“Aceitar Jesus” é uma expressão corriqueira de tom um tanto religioso nos púlpitos evangélicos e tem se tornado simplória, inadequada e diria até ingênua, uma vez que passa a ideia de “um Jesus coitadinho”, de alguém que precisa de nós, e não os homens, os pecadores dele. O Evangelho de Jesus é sentença de vida ou morte!
Na verdade, tudo que foi
criado, foi feito por Ele e sem Ele, nada do que foi feito se fez. Ele e o Pai
são um (Jo 1.1-3;10.30).
O homem sem Jesus, sem um
encontro, sem uma experiência pessoal com Ele, pelo vivo e único caminho, não
terá acesso a Deus, o Pai (João 14.6). Sem Jesus, o homem não tem esperança de vida
eterna, como afirmou Pedro:
João
6.68-69 – “...Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna.
E nós temos crido e conhecido que tu és o Cristo, o Filho de Deus”.
Em Mt 11.28-29, quem precisa
de Jesus é chamado para ir a Ele, tomar o seu jugo (domínio, senhorio) e
segui-lo. Quem não optar pelo seu jugo, resta-lhe o jugo do pecado sob a
influência maligna do encardido (I Pd 5.8).
Mc 16.15-16 - A mensagem do
evangelho deve ser crida para a salvação. Do contrário, a situação do pecador
será de condenação.
Em I Tm 1.15 – Paulo escrevendo
acerca do Evangelho da Graça, ele diz: “Esta é uma palavra fiel e digna de toda
aceitação: Que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais
eu sou o principal”.
Alguns criticam a expressão
“eu achei Jesus”. E retrucam, na verdade, Ele me achou, quem estava perdido era
eu, não Ele.
Is 65.1 – Acerca de Jesus como
o Messias que havia de vir e se manifestar em Israel, diz o texto que Ele foi buscado e achado por aqueles que
não o buscavam (os gentios), um povo que não se chamava pelo seu nome e a
este disse: “Eis-me aqui”. Sim, Ele foi dado também para luz dos gentios (Is
49.6; Lc 2.29-32;3.6; Jo 1.11-12).
Lc 14.25-27 - Aquele decidir
seguir a Cristo, precisa o amar acima de tudo e de todos, negar-se a si mesmo,
tomar a sua cruz (submeter-se a Ele), para andar em suas pisadas, em amor e na
verdade, cujo discipulado vai nos custar a vida. E primeiro, Ele deu a sua em
prol da redenção do homem no calvário.
Mt 7.21-23 - Para seguir a
Cristo, não basta a confissão só de lábios, precisamos dar frutos dignos de
arrependimento e permanentes (Mt 3.8; Jo 15.16). Era a tônica do sermão de João
Batista como o precursor do Messias.
Apocalipse 3.20 – “Eis que
estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei
em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo”. Analisemos:
Primeiro, o texto é uma
mensagem direta à Igreja de Laodiceia, autossuficiente, espiritualmente morna,
cega, miserável e nua, quando Jesus lhe fala amorosamente para que se arrependa
daquela situação e retornasse à comunhão, ao relacionamento com Ele.
Segundo Ele não impõe,
respeita a livre decisão das pessoas de se voltar para Ele ou não. É uma praxe
divina, Deus atua, age onde acha lugar para trabalhar o convencimento da pecaminosidade
humana. Salvação é para quem sede (Jo 7.37-39; Ap 22.17).
Deus sempre considerou o âmago
do ser humano, até quando lhe propõe decisões e escolhas, para bênção ou
maldição, para a vida ou para a morte (Dt 30.19; Js 24.15-16; Jo 6.60-68).
Agora, uma verdade bíblica é cristalina: Deus não é de meio termo (Ap 3.15,16;
22.11).
Mt 28-18-20 - Jesus, o nosso Salvador e Senhor, detém todo o
poder no céu e na terra. E a missão primordial da Igreja é levar as Boas Novas
de salvação a todas as gentes, fazendo discípulos e batizando-os em nome do
Pai, do Filho e do Espirito Santo.
Se a Igreja Cristã se dispor
ao chamado “evangelho social”, realizar megas eventos de cunho social, prescindindo
de sua missão espiritual que é “gerar filhos de Deus para eternidade”, terá
falhado na sua missão essencial, de caráter e repercussão eterna (Jo 3.16; Atos
6.1-7).
O que o homem pecador (todos
nós) precisa fazer para vir a Cristo, como o seu único Salvador e Senhor?
Primeiro, requer uma entrega
pessoal: Arrependimento de pecados, ao reconhecer o seu o estado espiritual,
absorver por fé o sacrifício de Jesus na cruz, em seu favor, confessá-lo publicamente
e submeter-se ao seu Senhorio. E de posse da vida eterna (Jo 3.36), segui-lo
alegremente, vitorioso em Cristo.
Se alguém segue a Cristo, “vai
de garupa”, não deve pegar nas rédeas de sua vida. Ele é o Senhor, Ele é dono, e
amorosamente conduz as suas ovelhas. E, portanto, é a porta da salvação, o Bom
Pastor (Jo 10.9-14).
Finalmente, Mateus 16.24-25, é
enfático e exige renúncia ao próprio eu de quem queira ser o seu discípulo.
“Então disse Jesus aos seus
discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre
si a sua cruz, e siga-me; Porque aquele que quiser salvar a sua vida,
perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á”.
Então,
eis o convite biblicamente mais adequado:
Quem
deseja vir a Cristo, arrependido, entregando
todo o seu viver, para alcançar o perdão
de pecados, ter o privilégio do nome escrito no Livro da Vida e assim se tornar
seu seguidor e discípulo, nascido de novo pela ação poderosa do Espírito Santo.
Amém!
Hino 208 (harpa Cristã).
“Hoje queres te entregar a Jesus Cristo, ó cansado e triste pecador?
Para aquele que no gólgota foi
visto, padecendo nossa culpa, nossa dor?
Vem a Cristo, vem a Cristo,
que te chama com amor celestial..."
Por Samuel Pereira de Macedo Borges
Bacharel em Direito e Teologia
Natal/RN – Revisado em setembro/2024.
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