A Colônia Judaica boicotada pelo Governo Getúlio Vargas que virou em parte terreno da AMAN - Academia Militar de Agulhas Negras.
Apesar de concordância inicial do então Ministro da Agricultura, e de pressões dos Governos da Inglaterra e dos Estados Unidos, o Governo de Getúlio Vargas procrastinou por comunicados internos, e parte secretos, a cessão de vistos permanentes, até 1939.
Segundo o então Ministro de Relações Exteriores Oswaldo Aranha, simplesmente “não estavam de acordo com os interesses atuais do país” e Dulphe Pinheiro Machado, diretor-geral do Departamento Nacional de Povoamento – DNP, órgão do Ministério do Trabalho:
“Judeus...e de outros elementos parasitas que constituem minorias étnicas e que perturbam a tranquilidade das nações onde vivem”.
A colônia foi montada com casas mobiliadas, hortas prontas, visando 137 famílias e acabou recebendo apenas 15, que chegaram com vistos de turistas, providenciados de forma emergencial pela ICA, o que irritou ainda mais o Governo Vargas.
As casas envelheceram sem serem ocupadas. Famílias tiveram que permanecer na Alemanha para o destino de sucumbirem ao nazismo. Oswaldo Aranha fez proposta para ficar com 500 hectares para uso pessoal.
E boa parte acabou desapropriada para em 1944 formar o atual terreno da AMAN - Academia Militar de Agulhas Negras.
Fonte primária: O Brasil e os Judeus, do Historiador Jeffrey Lesser, que teve acesso aos arquivos oficiais do Governo Vargas, da imprensa da época e de famílias.
Fonte secundária: Facebook Mundo Judaico – Sérgio Lerrer – 16/12/2024.
Adendo do Blog:
Os fatos narrados é uma das várias más atitudes dos povos contra o povo hebreu.
Mateus 25.31-46
32 - “...E todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas;
33 - E porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à
esquerda.
34 - Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita:
Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado
desde a fundação do mundo;
35 - Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede,
e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me;
36 - Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me;
estive na prisão, e foste me ver.
37 - Então os justos lhe responderão, dizendo: Senhor,
quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de
beber?
38 - E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos? ou
nu, e te vestimos?
39 - E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos
ver-te?
40 - E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos
digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes...”.
O texto citado, religiosos tem
interpretado como atos de caridades em geral. E na verdade, trata-se de teor
escatológico, são os últimos versículos do sermão profético de Jesus. E diz
respeito a que? A hermenêutica aponta para o Julgamento das Nações, ali
representadas, em relação ao tratamento dos povos (gentios), em todas as épocas
e em todos os lugares, aos judeus (a um destes meus pequeninos irmãos). No grego
irmãos refere-se a parentes de sangue.
A comunidade internacional, ao longo da História humana, exceto alguns que os socorreram quando perseguidos, ultrajados e mortos como animais e insetos, tem uma dívida de omissão a responder diante de Deus. E esse dia chegará, se aproxima. O pecado de antissemitismo será pesado na balança e sentenciado.
Por Samuel Pereira de Macedo Borges
Natal/RN, 16/12/2024.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
INCLUIR COMENTÁRIO!