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terça-feira, 30 de setembro de 2025

Deus governa, reina sobre a Terra na presente Era?

 

Não! É antibíblico - Fazer essa afirmação é uma imbecilidade (ignorância) espiritual. Deus não é de meio termo: Ou Ele governa ou o mundo incrédulo está sob total influência maligna. Na verdade, o mundo dos homens está virado, miserável, moribundo, escravizado, de cabeça para baixo. Afirmar que Deus o governa depõe contra a sua soberania (Rm 14.17; I Co 4.20). A outro a Bíblia aponta como o deus deste século (II Co 4.3-4).

O diabo atua no seio da Humanidade desde a tentação e queda do homem no Éden - Com a natureza humana enferma pelo pecado, age, atua na Terra a maldade humana e a do maligno. Aliás, o diabo sob sentença divina rasteja e se alimenta do pó, “da carne dos homens” (Gn 3.14). E os que andam na carne (velha natureza) não podem agradar a Deus (Rm 8.5-8).

É falso o dualismo do bem contra o mal, escritos, falácias de um grande conflito entre Deus e o diabo - Está nos mitos greco-romanos. Está nas cátedras universitárias e na religião. Deus não luta contra o diabo. É um pensar ingênuo e descabido. Ele só vence. Quando chegar a hora vai detoná-lo com um sopro (II Ts 2.7-8). A Igreja peleja contra o diabo e tem vitória garantida, assegurada pelo poder de Deus (Mt 16.18-19; Mc 16.17-18).

É falso o ensino de que o diabo reina no inferno - Jesus Cristo, detém as chaves (significa autoridade, domínio, governo), da morte (mundo dos mortos) e do inferno (Hades – Ap 1.18).

Jesus foi tentado pelo próprio diabo e o venceu (Lc 4.1-13). No ministério terreno de Jesus, os demônios sabiam quem era Ele e que tinha autoridade, poder sobre eles (Mc 1.23-28; Lc 4.34-36) - A legião de demônios no gadareno ao vê-lo se prostou e o adorou. E pediram permissão para entrar numa manada de porcos ao invés de expulsá-los daquela região (Mc 5.6-13). Lc 8.31, nos demônios havia medo de Jesus os mandar direto para o abismo (prisão de espíritos) Judas Vv. 6; Ap 20.3).

Na Era atual, a expressão maior do Reino de Deus na Terra se realiza na Igreja Cristã - Onde impera a fé em Deus aí é Reino de Deus. No campo da fé neotestamentária quem morreu é quem governa porque ressuscitou (Mc 16.15-18; Lc 10.9,11,17). Fora deste contexto o mundo está todo no maligno, ou seja, na politicalha, economia de exploração, na falsa religião, em seitas, na cultura da morte manchada pelo pecado...(I Jo 5.19). Biblicamente Deus não se relaciona com o homem no pecado (Is 59.1-4; 55.7). Não ouve a pecadores na desobediência e a incrédulos (Jo 9.31; Hb 11.6). 

Há distinção entre Leis Universais estabelecidas por Deus para governo e sustentação da Criação, de atos de governo político-econômico sob a responsabilidade do homem no presente mundo. Quando necessário, Deus, o Soberano, intervém (Daniel capítulos 3, 4, 5 e 6), por exemplo.

Como Criador dos mundos (Gn 1.1; Hb 11.3) Ele rege, governa por Leis Universais Cosmológicas, da Física, Química, Biológicas, Astronômicas, etc..., estabelecidas pelo seu próprio poder e sabedoria, as quais estamos muito distantes de mensurá-las.

Deus tem vontade soberana, moral, permissiva e vontade-desejo - É um erro teológico exponencial estudiosos das Escrituras, seja no passado ou no presente, acharem que Ele só tem vontade soberana. Eis a razão porque uns tem transformado o Deus da Bíblia, de amor, de graça, compaixão e misericórdia, em um tirano que tem uns filhos prediletos para salvar e resto dos humanos destinou à condenação. Verdade é: O homem entra em parafuso quando viola a vontade moral do seu Criador.

O que dizer dos textos que se seguem?

I Cr 16.31 – “Alegrem-se os céus, e regozije-se a terra; e diga-se entre as nações: O SENHOR Reina”. 

Salmos 96.10 – “Dizei entre os gentios que o SENHOR Reina. O mundo também se firmará para que se não abale; julgará os povos com retidão”.

Salmos 99.1 – “O SENHOR Reina; tremam os povos. Ele está assentado entre os querubins; comova-se a terra”.

Êx 15.18; Sl 146.10 – No AT textos bíblicos que expressam o Senhor reina está num contexto teocrático de um povo com chamada específica cuja fé reconhecia a sua soberania. Constata-se também essas passagens nos seus cânticos, como fez Moisés (Êx 15.1-19), nas ações de graça de Davi (I Cr 16.1-43) quando do retorno da arca do Senhor à Jerusalém (I Cr 15.29). E em tantos outros salmos de Israel (Sl 93.1; 97.1). Entretanto, não significa dizer que Deus governa as nações em sentido literal político-econômico. A isto Deus não se presta. Em verdade, as nações nada representam diante da grandeza de Deus (Is 40.15-17). Devemos considerar sim, textos a esse respeito em sentido profético, escatológico (Sl 2; 22.26-29;72.7-8; 110; Is 11.1-10; Mt 25.34...).

Na Soteriologia - O trunfo da acusação, a cédula que era contra todo homem no pecado, quando ocorre arrependimento e fé em Cristo é rasgada (Rm 6.23;8.1; Cl 2.14). E assim o príncipe deste mundo está julgado (Jo 12.31;16.11). Quanto à redenção, o império da morte foi aniquilado (Hb 2.14).

No Mundo dos Homens – O diabo continua em ação, mentiroso, enganador, tentador, opressor, a sua agenda é matar, roubar e destruir a quem dá lugar (Jo 8.44;10.10; Ef 4.27). A sua cabeça foi, está ferida (Gn 3.15), todavia bramando como um leão, buscando a quem possa tragar (I Pd 5.8). Entretanto, logo terá a cabeça esmagada (Rm 16.20; Ap 20.10).

