivals/moravian_revival.php.  Pesquisa em 27/12/2022.

http://moravios.org/moravios-heber-negrao/. Pesquisa em 01/01/2023.

Alderi Souza de Matos é doutor em história da igreja pela Universidade de Boston e historiador oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil.

 

Por Samuel Pereira Macedo Borges

Natal/RN, 12/02/2023.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023

O outro lado do Drama Ianomâmi

 

“Há duas semanas, o brasileiro tem sido bombardeado com imagens chocantes de indígenas da etnia ianomâmi em estado de desnutrição e penúria. Trata-se de um povo que há décadas vive numa imensa área de floresta na fronteira dos Estados de Roraima e Amazonas com a Venezuela. O governo Lula decretou emergência sanitária e impôs uma série de restrições de acesso, inclusive aéreo, ao local. O petista também fez uso político de um problema antigo para alentar um dos principais fetiches da mídia tradicional: o ‘genocídio indígena’ causado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

Depois de a primeira reportagem, com cenas impactantes, ser exibida pelo programa Fantástico, da Rede Globo, dezenas de manchetes monopolizaram jornais e sites sobre um suposto descuido proposital de Bolsonaro com os ianomâmis. Oeste optou por outro caminho: em vez de replicar o conteúdo da Globo, ouviu ex-servidores públicos, representantes de ONGs e lideranças indígenas que conhecem bem a realidade da região. Muitos deles pediram anonimato por medo de represálias, já que o PT chegou ao poder. Uma conclusão é inequívoca: há muitos problemas ocorrendo naquela faixa de terra demarcada. Mas nem todos foram descortinados pela velha mídia”.

Neivawintter: “Há anos que isto vem acontecendo, inclusive no governo Lula, agora quer dar uma de algoz (atormentador). Quem não sabe que os próprios índios praticam também um garimpo ilegal. Chegam quase a se matar entre eles. Também a maior parte da área, pertence à Venezuela. Por que ele não acusa o cumpanhero Maduro?”.

Fonte: Instagram – Revista Oeste - Postagem de 09/02/2023.

ASSINE A OESTE e leia a reportagem completa de Joice Maffezzolli

 

Por Samuel P M Borges

Cidadão Brasileiro.

Natal/RN

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2023

Maria, mãe de Jesus, e o seu conselho:

 “...Fazei tudo quanto Ele vos disser” (João 2.5):


1.Em João 14.6 – “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim”.

Não existem atalhos, arrumadinhos entre Deus e os homens. E sim, um único caminho: Jesus. Com Deus não funciona o religiosamente correto por inventos de tradições humanas.

2.Em João 14.13-14 – “E tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei”.

Na oração bíblica, dirigimo-nos, falamos com Deus. E aconselho, faço-o em nome de Jesus. Religiosos mal instruídos, usam outros nomes.

3.Em I Timóteo 2.5 – “Porque há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem”.

Jesus é o mediador legítimo entre Deus e os Homens. Há tantos nomes criados no meio religioso, um para cada localidade, uma confusão de 'especialidades'. Não são legitimados, Ineficazes, não levam a Deus.

4. Em João 10.11 – “Eu sou o Bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas”.

Diferente do mercenário – As ovelhas não lhe pertencem e nem protege as ovelhas dos lobos. Não tem cuidado das ovelhas. Ele foge do lobo e abandona as ovelhas. O Pastor conhece as ovelhas e delas é conhecido (João 10.12-14).

Jesus, o bom Pastor padeceu na cruz pelas ovelhas. Como era e é imatável, deu a sua vida, ninguém tirou a sua vida, tornou a tomá-la na ressurreição (João 10.17-18). Foi o dia em que matou a morte.

5. Em João 4.23-24 – “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade”.

No quesito adoração, muito relevante. Veja a quem e como estais adorando? através de objetos, ídolos, amuletos, velas? Um dos enganos da religião é levar as pessoas tentar materializar a fé. Essa prática está presente tanto na tradição religiosa, como nos movimentos neopentecostais. Adore a Deus em espírito e em verdade.

