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quinta-feira, 30 de outubro de 2025

A Alma Humana.

Mt 10.28 - “E não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo”.

Introdução

1.A alma juntamente com o espírito é a parte imaterial do homem, criado por Deus à sua imagem e semelhança.

2.Cuidar da alma, envolve zelar pelos sentimentos/emoções, produções mentais (atividades do intelecto) e disciplinar a vontade nas decisões e escolhas.

E que comece cedo, desde a infância - Disciplinar a criança faz bem à alma (Pv 23.13-14).

3.Teorias materialistas negam a existência da alma e sua responsabilidade moral, previnamo-nos contra essa visão e seus enganos.

I – Atributos da Alma

A alma (heb. nephesh; gr. psychē), frequentemente traduzida como ‘vida’ resulta da união de corpo e espírito. A alma inclui a mente, as emoções e o livre-arbítrio.

Estudar a natureza da alma humana fortalece a fé cristã ao revelar a dignidade e a responsabilidade do ser humano diante de Deus. 

O homem no Gênesis – Vemos que a parte imaterial do ser humano o distingue dos animais irracionais, a partir da forma especial quando foi criado (Gn 2.7).

O homem é um ser pessoal, criado à imagem de Deus, com autoconsciência e autodeterminação.

Sua capacidade de administração - A ele Deus deu o governo sobre toda a obra criada (Sl 8.3-6): “[...] enchei a terra, e sujeita-a; e dominai [...]” (Gn 1.28). Compreensão e decisão moral é resultado do caráter consciente e autônomo da alma humana, tais como: lavrar e guardar o jardim (Gn 2.15), discernir entre o certo e o errado e fazer escolhas (Gn 2.16-17), dar nomes aos animais (Gn 2.19).

A afetividade do homem – Observa-se quando Deus lhe prover uma companheira (Gn 2.18) e na expressão de satisfação de Adão ao receber Eva, em Gn 2.23 – “E disse Adão: Esta é agora osso dos ossos e carne da minha carne; esta será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada”.

Atributos ou faculdades da alma – Emoção/sentimento, razão/ intelecto e a vontade. É, portanto, a sede dos afetos, raciocínio, impulsos, desejos e decisões. Nela e dela flui, manifesta-se a personalidade humana criada à imagem de Deus.

Na comunicação com o mundo físico e com Deus o ser humano o faz por meio da alma e do corpo. Aliás, as entradas da alma (audição, visão, olfato, tato e paladar), estão no corpo.

Os sentidos na Neurociência

Os cinco primeiros citados são menos importantes, porque o que conta para neurociência são os sentidos que mais demandam “consumo de neurônios” da atividade cerebral.

A neurociência avançou e há uns cinco anos reconheceu em estudo cerebrais, mais dois sentidos humanos.

O número um, o sentido mais importante, é a interocepção - É a informação que chega ao cérebro sobre o que acontece dentro do organismo. O que está acontecendo dentro dos órgãos. Estamos falando do coração, da respiração, do estômago, do intestino.

E o número dois em prioridade é o sentido da propriocepção - A informação que chega ao cérebro sobre como está meu corpo por fora, a postura (curvado ou não), os gestos (levantar a mão...) e as sensações (raiva, alegria, tristeza...) que tenho por todo o corpo.

Para ter, alcançar comunhão com Deus, a alma atua em conjunto com o espírito.  Pode-se dizer, então, que a alma se expressa pelo corpo no mundo homens e pelo espírito pode se conectar com Deus, o Ser Divino.

João 4.23-24 – “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade”.

Deduz-se presentes a alma e espírito na adoração ao Deus verdadeiro.

No seu cântico, Maria assim se expressou:

Lc 1.46-47 – “Disse então Maria: A minha alma engrandece ao Senhor, E o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador”.

II. A Natureza da Alma: Imaterialidade e Imortalidade

Mt 10.28 – “E não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo”. O que Jesus queria ensinar no texto citado?

a) Jesus expõe clara distinção de substâncias entre as partes material e imaterial do homem:

O corpo – atingido fatalmente é perecível pela ação humana;

O espírito e a alma – Não podem ser destruídos pelo homem.

b) Há vários textos nas Escrituras onde a parte imaterial é representada ora pela alma, ora pelo espírito (Ec 12.7; Tg 2.26; Ap 6.9). E essas referências abrangem ambas as substâncias devido à sua inseparabilidade, bem como  ‘Alma’ é um termo polissêmico — uma mesma palavra com vários significados dependendo do contexto.

A alma humana é mortal ou imortal?

“A alma do homem constitui uma substância espiritual, incorpórea, invisível e imortal” (Dn 12.2; Mt 25.46; Lc 16.22-25; Ap 20.10-15).

Daniel 12.2 - “E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno”.

Mateus 25.46 – “E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna”.

Apocalipse 20.10 – “E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde estão a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre”.

Apocalipse 20.15 – “E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo”.

I Coríntios 15.52-54 – “Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade. E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória”.

Mt 25.41 - "Então ele dirá aos que estiverem à sua esquerda: Malditos, apartem-se de mim para o fogo eterno, preparado para o Diabo e os seus anjos”.

Os movimentos Adventismo e o Jeovismo, negam a imortalidade da alma e pregam o aniquilacionismo, a extinção da alma como condenação divina, não o sofrimento eterno como consta na Bíblia. Preferem sofismar, ao invés de afirmar as Escrituras.

Logo, o texto sagrado não corrobora com o ensino herético do aniquilacionismo. Em nenhum lugar na Bíblia faz menção à extinção da alma e sim a sofrimento eterno, fogo eterno. E morte é sempre no sentido de separação (física, espiritual e eterna), não destruição total.

