TEXTO ÁUREO - “E, na sua testa, estava escrito o nome: Mistério, a Grande Babilônia, a Mãe das Prostituições e Abominações da Terra” (Ap 17.5).
VERDADE
PRÁTICA - A igreja deve resistir ao “espírito da Babilônia”
presente no cenário atual. Isso deve ser feito por meio do compromisso
inegociável com a autoridade da Palavra de Deus.
I) Apresentar os significados
de Babilônia;
II) Elencar os sistemas que
formam o “espírito da Babilônia”;
III) Demarcar a posição que se
espera da Igreja nesse contexto.
INTRODUÇÃO
- Observa-se um aparato ideológico
na sociedade, fazendo oposição ao Cristianismo Bíblico, a partir do grito de
uma minoria, em nome dos “meus direitos” e da “diversidade cultural”.
- A oposição à fé cristã vem
ocorrendo nas esferas religiosa, política, econômica e cultural.
- Está constatada a busca pela
desconstrução da ética e da moral cristãs, através da inversão de valores e
contradições que agridem o bom senso e a inteligência humana (Is 5.20).
- O sexo não é biológico. É um
construto social de cada indivíduo, assim apregoa a agenda LGBTQSe+.
- Pessoas vão às ruas defender
a aplicação vacina pela vida, mas abortar uma criança é um direito da mãe.
- Pregam a “liberdade” para
consumir drogas, opções sexuais sem levar em conta a destruição das famílias no
tecido social.
- Há um afrouxamento das
penas, manipulação do Código Processo Penal - CPP brasileiro, facilidades para
os maus elementos, violadores da lei na sociedade, em detrimento da segurança
social.
- O “espírito da Babilônia”
não se restringe a uma localização geográfica, vai além de uma instituição e de
uma cidade, é um sistema atuando, operante nas esferas religiosa, política,
cultural e econômica/mercantilista, potencializado no mundo pelo maligno (I Jo
5.19; II Ts 2.7).
Diante desse quadro, como a
Igreja Cristã vai cumprir a sua missão de pregar o evangelho do arrependimento?
Cumprir o seu papel de coluna e firmeza da verdade, até que Jesus venha?
I
- BABILÔNIA E SEUS SIGNIFICADOS
A grande meretriz/prostituta – É uma personagem com a qual os reis da terra se prostituíram (Ap 17.1,2).
No AT a idolatria é tratada
como prostituição e infidelidade espiritual (Na 3.4; Is 23.15; Jr 2.20; Os
2.5). Em Apocalipse também.
As muitas águas onde a
prostituta se assenta simboliza povos, multidões (Ap 17.1;15) seduzidas pela
idolatria, diga-se prostituição espiritual (Ap 14.8;17.5), paganismo (Ap 18.3)
e sua oposição a fé cristã (Ap 17.6;19.2).
Babilônia,
a prostituta é identificada com três faces: Da moral imunda, um sistema
religioso idolátrico (morada de demônios) e mercantilista (Ap 14.8; 17.3-5;
18.1-3;11-19).
A Mulher e a besta Escarlata (Ap 17.3) - O que representam? A união entre o cavaleiro (mulher) e a montaria
(besta) simboliza a nefasta força dos sistemas religioso, político e cultural.
A
fera na qual a mulher está montada é a Besta que saiu do mar (Ap 13.1).
Trata-se do Anticristo que, pelo poder de Satanás, faz oposição a Jesus (II Ts
2.4,9,10). Ele profere blasfêmias em consciente repulsa ao senhorio de Cristo
(Ap 13.6; 17.3b).
Explicitando:
1.A mulher é identificada com uma
cidade situada sobre sete montes (Ap 17.9-10). É a localização geográfica. Na
política se revela através de sete reis. Ela é a grande cidade que reina sobre
os reis da terra (Ap 17.18).
2.As sete cabeças e dez chifres simbolizam
os poderes do mundo sob o espírito do anticristo na área religiosa, política,
cultural e econômica (17.3c,10,12).
3. Os
dez chifres na besta serão dez reis (Ap 17.12). Quem destruirá a grande
prostituta?
4.
Deus não luta, só vence! Vai usar de sua soberania diretiva e jogar os dez reis
contra a prostituta e a destruirá, ficará desolada e nua...e a queimarão no
fogo (Ap 17.16-17).
