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quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Ideias por uma CGADB unida e mais relevante


1. Implantação de uma Previdência Privada Complementar - PPC - A nível nacional para obreiros com tempo integral. A exemplo: Petrobras (Petrus), Banco do Brasil (Previ) e outras. Como? Sugerido dois caminhos (letra a - pontos 1 e 2). Não sou especializado no assunto. Há apenas o desejo de ajudar mudar uma realidade.

2. Campanha para aquisição de um canal de televisão em Rede Nacional.

3. Criação e implantação de uma Universidade Corporativa, de cunho secular e teológico de alcance nacional e internacional.

4. Criação de centros para recuperação de dependentes químicos em cada capital do país. E onde já houver, reestruturá-los dentro de um padrão ousado de qualidade e de resultados.  

Observação: Nesta postagem tratarei só do primeiro ponto – implementação da Previdência Privada Complementar - PPC. E entendo que muitos outros podem enriquecer as ideias sugeridas. Aqui é apenas o ponto de partida.

a) Considerando o nicho de mercado que a Assembleia de Deus no BRASIL- ADBRASIL detém, apresento duas opções:

1. Implantação de uma PPC com Gestão Própria competente, qualidade técnica e independente do eclesiástico - A partir de um grupo de trabalho, visando inteirar-se do assunto em todos os seus aspectos. Claro, submetida a normas e legislação como qualquer outra Previdência Complementar. E pode ser uma oportunidade de empregar prata da casa. Porém, sem exclusivismo nem corporativismo. 

2. Contratação de uma Instituição Financeira de peso com credibilidade no mercado para administrar os ativos da PPC Corporativa da ADBrasil - Mediante taxa de administração. Com a devida prestação de conta periódicas. (Verificar a legalidade da opção 2).

Em qualquer dos dois pontos, após todo o trabalho de SENSIBILIZAÇÃO E CONSCIENTIZAÇÃO a nível nacional, apresentaríamos a proposta com a quantidade de adesões imediatas.  

No ponto dois, não teríamos que montar estrutura para geri-la. Por outro lado, estaríamos colocando os ativos em mãos de terceiros para sua gestão.

Considerar que nas duas opções os aportes previdenciários feitos pela Igreja e obreiros são ativos financeiros da PREVIADBrasil (nome sugerido).

Nota - A Igreja Presbiteriana do Brasil - IPB tem Plano de Seguridade desenvolvido junto à ICATU Seguros.  É um exemplo a averiguar...Para quem não sabe o termo Seguridade abrange a Previdência Privada Complementar,  pensões, pecúlios, etc.

Quais seriam os pontos básicos da proposta?

1. Público-alvo: a partir do presbitério. Adesão em massa para todo o pastorado de tempo integral com um horizonte de pelo menos 10 anos de contribuição. Para os obreiros de idade mais avançada, ficaria opcional. Lembrando é Complementar, não dispensa a Previdência Oficial (INSS) do obreiro local, de tempo integral, a qual deve ser paga pela Igreja onde estiver exercendo o pastoreio. 

2.Tempo mínimo ideal de contribuição 30 anos, paridade 1 para 1, ou seja, a Igreja local a que está vinculado o obreiro/pastor contribui com 50% e o obreiro com 50%. Não é “caridade” e sim um empreendimento sério para quem possui visão de futuro e pensa em qualidade de vida com responsabilidade na terceira idade.

3. Também há na Seguridade aposentadoria proporcional ao tempo de contribuição inferior a 30 anos. (30 anos é  o tempo mínimo ideal proposto).

4. Com a PREVIADBRASIL vigente, teríamos a pensão por morte, invalidez e outros benefícios de risco conforme a legislação pertinente.

5. Se opção nr. 1 - A PREVIADBRASIL teria administração, contabilidade, auditoria, pessoal qualificado, tudo independente, conforme legislação em vigor, submetido a órgãos reguladores, evitando fugir dos objetivos que são de longo prazo, porém determinados.

6. Se opção 2 - A gestão dos ativos acumulados caberia à instituição contratada. Os ativos acumulados é patrimônio da PREVIADBrasil. 

