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segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

Como Deus trata com a humanidade?

O mapa-múndi nos dá uma visão da humanidade dividida em seis continentes – América, Europa, Ásia, África, Oceania e Antártida. Continentes são imensas faixas de terras, cercadas de águas, onde é possível a vida humana, animal, vegetal, climas diversos, etc.

Até 2019, a ONU reconhecia 193 países. A FIFA tinha 211 países filiados. E o COI – Comitê Olímpico Internacional, reconhecia 206 países, segundo o estudoprático.com.br.

Gênesis 1.1 – “No princípio, criou Deus os céus e terra”.

Salmos 24.1-2 – “Do Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles nele habitam. Porque Ele a fundou sobre os mares e a firmou sobre os rios”

Salmos 115.16 – “Os céus são os céus do Senhor; mas a terra, deu-a Ele aos filhos dos homens”.

Calculando em tempo real, o site worldmeters.info/pt/ informa que somos 7.913.211.444 habitantes.  Pesquisa em 13/12/2021, por volta das 21:55 minutos.

E levantamos a seguinte indagação: Como Deus, o Criador, trata com a humanidade?

A interpretação panorâmica das Escrituras, deve ser feita a partir do primeiro homem Adão, criado por Deus à sua imagem e semelhança, com uma visão abrangendo do seu trabalhar, em torno de três povos, Gentios, Israel e a Igreja, num arcabouço bíblico sistematizado, contendo tanto o antes como o depois do Advento do Messias.

João 5.17 – “...Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também”. A Criação está concluída, encerrada (Gn 2.3). Entretanto, a causa da redenção, da reconciliação do homem com Deus, está em curso pela proclamação do evangelho, poder de Deus para salvação de todo o que crê (Mc 16.15-16; Jo 3.16; Rm 1.16; Ap 5.9).

A Humanidade em três agrupamento de humanos.

1. Gentios – São todas as nações, excluído o povo judeu.

2. Israel – Um dos povos de origem semita, descendentes de Sem, filho mais velho de Noé. E que foi formado a partir da chamada divina a Abraão, o hebreu (Gn 12.1-3;14.13), mediante uma Aliança (Gn 15.17-21).

3. A Igreja Cristã – Estabelecida na terra como agência do reino de Deus, composta de todos os salvos em Cristo Jesus, a sua pedra fundamental (Mt 10.1-8;12.28;16.13-20; I Co 3.11), inaugurada no dia de pentecostes (Lc 24.49; At 2.1-4), com a missão de pregar o evangelho de arrependimento a todas as nações (Mt 28.18-20; Mc 16.15-16; Lc 24.46-48).

Deus tem criaturas e filhos. É possível distinguir na Bíblia cinco de tipos de filhos: Por criação – anjos, por formação – Adão, por eleição – Israel, por geração – Jesus Cristo, o homem perfeito. E por adoção, a Igreja.

4. Quanto à redenção, a salvação vem dos judeus (Jo 4.22), porém não é exclusiva do povo judeu. Deus não faz acepção de pessoas (Atos 10.34-35; Rm 2.6-11).  E o desejo de Deus é salvar, não condenar. Ele não tem prazer na morte do ímpio nos seus pecados (Ez 18.23; Pv 28.13; Is 55.7).

5. Em Ef 2.11-14, o apóstolo Paulo disseca sobre a formação de um novo povo, em Cristo, a Igreja, constituída de judeus e gentios. Em Gl 6.16 a Igreja é chamada, em sentido alegórico, o Israel de Deus. A propagação do evangelho, começando tanto por Jerusalém como em toda Judéia e Samaria, e até aos confins da Terra (At 1.8), não extingue Israel enquanto nação, povo, filhos de Deus por eleição, com bastante promessas e profecias ainda por se cumprir no cenário bíblico-escatológico. Aliás, cerca de 70% das profecias bíblicas dizem respeito a Israel, Estado-nação.

6. No geral, Deus age por Soberania e Permissividade. A sua Vontade Moral está declarada, revelada nas Escrituras para o homem obedecer, podendo desobedece-la. A Vontade Moral de Deus não é imposta aos homens.