Na Perspectiva Escatológica - O anticristo e o falso profeta ainda irão se manifestar pessoalmente na terra (Ap 13). No momento espírito maligno age na Terra com falsas doutrinas, imoralidade, ecumenismo, guerra à família, guerra à Palavra de Deus, controle econômico e opressão política via ideologias e cultura de morte (guerras, aborto, homossexualismo que não gera vida, eutanásia, suicídio...). Debita-se ao comunismo na História cerca de 110 milhões de vidas aniquiladas, uma tragédia social descomunal.

Portanto, os reinos do mundo virão a ser do Senhor Jesus Cristo (Ap 11.15;19.6) - E haverá um período de mil, Jesus Cristo, Israel e a Igreja reinarão. Entretanto, com o diabo preso no abismo (Ap 20.1-6). E seu Reino adentrará à eternidade (Dn 7.18; Ap 22.1-5), quando Jesus entregará o Reino ao Pai, sujeitando-se a Ele (I Co 15.24-28).

Um conselho bíblico: Deixemos de falar em nossos púlpitos o chavão genérico: “Deus está no controle de tudo”, pois induz a uma visão errada do agir de Deus na Era atual. Amém!

 

Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Bacharel em Direito e Teologia

Natal/RN, 30/09/2025. 

quinta-feira, 25 de setembro de 2025

A casa dos mil espelhos.

 

“Tempos atrás em um distante e pequeno vilarejo, havia um lugar conhecido como a casa dos 1000 espelhos. Um pequeno e feliz cãozinho soube deste lugar e decidiu visitar. Lá chegando, saltitou feliz escada acima até a entrada da casa. Olhou através da porta de entrada com suas orelhinhas bem levantadas e a cauda balançando tão rapidamente quanto podia.

Para sua grande surpresa, deparou-se com outros 1000 pequenos e felizes cãezinhos, todos com suas caudas balançando tão rapidamente quanto a dele. Abriu um enorme sorriso, e foi correspondido com 1000 enormes sorrisos. Quando saiu da casa, pensou:
– Que lugar maravilhoso!

Voltarei um montão de vezes.

Neste mesmo vilarejo, um outro pequeno cãozinho, que não era tão feliz quanto o primeiro, decidiu visitar a casa. Escalou lentamente as escadas e olhou através da porta. Quando viu 1000 olhares hostis de cães que lhe olhavam fixamente, rosnou e mostrou os dentes e ficou horrorizado ao ver 1000 cães rosnando e mostrando os dentes para ele.

Quando saiu, ele pensou:

– Que lugar horrível, nunca mais volto aqui”.

Lição: Todos os rostos no mundo são espelhos. Que tipo de reflexos passamos e que rostos encontramos nas pessoas?

Da fábula merece tirarmos algum aprendizado, algum proveito.

Todavia, a fábula revela lampejos instintivos emocionais de dois irracionais. Não alcança a totalidade do existencial humano, bem mais complexo porque envolve a moral, a ética, o certo, o errado, na perspectiva judaico-cristã a queda no Éden, o bem e o mal, o amor, o desamor, etc.

Ponderações para o homem racional, imagem e semelhança do seu Criador.

Pv 15.13 – “O coração alegre aformoseia o rosto, mas pela dor do coração o espírito se bate”.

Pv 15.15 – “Todos os dias do oprimido são maus, mas o coração alegre é um banquete contínuo”.

Pv 17.22 – “O coração alegre é como o bom remédio, mas o espírito abatido seca até os ossos”.

Sl 19.8 – “Os preceitos do Senhor são retos e alegram o coração; o mandamento do Senhor é puro e alumia os olhos”.

É inegável que a vida é feita de momentos de alegrias e tristezas. Entretanto, sábio e feliz é aquele que somatiza as alegrias ao invés de viver em curtir as tristezas.

O corpo e a mente estão mais conectados do que imaginamos - Nem sempre damos a devida atenção para essa realidade. Doenças psicossomáticas são enfermidades que geram sintomas, sequelas físicas, cujas origens vêm da produção turbulenta da mente. E o grande dilema humano é fazer a gestão dos pensamentos e das emoções.

O comportamento humano – Ações e reações, via de regra são determinadas pelos temperamentos que herdamos (sanguíneo, melancólico, fleumático e colérico). Temos um temperamento primário e outro secundário. O ideal é nos aplicarmos autoconhecimento para geri-lo e tirar o melhor proveito.

O estado da alma – Tornamo-nos propensos ao pessimismo ou ao otimismo. Neste ponto é relevante não confundir otimismo com fé. Nem todo otimista tem a capacidade de esperar. E só a fé nos capacita a esperar mesmo quando não há esperança (Rm 4.18-22). Podemos concluir que o pessimismo e otimismo é da área da alma, a fé da dimensão do espírito. Aliás, na Teologia, a fé e a consciência são faculdades do espírito.

A vida é como um campo de plantação – Não se colhe antes de plantar. Vamos colhendo o que semeamos, nem se planta abacaxi para colher maçã. Nas Escrituras é a lei da semeadura.

A condição da alma humana – “A alma que pecar essa morrerá”. Aqui adentramos na problemática do pecado, da obediência ou desobediência do homem diante de Deus.

Na Bíblia, vamos encontrar o Deus Criador, trabalhando amorosamente, graciosamente, e projetou resgatar o homem da queda no Éden, incondicionalmente (salva-vidas pronto), e oferta uma tão grande salvação, condicionalmente ao arrependimento e fé no seu plano salvífico.

Assim sendo, problemas humanos não são meramente emocionais, possui natureza social, moral, ética, material e espiritual. O homem precisa se encontrar e se reconciliar com Deus. E se relacionar bem com o seu semelhante. Amém!

 

Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Natal/RN, 24/09/2025.

terça-feira, 23 de setembro de 2025

O cidadão no século XXI frente à ferramenta da IA.

A Inteligência Artificial-IA é uma ferramenta que veio para ficar. Ela é útil para: Pesquisar, resumir, traduzir, desenhar, organizar, comparar dados, concatenar informações, escrever...e tudo como muita rapidez, altamente produtiva.

Quando utilizada como muleta intelectual pode empobrecer as nossas mentes, nos fazer ignorantes, intelectuais dependentes e alienados.

Abusar da IA pode nos levar ao que cantava o Raul Seixas (1945-1989): “Carrascos e vítimas dos mecanismos que criamos”.

Assim sendo, a IA não deve usada para:

1.Substituir a capacidade crítica dos humanos.

2.Bloquear, travar a voz da consciência.