7. Na medida em que for se fortalecendo, poderá ter percentual (legal) do seu capital para Financiamento Imobiliário com juros subsidiado, servindo aos interesses das duas partes PREVIADBRASIL e do participante. Não a compromete. Lembrando é negócio, não é assistencialismo.

8. Embora se trate de um investimento de longo prazo, poderá ser resgatada a reserva matemática PESSOAL (50%), a partir de 5 anos de contribuição ou um outro prazo estabelecido no seu Estatuto; a CONTRIBUIÇÃO FEITA PELA IGREJA NÃO SERIA RESGATÁVEL. Em se tratando de Seguridade, prevalece o interesse coletivo sobre o individual. (Verificar a legalidade ítem 8).

9. Demais particularidades, direitos sucessórios por exemplo, todas tratadas de forma claro, objetiva e transparente no Estatuto da PREVIADBRASIL de acordo com a legislação, órgão controlador. 

10. É fundamental as fases de SENSIBILIZAÇÃO, CONSCIENTIZAÇÃO E IMPLANTAÇÃO e partir dos números de adesões, pois seria determinante para impactar a mudança de rota da ADBRASIL na Igreja Organização e no seu Governo Eclesiástico, carente de correções de rumos.

Perguntas ficam no ar. Vejamos algumas:

a) Vai servir para os pastores em reta final de Ministério?

RESPOSTA: Como se trata de um benefício de longo prazo e a base da renda projetada é estabelecida mediante cálculo atuarial sobre a Reserva Matemática do participante e Igreja, nestes casos o objetivo a que propõe alcançar uma Previdência Privada Complementar fica de certa forma prejudicado. Cada um fará a sua ponderação se adere ou não a PREVIADBRASIL.

b) O obreiro que deixar ou se desligar do rol de pastores da ADBRASIL, independente das motivações, poderá continuar na PREVIADBRASIL, uma vez que não tem caráter espiritual?

RESPOSTA: Conforme o Estatuto estabelecer, cujo direcionamento deve ser o de manter a longo prazo,  o maior número possível de participantes/adesões até fim do ideal (a Renda Vitalícia), a  resposta é sim. Agora, a partir desse momento, assume 100% das contribuições e continua se beneficiando do fundo de reserva composto até então realizado pela Igreja Local e sua parte pessoal. Se optar por se desligar da PREVIADBRASIL, resgatará com juros e correções as suas contribuições pessoais.

c) Qual a importância de distinguirmos a fé cristã, vida religiosa, deste empreendimento previdenciário privado?

RESPOSTA: A propósito, trata-se de um benefício de subsistência, no intuito honroso de viabilizarmos qualidade de vida dos obreiros na sua velhice e manter um padrão de vida material digno. Vale ressaltar, naturalmente, até nas profissões  seculares, quem se aposenta, tem a renda reduzida, perde status social, etc.  A vida é assim: nascemos, crescemos amadurecemos e partimos. Só os espirituosos pensam diferentes ou lhes faltam visão de futuro ou não distinguem o administrativo do espiritual.

d) Somos uma mega denominação centenária, em se tratando de Igreja Organização, não estamos começando tarde demais?

RESPOSTA: Começando tarde estamos, mas pior são as lideranças atuais não tomarem medidas MACROS e URGENTES para reestruturarmos a Igreja Organização, trazendo consequências negativas  para sua Administração Eclesiástica e até caindo em um grave pecado – Injustiças Sociais, uma vez que a Igreja Organização não tem condições de bancar o papel previdenciário, o qual hoje em nosso país, mesmo após reforma, tem suas deficiências. Cabe às lideranças contemporâneas enfrentar o desafio!

e) A proposta dessa dimensão não desmerece os pioneiros, não se traduz em ingratidão e desrespeito à liderança atual da ADBRASIL, muitos da qual,  preferem morrer nos púlpitos de nossas Igrejas?

RESPOSTA: Quando estudamos o estilo de liderança do próprio Cristo, ele nos mostrou o quanto devemos honrar e respeitar aqueles que vieram antes de nós. Na expressão paulina à Igreja de Tessalônica, devemos ter a nossa liderança em alta estima e consideração. Na carta aos hebreus, devemos obedecê-las, sujeitar-se a elas e imitá-las. Também é verdade que entre a vida pastoral e a Igreja Local há um laço de amor muito profundo. Todavia, nenhum desses motivos justifica obreiros permanecerem no pastoreio sem condições de saúde, com limitações da idade,  até tombar para está com o Senhor.