5.
Esses reis entregarão o poder e autoridade à besta, ou seja, seus reinos (Ap
17.13;17).
6.
Os dez reis unidos com a besta (anticristo), combaterão contra o Cordeiro e o
Cordeiro os vencerá com o seu povo, porque é o Senhor dos senhores e Rei dos
reis (Ap 17.14).
7.
Finalmente, Apocalipse de 17 a 20 apresentam três quedas no cenário
escatológico:
Ap
17 e 18 – A queda grande da Babilônia, mãe das prostituições e abominações da
terra. E foi anunciada em Ap 14.8 e 16.19.
Ap
19.1-10 – Descreve a celebração no céu, pelo julgamento da grande prostituta,
justiça feita aos santos perseguidos, e adentra-se ao chamado para as Bodas do
Cordeiro.
Ap
19.11-21 - A descrição da vitória de
Cristo sobre os poderes do mal, a queda do anticristo e seu “reinado” na terra.
Ap 20 - Relata o julgamento e
condenação final de Satanás e de todos os que o seguiram, de alguma forma, em
todas as épocas, em todos em tempos.
II. O
ESPÍRITO DA BABILÔNIA
Na
área religiosa.
Seduzem as pessoas pelo germe
da “prostituição e infidelidade espiritual” (Ap 17.2).
Tem levado o ser humano a se
tornar amante de si mesmo, do dinheiro e dos deleites (II Tm 3.2-4). Casa-se a
fé com o cifrão($).
Em favor de “liberdade”
estimula a devassidão, libertinagem por meio do afrouxamento da moral (II Pd
2.19).
O ecumenismo doutrinário é um
meio de contaminação da ortodoxia e da fé bíblica (Gl 1.6,8).
O relativismo rejeita a
doutrina dos apóstolos e a autoridade bíblica (II Tm 4.3) e deságua no
liberalismo teológico.
O humanismo se sobrepõe a Deus,
às Escrituras e atua para ressignificar os mandamentos divinos. É a criatura
querendo corrigir o Criador. E ao tentar fazer será para sua própria perdição (II
Pd 3.16).
O sincretismo mistura o
sagrado e o profano, o falso com o verdadeiro no mundo das crenças (II Co
6.16,17).
Assim, tudo passa a ser
permitido e a verdade é desconstruída (II Tm 3.7). Em consequência disso, cristãos
são taxados de quadrados, idiotas por intolerantes à religião e a perseguição tende
a piorar (Mt 24.9).
Na esfera política e cultural (Mt 13.38; I Jo 5.19).
O
“espírito da Babilônia” é identificado em Pautas Progressistas pela inversão de
valores, tais como: apologia ao aborto, ideologia de gênero, legalização das
drogas, da prostituição...na verdade é um retrocesso humano exponencial,
descomunal, monstruoso.
O
patrulhamento ideológico estigmatiza como “fundamentalista”, retrógado quem
ousa discordar dessas pautas (Mt 5.10-11; I Pd 4.4). Porém, “...hão de dar
conta ao que está preparado para julgar os vivos e os mortos (I Pd 4.5).
Vem
se acentuando a censura contra quem defende os valores bíblicos (Lc 12.11,12; I
Tm 6.3-5); a grande mídia, as artes, a literatura e na educação promovem ideologias
contrárias à fé cristã (Jo 15.19;21), sem bases científicas, meras concepções
sociais e sob a bandeira do ativismo de minorias.
Desde
a década de 1980, nos EUA, empresas, políticos vem sendo confrontados,
provocados a aderir ao lgbtismo, a uma falsa revolução sexual, sob pena de
sofrerem com lobbys contra seus produtos, negócios e atuações parlamentares
(Livro: A estratégia, do Rev. Louis P. Sheldon - 2005 - EUA).
Pelo
“politicamente correto”, a sociedade assimila e defende a “nova cultura” (I Jo
4.5,6). Nesse contexto, cristãos são perseguidos e julgados (Lc 21.12-13;16-17).
