Antes de conhecer Deus
academicamente, o teólogo precisa conhecê-lo pessoalmente.
Antes de descrever
Deus, o teólogo precisa ter comunhão com ele.
Antes de descrever o
amor de Deus, o teólogo precisa sentir-se amado por ele.
Antes de descrever a
autoridade de Deus, o teólogo precisa submeter-se a ela.
Antes de descrever a
santidade absoluta de Deus, o teólogo precisa descrever a sua absoluta
pecaminosidade.
Antes de mencionar a
sabedoria de Deus, o teólogo precisa confessar a sua ignorância.
Antes de se enveredar
pelo problema filosófico e teológico do sofrimento, o teólogo precisa aprender
a chorar com os que choram e a alegrar-se com os que se alegram.
Antes de tentar
explicar as coisas mais profundas e misteriosas da teologia, o teólogo precisa
ser honesto consigo mesmo e com os outros e admitir que nas cartas de Paulo e
em outras passagens da Bíblia há coisas realmente difíceis de entender.
Antes de ensinar e
escrever teologia, o teólogo precisa entender que sua responsabilidade é
enorme, porque, exatamente por ser reconhecido como teólogo, ele será ouvido,
lido, consultado, citado. O teólogo não pode inventar suas teologias, assim
como o profeta não podia inventar suas visões nem declarar “assim diz o
Senhor”, se o Senhor nada lhe dissera.
O teólogo não pode ser
nem frio nem seco. Ele tem de declarar com toda empolgação que Deus é
amantíssimo, graciosíssimo, justíssimo, misericordiosíssimo, puríssimo,
santíssimo, sapientíssimo e terribilíssimo.
O teólogo precisa de
humildade para explicar as coisas já reveladas e calar-se diante das coisas
ainda ocultas.
O teólogo precisa
caminhar lado a lado com a fé e com a razão e, se em algum momento tiver de
abrir mão de uma delas, deve ficar com a fé.
O teólogo deve construir e, em nenhum momento,
destruir.
O teólogo obriga-se a
separar o trigo do joio, a verdade do mito, a revelação da tradição, a visão
verdadeira da falsa visão, o bem do mal, a luz das trevas, o doce do amargo, a
vontade de Deus da vontade própria.
O teólogo tem o
compromisso de insistir na unicidade de Deus e condenar a pluralidade de
deuses, tanto os de ontem como os de hoje.
O teólogo tem a
obrigação de equilibrar a bondade e a severidade de Deus, o perdão e a punição,
a vida eterna e a morte eterna, a graça e a lei.
O teólogo é um
fracasso quando não menciona que Deus amou tanto o mundo que deu seu único
Filho por uma só razão: para que ninguém fosse condenado, mas tivesse, pela fé
em Jesus, plena e eterna salvação!
Fonte: Ultimato
Setembro/Outubro 2012.
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