A religião é tentativa humana de baixo para cima; o evangelho de Cristo, é de cima para baixo, Deus estendendo a sua mão de amor e misericórdia aos perdidos.

Pense, reflita, examine as Escrituras, são elas que testificam de Cristo. E nele há segurança de vida eterna. Não se contente com uma religião, enquanto o evangelho de Cristo é poder de Deus e salvação para todo o que crê (Rm 1.16).

 

Por Samuel P M Borges

Bacharel em Direito e Teologia

Natal/RN, 06/02/2023.

Charles G. Finney (1792-1875) – O Apóstolo do Avivamento (Século XIX)

Charles G. Finney - “A maior necessidade de nossos dias é poder do alto”.

1792 - Nascido em Warren, no estado de Connecticut, EUA. Dois anos depois, sua família foi para a cidade de Hanover, em Nova Iorque. De filho de fazendeiro, advogado a pregador do evangelho. Esteve na maçonaria. E depois se torna opositor.

Em 1821, após ler muitos livros de Direito, cujas leis eram fundamentadas na Bíblia, ele decidiu conhecer as Escrituras.

Finney foi provocado pelo texto: “Então me invocareis e chegareis a mim para orar, e Eu vos darei toda a atenção. Vós me buscareis e me encontrareis, quando me buscardes de todo coração”. (Jr 29.12-13 – Versão King James Atualizada).

10 de outubro de 1821, enquanto ele orava sozinho num matagal, Finney experimentou uma poderosa conversão. Mais tarde no mesmo dia, ele foi batizado no Espírito Santo, numa experiência que ele relatou na sua autobiografia. A sua experiência com Deus, o tornou um pregador de fogo, um avivalista.

Charles Finney abandonou a advocacia para entrar no ministério pastoral e logo recebeu licença oficial para pregar.

Em 1823, Finney se tornou ministro do Evangelho na Igreja Presbiteriana de Saint Lawrence. Finney foi pioneiro na pregação de falar de improviso, a partir de seu coração. Ele permitia que as mulheres dirigissem as orações.

Chamava publicamente os pecadores ao arrependimento por nome, do púlpito! E pareciam apavorar os pastores apegados às tradições. Mas seus métodos funcionavam!

Ao longo de todo seu ministério pela América, calcula-se que cerca de 500 conversões diretas do seu trabalho evangelístico.

Entre 1824-1832 conhecido como “o fogo dos nove anos” - Período em que administrou reuniões de reavivamento ao longo das chamadas cidades orientais: Gouverneur, Roma, Utica, Ruivo, Troy, Wilmington, Filadélfia, Boston e Nova Iorque. Tamanho foi o esforço, que sofreu um esgotado físico. Entrou em repouso e se recuperou.

Durante as reuniões, advogados, médicos e homens de negócios se arrependiam de seus pecados e se entregavam a Jesus com lágrimas.

Por volta de 1825 – “Ele teve de parar para ferrar o cavalo em Rayville. As pessoas o reconheceram e correram ao seu encontro, insistindo para que pregasse pelo menos uma vez ali. Finney anunciou então uma reunião a uma hora da tarde. Uma multidão se formou ao seu redor. O Espírito Santo veio em poder e eles suplicaram que Finney passasse a noite na cidade. Ele pregou naquela noite e o fogo de reavivamento continuou queimando. Pregou então na manhã seguinte e teve de permanecer mais uma noite, já que Deus estava operando tão profundamente. Finney pediu a um irmão cristão que levasse seu cavalo e trenó à sua esposa e lhe contasse os fatos. Eles estivam separados há seis meses. Finney continuou pregando em Rayville mais algumas semanas e a maioria do povo se converteu”.

Em Rochester, testemunhos relatam que “os alicerces do lugar foram abalados”. Cerca de 1.200 pessoas converteram-se a Cristo. Boa parte delas tornou-se membro da Igreja Presbiteriana local.

Os bares foram fechados, o domingo era honrado como Dia do Senhor, as igrejas se enchiam de pessoas que louvavam e adoravam com alegria…De acordo com o promotor de Rochester, o avivamento naquela cidade resultou numa diminuição de dois terços no índice de criminalidade, mesmo com a população da cidade triplicando depois do avivamento. A cadeia ficou praticamente vazia por vários anos depois.