Imaterialidade e responsabilidade pessoal - Ao tratar do perecimento da alma e do corpo no Inferno, Jesus chama atenção para a responsabilidade moral humana, refutando os pensamentos meramente antropológicas e materialistas.

A alma está tão intimamente conectada à personalidade interior que o termo é usado, às vezes, como sinônimo de ‘pessoa’ (Lv 4.2; 7.20; Js 20.3).

O homem no marxismo – Prega-se que o homem se resume à matéria, ignorando a existência de uma alma consciente após a morte (Lc 16.19-31).

A ideologia ateísta nega a pecaminosidade e a responsabilidade moral do indivíduo - Considera que o mal é estrutural; que a culpa é da sociedade; que as pessoas individualmente são vítimas de estruturas opressoras. Identificam pecados sociais, mas não individuais”.

Logo, desconsidera a necessidade de arrependimento, conversão e salvação pessoal e mantém as almas de seus adeptos sem esperança de vida eterna (At 3.19; Jo 17.3).

Materialismo e teologia - A natureza humana vai além das questões político-ideológicas. Há duas correntes teológicas que se alimentam da dialética marxista e de suas concepções socioeconômicas e tiram Deus da realidade social, como desnecessário: Defendiam que tudo se resolveria pela luta de classes. Dizia Max: “religião é o ópio do povo”.

No campo católico, inspira a Teologia da Libertação. No protestantismo, a Teologia da Missão Integral. Em certa medida são engodos comunistas.

Mas recente, a estratégia mudou: Desde a chamada Escola de Frankfurt (na Alemanha, década de 1920, principais pensadores: Theodor Adorno, Max Hokheimer, Hebert Marcuse, Walter Benjamin e Erich From, sofreram influência marxista, de Freud e Nietzsche ferrenho crítica da moral ocidental...), pelejam para desconstruir a cultura e fé cristã, notadamente no Ocidente. Agora, a guerra é cultural, não de classes sociais contra as outras.

Todavia, toda negação da condição pecaminosa do homem é, no mínimo, um ateísmo prático, independentemente do viés que venha representar.

Lm 3.39 – “De que se queixa, pois, o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus pecados”.

Tt 1.15-16 – “Todas as coisas são puras para os puros, mas nada é puro para os contaminados e infiéis; antes o seu entendimento e consciência estão contaminados. Confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras, sendo abomináveis, desobedientes e reprovados para toda a boa obra”.

Na morte física o espírito humano e a alma continuarão a viver, a existir. E aguardam a ressurreição do corpo e uma prestação de contas (Jo 5.28-29; Rm 14.11-12) diante de Deus.

III. Alma Renovada e Submissa a Deus.

1.Edificação e saúde – O homem que se reencontra com Deus pode alcançar estabilidade, seguindo com os devidos cuidados com a alma e seu destino (Lc 12.13-21).

a) A oração é um meio eficaz para nos livrar da ansiedade, um transtorno de dimensão global (Fp 4.6; 1Pe 5.7).

b) Deus nos dá sua paz e protege nossas emoções e pensamentos (Fp 4.7); e nos guia no caminho de sua vontade (Cl 3.15).

c) Nossa parte é alimentar nossa mente apenas com o que edifica (Fp 4.6-8). O que falamos? O que ouvimos? O que lemos? O que vemos?

d) Os hábitos diários determinam a saúde de nossa alma (Sl 1.1-2).

2.Purificação e renovo - Provérbios 4.23 – “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração (alma, mente), porque dele procedem as fontes da vida”.

Ainda quanto aos cuidados da alma, a Bíblia nos adverte:

a) dos maus pensamentos (Mt 15.19);

b) dos desejos impuros e perversos (Tg 1.14,15; Pv 21.10);

c) e das intenções e inclinações malignas (I Pd 2.1; Nm 21.5).

E assim purificar e renovar nossa alma (I Pd 1.22; Ef 4.23,24), para podermos ser transformados e experimentarmos a boa, agradável e perfeita vontade de Deus (Rm 12.2).

Conclusão

1.Ao cristão cabe-lhe se disciplinar em santificação, o que inclui a contínua rejeição aos pensamentos, sentimentos e desejos pecaminosos, mantendo pura a sua alma (I Pd 1.22; I Jo 1.7).

2.E Jesus, nosso amado Senhor, nos deixou a sua paz e não como o mundo a dá, efêmera e superficial. A sua paz é uma âncora para nossa alma.

Dizia São Tomaz de Aquino: “O homem nasceu para Deus e só se realiza em Deus”. É o Senhor que sacia a alma sedenta (Sl 107.8-9).

3.Quanto vale uma alma? De nada adianta ganhar o mundo inteiro e perder a alma (Mt 16.26). O seu valor é inestimável.

Fontes da pesquisa:

Lição EBD/CPAD – 4º trimestre de 2025.

Bíblia Sagrada.

Artigo - Temos 7 sentidos - e os 5 mais conhecidos são os menos importantes', diz neurocientista – A espanhola Nazareth Castellanos, pesquisadora do Laboratório Nirakara-Lab e professora da Universidade Complutense de Madri, na Espanha — Arquivo pessoal via BBC – 26/02/2023 - Pesquisa em 21/03/2024).

Anotações de Estudos Pessoais.

Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Natal/RN, 30/10/2025.

Alma Humana versus a dos Animais Instintivos.

 

“A alma (heb. nephesh; gr. psychē), é uma das muitas palavras polissêmicas da Bíblia — possui vários significados. Aparece 755 vezes no Antigo Testamento. Seu primeiro sentido é “ser vivo”, “alma vivente” (Gn 1.20). Nesta acepção, a palavra “alma” é usada também para os animais (Gn 1.24) e significa simplesmente vida”.