3.Tomar o lugar da espiritualidade entre Deus e o homem e vice-versa.

4.Tolher o discernimento espiritual do cristão.

5.Descontinuar o exercício do cérebro humano sob pena de levá-lo ao atrofiamento.

6.Botar a máquina, produto humano, no lugar da titularidade humana.

7.Eliminar a emoção nas análises e julgamentos humanos.

8.Apagar a lâmpada da razão no pensar, discernir e decidir.

Fonte: Vídeo – Pr Isaac Silva – ADPE. Pesquisa em 23/09/2025.

 

Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Natal/RN, 23/09/2025.

Jesus, o caminho, a verdade e a vida (João 14.6).

Implicações teológicas veterotestamentárias e neotestamentárias.

1.O sabatismo está agarrado com o sábado e embora declare Cristo o salvador, é como não seja suficiente. O sábado é sinal entre Deus e Israel na Aliança Abraâmica. Como cristãos, na presença de Deus, devemos guardar dias, meses, tempos e anos (Gl 4.10).

a) Aprendemos que o AT é o evangelho oculto. O NT é o evangelho revelado e lança luz sobre tudo que está escrito no AT e se complementam.

b) O Advento de Messias cumprido é o grande divisor de águas entre o AT e NT.

c) A rejeição ao Messias pelos principais dos sacerdotes judaicos, abre-se a porta da redenção a todos os povos. O tropeço temporário de Israel é a riqueza dos gentios. E maior será quando reconhecer em Jesus, o Messias (Rm 11.12).

2.No Jeovismo, os sectários do movimento, são testemunhas de Jeová e não de Cristo por adulterarem textos originais das Escrituras e não crerem na Deidade de Jesus.

a) Somos testemunhas de Deus no sentido de que Ele ressuscitou a Jesus dos mortos (I Co 15.14-15).

b) At 1.8 – Nós, a Igreja, somos testemunhas de Jesus para anunciar as boas novas em todo o mundo (Mc 15.15-16).

4.Em geral, nas demais religiões - Elas têm seus fundamentos de fé e ignoram as Escrituras. Porém, pelas Escrituras, é compromisso do cristão levar a mensagem da verdade de Deus aos homens, independe de suas crenças ou cultura. Todos um dia estarão diante de Deus, quer queiram ou não (Rm 14.11-12).

5.Quando Jesus se apresenta como o caminho para o Pai, Ele não é um caminho dentre outros, não é uma rota alternativa, está externando exatamente ser o único meio de acesso legítimo, exclusivo, singular e insubstituível para Deus.

a) Jesus, como mediador, faz-se necessário em razão da incapacidade humana de se chegar a Deus por justiça própria. Deus é sempre santo e o homem um pecador (At 4.12; I Tm 2.5).

b) Está implícita na sua declaração o que Ele padeceria por nós na cruz, atendendo, solucionando a problemática do pecado para todo o que nele crê (Jo 1.29;3.16).

6.Em Jesus está a fonte da vida, Ele mesmo é a vida e o doador da vida (Jo 3.16; 6.33; 10.28; 11.25). E somente por ele temos promessa de vida eterna.

a) Jesus é a vida mais elevado do que a mera existência física, ao sopro vital no homem. Contrapõe-se contra a morte espiritual, concedendo vida eterna aos que ouvem a sua palavra e crê naquele que o enviou (Jo 5.24).

b) É célebre no texto sagrado a resposta de Pedro em João 6.68-69:

“...Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna. E nós cremos e sabemos que tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”.

7.Quanto à verdade (alétheia no grego), é relevante correlacionar a discussão do substantivo verdade na ciência, na filosofia, na religião, na educação e na teologia.

a) A Bíblia e a Ciência não se chocam.

b) Cientificismo – “Concepção filosófica de matriz positivista que afirma a superioridade da ciência sobre todas as outras formas de compreensão humana da realidade (religião, filosofia metafísica etc.), por ser a única capaz de apresentar benefícios práticos e alcançar autêntico rigor cognitivo” (google.com.br).

Por outro lado, no cientificismo também encontramos inverdades que não corroboram com ética das Escrituras. É uma verdade tendenciosa, adulterada para fins escusos. Por exemplo para determinado ramo da indústria, fins farmacêuticos, teses médicas para se ganhar status, títulos, dinheiro, etc.

Segundo o Filósofo Jacques Maritain, no livro Elementos de Filosofia 1, sobre a Filosofia Tomista:

A Filosofia considera-se o mais alto dos conhecimentos humanos pelo filtro da razão. 

A Teologia, a ciência de Deus, está acima da Filosofia. E a chama de a sabedoria por excelência.

Jesus, o Cristão e a Verdade

Jesus ao dizer “eu sou a verdade” – Não é uma parte ou fração da verdade, mas sim toda a verdade em si mesma. O Evangelho de João realça que Ele personifica a verdade. Assim sendo, a verdade absoluta, imutável e incondicional encontra-se expressa em Cristo. Jesus é a verdade teológica que os seres humanos necessitam conhecer, a qual se opõe à mentira e derruba as falsas crendices presentes no mundo. Enfim, Jesus é a verdade ilumina plenamente o conhecimento acerca Deus, o Pai (Jo 14.7).

A Filosofia é independente nos seus princípios, presta enormes serviços à Teologia, mas nas conclusões é submetida à Teologia.

O que é a verdade? É o fato real, a realidade. A marca da verdade é a autenticidade. A verdade é o seguramente certo, sem enganos, nem mentiras, o seu oposto primário.

Por que o que é verdade para algumas pessoas, não o é para outras? Dependerá das bases de crenças, dos princípios ou sistemas de valores adotados.

E "nada pode contra a verdade senão pela verdade" (II Co 13.8). Exegeticamente, significa que não se pode destruir ou opor-se à verdade e vencê-la. Enquanto promovida, gera o bem, edificação, prevalecendo sobre o mal e a mentira. 

Portanto, Cristo é o mistério de Deus, “Em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência” (Cl 2.2-3).

 

Fontes da pesquisa:

Bíblia Sagrada.

Lição EBD/CPAD – E o verbo se fez carne – 2º trimestre de 2025.

Anotações de estudos pessoais.

 

Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Bacharel em Direito e Teologia

Natal/RN, 21/09/2025.

Como aprender a contar os dias sabiamente?