7. Deus não é de meio termo. O homem precisa decidir e escolher em quem vai crer, seguir e servir (Js 24.14-15; Mc 16.15-16). Após o acerto de contas (Rm 14.12), o destino final será céu ou inferno.

Jonathan Edwards (teólogo congregacional americano – 1703-1758), declarou: "A terra é o único inferno que os cristãos irão suportar, e o único paraíso que os descrentes irão desfrutar”.

Houve na História da Igreja, teólogos, pensadores cristãos que deram foco exacerbado aos “eleitos”, chegando a níveis de oposição até com mortes para quem não aceitasse as suas ideias teológicas.  E criaram um dualismo insano com dois grupos: Dos que Deus predestinou ao céu e dos que Ele predestinou ao inferno, e assim estava determinado, antes da fundação do mundo.

Em consequência, símbolos, figuras, tipos e antítipos têm sido interpretados em cadeia, para se amoldar às correntes teológicas cridas e defendidas, faltando humildade, em especial na Igreja Institucionalizada, digo nas denominações, para corrigir distorções, quando evidenciadas no texto sagrado.  E a bem da verdade, não é tão simples assim reexaminar linhas teológicas transmitidas há séculos.

Na contemporaneidade há denominações reformadas amenizando o dualismo citado, oriundo dos reformadores, ensinando que a Predestinação divina é sempre para a salvação, não para condenação. 

Tenho a convicção de que a Eleição e a Predestinação focadas nos eleitos, não em Cristo, deforma a Doutrina da Redenção contida nas Escrituras.

Antes de nos amarrarmos em nossas “correntes teológicas”, sejas elas primitivas, patrísticas, históricas, reformadas, tradicionais, pentecostais ou não, devemos considerar:

1. Buscar compreender a História da Humanidade, dentro do Plano de Divino Através dos Séculos, do Gênesis ao Apocalipse.

2. Fazer do Advento de Jesus (encarnação do verbo), um divisor de águas no desenrolar da redenção humana e compreender que o propósito divino é de salvação em prol do homem caído e tem caráter universal, sem exclusivismo, sem acepção de pessoas (At 10.34-35).

3. Corrigir e aparte-se do germe antissemita que começou a tomar forma a partir do ano 722 a. C. (Cativeiro Assírio) e ano 605 a. C. (Cativeiro Babilônico), quando Israel foi subjugado pelos gentios, perde o poder político e econômico sobre o seu território. O antissemitismo foi potencializado nos primórdios do Cristianismo até os nossos dias, via concílios, bulas clericais, seminários, universidades não cristãs e cristãs, Institutos, denominações evangélicas, etc., sob a mentira de que os judeus rejeitaram e mataram Jesus (o deicídio) e toda a civilização judaica é culpada do crime histórico, ignorando e deixando de lado as profecias acerca da vinda, nascimento, vida, ministério, morte, ressurreição e ascensão de Jesus.  Na verdade, Jesus foi rejeitado pelas autoridades religiosas à época, preso e julgado sem a participação do povo, e morto na cruz pelos romanos. E vemos nos evangelhos que Jesus não se deixou ser aclamado o Messias libertador, salvador político-econômico, como queria a grande massa judaica de seus dias na Terra. Naquele momento da História, não veio com esse fim. Chegará a tempo em que reinará sobre toda a Terra (Dn 7.13-14), e no momento certo, em fim, entregará o Reino a Deus, o Pai (I Co 15.24,27-28).

O termo antissemitismo surgiu na Alemanha no final do século XIX, definido cientificamente como ódio, aversão aos judeus, a sua cultura e a sua fé monoteísta.

Para aprofundar o ponto 3, consultar a postagem http://samuca-borges.blogspot.com/2021/10/jesus-foi-rejeitado-como-o-messias-de.html

4. A não distinção entre a Igreja e Israel (povo, nação, cultura, língua pátria e território geográfico), tem levado a inúmeras interpretações e deduções bíblicas errôneas nas disciplinas teológicas da Eclesiologia, Soteriologia e Escatologia, Doutrina do Fim dos Tempos.

 

Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Bacharel em Direito e Teologia

Natal/RN – 13/12/2021. 


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