Fatos Históricos
Antecedentes
Tudo começou com as Capitanias
Hereditárias quando o Rei de Portugal Dom João III, em 1530, dividiu o Brasil
em lotes. As terras que hoje correspondem ao Rio Grande do Norte couberam a
João de Barros e Aires da Cunha. A primeira expedição portuguesa aconteceu
cinco anos depois com o objetivo de colonizar as terras. Antes disso, os
franceses já aportavam por aqui para contrabandear o pau-brasil. E esse foi o
principal motivo do fracasso da primeira tentativa de colonização. Os índios
potiguares, ajudavam os franceses a combater os colonizadores, impedindo, a
fixação dos portugueses em terras potiguares.
Natal, então, surgiu a partir
da intenção espanhola de expulsar os franceses do litoral brasileiro no período
da União das Coroas Ibéricas (1580 -1640).
Fatos
Históricos Consequentes
Em 25 de dezembro de 1597, uma
nova expedição portuguesa, desta vez comandada por Mascarenhas Homem e Jerônimo
de Albuquerque, chegou para expulsar os franceses e reconquistar a capitania.
Como estratégia de defesa, contra o ataque dos índios e dos corsários
franceses, doze dias depois os portugueses começam a construir um forte, projetado
pelo Padre Gaspar de Samperes, o mesmo arquiteto que projetou a Igreja Matriz
de Nossa Senhora da Apresentação.
Em 6 de janeiro de 1598 se deu o início da construção da Fortaleza dos Santos Reis, hoje chamada de Fortaleza dos Reis
Magos, e seu nome faz referência ao Dia de Reis, quando se encerra o ciclo
natalino. Inclusive, restaurado no Governo atual e reaberto ao público a partir desta data: 25/12/2021.
Fundação
da Cidade
A cerca de 6 Km da Fortaleza nasceu
a cidade, quando se efetuou a demarcação dos seus limites, realizada por
Jerônimo de Albuquerque, no ano de 1599.
Natal, capital do Estado do
Rio Grande do Norte, é considerada fundada em 25 de dezembro de 1599, às
margens do Rio Potengi.
Então, logo se formou um
povoado que, segundo alguns historiadores, foi chamado de Cidade dos Reis.
Depois, Cidade do Natal. O nome da cidade é explicado em duas versões:
refere-se ao dia que a esquadra entrou na barra do Potengi ou a data da
demarcação do sítio.
Quem fundou a cidade de
Natal? Nos registros históricos, três
nomes dividem a opinião dos estudiosos: Mascarenhas Homem, Jerônimo de
Albuquerque e João Rodrigues Colaço. Natal se resumia a poucos quilômetros de
extensão. Começava nos arredores da atual Praça das Mães e terminava na Praça
da Santa Cruz da Bica, na antiga cruz sul, em frente a atual Cosern, no Baldo. Ali havia o Rio da Bica, ou Tiçuru (Cascudo. Hcon. 1999, pg. 145).
Em 1633, com a invasão e domínio
holandês, a rotina do povoado que começava a evoluir foi totalmente mudada.
Durante 21 anos, o forte passou a se chamar Castelo de Keulen e Natal Nova
Amsterdã. Com a expulsão dos Holandeses, a cidade volta à normalidade sob o controle português.
O mais antigo mapa da cidade
elaborado em 1633 (Foto: Reprodução/Livro de Câmara Cascudo).
Nos primeiros 100 anos de sua
existência, Natal apresentou crescimento lento.
Em 1822, ano da Independência
do Brasil, Natal tinha em torno de 700 habitantes, segundo Câmara Cascudo.
Palácio Potengi - Antiga Sede do Governo do RN - Construído entre os anos de 1865 e 1873.
O prédio, em estilo
neoclássico, Sede do governo do RN até a década de 1980. Está localizado na Praça
7 de setembro, no bairro Cidade Alta. E, antes disso, abrigou a
Assembleia Provincial. O prédio é tombado pelo Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional (Iphan). Hoje, abriga a Pinacoteca do Estado
do Rio Grande do Norte.