Em 1832, Finney começou a pastorear uma igreja presbiteriana em Nova Iorque, e continua evangelista itinerante.

Ano de 1835, fundou o Instituto Colegial Oberlin. Um comerciante de seda, rico, Arthur Tappan, ofereceu apoio financeiro ao Instituto desde que Finney fosse convidado a montar um departamento teológico. Por influência do abolicionista Theodore Dwight Solda, o pregador aceitou o convite, mas com duas exigências: a de continuar pregando a Palavra de Deus em Nova Iorque e a de que a escola admitisse negros. Assim foi feito. Ele era um abolicionista.

Um parêntese da História dos EUA

A Guerra de Secessão, ou Guerra Civil Americana (1861-1865), aconteceu entre os estados do Norte - União (industrializado, urbano, protecionista e abolicionista) e os estados do Sul – Confederados (agrícola, livre comércio, rural e escravocrata). A derrota dos sulistas levou à abolição da escravatura nos EUA.

A abolição da escravidão nos Estados Unidos foi decretada em 1º de janeiro de 1863 com a Lei de Emancipação dos Escravos e foi reafirmada com a promulgação da 13ª Emenda Constitucional em 1865, após o fim da guerra.

Finney foi professor de teologia sistemática e teologia pastoral. Durante os 40 anos em que atuou como evangelista, escreveu 17 livros, quatro deles impressos até hoje. O mais significativo deles foi, sem dúvida, Teologia Sistemática, considerado por muitos a maior obra sobre Teologia escrita após as Escrituras.

De 1851 a 1866 ele foi diretor do Oberlin College, onde ele ensinou a cerca de 20 mil estudantes.

Anos 1857 a 1858 - Grande Avivamento - Grupos de Oração - Espalharam-se por cerca de dez mil cidades e municípios, resultando na conversão de pelo menos um milhão de pessoas.

Finney abriu o caminho para evangelistas de massa como Dwight L. Moody (1837-1899), Billy Sunday (1862-1935), missionário americano mais influente das primeiras duas décadas do século XX, entre outros.

Ano de 1875, aos 82 anos, Finney continuou sendo usado por Deus como um poderoso instrumento de avivamento nos Estados Unidos e na Inglaterra.

Estatísticas demonstraram que cerca de 85% dos convertidos no seu ministério de pregação perseveraram em servir a Deus, enquanto a média dos demais pregadores era de 30%. 

Ao longo da sua vida, desde a sua conversão, Finney sempre carregou a chama do avivamento, que foi se espalhando por onde quer que ele passava.

Finney ficou viúvo duas vezes e teve três esposas. Ano de 1824 casou-se com Lydia Raiz Andrews, com quem teve seis filhos. Ela morreu em 1847. Depois, casou-se com Elizabeth Ford Atkinson, que também faleceu, e, por último, Rebecca Allen Rayl. As três compartilharam do trabalho de reavivamento, acompanhando-o nas viagens e nos ministérios paralelos.

Em 1875 - Vítima de um problema cardíaco, o professor e apóstolo apaixonado por Jesus e por almas subiu às mansões celestiais.

 
Disse Charles Finney: “O milagre do avivamento é bem semelhante ao de uma colheita de trigo. Ele desce do céu quando crentes heroicos entram na batalha decididos a vencer ou morrer. E, se for necessário, vencer e morrer. O reino dos céus é tomado por esforço e os que se esforçam se apoderam dele”.

Afirmaram: “Charles Finney deixou um legado de fé que redefiniu o próprio caráter dos Estados Unidos”.

 

Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Natal/RN, 06/02/2023

Fontes:

Richard Klein - Traduzido por Julio Severo do original em inglês da CBN: Charles Finney: A Nation’s Character Redefined

www.cacp.org.br/charles-finney

Redação do Portal Atos Dois e Ministério Ensinando Cristo as Nações Postado por Jorge Eduardo Costa.

www.avivamentoja.com – Pr. Paul David Cull.  

O Fogo do Reavivamento Por Wesley Duewel.

 

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