O apóstolo Paulo aos cristãos em Roma, acerca do paganismo:

Rm 1.21-22 – “Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos”.

A sociedade secular caminha debaixo do jugo da colera e da cólera evolucionista, a Lei da Selva, o mais forte se alimenta do mais fraco, como se fôssemos iguais aos animais irracionais, sem moral, sem ética, sem espiritualidade. Vivemos tempos com a inversão de valores no fundo do poço, mais valem os seres irracionais do que os nossos semelhantes. 

Isaías 5.20 – "Ai dos que chamam o mal de bem e o bem de mal; que fazem das trevas luz e da luz, trevas; que tornam doce o que é amargo e amargo o que é doce!". 

Distinções entre a alma do homem e a do animal são evidenciadas nas Escrituras:

a) No processo criativo: a humana é procedente do sopro de Deus (Gn 2.7);

b) É dotada de razão, sentimento/emoções e vontade — atributos dados por Deus ao homem para o exercício de sua missão – domínio, governo sobre os recursos naturais criados (Gn 1.28), especialmente a capacidade de relacionar-se com o Criador e seus semelhantes moral e eticamente (Gn 2.15-24; 3.8);

c) O homem é ser um pessoal, intelectual, moral, afetivo e espiritual, criado à imagem de Deus (Gn 1.26-27);

d) “A alma do homem constitui uma substância espiritual, incorpórea, invisível e imortal” (Dn 12.2; Mt 25.46; Lc 16.22-25; Ap 20.10-15).

Eis porque o Evangelho de Jesus é um chamado de Deus aos homens para se reencontrar com Ele. E até no além-túmulo, a Bíblia trata da eternidade com Deus ou sem Deus, o homem separado dele sob condenação (Jo 5.28).

E como afirma um mestre cristão, irmão e amigo: “Não encontraremos totó no céu”.

Fontes da pesquisa:

Bíblia Sagrada.

Anotações de estudos pessoais.

Lição 1 EBD/CPAD – 4º trimestre de 2025.

 

Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Natal/RN, 30/10/2025.

quarta-feira, 22 de outubro de 2025

Síndrome de Down

 

“A síndrome de Down recebeu o nome de John Langdon Down, um médico britânico que, em 1866, não se limitou a descrever cientificamente essa condição, mas a abordou com uma visão humanitária.

Naquela época, pessoas com deficiência intelectual eram abandonadas, punidas e confinadas em instituições desumanas. No entanto, Down decidiu mudar essa realidade. Quando se tornou diretor do Instituto de Earlswood, proibiu as punições corporais, introduziu práticas de higiene e atividades educativas, oferecendo aos internos atividades como artesanato, jardinagem e até teatro. Ele não os via como casos clínicos, mas como indivíduos.

Um gesto revolucionário de Down foi retratar seus pacientes em fotografias dignas, com roupas elegantes e poses orgulhosas, uma forma de devolver-lhes a beleza e a identidade que a sociedade frequentemente lhes negava.

Em 1868, ele comprou uma vila e a transformou em Normansfield, não um manicômio, mas uma verdadeira casa. Nesse local, pessoas com síndrome de Down podiam viver, crescer e desenvolver talentos em um ambiente sereno. Esse lugar ainda existe hoje como The Langdon Down Centre, onde se preserva o teatro que ele mesmo quis, símbolo de sua visão.

Por isso, o termo síndrome de Down não é depreciativo; ele leva o nome de um médico que soube ver pessoas, não rótulos.

A história de John Langdon Down (1828-1896) nos lembra que a verdadeira revolução não é científica nem técnica, mas a capacidade de reconhecer e respeitar a dignidade do outro. É aprender a olhar com respeito, sempre”.

Adendo do blog:

Descoberta: Em 1866, o Dr. John Langdon Down descreveu as características de um grupo de indivíduos que compartilhavam traços físicos similares, aos quais ele chamou de "idiotas mongoloides" devido à sua crença equivocada da época de que eles se pareciam com o povo da Mongólia. 

Causas genéticas: Em 1958, o Dr. Jérôme Lejeune descobriu a causa genética da síndrome, identificando que ela é causada por um cromossomo extra no par 21. 

Legado: Apesar das teorias raciais equivocadas do Dr. Down, ele é reconhecido por seu trabalho pioneiro no cuidado humanizado de pessoas com deficiência mental, implementando cuidados e higiene adequados em suas instituições e defendendo a dignidade e o respeito para com seus pacientes. 

Redenominações: Com o tempo, o termo "idiotas mongoloides" foi substituído pelo nome Síndrome de Down em homenagem ao médico que primeiro a descreveu, e mais tarde, "Trissomia do 21" tornou-se o termo médico mais preciso, pois descreve a causa genética subjacente”. 

 

Fontes da pesquisa:

Facebook História Perdida.

IA Google.

 

Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Natal/RN, 22/10/2025.

sábado, 18 de outubro de 2025

Quem foi Eva Perón?

 

“Eva Perón nasceu pobre. Era filha ilegítima, cresceu numa família humilde do interior da Argentina e enfrentou desde cedo o desprezo da elite. Mas tinha algo que poucos tinham: uma determinação quase furiosa. Quando se mudou para Buenos Aires, ainda adolescente, foi tentar a vida como atriz. E conseguiu. Só que o destino dela seria muito maior que os palcos.

Em 1944, conheceu o coronel Juan Domingo Perón, um homem ambicioso, carismático e que falava a língua do povo. 