No final do século XIX, a cidade já possuía uma população de mais de 16 mil habitantes.
Na segunda metade do século XIX, o algodão incrementa a economia local e
promove o desenvolvimento da cidade, principalmente do bairro da Ribeira,
região às margens do Rio Potengi, onde havia um pequeno porto. Foi o ciclo do "ouro branco".
Em 1910, o desenvolvimento da
cultura de algodão no Seridó estava a todo vapor.
Na década de 1920, a região do
Seridó - acentuadamente os municípios de Caicó e Jardim do Seridó - produziu
mais de 40% de todo algodão exportado pelo Estado para o exterior e para outras
regiões do Brasil. Era o famoso algodão mocó.
No início do século XX, entre
os anos de 1908 e 1913, o governo de *Alberto Maranhão inaugura uma nova era na
capital potiguar, cujos historiadores denominam de 'Modernidade de Natal'.
Alberto Maranhão faz um empréstimo com a França e começa a investir na infraestrutura
da cidade. Natal passa a ter iluminação pública, com lampiões a gás, além de
bondes puxados por animais; além do término de importantes construções, como a
do teatro Alberto Maranhão e o prédio que abrigava a Ordem dos
Advogados do Brasil no estado (OAB/RN), além da sede do Tribunal de Justiça do
RN, onde funcionou o Instituto Histórico do Estado.
Teatro Alberto Maranhão visto
à noite (Foto: Secretaria Estadual de Cultura/Divulgação).
*Alberto Frederico de Albuquerque
Maranhão (1872-1944), político natural de Macaíba RN, duas vezes governador do
RN (1900-1904 e 1908-1913). Considerado o cultor das artes, o mecenas da
cultura potiguar. Filho de Amaro Barreto de Albuquerque Maranhão (1825-1890) e
Feliciana Maria da Silva Gomes Pedrosa (1832-1893). Irmão de Pedro Velho de Albuquerque Maranhão
(1856-1907), Augusto Severo de Albuquerque Maranhão (1864-1902 – precursor
aeronáutico), Amaro Barreto Filho, Fabrício Maranhão e Inês Augusta. Seu avô
materno, o comerciante e senhor de engenho Fabrício Gomes Pedrosa (1809-1872), pernambucano de Nazaré da Mata (PE), foi o
fundador da cidade de Macaíba e era uma das maiores fortunas do Rio Grande do
Norte.
Em 1912, a cidade passa a ter
bairros. Tirol e Petrópolis eram chamados de Cidade Nova. Além destes, tinha
ainda o Alecrim e a Ribeira. Nesta época, foi elaborado um planejamento da
cidade. As avenidas que atualmente homenageiam presidentes do Brasil, como a
Afonso Pena, Rodrigues Alves, Campos Sales, foram planejadas durante este
período.
A partir de 1922, o
desenvolvimento de Natal ganhou ritmo acelerado com o aparecimento das
primeiras atividades urbanas.
Prédio
Palácio Felipe Camarão, atual Sede da Prefeitura de Natal/RN
Construído
no ano de 1922, pelo construtor Miguel Micussi, sendo inaugurado em 07/09/1922.
A sede da Prefeitura recebeu o nome de “Palácio Felipe Camarão” através da Lei
359/A, de 1955, em homenagem ao índio Poti, que era o chefe dos Potiguares,
tribo que habitava as margens do Rio Potengi. Felipe Camarão (1612-1648)
nasceu na aldeia vila velha em Igapó.
Ano 1942, outro acontecimento
que inaugura uma nova fase na capital é a entrada do Brasil na Segunda Guerra
Mundial, ao lado dos Estados Unidos.
Base Americana em Natal na 2ª
Guerra Mundial (Foto: Reprodução/Livro de Câmara Cascudo).
