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segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

Dímero-D: o que é? Para que serve? E o que significa o resultado

Marcela Lemos  - Biomédica - Dezembro 2021

O dímero-D, também conhecido como D-dímero, é um dos produtos da degradação de fibrina, que é uma proteína que está envolvida com a formação do coágulo. Assim, quando existem alterações no processo de coagulação, é possível que exista uma maior quantidade de dímero-D circulante.

O valor de referência de dímero-D no sangue é de até 0,500 µd/mL ou 500 ng/mL, sendo importante investigar a causa de valores aumentados desse marcador, o que pode ser feito por meio de exames de sangue como hemograma, exames que avaliam o fígado e dosagem de proteína C reativa, por exemplo.

Para que serve?

A dosagem de dímero-D é normalmente indicada pelo clínico geral ou cardiologista com o objetivo de descartar a possibilidade de trombose venosa profunda e tromboembolismo pulmonar, já que esse marcador está aumentado nessas situações.

No entanto, por se tratar de um marcador da coagulação, o D-dímero pode também ser solicitado com o objetivo de avaliar o funcionamento da cascata de coagulação, já que após a ativação da fibrina para compor o tampão plaquetário, é ativada a via de degradação da fibrina, levando à liberação de produtos de degradação no sangue. No entanto, quando há alteração na coagulação, é possível verificar quantidade anormal dos produtos de degradação da fibrina, incluindo o dímero-D. Entenda melhor como acontece a coagulação.

Dessa forma, além de servir para descartar a ocorrência de trombose venosa profunda e tromboembolismo pulmonar, a dosagem do dímero-D também pode ser útil na investigação de situações que podem interferir na coagulação, como problemas cardíacos e inflamações, por exemplo.

O que significa dímero-D aumentado

A alteração dos níveis de dímero-D acontece em situações em que há formação e degradação de coágulos, resultando no aumento anormal dos níveis no sangue dos produtos de degradação da fibrina, que é o principal componente dos coágulos. Assim, o aumento dos níveis de dímero-D está principalmente relacionado com o risco aumentado de trombose venosa profunda (TVP) e tromboembolismo pulmonar (TEP). No entanto, outras situações que podem levar ao aumento do D-dímero são:

Coagulação intravascular disseminada;

Após grandes cirurgias;

Grandes traumas;

Durante a gravidez;

Doenças cardíacas, renais ou hepáticas;

Inflamações;

Uso de anticoagulantes;

Alguns tipos de câncer;

COVID-19, em alguns casos.

Além da avaliação do dímero-D, é importante que sejam realizados outros exames que ajudem a identificar a causa do aumento desse marcador. Assim, de acordo com o histórico de saúde da pessoa e presença de sintomas, pode ser recomendado pelo médico a realização do hemograma, exames para avaliar a função do fígado, rins e coração e dosagem da lactato desidrogenase e proteína C reativa.

Outros exames que podem ser solicitados juntamente com o D-dímero são tempo de protrombina, tempo de trombina, tempo de sangramento e tempo de tromboplastina parcial, que são exames que fazem parte do coagulograma e que permitem avaliar se o processo de coagulação está acontecendo normalmente. Saiba mais sobre os exames do coagulograma.

Dímero-D e COVID-19

O aumento do dímero-D é um achado laboratorial comum em casos de COVID-19, isso porque na tentativa do organismo de combater o vírus responsável pela doença, há liberação de grande quantidade de citocinas, o que provoca lesão nos vasos sanguíneos e ativa a cascata de coagulação. Dessa forma, há ativação de grande quantidade de fibrina e, consequentemente, da via responsável por degradar essa proteína, aumentando os níveis de D-dímero circulantes.

Dessa forma, o aumento dos níveis desse marcador no sangue pode ser indicativos de infecção e, dependendo dos valores, podem ser sugestivos de maior gravidade de COVID-19 e do risco de coagulação intravascular e trombose, sendo nesses casos necessário internamento. No entanto, é importante também que sejam avaliados os níveis de fibrina, quantidade de plaquetas e tempo de protrombina e os sintomas apresentados pela pessoa. Veja mais sobre a COVID-19.

De acordo com a Anvisa, Agência Europeia de Medicamentos e outras fontes oficiais, algumas das vacinas para COVID-19 podem aumentar ligeiramente o risco de trombose, entretanto esse risco é muito inferior que o risco de trombose devido à infecção pelo SARS-CoV-2. Dessa forma, a vacina continua sendo a forma mais segura e eficaz contra a COVID-19. [1, 2, 34

Fonte: https://www.tuasaude.com/d-dimero/ - Pesquisa em 13/12/2021.

 

Samuel P M Borges

Natal/RN – 13/12/2021.


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