Um ano depois, os dois já eram o casal mais poderoso da Argentina. Ele, o presidente; ela, a primeira-dama, mas uma primeira-dama diferente de tudo o que o país já tinha visto. Evita não se limitava a sorrisos protocolares nem a vestidos elegantes. Ela descia às ruas, falava com operários, distribuía ajuda aos pobres, criava fundações, e enfrentava, de cabeça erguida, a elite que a odiava por ser mulher, por ser popular e, principalmente, por ser perigosa.

Faleceu em 26 de julho de 1952, aos 33 anos, vítima de um câncer no útero, o país mergulhou em comoção. Para o povo, Evita era uma santa. Para os militares e aristocratas, uma ameaça.  Seu corpo foi embalsamado com um cuidado quase religioso pelo doutor Pedro Ara, que o tratou para que parecesse vivo. A ideia era colocá-lo num monumento monumental, o “Monumento dos Descamisados”, onde o povo pudesse visitá-la para sempre. Mas o tempo não deu tempo.

Em 1955, Juan Perón foi derrubado por um golpe militar e tudo o que lembrava Evita passou a ser visto como perigoso. O novo regime queria apagar o passado, destruir o peronismo e acabar com o culto àquela mulher que continuava viva na memória do povo. Só que havia um problema: o corpo dela ainda estava lá. Um corpo que, mesmo morto, representava uma ameaça.

Então os militares decidiram resolver o problema do jeito mais sombrio possível: roubaram o cadáver. Literalmente. Retiraram o corpo embalsamado de onde estava guardado, na sede da Confederação Geral do Trabalho e o esconderam. Ninguém sabia para onde ele tinha ido.

Durante quase dezesseis anos, o corpo de Evita virou um fantasma político. Circulou por lugares improváveis, passando de mãos em mãos, escondido em caminhões militares, em apartamentos particulares e até em embaixadas. Há relatos de que o corpo foi profanado, danificado, maltratado com buracos de tiros, como se o medo e o ódio que ela despertava em vida ainda continuassem depois da morte.

Em 1957, ele acabou enterrado secretamente num cemitério em Milão, na Itália, sob um nome falso: María Maggi de Magistris. O objetivo era simples e cruel: Fazer Evita desaparecer da história argentina.

Mas o tiro saiu pela culatra. O mistério em torno do desaparecimento do corpo só aumentou o mito. Evita virou uma lenda, uma presença que assombrava a consciência política do país.

Em 1973, quando *Perón voltou do exílio, já velho e cansado, os militares devolveram o corpo como parte de um acordo. Ele levou os restos mortais de Evita para a Espanha, e mais tarde, após sua própria morte, ela finalmente retornou à Argentina, onde foi sepultada no Cemitério da Recoleta, em Buenos Aires.

Hoje, o corpo repousa ali, dentro de um túmulo fortificado, protegido por várias camadas de metal e concreto, como se ainda houvesse medo de que alguém tentasse, de novo, apagar sua história.

É curioso pensar que uma mulher morta pôde causar tanto pavor a homens armados. O corpo de Evita foi roubado, escondido, profanado, e ainda assim sobreviveu; não por causa da carne ou dos ossos, mas porque um símbolo não se enterra. Podem tentar apagar uma pessoa, mas não conseguem sepultar uma ideia que o povo decidiu guardar. E talvez esse tenha sido o verdadeiro milagre de Eva Perón: Continuar viva, mesmo depois da morte”.

Nota do Blog – Há quem conte que era vaidosa, com muitas peças de roupas e calçados, ou se cuidava como mulher com autoestima acima da média?  Divergem as opiniões, porém fica evidente, politicamente incomodou a elite da época.

*Juan Domingo Perón (1895-1974) foi um militar e político argentino, e presidente da Argentina por três mandatos: de 1946 a 1952, de 1952 a 1955 e de 1973 a 1974.

Cônjuges: Aurélia Tizón (de 1929 a 1938), Eva Perón (de 1945 a 1952), María Estela Martínez de Perón (de 1961 a 1974).

Iraci Fagundes de Souza - “Sou uma admiradora desta mulher! Quando somos fortes incomodamos até depois da morte”.

Jorge Assis – “Na verdade a história não é bem assim! Que ela tenha sido um mito, tudo bem, mas, para chegar ao poder fez algumas peripécias não convencionais. Foi uma esbanja "very expensive" procurem a verdadeira história dessa senhora, não do mito”.

Enfim, o narrador não se dispões julgar a história.

Fontes da pesquisa:

Facebook do Fagner Oliveira – Pesquisa em 18/10/2025.

Wikipedia.org. – Pesquisa em 18/10/2025.

 

Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Natal/RN, 18/10/2025.

domingo, 12 de outubro de 2025

O Corpo Humano, uma Criação de Deus.

 

Sl 139.14-16 — “Eu te louvarei, porque de um modo terrível e tão maravilhoso fui formado; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem. Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra. Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe, e no teu livro todas estas coisas foram escritas, as quais iam sendo dia a dia formadas, quando nem ainda uma delas havia”.

Introdução

1.Vivemos dias de tantas distorções sobre identidade de quem somos e os propósitos da vida humana. É muito oportuno para afirmar verdades bíblicas sobre a dignidade do corpo, seu valor espiritual, seja no culto ao Deus eterno e na comunhão cristã.

2.A ciência busca desvendar e está fascinada com os mistérios do corpo humano, enquanto isso o cristão sabe e crê que é criação poderosa e perfeita da mão de Deus.

3.Conforme Hb 11.3 a fé nos dá essa visão e entendimento a respeito de tudo que Deus fez.

4.Fomos criados um ser tricotômico – corpo, espírito e alma. E diferente dos anjos, são espíritos, não tem corpos, temos um corpo para habitarmos e vivermos uma e única existência na dimensão material.