 

Sl 90.12 - "Ensina-nos a contar os nossos dias; de tal maneira que alcancemos coração sábio". Há no texto três verdades implícitas sobre a vida: única, preciosa e breve.

Quem aprende a contar seus dias baseado na Palavra de Deus:

1.Estabelece Deus o nr. 1 em sua vida. Faz como Jesus ensinou em Mt 6.33.

“Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”.

Nota: O texto citado não exclui a diligência nem recomenda a preguiça.

Martinho Lutero - “Quem não for belo aos vinte anos, forte aos trinta, esperto aos quarenta e rico ao cinquenta, não pode esperar ser tudo isso depois”. Ou seja, quando for sexagenário não pode explodir em feitos e realizações...não é comum...

Viva para Deus, ande com Deus, plante o justo, seja correto. E diz o ditado: “Quem anda na garupa não pode pegar nas rédeas”. Ou seja, na direção da vida, levemos Deus a sério.

2.Não vive inquieto, inseguro com o amanhã.

Mt 6.34 – “Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal”.

O ontem se foi, o amanhã ainda virá. Jesus nos ensina a viver um dia de cada vez e confiar o amanhã ao Deus da vida. No presente, viva mais, ame mais, sirva mais, agradeça mais, perdoe mais, construa mais, ajude mais, exerça a fé com consciência bíblica...

3.Pela fé em Deus, deixemos para trás a ansiedade, preocupações e as incertezas existenciais.

Sl 71.5 – “Pois tu és a minha esperança, Senhor DEUS; tu és a minha confiança desde a minha mocidade”.

O profeta Jeremias faz o contraponto: “Assim diz o Senhor: Maldito o homem que confia no homem e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do Senhor”. Não se pode confiar na natureza humana caída, corrompida. Não dá para se confiar plenamente no homem.

Em pleno século XXI – vivemos a era das incertezas – Os alicerces de valores e princípios construídos há milhares de anos estão sendo arrancados para se construir na areia. Ao invés de acreditar na verdade, defendem a mentira, estão dando crédito a percepções sociais irresponsáveis e suicidas.  

Em Mt 7.24-27 – Jesus nos ensina sobre os dois alicerces: A areia e a rocha - Quem escuta as suas palavras e as pratica é comparado ao homem prudente que edifica sobre a rocha. Vem o vento, as tempestades, porém o que foi construído não vai a ruína. Vá e faça assim. Não tenha ouvido de mercador. Consideremos em alto valor a Palavra de Deus. O ensino de Jesus merece, tem credibilidade.

4.Aprende a fazer distinção entre a porta estreita e a larga.

Mt 7.13-14 – “Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem”.

Não se deixe enganar pelo relativismo moral (cuidado que o “não ofende”, “nada a ver”...da maioria), da multidão de cegos guiando cegos. Vão cair em precipício.  A frase “na terra fiz o que quis” será a mais ouvida no inferno.

5.São daqueles que aprenderam a ser ricos para com Deus.

Diferente do homem rico de Lc 12.16-21, que só pensava nas coisas materiais que possuía. Era o seu tudo. Tinha um olhar de porco, só olhava para baixo. A agenda da alma era: descansa, come, bebe e folga. “Mas Deus lhe diz: Louco, esta noite de pedirão a tua alma, o que tens preparado para quem será? Assim é aquele que para si ajunta tesouros e não é rico para com Deus”.

Sigamos o exemplo do salmista: “Em paz também me deitarei e dormirei, porque só tu, SENHOR, me fazes habitar em segurança” (Sl 4.8).

6.Aprende a viver num mundo secularizado, porém não se deixe corromper.

J. Escrivá de Balaguer – “Sedes homens e mulheres no mundo, mas não sejam homens e mulheres mundanos”.

I João 2.15-17 – “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre”.

(mundo – O sistema de valores mundano, oposto ao padrão divino para por ele o cristão se reger, guiar).

Cuidado! Certo pregador dizia:

O cristão está em perigo quando é elogiado pelo mundo, pelos incrédulos, não quando está sob perseguição.

Ellen White, defendia zero de elogios aos cristãos no serviço de Deus. É um exagero. O reconhecimento das boas ações são louváveis.

Conclusão

1.Quem aprende contar os seus dias na perspectiva divina não são daqueles que se retiram para perdição, mas dos que creem para conservação da alma (Hb 10.39).

2.É do grupo daqueles que aprenderam a remir, administrar, otimizar o tempo, mesmo com aumento da malignidade e da maldade humana. Vão vencendo o mal com o bem.

3.São daqueles que sabem, entenderam que a essência do Evangelho de Cristo é o amor prático, uma receita para todos os pratos e ocasiões, em todas as áreas da vida.

Willian Shakespeare - Poeta, dramaturgo e ator inglês, tido como o maior escritor do idioma inglês e o mais influente dramaturgo do seu tempo, dizia que:

“O tempo é muito lento para os que esperam

Muito rápido para os que tem medo

Muito longo para os que lamentam,

Muito curto para os que festejam; mas, para os que amam, o tempo é eterno”.


Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Natal/RN, 10/09/2025.

segunda-feira, 15 de setembro de 2025

A Igreja em Jerusalém – A Salvação dos Judeus aos Gentios.

 

Is 49.6 – Jesus foi eleito, enviado também para luz dos gentios.

Lc 2.25-32 – O justo Simeão teve a alegria de ver o Messias, o Cristo de Deus, preparado perante a face de todos os povos, luz para alumiar as nações (os gentios) e para glória de Israel.

Mt 15.24; Lc 4.43-44 - Jesus veio e enviado, em primeiro plano, às ovelhas perdidas da casa de Israel.Todavia, profetizou João Batista “e toda a carne verá a salvação de Deus” (Lc 3.6). A salvação é de cima e para todos os povos.

Is 9.1-2 - A Galileia dos Gentios – Era uma região, tanto na época de Isaías quanto na época do ministério de Jesus, onde o povo judeu era minoria — os gentios predominavam (Mt 4.12-16). Era uma terra especialmente fértil e um ponto de encontro para viagens comerciais. Jesus cresceu na região da Galileia, morando em Nazaré (Mt 2.22-23), começou o seu ministério pela Galileia (Mt 4.17-25). O seu primeiro milagre foi num casamento, em Caná da Galileia (Jo 2.11).

