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sábado, 14 de junho de 2025

A intercessão de Jesus pelos discípulos

 

Introdução

1.A oração sacerdotal de Jesus diz respeito a coroação de tudo que havia feito e ainda realizaria por sua Igreja em formação e futura.

2.A unidade na Igreja é vital no objetivo de levar o evangelho ao mundo (Sl 133.1-3; Jo 17.20-22; I Co 3.1-23).

3.Devemos orar também para que nada tire da Igreja de Jesus o foco dos fins que lhe cabe realizar no poder do Espírito (Mt 28.19-20; Mc 16.15-16).

I – A oração de Jesus e sua Glorificação (Jo 17.1-5).

1.A oração de Jesus do capítulo 17 de João, é conhecida também como “A Oração Intercessória”, A Oração Sacerdotal de Jesus” ou “A Oração da Consagração”. Ela é composta de três partes:

a) Ele orou por si mesmo (Jo 17.1-8);

b) Intercedeu pelos seus discípulos (Jo 17.9-19);

c) E, também, fez uma oração pela Igreja futura (Jo 17.20-26).

Interceder – É "ser intermediário a favor de alguém; intervir" e "pedir, rogar por outrem ou por alguma coisa". Portanto, a intercessão evangélica diz respeito a uma pessoa orando em favor de outra, ou seja, se colocando na posição de intercessor entre uma pessoa e Deus (dicionário Michaelis).

2.Quando orava por si mesmo, declara “é chegada a hora” – O Pai seria glorificado por meio de seu sacrifício redentor no calvário.

Em 17.1 – Jesus expressa: “glorifica a teu Filho para que também o teu Filho glorifique a ti”. Glorificar alguém significa torná-lo conhecido. Jesus seria reconhecido como “o Filho de Deus, o Salvador do mundo” (Jo 17.3-4).

3.João 1.29 estava para se cumprir e seria ofertada vida eterna a todo que viesse a crê no evangelho:

Jo 17.3 – “E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste”.

Em Jo 17.4 – está escrito: “Eu te glorifiquei na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer”.

Então, os críticos de plantão não podem apontar e dizer que Jesus fez uma oração egoísta. Jesus orou para que a glorificação seja do Pai e do Filho, com aquela glória que tinha com Ele, na eternidade, antes que o mundo existisse (Jo 17.5).

II – A oração de Jesus pelos Discípulos (Jo 17.6-19).

1.Aqui, como em todo seu ministério terreno, Jesus foi um modelo de servo no quesito dependência do Pai. Nós Igreja, não podemos perder de vista essa lição fundamental.

Jo 17.6-7 – “Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste; eram teus e tu me destes, e guardaram a tua palavra...”.

Em Jo 17.8 - Jesus faz uma clara distinção entre ser do mundo (sistema distante, alienado, oposto a Deus), e quem veio a ser um discípulo dele ao receber a palavra, creram.

“...e (eles) têm verdadeiramente conhecido que saí de ti e creram que me enviaste”.

2.Jesus não fez uma oração genérica, ecumênica, não! Não rogou pelo mundo incrédulo e corroboro com os que estudam as Escrituras, ao afirmar nem poderia fazê-lo:

I Jo 5.19 - “Sabemos que somos de Deus e o que todo o mundo está no maligno”.

Jo 17.15 – “Não peço que os tires do mundo (dessa existência material), mas que os livre do mal”.  

Jo 17.16 - Assim como Jesus não é do mundo, nós também não somos.

“Cristo instituiu sua a Igreja no mundo e Satanás não tem feito outra coisa, senão colocar o mundo na Igreja”.

Jo 17.18-19 - A razão de ser porque o cristão permanece no mundo, visa adorar a Deus, servir e anunciar o seu evangelho ao mundo incrédulo.

“Não somos o caramelo da terra, somos o sal da terra, algo que mundo tem vontade de cuspir, não de engolir”.

“O mundo é como faraó, teme as pragas, mas não teme a Deus para obedecer”.

III – A oração de Jesus pelos que viriam a crer (Jo 17.20-21).

1.Oração pela unidade da Igreja – Isto é mais do que unidade eclesiástica ou orgânica, Ele intercedeu pela harmonia espiritual da Igreja, independente da forma que viesse a se organizar.

O forte da Igreja não está na organização e sim no aspecto organismo – O vento sobra onde quer, a semente está na palavra, de modo que até semeadores de mau testemunho podem levar alguns à salvação (Mt 7.15-23; Fl 1.15-19).

Porém, o ideal é que o cristão tenha poder (At 1.8) e bom testemunho diante de Deus e dos homens (Mt 5.13-16).

Quatro pontos essenciais na Unidade da Igreja:

a) Unidade nos membros do Corpo de Cristo (I Co 12.12).

b) Unidade que promova conhecimento crescente sobre Cristo (II Pd 3.18).

c) Unidade que propicie desenvolvimento do fruto do Espírito (Gl 5.22-23).

d) Unidade manifestada na glória de Cristo em nós (Jo 17.22).

2.Enfim, Cristo o centro, o fundamento basilar da Igreja, é a razão de ser da sua unidade (Jo 17.21; I Co 3.10-11). E sobre Ele, veja cada um como edificar.

Para pensarmos:

“Se não cremos que vale a pena resistir ao diabo, desvendar as falsas atrações do mundo e mortificar a carne, só nos resta aguardar o suicídio espiritual do povo de Deus.  Portanto, no dia que o Cristianismo e o mundo se tornarem amigos, o Cristianismo deixará de existir”. (Revista Time, em 08/04/1966).

IV – Jesus continua a interceder pela sua Igreja

Romanos 8.34 (NVT) – “Quem nos condenará, então? Ninguém, pois Cristo Jesus morreu e ressuscitou e está sentado no lugar de honra, à direita de Deus, intercedendo por nós”.

Hebreus 7.23-25 – “E, na verdade, aqueles foram feitos sacerdotes em grande número, porque, pela morte, foram impedidos de permanecer; mas este, porque permanece eternamente, tem um sacerdócio perpétuo. Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles”.  

Conclusão

1.Jesus não instituiu sua a Igreja para fracassar. Com faltas e fraquezas, venceremos debaixo do sangue e do nome de Jesus.  

2.A falta de unidade na Igreja de Jesus é o que mais afeta a credibilidade da pregação do evangelho e dá brechas para o encardido agir.

3.Que a nossa unidade na comunhão com Deus e irmãos, independente de cargo ou posição, seja exemplo para o mundo incrédulo e motivo para desestimular o diabo contra a Igreja (Sl 133.1-3).

Fonte da Pesquisa:

Lição EBD/CPAD – 2º trimestre e 2025.

Bíblia Sagrada.


Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Natal/RN, 14/06/2025.

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