5.Quando vejo pessoas sofrendo com deformidades, deficiências a partir do corpo, não creio ser esta a vontade de Deus, houve sem dúvidas acidentes de percurso na concepção, formação e gestação. Mas, onde houver fé, essas realidades podem ser alteradas para glória de Deus.

I. O Corpo – Uma Maravilhosa Criação de Deus

1.Fomos feitos do pó da terra - Em sua sabedoria e infinito poder, Deus fez o corpo do homem (adam) do pó da terra (adamah) (Gn 2.7); uma estrutura magnífica composta, segundo estimativas, por cerca de 37 trilhões de células, tecidos, órgãos e sistemas, cujo funcionamento desafia a mais moderna ciência. Deus, o Criador, valendo-se da matéria-prima tão comum, do pó, soprou-lhe o sopro da vida, fazendo-o um ser vivente. Ou seja, feito do mais ordinário e do mais sublime, do seu Espírito (Hb 11.3; At 17.22-28; Rm 11.33-36).

2. Deus, Criador e Procriador - De uma das costelas de Adão, formou Deus a mãe de todos os viventes, Eva, um corpo da mesma natureza (“...ossos dos meus ossos e carne da minha...porquanto do varão foi tomada – Gn 2.23), igualmente maravilhoso, porém, tão distinto em anatomia, fisiologia e genética (Gn 1.27; 3.20).

Como os descendentes dos primeiros pais são formados no ventre materno? As Escrituras mostram que assim como na formação do primeiro homem e da primeira mulher, Deus é o Autor das vidas de todas as pessoas (Sl 139.13-15; Jr 1.5).

O ato de procriação Ele mesmo estabeleceu, pela união íntima de homem e mulher (macho e fêmea) (Gn 4.1; Sl 33.15; Zc 12.1; Is 57.16).

3.A Formação Integral do Indivíduo – Na Bíblia fala claramente da existência de vida humana completa (corpo, espírito e alma) ainda no ventre (Gn 25.22; Lc 1.15,39-44; Gl 1.15).

Ressalto a grande perversidade da prática abortiva hodierna, contrária ao sublime valor da maternidade, que deve ser cercada de cuidado e proteção — e conduzida em temor, amor e devoção (Sl 127.3-5; Sl 128.3).

Uma boa nutrição física, afetiva e espiritual deve começar desde o início da gestação. Isto é ciência, é o pré-natal. Quantos adultos subnutridos, nas drogas, no alcoolismo, escravos e indisciplinados nos mais diversos vícios, automedicados, geram filhos, apesar disso tudo, há milagres do alto, todavia gerações sequeladas.

II. O Corpo e a Glória de Deus

1. A arte do Criador - Em poesia Davi descreve a ação divina na formação do corpo humano no ventre materno apresentando Deus como o tecelão (Sl 139.13-15). Na versão Tradução Brasileira (TB) usa a expressão “primorosamente tecido”, adjetivando a criação divina descrita nos versículos 13 e 15.

A Bíblia não depende de confirmação, entretanto é oportuno dizer que a ciência reconhece a formação dos órgãos e sistemas do corpo humano exatamente dos tecidos formados pelas células presentes no embrião.

Eis a razão porque o salmista externou sentimento de gratidão na criação e formação do corpo humano: “Eu te louvarei, porque de um modo terrível e tão maravilhoso fui formado” (Sl 139.14).

2.O perigo dos extremos – Com o corpo devemos ter em conta o seu devido valor. No passado, no maniqueísmo, o platonismo e o gnosticismo ensinaram ideias que viam a matéria de forma negativa, considerando o corpo algo essencialmente mau. Enquanto na Grécia, o culto ao belo era praticado.

O desequilíbrio persiste. Vícios, automutilações e outras atitudes extravagantes deformam e desonram o corpo (Lv 19.28; I Ts 4.4). O narcisismo pós moderno, é marcado pela supervalorização do corpo em detrimento do imaterial, a alma e o espírito. O ego é alisado na indústria da estética, via cuidados físicos e cosméticos em excesso.

Há grande diferente entre amar o próximo como a si mesmo, ao invés de ser presunçoso e amante de si mesmo (II Tm 3.2).

A Bíblia enfatiza aos homens que mais importa a beleza interior do que a exterior (I Pd 3.3-5). O exercício físico tem a sua importância relativa.

Cuidar do corpo é sentimento salutar básico. Mas, o cristão deve ser equilibrado em tudo (I Co 6.12).

Reflitamos: O que fazemos com o corpo glorifica a Deus ou visa agradar a nós mesmos? (Rm 14.21; 15.1-6).

III. O Corpo e a Coletividade 

1.A prática relacional - Deus nos fez seres relacionais, gregários e sociáveis. Temos necessidades e deveres que vão além de nossa individualidade. Não fomos criados para viver isolados social ou afetivamente.

Dois extremos – Procurando sempre agradar aos outros ou vivendo para agradar a si mesmo. São beiras de precipício com quedas a vista na vivência humana, sem moderação e bom senso. O ideal é agradarmos a Deus.

Relacionamentos, comunicação, comunhão a distância, considerando que vivemos no corpo e por ele expressamos ações e sentimentos, vai espelhar limitações e fragilidades nas relações humanas.

Mesmo na Era Digital o contato físico continua sendo essencial para a vida humana. Como está nossa comunhão?

2.A prática congregacional - Como não somos anjos, o corpo é um elemento fundamental de interação na Casa de Deus.

As Escrituras nos advertem da necessidade da reunião coletiva, da vida congregacional (Hb 10.24-25). Não há recomendação bíblica para o cultivo de uma fé individual ou meramente virtual.