João 4.22 – Jesus faz a afirmação de que “a salvação vem dos judeus” - não propriedade exclusiva dos judeus – Todavia, é de Israel a adoção de filhos, a glória, os concertos, a lei, o culto e as promessas (Rm 9.4-5). A chamada em Abraão é soberana e irrevogável, de modo que os dons e a vocação de Deus são sem arrependimento para com Israel (Rm 11.29). E enfim, a todos os homens encerrou debaixo da desobediência para usar de misericórdia, independente de raça ou etnia (Rm 11.32).

Rm 11.11-15 - Os Gentios no Plano da Salvação – E conseguinte, Deus de dois povos (judeus e gentios) fez um: A Igreja (Ef 2.11-14).

O Senhor Deus no AT trata com Israel e as nações gentílicas. No NT, com Israel, as nações e a Igreja (Gn 12.1-3; Gl 2.7-8;3.8).

Paulo diante de tantos embates com os judeus, deixo-os de lado e passa a pregar aos gentios (At 18.6-7). O objetivo de Paulo era mostrar que Jesus Cristo, era o messias que havia de vir. Crucificado e ressuscitado, realizada na cruz a redenção humana. O evangelho judaizante não é objeto desta postagem.

O apóstolo Paulo, foi a quem Deus fez uma chamada específica para salvação e serviço (At 9.15-17), no caminho de Damasco, e o preparou, capacitou para ser doutor e mestre dos gentios (Rm 11.13; I Tm 2.7; II Tm 1.11). E Pedro, voltado para os crentes judeus (Gl 2.7-8).

Então, Paulo, de forma extraordinária, foi a alavanca de Deus, pronta para sofrer e fazer a transição do Judaísmo, das sombras/símbolos do culto mosaico, ao Cristianismo, de um só Deus revelado em três pessoas distintas, tendo o apogeu dessa revelação em seu Filho Jesus Cristo, o Salvador, a luz do mundo (Jo 8.12;12.46). Missão nada fácil, dado o peso cultural da fé monoteísta centrada em Deus o Pai, no AT.

Processo de Conscientização da Salvação aos Gentios

Atos dos Apóstolos foi escrito por volta do ano 63 d.C.  - Assim sendo, o que disse Jesus em Atos 1.8 – “Ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém, Judeia, Samaria e até os confins da terra”, pregando o evangelho, bem como At 10.34 – “Deus não faz acepção de pessoas”, inclusive para salvar, ou seja, se é judeu ou gentio/pagão não importa, só vem à tona, ao conhecimento geral da Igreja Primitiva, pelas fontes literárias, dentro de um período entre 20-30 anos, após sua inauguração no Pentecostes.

a) No episódio da casa de Cornélio - Um gentio temente piedoso, a Pedro Deus revelou a abrangência do Plano Redentivo (At 10.9-20,34), do qual a Igreja Hebreia Primitiva, demorou anos para assimilar a dimensão salvadora da Graça de Deus pela pregação do Evangelho de caráter universal.

b) O evangelista Marcos escreveu por volta de 55-65 d.C. - Mc 16.15 - Jesus após ressuscitado anunciou: “Ide por todo o mundo pregai o evangelho a toda criatura...”.

c) O Evangelho de João foi escrito por volta de 80-95 d.C., onde temos o célebre texto de João 3.16 – Deus não amou a alguns para salvar, amou a toda humanidade dentro do Plano da Redenção. De modo que todo salvo, é eleito em Cristo, por causa de Cristo.

d) Por volta de 65-66 d.C., Paulo escrevendo a Tito - Um gentio convertido, um íntimo companheiro de no seu ministério apostólico (Gl 2.3), declara – “A Graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens” (Tt 2.11).

I Tm 2.4 – Deus, na sua vontade/desejo pleno – Almeja, não decreta, que todos os homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade (o verbo afirma sua vontade no tempo presente, pois Ele está sempre no presente, sendo eterno, portanto, fora do tempo).

De modo que, assim foi tomando forma a conscientização da evangelização a todos os povos, não apenas salvação aos judeus com exclusividade.

O efeito contrário na Teologia da Substituição (A Igreja tomou o lugar de Israel no Plano Divino) - O povo judeu tem passado, porém sem presente e futuro. Uma heresia descomunal, surgida no Catolicismo Romano, na Teologia Reformada, nos seminários, nas universidades teológicas e na Igreja em geral.

Infelizmente, nos anais da História comprova-se o pecado de antissemitismo tanto fora, como no contexto do que chamamos de cristandade, afetando segmentos do Cristianismo.

Concluindo, a posição ideal da Igreja em relação aos judeus está em Rm 11.18-22. Ao invés de nós que antes éramos gentios (pagãos), hoje somos parte da noiva do Cordeiro, nada de orgulho, e sim temor a Deus.

Na era milenar todas as profecias acerca de Israel se cumprirão na sua plenitude. E o governo de Cristo se estenderá sobre as nações gentílicas (Is 11.1,10; Rm 15.12). 

 

Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Natal/RN, 15/09/2025.

quarta-feira, 10 de setembro de 2025

A Parábola do Servo Inútil.

Texto: Lucas 17.7-10

Introdução: A Parábola em reflexão, nos ensina preciosas lições:

1.A ênfase de Jesus está no ofício de servir. Quem é servo e quem é o Senhor.

2.Quem éramos e quem hoje somos nos remete à liberdade em Cristo.

3.Responde-nos como servir no Reino de Deus sem aplausos dos homens. O Feedback é útil, ajuda-nos na direção de servir melhor.

4.Ela também oferece um diploma depois de feito tudo, para quem o desejar. A Teologia Coach passa de longe da proposta pedagógica: "O servo Inútil".

5.A avaliação final no servir fica para o Tribunal de Cristo, no porvir.

I – O contexto histórico da parábola e o que era ser um servo?

a) Um escravo adquirido pelo seu dono, muitos deles prisioneiros de guerras, em feiras livres, entre os animais, sem vontade própria, nenhuma liberdade, sem nome, com as orelhas furadas e nelas colocadas argolas de ferro, com o nome de seu proprietário. Viviam somente para servir e proveito dos seus senhores.

b) E partir desse contexto histórico, Jesus se utiliza para ensinar aos discípulos acerca do ato de servir e conclui dizendo: “Assim também vós...”.

II – No texto, identificamos três estágios até conhecermos a Cristo: Escravidão, liberdade e serviço voluntário.

a) Via de regra, todos nós passamos pelos três estágios.

b) No NT, há dois termos no grego com o sentido de resgate – agorázo e lutróo.