A liderança na Casa de Deus não pode sofrer solução de continuidade. São humanos, como todos nós, chega o momento, no qual precisa encerrar a labuta pastoral. Os receios do jubilamento precisam ser equacionadas pela via correta, sem comprometer as finanças na Igreja Organização. 

Tem havido muitos desgastes de transição...Precisamos mudar essa realidade na ADBRASIL. 

f) Quais os benefícios que uma Previdência Privada Complementar traria para o Governo Eclesiástico da ADBRASIL? São vários, vejamos:

1.Contribuiria diretamente para sanar possíveis lacunas nos Estatutos das ADestaduais, omissas na idade limite para jubilamentos de obreiros, inclusive do Pastor-Presidente, sem distinção. A IEADERN, por exemplo, tem limite compulsório para jubilamento do Pastor-Presidente, aos 80 anos. Aplicável a supervisores de campos eclesiásticos e demais pastores das filiais no respectivo Estado. 

2.Solucionaria gradativamente a problemática de sucessões pastorais, evitando que fiquem nos cargos, muitos deles, sem condições de saúde. Na verdade ocorre em função da manutenção material dele e da família. E hoje temos casos gritantes pelo país, requerendo providências de curto prazo, com amor e Justiça Social. O que fazer? Estabeleçam-se regras de transição na implantação da PREVIADBrasil.

3.Outros pontos, pelas circunstâncias:

a) Tem levado muitos a tratar o Governo da Igreja como se fosse um Sacerdócio Araônico/levítico, cuja sucessão quase compulsória, caberia aos filhos e/ou genros. Diferentemente, a Igreja Cristã embora chamada de Sacerdócio Real, Nação Santa, Povo Adquirido, se distingue de Israel como a Multiforme Sabedoria de Deus, Coluna e Firmeza da Verdade nas palavras paulinas, não podendo ser confundida com a religiosidade e a Tradição Judaica;

b) É ainda mais grave, quando se vê a Igreja Organização como uma empresa familiar, cuja sucessão é provida por laços sanguíneos. 

4.Também evitaria que, infelizmente, alguns Pastores Presidentes pelo Brasil, deixassem de ser conduzidos por Diretoria da Igreja Sede, ao invés de conduzir, quando fica sem um líder em reais condições físicas, emocionais e administrativas para pastorear o rebanho no âmbito estadual ou na Igreja local, onde esteja pastoreando.

5.A gestão na Igreja Organização, enseja estabelecer mandatos com eleição na Igreja Local, admitida uma reeleição para as Diretorias da Igreja Sede, em nome da integridade e transparência administrativa. E da salutar alternância no Poder sem vínculos “eternos” com o pastorado presidencial.

6.Contribuiria para reduzir desgastes em nosso Sistema Episcopal muito centrado na figura do Pastor-Presidente, o que teria evitado muitas divisões na ADBRASIL, estados à fora. Dizem até que é um Sistema Misto. Todavia a realidade convencional, suas deliberações diz o contrário. O presbitério não tem voz ativa na Igreja Organização. Está excluído do processo estatutariamente. 

Conclusão 

Destarte, na convicção de está somando no Corpo de Cristo Assembleiano, refletindo sobre a contemporaneidade, orando ao Senhor, diante de tudo que tenho visto e assistido, não quero ficar como espectador e sim participante da Causa Cristo na História da ADBRASIL.

E, portanto, para não pecar por omissão, desobediência bastante comum, mais do que imaginamos nos meios religiosos, venho apresentar ao ilustre e respeitado Pastor, essas sugestões abertas ao público, para alguns indigestas, visando contribuir com o presente e adiante para com as gerações futuras da ADBRASIL.

São sonhos ótimos e oportunos para exercitarmos a nossa unidade em Jesus Cristo. Deus continue a abençoá-lo na magna missão pastoral nacional, à frente da CGADB.

"Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação" (II Tm 1.7).  

Recife/PE, 05/10/2011

Postagem revisada em 20/01/2024.

Por Samuel Pereira de Macedo Borges
Uma ovelha assembleiana de nascimento

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