Pela sua posição geográfica
privilegiada, sendo o ponto das Américas mais próximo da Europa, Natal passa a
ter uma base americana que atrai investimentos e um povoamento de 10 mil
soldados americanos - aumentando em 20% a população local. Registre-se, foi um
novo capítulo da história de Natal, ganhando ares de metrópole internacional,
transformando definitivamente Natal e a cidade teve seu nome conhecido por
milhões de cidadãos pelo mundo.
Nos anos pós-guerra a cidade continuaria a se desenvolver e sua população cresceria, mas só alguns anos mais tarde é que esse quadro mudaria definitivamente.
Na década de 1960 foi criado o Centro de Lançamento, uma base da Força Aérea Brasileira para emissão de veículos espaciais e realização de pesquisas aeronáuticas.
Primeira base de foguetes da América do Sul, o Centro de Lançamento da Barreira do Inferno é um prato cheio para quem busca a história da aeronáutica brasileira. A instalação, que rendeu a Natal o renome de ser a capital espacial do Brasil, conta com grande acervo sobre as pesquisas que já foram feitas no local desde a Segunda Guerra Mundial.
O Centro de Lançamento da Barreira do Inferno está situado na Rodovia RN 063 Km 11, na cidade de Parnamirim, na Região Metropolitana de Natal.
A Natal contemporânea
No início da década de 1980, foi realizada a construção da Via Costeira, um marco importante para o crescimento da cidade. São 10 km de praias com uma excelente rede de hotéis entre as Dunas e o mar.
Cidade
do Sol e do Turismo na Veia
Natal, apesar de pequena, é
grandiosa. A capital do Estado do Rio Grande do Norte é conhecida por suas
belezas naturais, lindas praias, dunas, lagoas e coqueiros. A tímida
cidade esconde por trás de suas dunas uma série de histórias e pontos
turísticos de tirar o fôlego.
Ponte
Newton Navarro Bilro (1928-1992), artista plástico, desenhista, escritor, cronista,
dramaturgo potiguar. Ponte com 110m de altura, 22m de largura e 1.800m de
comprimentos. Localizada na Redinha. Liga a Zona Norte às Zonas Leste e Sul da
cidade do Natal/RN. Inaugurada em 21/11/2007, no Governo de Wilma Maria Marques
de Faria, no segundo mandato (2007-2010).
Natal, capital do Rio Grande do Norte (Foto: Canindé Soares).
Com um dos mais belos litorais
do Brasil, que se estende por mais de 400 Km, Natal é considerada a cidade que
possui o ar mais puro da América do Sul. A praia mais badalada da cidade é
Ponta Negra, onde moradores e turistas aproveitam o mar, restaurantes e vida
noturna. As praias mais paradisíacas ficam nas cidades vizinhas, como Búzios e
Barra de Tabatinga ao sul da capital, além das dunas de Genipabu, ao norte, e a
Praia da Pipa, que fica a 80 Km.
Dunas às margens da Lagoa de Genipabu - Zona Norte de Natal/RNSegundo dados de 2018 do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Natal tem 877.640
habitantes numa área de 172 mil quilômetros quadrados. E estima-se 890 mil
habitantes para 2021.
E conforme o portal G1, em 2020, o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estimou um total de 3.534.165
pessoas no Rio Grande do Norte. Em 2021, são 26.738 habitantes a mais, sem computar
os efeitos da pandemia de covid-19.
Fontes:
https://www.neonergia.com.br
– Pesquisa em 24/12/2021, às 14: 55 hs.
https://natal.rn.gov.br/cidade-de-natal-rn
- Pesquisa em 24/12/2021, às 15.10 hs.
https://www.cmnat.rn.gov.br/p/cidade-do-natal - Pesquisa em 24/12/2021, às 15: 18 hs.
https://www.praiasdenatal.com.br/ponte-newton-navarro - Pesquisa em 25/12/2021, às 15:20 hs.
https://blog.parrachos.com.br/centro-de-lancamento-barreira-do-inferno/
- Pesquisa em 25/12/2021, às 15:35 hs.
Por Samuel Pereira de Macedo
Borges
Potiguar de origem e coração.
Natal/RN
– 25/12/2021.