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terça-feira, 25 de outubro de 2011

A Origem da Alma - Duas Linhas de Pensamento.



Criacionista – Defendem que a alma de cada pessoa é recebida no momento da concepção. É a doutrina defendida pelo Catolicismo Romano. Segundo escritor e teólogo Eduardo Joiner no Manual Prático de Teologia, os defensores do criacionismo subdividem-se em dois grupos:

a) No primeiro, os que defendem que as almas e os espíritos foram criados “no princípio”. E Deus ordena que passem a habitar em corpos até a sua morte e tornam a habitar em outros corpos, neste mundo ou em outros planetas.

b) O segundo grupo ensina que para cada humano gerado Deus faz, por criação direta, uma alma e a libera para habitar no corpo. 

Traducionista – Essa linha de pensamento acredita que Deus só criou duas almas, a de Adão e a de Eva. A partir deles, as outras almas foram sendo criadas. Ou seja, assim como a semente do homem se une a da mulher para formar o corpo do filho, as almas dos pais também se unem para gerar a alma dos seus descendentes. Creio que nem tudo está revelado a respeito do assunto. Essa linha se aproxima mais das Escrituras.

Comentários do Blog:

1.A ideia preexistencialista da origem da alma padece de respaldo bíblico. É como se Deus tivesse um depósito de almas e espíritos, aguardando corpos. Essa crença flerta com a reencarnação. Choca-se com o Evangelho Segundo Jesus Cristo e aponta para o preexistencialismo da alma, antes dos humanos serem criados.

2.A linha criacionista da alma nega o pecado original, a problemática da queda que tem afetado toda a raça humana. A morte é salário do pecado (Rm 6.23). E é completamente contrária à doutrina bíblica da ressurreição do corpo. A volta à vida noutro corpo é fé espírita, não cristã.

3.É oportuno lembrar que o nosso corpo faz parte da nossa identidade. Jesus ao ressuscitar, ressurgiu no mesmo corpo, em estado glorificado. Eis uma razão porque, os salvos em Cristo, um dia no céu, já redimidos, nos reconheceremos.

I Coríntios 15.40 – “E há corpos celestes e corpos terrestres, mas uma é a glória dos celestes e outra a dos terrestres”.

4.Se cada humano que viesse ao mundo, tivesse uma alma, à parte dos pais degenerados, essa seria pura e não necessitaria de um redentor nem de regeneração. Logo, ignora a pecaminosidade por imputação sobre toda a raça humana, em Adão, o primeiro homem (Rm 5.12).

5.E, considerando a queda do homem no Éden, Deus estaria o criando uma nova alma, autônoma para colocar em um novo ser concebido em pecado.

6.No Gênesis a Bíblia apresenta o primeiro homem adulto, uma unidade: Corpo, espírito e alma. O sopro divino o torna alma vivente (Gn 2.7). A antropologia bíblica é tricotômica.

Então, o que Deus fez? Em Adão foi criada a possibilidade da existência de todos os espíritos e almas humanas. E lhe deu a mulher, uma adjutora, ajudadora, companheira, para se reproduzirem (Gn 2.18-25;4.1).

No Gênesis não revela como Deus deu vida a primeira mulher. Porém, declara que Deus a formou de uma costela de Adão. E trouxe a Adão, e ele a reconheceu como da sua espécie e natureza. Não lhe entregou uma boneca, um brinquedo sem vida. Em Zacarias 12.1, o eterno é o Criador de tudo e quem forja, cria o espírito no ser humano.

Declarou Eliú: "o Espírito de Deus me fez e o sopro do Todo-Poderoso me dá vida" (Jó 33.4). Na Bíblia é sempre Deus o originador da vida. Não comporta o evolucionismo nem mitos para origem da vida.

Então, daí em diante:

a) Frutificai e multiplicai-vos (Gn 1.28;46.26; Jo 3.6).

b) Deus concluiu a sua Criação (Gn 2.2). Mas, não descansou de sua obra salvífica, a redenção humana estava em curso (João 5.17).

c) De um só fez a toda geração dos homens para habitar sobre a terra (Atos 17.26).

Assim, por tradução a alma dos filhos deriva da alma dos pais, transmitindo-lhes traços de suas personalidades e temperamentos, atributos abstratos, e geram o corpo físico. No milagre da procriação, os pais cooperam com Deus, formando o novo ser e indivíduo. E uma vez a alma despertada, não perde mais a consciência de si mesma. E até após a morte física no estado intermediário (Lc 16.19-31; Ap 6.9-10). Pela imortalidade adentrará à eternidade.

Portanto, Deus o Criador, formou o primeiro homem do pó e o fez alma-vivente (Gn 2.7). Então, em última análise, o sopro divino dá origem à vida e é o sustentador da alma humana (Zc 12.1). Amém!

Subsídio:

Definições de espírito e alma

“Do hebraico ruah, do grego pneuma, do latim spiritus – Nas três línguas clássicas mencionadas, comporta o mesmo significado: sopro, hálito, vento, princípio de vida. O espírito do homem provém de Deus e constitui sua principal dimensão (Zc 12.1).

É por meio dele que mantemos nossa comunhão com o Criador, o Pai dos espíritos, e o adoramos (Hb 12.9; Jo 4.23,24). Junto com a alma, e inseparável dela, compõe a parte imaterial do ser humano”.

A alma (heb. nephesh; gr. psychē), frequentemente traduzida como ‘vida’ resulta da união de corpo e espírito. Alma (do latim anima, ânimo, energia, essência). A alma se compõe da mente, as emoções e o livre-arbítrio. Nas Escrituras este termo também é usado para designar espírito, a vida, a pessoa e o sangue.

Fontes da Pesquisa:

Bíblia Sagrada.

Lição EBD/CPAD – 4º trimestre de 2025

Manual Prático de Teologia – Edição 2009 – Editora Central Gospel – Autor Eduardo Joiner.

Anotações de Estudos pessoais.

Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Natal/RN, outubro de 2011 (revisão em 30/10/2025).

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