- Agorázo transmite a ideia de se comprar um escravo no mercado e levá-lo para casa.

- O verbo lutróo, significa “comprar e libertar”.

Em I Pd 1.18-19, o verbo resgatar significa “obter à custa de sacrifício”. Assim sendo, a interpretação dos verbos citados nos permite deduzir:

1.O preço que Jesus pagou por nós foi o seu sangue. 

2.Cristo nos comprou e nos libertou do mercado de escravos do mundo. E ao nos comprar, Ele nos devolveu a liberdade.

3. Não podemos mais ser vendidos como escravos.

4. Agora somos da família de Deus e co-herdeiros com Cristo.

III – O Serviço a Deus na Igreja Primitiva.

a) Certamente não dependia de holofotes humanos.

b) O Apóstolo Paulo tinha uma satisfação profunda no espírito e se deleitava, falava alegremente, “eu servo de Jesus Cristo”, preso do Senhor. Viveu o que pregava (Ef 3.1;4.1; Fl 1.1).

d) A piedade não era causa de ganho material. E hoje?

e) A piedade proveitosa, fecunda é com alegria, sem interesses escusos.

f) No ato de servir havia desprendimento, abnegação: Nada trouxemos e nada levaremos.

g) Aos obreiros Pedro instruiu: Cuidar do rebanho do Senhor, não por força, mas voluntariamente, sem ganância e sem exercer domínio (I Pd 5.2-3). Deus jamais deu ao homem domínio sobre os outros, deu sobre os recursos da Criação (Gn 1.26-30).

Somos instruídos a servir com firmeza e constância, sempre abundante, conscientes de que o nosso trabalho não é vão no Senhor (I Co 15.58). 

IV - No ato do servir no Reino de Deus, como estamos agindo?

1.Primeiro, me chama a atenção agendas eclesiásticas sobrecarregadas de atividades internas e pouca atividade externa. Será que não estamos um tanto voltados para dentro? Pouca ação social, pouca evangelização. Que sejamos Igreja mais relevante!

2.Não se aliene pensando no Reino de Deus em torno do denominacionalismo.

3.Temos a mais sublime mensagem de transformação e muitos segmentos do Reino de Deus estagnaram. Como estamos plantando e regando? Crescimento quem dá é Deus!

4.Hoje vemos com certas vaidades humanas, preocupação com títulos, posição e culto à personalidade.

Leonardo Ravenhill (1907-1994) – Evangelista Inglês – Fez um lamento da Igreja onde viveu e serviu (Na Europa e EUA): 

“A Igreja começou num avivamento e está terminando num ritual. Começou com uma força viril, hoje termina estéril. Os membros fundadores eram indivíduos de grande fervor e nenhum título; hoje temos muitos títulos, mas nenhum fervor”.

5.Um dos problemas grave na Igreja hodierna: Há senhores demais, servos de menos.

Paulo César canta: “Quem antes era servo, agora se acha Senhor e diz para Deus como ele tem que ser”.

                                  Conclusão

1.Pare, avalie hoje sua voluntariedade, enquanto servo do Senhor.

2.O que esperamos no servir? Reconhecimento? Aplausos? Alisamento do ego?

Escreveu Paulo: “E tudo quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai” (Cl 3.17).

3.Sirva ao Senhor com amor e respeito às autoridades delegadas por Deus - Não aja com subserviência, sem personalidade própria.  Sirva com temor e consciência cristã. Não fira nem omita a verdade. Bajulações e falsa humildade funcionam por um tempo. Viva o Evangelho de valor que honra a Cristo!

4.Cuidado com as conquistas e as realizações! Precisamos manter as motivações sadias. É possível fazer o certo de forma errada.

Luiz Felipe Pondé, professor e filósofo afirmou: “O sucesso, seja ele físico, financeiro, intelectual ou imaterial, sempre foi um desafio: o risco do sucesso é deformar a alma”.

5. Portanto, amados irmãos, há uma diferença substancial entre os valores do Reino de Deus e os deste mundo. E notadamente nos quesitos de liberdade, poder, liderança, submissão, humildade, méritos, honras, recompensas e serviço na Casa de Deus. Amém!

Nota – Estudo baseado em preleção do Arcebispo Dom Paulo Garcia – Igreja Episcopal Carismática do Brasil – Recife (PE),  +- ano 2012.

Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Natal/RN – 14/03/2024 (Revisão).

segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Triglicérides, LDL, HDL, Creatinina, Glicose.

O que são os triglicérides?

São a principal molécula de gordura que circula pelo corpo. Elas viajam pelo sangue, e também são responsáveis pela nossa reserva de energia.

A maior parte dos triglicérides é produzida pelo próprio fígado. O restante vem através de alimentos ricos em carboidratos e gordura.

Quais as causas de triglicérides alto?

Além da genética, os principais fatores por trás dos níveis elevados são uma dieta rica em carboidratos e gordura e a ingestão de bebida alcoólica.

Abacate ajuda a controlar colesterol e triglicérides.

A obesidade está associada a triglicérides elevados. No entanto, pessoas magras também sofrem com o problema.

LDL, o “colesterol ruim”

Em inglês, a sigla LDL vem de low density lipoprotein, ou lipoproteína de baixa densidade. E, a bem da verdade, essa molécula não é um colesterol.

O que ela faz é carregar as partículas de colesterol do fígado e de outros locais para as artérias. Ou seja, se anda em excesso na circulação, ela provoca um acúmulo nos vasos que pode, com o tempo, entupi-los ou formar trombos. Esse é o estopim para o infarto e o acidente vascular cerebral.

HDL, o “colesterol bom”

Já o termo HDL vem de high density lipoprotein, ou lipoproteína de alta densidade, em português. E essa molécula tem uma ação contrária à do LDL.

Como um faxineiro, o HDL remove o colesterol das artérias e os leva de volta para o fígado, impedindo seu acúmulo. Daí porque é desejável mantê-lo em alta.

Assim, o que se preconiza hoje em dia é aumentar a concentração de HDL principalmente com atividade física.

Creatinina 

É uma substância produzida pelos músculos e é responsável por fabricar energia para que aconteça a contração muscular.  

A creatina é um composto de aminoácidos utilizado pela musculatura para realizar suas contrações. Nesse processo, ocorre a liberação da creatinina, que é filtrada pelos rins e eliminada do organismo.

