Introdução
1.A oração sacerdotal de Jesus diz respeito a coroação de tudo que havia
feito e ainda realizaria por sua Igreja em formação e futura.
2.A unidade na Igreja é vital no objetivo de levar o evangelho ao mundo
(Sl 133.1-3; Jo 17.20-22; I Co 3.1-23).
3.Devemos orar também para que nada tire da Igreja de Jesus o foco dos
fins que lhe cabe realizar no poder do Espírito (Mt 28.19-20; Mc 16.15-16).
I – A oração de Jesus e sua Glorificação (Jo 17.1-5).
1.A oração
de Jesus do capítulo 17 de João, é conhecida também como “A Oração
Intercessória”, A Oração Sacerdotal de Jesus” ou “A Oração da Consagração”. Ela
é composta de três partes:
a) Ele orou
por si mesmo (Jo 17.1-8);
b) Intercedeu
pelos seus discípulos (Jo 17.9-19);
c) E,
também, fez uma oração pela Igreja futura (Jo 17.20-26).
Interceder – É "ser intermediário a favor de alguém;
intervir" e "pedir, rogar por outrem ou por alguma coisa".
Portanto, a intercessão evangélica diz respeito a uma pessoa orando em
favor de outra, ou seja, se colocando na posição de intercessor entre uma
pessoa e Deus (dicionário Michaelis).
2.Quando
orava por si mesmo, declara “é chegada a hora” – O Pai seria glorificado por
meio de seu sacrifício redentor no calvário.
Em 17.1 –
Jesus expressa: “glorifica a teu Filho para que também o teu Filho glorifique a
ti”. Glorificar alguém significa torná-lo conhecido. Jesus seria reconhecido
como “o Filho de Deus, o Salvador do mundo” (Jo 17.3-4).
3.João 1.29
estava para se cumprir e seria ofertada vida eterna a todo que viesse a crê no
evangelho:
Jo 17.3 – “E
a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus
Cristo, a quem enviaste”.
Em Jo 17.4 –
está escrito: “Eu te glorifiquei na terra, tendo consumado a obra que me deste
a fazer”.
Então, os críticos
de plantão não podem apontar e dizer que Jesus fez uma oração egoísta. Jesus orou
para que a glorificação seja do Pai e do Filho, com aquela glória que tinha com
Ele, na eternidade, antes que o mundo existisse (Jo 17.5).
II – A oração de Jesus pelos
Discípulos (Jo 17.6-19).
1.Aqui, como
em todo seu ministério terreno, Jesus foi um modelo de servo no quesito
dependência do Pai. Nós Igreja, não podemos perder de vista essa lição
fundamental.
Jo 17.6-7 –
“Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste; eram teus e tu me
destes, e guardaram a tua palavra...”.
Em Jo 17.8
- Jesus faz uma clara distinção entre ser do mundo (sistema distante, alienado,
oposto a Deus), e quem veio a ser um discípulo dele ao receber a palavra,
creram.
“...e (eles)
têm verdadeiramente conhecido que saí de ti e creram que me enviaste”.
2.Jesus não
fez uma oração genérica, ecumênica, não! Não rogou pelo mundo incrédulo e
corroboro com os que estudam as Escrituras, ao afirmar nem poderia fazê-lo:
I Jo 5.19 -
“Sabemos que somos de Deus e o que todo o mundo está no maligno”.
Jo 17.15 – “Não
peço que os tires do mundo (dessa existência material), mas que os livre do mal”.
Jo 17.16 - Assim
como Jesus não é do mundo, nós também não somos.
“Cristo instituiu sua a Igreja no mundo e Satanás não tem
feito outra coisa, senão colocar o mundo na Igreja”.
Jo 17.18-19
- A razão de ser porque o cristão permanece no mundo, visa adorar a Deus,
servir e anunciar o seu evangelho ao mundo incrédulo.
“Não somos
o caramelo da terra, somos o sal da terra, algo que mundo tem vontade de cuspir,
não de engolir”.
“O mundo é
como faraó, teme as pragas, mas não teme a Deus para obedecer”.
III – A oração de Jesus
pelos que viriam a crer (Jo 17.20-21).
1.Oração pela
unidade da Igreja – Isto é mais do que unidade
eclesiástica ou orgânica, Ele intercedeu pela harmonia espiritual da Igreja, independente
da forma que viesse a se organizar.
O forte da Igreja não está na organização e sim no aspecto organismo – O vento sobra onde quer, a semente está na palavra, de modo que até semeadores de mau testemunho podem levar alguns à salvação (Mt 7.15-23; Fl 1.15-19).
Porém, o
ideal é que o cristão tenha poder (At 1.8) e bom testemunho diante de Deus e dos homens
(Mt 5.13-16).
Quatro
pontos essenciais na Unidade da Igreja:
a) Unidade
nos membros do Corpo de Cristo (I Co 12.12).
b) Unidade
que promova conhecimento crescente sobre Cristo (II Pd 3.18).
c) Unidade
que propicie desenvolvimento do fruto do Espírito (Gl 5.22-23).
d) Unidade
manifestada na glória de Cristo em nós (Jo 17.22).
2.Enfim, Cristo
o centro, o fundamento basilar da Igreja, é a razão de ser da sua unidade (Jo
17.21; I Co 3.10-11). E sobre Ele, veja cada um como edificar.
Para pensarmos:
“Se não cremos que vale a pena resistir ao diabo, desvendar
as falsas atrações do mundo e mortificar a carne, só nos resta aguardar o
suicídio espiritual do povo de Deus. Portanto,
no dia que o Cristianismo e o mundo se tornarem amigos, o Cristianismo deixará
de existir”. (Revista Time, em 08/04/1966).
IV – Jesus continua
a interceder pela sua Igreja
Romanos 8.34 (NVT) – “Quem nos
condenará, então? Ninguém, pois Cristo Jesus morreu e ressuscitou e está
sentado no lugar de honra, à direita de Deus, intercedendo por nós”.
Hebreus 7.23-25 – “E, na
verdade, aqueles foram feitos sacerdotes em grande número, porque, pela morte,
foram impedidos de permanecer; mas este, porque permanece eternamente, tem um
sacerdócio perpétuo. Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele
se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles”.
Conclusão
1.Jesus não
instituiu sua a Igreja para fracassar. Com faltas e fraquezas, venceremos
debaixo do sangue e do nome de Jesus.
2.A falta
de unidade na Igreja de Jesus é o que mais afeta a credibilidade da pregação do
evangelho e dá brechas para o encardido agir.
3.Que a
nossa unidade na comunhão com Deus e irmãos, independente de cargo ou posição,
seja exemplo para o mundo incrédulo e motivo para desestimular o diabo contra a
Igreja (Sl 133.1-3).
Fonte da Pesquisa:
Lição
EBD/CPAD – 2º trimestre e 2025.
Bíblia Sagrada.
Por Samuel Pereira
de Macedo Borges
Natal/RN,
14/06/2025.
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