Sejamos sábios e prudentes: o movimento dos desigrejados é antibíblico e altamente prejudicial à verdadeira vida cristã (Ef 4.1-3; I Ts 5.11-15).

O corpo deve ser instrumento de comunhão e adoração coletiva, valorizando os relacionamentos e o culto presencial.

IV - Cuidados Solenes com o Corpo

Lv 19.28 - Não é conveniente fazer marcas no corpo. Muito menos, mutilá-lo.

I Ts 4.4 – Na perspectiva cristã devemos lidar com o corpo em santificação e honra.

II Co 5.10 – Como cristãos tudo que fizermos por meio do corpo, isto é, nessa existência, daremos conta ao Senhor Jesus no Tribunal de Cristo. Os não arrependidos, o farão no Juízo Final (Ap 20.11-15).

I Co 6.19-20 – No cristão resgatado pelo sangue de Jesus Deus habita, uma vez que nos tornamos templo e morada de Deus, pelo Espírito.

Ec 12.7 – Quanto à matéria corpo, viemos do pó e ao pó tornaremos, não é sábio sermos vaidosos, vivendo essa existência como interminável. Aqui somos forasteiros (I Pd 2.11; Hb 11.13), preparemo-nos para eternidade.

I Jo 2.15-17 - Não nos deixemos ser engolidos, dominados pela ditadura da beleza física. Cuide mais do seu interior, espírito e alma alinhados aos valores cristãos, não mundanos os quais são passageiros.

I Tm 4.8 – Há quase 2.000 anos o apóstolo Paulo afirmou: Exercício físico para pouco aproveita, só serve para essa vida. Enquanto a piedade reverbera no além-túmulo. Invista na eternidade e que seja com Deus. Muitos viverão uma eternidade sem Deus, ou seja, separados dele. Será a pior tragédia para o espírito e a alma humana.

Conclusão

1.O nosso corpo é uma criação divina extraordinária, devemos honrá-lo em santificação diante de Deus e dos homens, tanto individualmente quanto em comunhão com outros e seja Deus glorificado em tudo (I Ts 5.23).

2.A verdadeira adoração ao Criador abrange a integralidade do ser, o que inclui todo o nosso corpo em sacrifício vivo no culto racional (Rm 12.1).  

3.A morte não é o fim da existência humana. Somos um espírito, temos uma alma e habitamos temporariamente num corpo (Ec 12.7).

4.A ressurreição cristã é do corpo (Jo 5.28-29; 20.26-29; I Co 15.51-54). O espírito e a alma são imortais. E quando morremos aguardam a ressurreição no estado intermediário. Você tem essa esperança em Jesus Cristo?

5.Enfim, a causa-morte é atestada no corpo daquele que daqui parte. No corpo está o limite desta existência. Enquanto pulsar sinais vitais, temos vida na matéria. Amém!

Fontes da pesquisa:

Lição EBD/CPAD – 4º trimestre de 2025.

Bíblia Sagrada.

Anotações de estudos pessoais.

 

Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Natal/RN, 12/10/2025.

Cuidados Solenes com o Corpo.

 
Lv 19.28 - Não é conveniente fazer marcas no corpo. Muito menos, mutilá-lo.

I Ts 4.4 – Na perspectiva cristã devemos lidar com o corpo em santificação e honra.

II Co 5.10 – Como cristãos tudo que fizermos por meio do corpo, isto é, nessa existência, daremos conta ao Senhor Jesus no Tribunal de Cristo. Os não arrependidos, o farão no juízo final (Ap 20.11-15).

I Co 6.19-20 – No cristão resgatado pelo sangue de Jesus Deus habita, uma vez que nos tornamos templo e morada de Deus, pelo Espírito.

Ec 12.7 – Quanto à matéria corpo, viemos do pó e ao pó tornaremos, não é sábio sermos vaidosos, vivendo essa existência como interminável. Aqui somos forasteiros (I Pd 2.11; Hb 11.13), preparemo-nos para eternidade.

I Jo 2.15-17 - Não nos deixemos ser engolidos, dominados pela ditadura da beleza física. Cuide mais do seu interior, espírito e alma alinhados aos valores cristãos, não mundanos os quais são passageiros.

I Tm 4.8 – Há quase 2.000 anos o apóstolo Paulo afirmou: Exercício físico para pouco aproveita, só serve para essa vida. Enquanto a piedade reverbera no além-túmulo. Invista na eternidade e que seja com Deus. Muitos viverão uma eternidade sem Deus, ou seja, separados dele. Será a pior tragédia para o espírito e a alma humana.

E, portanto:

1.O nosso corpo é uma criação divina extraordinária (Sl 139.14-16), devemos honrá-lo em santificação diante de Deus e dos homens, tanto individualmente quanto em comunhão com outros e seja Deus glorificado em tudo (I Ts 5.23).

2.A verdadeira adoração ao Criador abrange a integralidade do ser, o que inclui todo o nosso corpo em sacrifício vivo no culto racional (Rm 12.1).  

3.A morte não é o fim da existência humana. Somos um espírito, temos uma alma e habitamos temporariamente num corpo (Ec 12.7).

4.A ressurreição cristã é do corpo (Jo 5.28-29; 20.26-29; I Co 15.51-54). O espírito e a alma são imortais. E quando morremos aguardam a ressurreição no estado intermediário. Você tem essa esperança em Jesus Cristo? 

5.Enfim, a causa-morte é atestada no corpo daquele que daqui parte. No corpo está o limite desta existência. Enquanto pulsar sinais vitais, temos vida na matéria. Amém!

Fontes da pesquisa:

Lição EBD/CPAD – 4º trimestre de 2025.

Bíblia Sagrada.

Anotações de estudos pessoais.