A creatinina é eliminada do corpo através dos rins e sua concentração no sangue é um indicador importante da função renal. Quando os rins não estão funcionando da forma esperada, a creatinina e outras substâncias podem se acumular no sangue e causar problemas de saúde. Por isso, é importante realizar exames simples de rotina que indicam se a função renal do paciente apresenta ou não complicações. 

Ou seja, A creatinina é um resíduo, ela deve ser retirada de nosso corpo, cabendo aos rins a responsabilidade de retirá-la do sangue para ser excretada na urina.

O que é glicose?  

Glicose é sinônimo de açúcar e a sua taxa no nosso sangue é chamada de Glicemia. 

Você sabia que o açúcar do sangue não está relacionado apenas a alimentos doces? 

O consumo de todo e qualquer alimento interfere nos níveis de glicose no sangue, isso porque os alimentos contêm carboidratos e outros nutrientes que, após serem digeridos, se transformam em açúcar. O que varia é a quantidade e a rapidez com que a sua glicemia será alterada.

Glicose alterada: o que significa? 

A glicemia pode ser realizada após jejum ou após alimentação e os valores esperados são diferentes. A glicose alterada pode ser indicativo de riscos para a saúde então, na vigência de um valor alterado no seu exame de sangue, é importante a repetição do mesmo seguindo regras claras de jejum ou sobrecarga (ingesta de glicose) para garantir o diagnóstico preciso. 

Valores de referência 

Glicose ou glicemia em jejum de 8 a 12 horas: 70 a 99 mg/dL 

Glicemia aleatório ou após sobrecarga (alimentação ou sobrecarga de glicose): até 200mg/dL. 

Porém, existem faixas intermediárias que são sinais de alerta para que seja possível a mudança de hábitos e controle do açúcar no sangue. 

A glicose de jejum entre 100 e 125 mg/ dL é chamada de glicemia de jejum alterada. A partir de 126 mg/dL já temos o diagnóstico de diabetes

Na glicose sem jejum, valores acima de 140 mg/dL remetem ao diagnóstico de Intolerância à Glicose e acima de 200mg/dL, também temos o diagnóstico de diabetes. 

Por isso é muito importante monitorar a sua glicose pelo menos 1 vez ao ano e estar atento às taxas de normalidade e aos sinais de alerta.

Sintomas de glicose alta 

A glicose alta, ou hiperglicemia, pode ser silenciosa por muitos anos e por isso a monitorização é tão importante. Apesar de não causar sintomas desde o início do quadro, pode causar danos ao organismo e aos órgãos. 

Os principais sintomas de glicose alta são: 

Excesso de sede; 

Excesso de urina; 

Fome excessiva; 

Emagrecimento repentino sem redução da ingestão de calorias 

Cansaço e fadiga frequentes; 

Visão embaçada; 

Pele seca; 

Dificuldade em cicatrização; 

Dor de cabeça; 

Tonturas; 

Dor abdominal e náuseas frequentes 

Mudanças no hálito 

Infecções mais frequentes. 

Sintomas de glicose baixa 

A glicose baixa, ou hipoglicemia, geralmente causa sintomas e é uma situação de urgência, podendo ser a causa de acidentes de trabalho, acidentes automobilísticos e quedas. 

Os sintomas na fase inicial da hipoglicemia (glicose de 60-70 mg/dL) podem ser brandos e até ignorados por muitas pessoas. Dor de cabeça, sensação de sono, fome, alterações de humor, são sintomas iniciais de glicose baixa. 

Com a redução dos níveis de glicose para faixas abaixo de 60mg/dL, os sintomas se agravam e podem causar desmaios, convulsões, coma e até a morte.  

Os principais sintomas de glicose baixa são:  

Dor de cabeça; 

Tontura; 

Fome; 

Alterações de humor; 

Tremor; 

Palidez; 

Confusão mental; 

Baixa coordenação motora; 

Baixa concentração; 

Desmaio; 

Crises convulsivas; 

Coma. 

Em pessoas portadoras de diabetes, a hipoglicemia é especialmente perigosa, pois há uma perda progressiva da sensibilidade a baixa de glicose, ou seja, a pessoa deixa de apresentar sintomas que indiquem que o açúcar do sangue está baixo, o que expõe ao risco de desmaios e coma mesmo sem sintomas iniciais. Nos diabéticos o controle de glicose e a realização de testes de glicemia são indispensáveis para a segurança e melhor controle e tratamento. 

 

Fonte: https://delboniauriemo.com.br/saude/glicose

Pesquisa em 17/01/2025.

A pregação do Evangelho e o Fim dos Tempos.

 

Análise contextual, exegética e escatológica de Mateus 24.14.

Na semana da crucificação (contexto).

Jesus havia realizado a entrada triunfal em Jerusalém (Mt 21.1-11 no domingo), purificado o templo (Mt 21.12-17 na segunda-feira), amaldiçoa uma figueira, ensinou por parábolas (Lc 20.19) no Templo (Lc 21.37-38), os principais dos sacerdotes duvidam da sua autoridade, conspiram contra Ele na questão do tributo, responde a pegadinha dos saduceus sobre a ressurreição, censura os escribas e fariseus e faz uma pergunta para cala-los (Mt 22.41-46). E esses fatos ocorrem entre terça e quinta-feira. Institui a Ceia na última Páscoa, na quinta à noite (Lc 22.7-23) e segue para o Monte das Oliveiras, ao Getsêmani onde foi preso. Era chegada a hora.

Então, em Mt 24.1-3, na saída do Templo, os discípulos mostram para Jesus a grandeza da sua estrutura, é quando Jesus começa a proferir o sermão profético, a partir da destruição do Templo (ocorreu ano 70 d.C.) E estando no Monte das Oliveiras, em particular indagam a Jesus com três perguntas: Quando ocorrerão esses eventos? que sinal haverá da sua vinda e do fim do mundo? (Mt 24.3-4). Jesus prossegue com o sermão profético, que no evangelho de Mateus se estende até o capítulo 25. E em Mt 24.14, Ele faz a seguinte afirmação:

“E este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo, em testemunhas de todas as gentes, e então virá o fim”.

Marcos 13.10 - “Mas importa que o evangelho seja primeiramente pregado entre todas as nações”.