No
campo das ideias e da política estamos assistindo frequentes coações à
liberdade de pensamento e crenças, e ao arrepio da Constituição do Brasil. Uma
tal diversidade não comporta cristãos bíblicos, mesmo com devido respeito a
crenças e valores do seu semelhante. A mensagem do evangelho de arrependimento é
de amor, não de ódio.
Na área econômica
Na
sociedade hodierna, o “espírito da Babilônia” está presente e atuante:
No
enriquecimento de poucos por meio da exploração dos meios de produção, empregos
e cargos públicos de altos salários e uma grande maioria do povo à margem do
progresso, na miséria. São “mercadores” dominados e dominando pelo “espírito da
Babilônia” (Ap 18.3).
Nos
Poderes, nas Instituições onde há membros que subornam os cidadãos por avareza,
dinheiro e poder (Êx 23.8; Ec 7.7; Mq 2.1-3)
Onde
as pessoas são motivadas a levar vantagem financeira, ilícita e imoral em
prejuízo do próximo (Pv 16.29; Is 5.23; Mq 3.10-11).
A
sociedade é comprimida sob pesados impostos, tributos e multas para benefícios,
privilégios de alguns, em detrimento do povo que os mantém (Mt 5.6; Tg 2.6,7).
Há
uma busca material pela satisfação dos prazeres pecaminosos e um consumismo desenfreado
(Is 55.2; Lc 12.15). Os deleites e a autossuficiência conduzem o ser humano a
confiar no dinheiro (I Tm 6.9,10,17).
III. A
POSIÇÃO DA IGREJA FRENTE AO ESPÍRITO DA BABILÔNIA
Não negociar a ortodoxia bíblica - Ortodoxia é a boa, a sã doutrina, o ensino
correto. A ortopraxia é a aplicação da sã doutrina, ou a prática do ensino
correto na vivência cristã.
Reafirmar as verdades bíblicas como valor
universal e imutável (Sl 100.5; Ec
12.13-14; II Tm 3.16). Não pode fugir desse compromisso, seja na vida ou
na morte.
Cristãos! Vivamos o caráter de Cristo Jesus – É pelo fruto que se conhece uma árvore (Mt
12.33). O melhor antídoto contra o veneno e o jugo do pecado é andar no
Espírito (Gl 5.16,17). A falha na formação moral do caráter produz
pseudocristãos escravizados pela impiedade (Jd 1.12,13).
Cada um saiba responder a razão da sua fé – “Antes, santificai ao Senhor Deus em vossos corações; e estai sempre
preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão
da esperança que há em vós” (I Pd 3.15).
Conclusão
1.“O
espírito da Babilônia” vem exercendo forte influência social e busca ter completo
domínio religioso, político, cultural e econômico, em oposição aos valores da
fé cristã.
2.Há
movimentos, segmentos de minorias com proposituras, sem nenhum escrúpulo, forçam
a barra para fazer valer suas reivindicações, algumas anticristãs, e ora
provocativas chamando atenção social para si.
3.Como
cristãos, precisamos aprender a assumir posições, não ficar em cima do muro e
ser um propagador e defensor da fé cristã, sem desrespeitar direitos e deveres em
sociedade. E em tudo movidos pelo amor, sem ingenuidades.
4.Quanto
a sofrer por amor a Causa Cristo é uma insígnia, um selo do cristão.
5. A
Palavra de Deus é a verdade absoluta e imutável. Disse Jesus: “O céu e a terra
passarão, mas as minhas palavras não hão de passar” (Mt 24.35). Terão fiel e
cabal cumprimento. Doa a quem doer! Viva quem viver! Morra quem morrer!
6. II Co 13.8 – “Porque nada
podemos contra a verdade, senão pela verdade”. Ou seja, a mentira, distorções
da verdade não prevalecerão contra a verdade. Chegará a hora em que a verdade
contestada persistirá como luz dissipando as trevas.
Fonte da Pesquisa:
Bíblia
Sagrada.
Lição
EBD/CPAD – 3º trimestre de 2023.
EBD/Podcast - Open.spotify.com - Para Escola Bíblica Dominical.
Livro
– A Estratégia – Editora Central Gospel – Edição 2012.
Anotações
pessoais.
Por
Samuel Pereira de Macedo Borges
Bacharel
em Direito e Teologia
Natal/RN,
29/06/2023.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
INCLUIR COMENTÁRIO!