 

Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Natal/RN, 12/10/2025.

quinta-feira, 9 de outubro de 2025

A Filosofia faz as perguntas e a Teologia dá as respostas.

 

“Se o homem não foi criado para Deus, por que ele só é feliz em Deus? E se o homem foi criado por Deus, por que ele é tão contrário a Deus?”

- Blaise Pascal, notável matemático e filósofo francês, depois de sua conversão em 1657, aos 31 anos, e oito anos antes de morrer.

“Se Deus não existisse, seria necessário inventá-lo... Toda a natureza está gritando que ele existe”.

- Françoise-Marie Arouet (Voltaire), filósofo francês do século 18, apesar de suas profundas reservas religiosas e de seu ódio ao fanatismo religioso.

“O fracasso em perceber a presença de Deus não indica a sua ausência”.

- Paul Hazard, professor universitário francês.

“Certamente Deus não morre no momento em que deixamos de crer nele; contudo, nós morremos no dia em que a nossa vida deixa de ser atingida pelo esplendor do milagre que excede à razão humana”.

- Dag Hammarskjöld, sueco, especialista em economia política e secretário-geral da Organização das Nações Unidas de 1953 até a sua morte, em 1961, aos 56 anos.

“Deus é a chave inevitável do universo, a incógnita dos grandes problemas insolúveis. Deus é a necessidade das necessidades”.

- Rui Barbosa, jurista e político brasileiro, célebre por sua participação na 2ª Conferência da Paz, realizada em Haia, na Holanda, em 1907.

“Negar a existência de Deus é negar que existimos”.

- Maurice Maeterlinck, teatrólogo e filósofo belga, Nobel de Literatura aos 49 anos.

“Voltei a Deus como filho pródigo, depois de cuidar por muito tempo dos porcos com os hegelianos (discípulos do filósofo alemão George Hegel). A saudade celestial tomou conta de mim. Na teologia, devo culpar-me de retrocesso por ter voltado a um Deus pessoal”.

- Heinrich Heine, um dos escritores mais populares da literatura alemã, 27 anos mais novo que Hegel e entrevado nos oito últimos anos de vida.

“Olho para toda a Criação e sou levado por ela ao Senhor”.

- Crisóstomo, arcebispo de Constantinopla, um dos mais famosos oradores sacros, morto em 407, aos 60 anos.

“Deus é a última análise e a essência mais íntima, a raiz mais profunda e a causa que sustenta toda a existência”.

- Alexander Whyte, pastor escocês chamado de “o último dos puritanos”, autor de livros devocionais e moderador da Igreja Livre da Escócia, em 1898.

“Com base em minha formação em teologia e filosofia, tenho uma posição muito clara: para mim, a filosofia faz as perguntas e a teologia dá as respostas”.

- Howard Mumma, autor de Albert Camus e o Teólogo, em entrevista ao jornalista Celso Campos Jr.

“Quando penso no meu Deus, meu coração fica tão cheio de alegria que as notas dançam e saltam de minha pena”.

- Joseph Haydn, compositor austríaco que viveu no século 18 e compôs mais de 100 sinfonias, mais de 80 quartetos de corda e o famoso oratório A Criação.

Fonte: Revista Ultimato – novembro/dezembro de 2005.

Imagens inclusas no Blog.

segunda-feira, 6 de outubro de 2025

Sabedoria para viver...

Texto: 90.1-2,4-6,10,12,14-15,17.

Moisés, o maior dos personagens do AT (+-1525-1405 a.C.). A Bíblia testemunha de Moisés dizendo que nunca mais se levantou um profeta como ele, falava com Deus cara a cara na tenda do arraial, fez muitos sinais e maravilhas sob ordens divinas (Dt 34.10-12). O culto no AT leva o seu nome, o culto mosaico. No salmo 90 ele nos ensina algumas verdades relevantes aos viventes na Terra.

1.Ele reconhece Deus como um refúgio, é proteção, é segurança de geração a geração do povo hebreu. E aplica-se a todos que forem tementes ao Senhor (Sl 34.7;103.17-18). Moisés viveu essa experiência com Deus, desde a sarça ardente, na libertação da escravidão egípcia, na caminhada pelo deserto, liderando o povo israelita.

2.Deus é o eterno. De eternidade a eternidade (hb. olam) Ele é Deus. Significa que Deus é infindável no tempo. Deus não vive num eterno tempo presente. A eternidade divina não é atemporal, caracteriza-se pela continuidade no tempo e no espaço. Deus conhece o passado como passado, o presente como presente e o futuro como futuro (BEP, pág. 882). Aliás, Deus apenas não conhece o futuro, é Ele quem anuncia o futuro antes que aconteça (Is 46.9-10). Ele é onisciente, não requer de novos conhecimentos. Não há surpresas para Deus. Enganados estão os teólogos liberais.

3.O tempo, principalmente no cronos humano, tem pouca importância para Deus. Mil anos é como um dia que passou e não volta mais. Deus realiza seus feitos e propósitos na plenitude dos tempos. Não se atrasa nem se adianta.

4.O homem passa como a erva, como a flor, linda e bela cresce, floresce e a tarde corta-se e seca. É vaidade! No princípio, viviam os homens séculos de vida. Ainda no Gênesis seus dias foram reduzidos para 120 anos. Nos dias Moisés, faz menção aos 70 e até 80 anos, pela sua robustez, mas com enfado e canseira (Sl 90.10). A vida passa rapidamente e nós voamos. O próprio Moisés foi uma exceção, morrendo aos 120 anos, vista boa, cheio de vigor, debaixo da bondade de Deus (Dt 34.7).

5.No versículo 12 ele arremata acerca da vida: Ela é breve e preciosa e pede ao Senhor sabedoria para contar os dias, de modo que viva, usufrua, goze a existência que é uma só, como um sábio, segundo Deus.