Contextos em paralelo nos evangelhos: Mt 24.1-14; Mc 13.1-13; e Lc 21.5-19.

O fim de que estava Jesus se referindo? Do tempo da Igreja na Terra? Do fim da Grande Tribulação? Do Tempo dos Gentios? Ou da consumação dos séculos?

É muito ingênuo pensarmos que o mundo vai se acabar como um balãozinho de aniversário, espetado por uma agulha.

Destacando alguns pontos:

a) Na exegese de Mateus 24.14, Jesus afirma sobre o alcance do evangelho aos povos, nações, etnias, não a pessoas individualmente. Trata-se de uma cobertura global, por regiões no mapa-múndi.

b) A Bíblia faz menção a três evangelhos: Do Reino, da graça (Mc 16.15-16) e o eterno. Porém, com uma só origem e essência: Divina.

c) Na visão evangelística transmite-se uma ideia de que Jesus só virá arrebatar a Igreja quando todo o mundo tiver ouvido o evangelho, enquanto na Escatologia o evangelho terá alcance em toda a Terra pelo evangelho eterno de Ap 14.6, anunciado do céu por anjos, no contexto da Grande Tribulação, a besta, o falso profeta manifestos, presentes, portanto, depois da Igreja levada da Terra. 

d) Não é o homem que encontra Deus, foi Deus quem veio se revelando gradativamente, na consecução do Plano da Redenção. Deus pesa, observa cada geração, cada indivíduo no grau de sede, no interesse e anseio de o achar (Dt 4.29; Jr 29.13; Jo 1.19;7.37; At 10.1-2,29-35;17.30-31; Ap 22.17). E Deus tem vários modos de se revelar aos homens:

Pela sua Criação (Sl 19.1; Rm 1.19-21).

Pela consciência humana (Rm 2.14-15).

Pelos profetas (Nm 12.6-8; Dt 4.31-40;18.19-22).

Pelo seu Filho, Jesus (Jo 1.14;Ef 1.9-13; Gl 4.4-5;Hb 1.1-3).

Pela revelação especial – As Escrituras (Jo 5.39-40; II Tm 3.16-17; Hb 4.12).

e) Civilizações surgiram e foram extintas. Em meio as raças indígenas, por exemplo, houve pouco alcance do evangelho no passado e ainda hoje. Mas, em todo esse desenrolar da História humana, Deus tem critérios, deixou vestígios da sua revelação e pela sua justiça e equidade, é apto para julgar cada povo, raça em sua época. Não deve ser preocupação nossa neste aspecto. E sim, labutar a evangelização, missão precípua da Igreja.

Contexto Escatológico

Mt 24.4-8 – Jesus faz referência aos agravantes geopolíticos no mundo e sintetiza como princípio de dores, ou seja, o pior irá ocorrer na Grande Tribulação, Israel “no olho do furacão” e a Igreja terá sido arrebatada deste mundo. Todavia ainda não é o fim (Mt 24.8; Lc 21.9).

Princípio de dores - É o parafuso divino começando apertar, e entende-se que o Fim dos Tempos se conta a partir do sermão profético de Jesus até a consumação dos séculos.

A Grande Tribulação (cumprimento da 70ª semana profética de Daniel) - É Deus voltando a tratar diretamente com Israel, logo após o arrebatamento. E estes dias serão abreviados por causa dos escolhidos, os judeus (Mt 24.21-22). E escolhidos no sentido de filhos por eleição, a partir da chamada de Abraão (Gn 12.1-3; Is 41.8-10;45.4; I Cr 16.13). A Igreja, filhos por adoção (Rm 8.15; Gl 4.4-5; Ef 1.4-5), embora a adoção, em primeiro plano, pertença a Israel (Rm 9.4-5).

Na visão pré-tribulacionista milenista o sermão profético de Jesus diz mais respeito a Israel do que a Igreja, pois esta já terá sido arrebatada ao céu. Vejamos:

Mt 24.20 – “Orai para que a vossa fuga não aconteça no inverno nem no sábado”. O inverno em Israel é frio e intenso. Um judeu, segundo a tradição, não pode caminhar mais de 1.300m no sábado. Do contrário, não estará guardando o sábado.

Mt 24.29-31 – Ajuntamento dos escolhidos dos quatro cantos da terra, de uma à outra extremidade dos céus. Há vários argumentos bíblicos de que os “escolhidos” refere-se à nação de Israel. E tudo ocorre na vinda de Jesus em glória. Vejo como uma preparação para adentrarem no Milênio.

Mt 24.32 – A figueira é uma figura da nação de Israel, e aqui mostrando a proximidade dos acontecimentos escatológicos em torno do povo judeu (Lc 21.12;16-17,20-21,23-24).

Lc 21.25-31 – É um texto descrevendo a vinda de Jesus em glória, para socorrer Israel...no final da GT (Mt 24.30; Ap 1.7). Os sinais relatados não dizem respeito ao arrebatamento (não constam em I Ts 4.13-18). Porém, hoje serve para nos manter alerta, vigilantes para o arrebatamento.

I Ts 4.16 - O arrebatamento da Igreja descortinará uma série de eventos escatológicos - Em curta exegese deste texto, a trombeta de Deus é para a Igreja (I Co 15.51-52), o alarido (gritaria, berreiro, lamentação, muitas vozes no mesmo momento ocorrerá entre as nações), e a voz do arcanjo para Israel (um sinal dirigido a Israel).

Portanto, entendemos que Jesus respondeu Mt 24.14, listando eventos que apontam, principalmente, para sua vinda em glória, cujos objetivos serão para socorrer Israel no final da GT, julgar as nações (Mt 25.31-46), estabelecer o Milênio, marcando o fim do *Tempo dos Gentios (Lc 21.24).

*Período político-econômico no qual nações gentílicas dominam sobre Israel desde o Cativeiro Babilônico (586 a.C.) e perdura em parte, até os dias atuais.

Adiante com o estabelecimento do Estado Eterno, não haverá mais governo humano na nova Terra e sim uma Teocracia, sediada na Nova Jerusalém (Ap 5.13-14;21.24,26;22.2). “...e reinarão para todo o sempre” (Ap 22.5).

 

Fontes da pesquisa:

As Escrituras Sagradas.

Tempo do Fim - A resposta - Pr Juliano Fraga - 2ª Edição 2024.

Anotações de Estudo Bíblico.


Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Natal/RN, 01/09/2025.

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