6. Nos versículos 14-15, alegria e aflições estão no mesmo feixe, na dinâmica da pedagogia de Deus. São ingredientes, faz parte do existencial humana.

7.E conclui o salmo dizendo: Que a graça do Senhor (favores, bondades dele), seja sobre nós, transformando sonhos em realidades, confirmando, laureando o trabalho de nossas mãos. Faz assim Senhor! Amém!

E, portanto: "Lâmpada para os meus pés é a tua Palavra e luz para o meu caminho" (Salmos 119.105).

Faça mais que existir: Viva!

Faça mais que ajudar: Sirva!

Faça mais que sonhar: Realize!

Faça mais que somar: Multiplique!

Faça mais que viver: Viva como Jesus ensinou!

 

Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Natal/RN, 06/10/2025.

domingo, 5 de outubro de 2025

O homem, corpo, espírito e alma.

Objetivos da Lição 1: 

I) Entender que o ser humano é formado na sua origem com corpo, espírito e alma;

II) Ensinar a diferença entre espírito e alma com base nos termos originais, mostrando que ambos compõem a parte imaterial do homem;

III) Conscientizar sobre a importância da harmonia entre espírito, alma e corpo. Desequilíbrios em algumas dessas áreas podem afetar as demais.

Introdução

1.O homem foi criado, é resultado de uma ação divina, pessoal e plural (Gn 1.26), completamente diferente de como foram criados os vegetais, as aves e os demais irracionais (Gn 1.20-21,24,29-30).

2.O homem na sua formação é constituído de uma modelagem sobrenatural — “do pó da terra” — e pelo sopro de Deus em seus narizes (Gn 2.7). Do mais ordinário e do mais sublime. Filosoficamente um ser paradoxo.

3.O que define o ser humano como único entre as criaturas?

a) Fomos criados à imagem e semelhança do Criador.

b) Feito um pouco menor que os anjos (Sl 8.3-9).

c) Ao homem deu Deus o governo político-econômico sobre os recursos naturais e demais seres criados (Gn 1.26-30). Não inclui o homem sobre o homem.

O homem na visão tricotômica é composto de corpo, espírito e alma (Gn 2.7; Jó 7.11; I Ts 5.23; Hb 4.12).

Aliás, Deus é três em um, a partir dele e na matriz da Criação.

Estados da matéria – Sólido, líquido e gasoso.

Bases da matéria – Prótons, elétrons e neutro.

Tempo – Passado, presente e futuro.

Espaço – Altura, largura, profundidade.

Música – Melodia, harmonia e ritmo.

I - A Tricotomia Humana

A doutrina do homem – Na Teologia Sistemática, ela é conhecida como Antropologia Bíblica e tem por objeto de estudo o homem desde sua origem, constituição e existência, considerando o período anterior à Queda, o pecado original e suas consequências, o plano redentor e a eternidade.

Aprendi que Filosofia faz perguntas, alimenta-se de interrogações, mas a Teologia dá as respostas, em última análise.

As perguntas intrigantes e milenares como: Quem é o homem? De onde veio? Para onde vai? A Bíblia responde.

A visão dicotômica – O homem é constituído de duas partes, uma material, o corpo, a outra imaterial, a alma ou espírito. Não tem o cuidado com as distinções entre o espírito e a alma contidas nas Escrituras.

De nada adianta teses do passado, pesadas de laudas, tentando defender bandeiras denominacionais históricas por vaidade, ignorando definições dos termos nos idiomas originais, bem como as referências que lançam luz ao homem tricotômico. 

A Teologia utiliza o termo “tricotomia” para tratar da constituição do ser humano: o corpo, espírito e alma. Essas três substâncias, ou componentes do homem, são descritas tanto no Antigo quanto no Novo Testamento (Dt 4.9; Sl 42.11; 139.16; Dn 7.15; Zc 12.1; Mt 10.28; Lc 1.46,47; I Co 14.14,15).

O próprio Jesus Cristo, o Filho de Deus encarnado — plenamente homem e plenamente Deus — possuía essa constituição (Lc 24.39; Jo 12.27; Lc 23.46). 

“E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra e soprou em seus narizes o fôlego da vida, e o homem foi feito alma vivente” (Gn 2.7).  

“vida”, em Gênesis 2.7, é chayim (no plural), permitindo a expressão literal “fôlego das vidas”. Em um único substantivo, o texto sagrado está referindo-se implicitamente à vida do espírito humano, da alma humana e do corpo humano.

Observamos na composição do homem uma combinação única e exclusiva no ato do Criador: O elemento físico (pó da terra) com o elemento espiritual (o sopro divino), tornando o homem um ser vivente, ou seja, com atributos de indivíduo, da personalidade do ser humano, diferente de todos os demais.

Os anjos são seres espirituais, porém sem corpo material (Sl 33.6; Hb 1.13,14).

Os animais não possuem a parte imaterial que há no homem (espírito e alma). A “alma” do animal refere-se à vida, porém se restringe ao corpo e se esvai com ele (Lv 17.12-14). Não possuem a capacidade de relação pessoal, moral e espiritual com Deus.

Não tenha falsas esperanças – Não encontrará os bichinhos de estimação no céu. E Totó? Também não!

II. A distinção entre alma e espírito.

1. A alma, do hebraico nephesh e do grego psyché, “alma” - É uma das muitas palavras polissêmicas da Bíblia — possui vários significados. Aparece 755 vezes somente no Antigo Testamento. Seu primeiro sentido é “ser vivo”, como em Gênesis 1.20: “alma vivente”. Nesta acepção, reiterando a palavra “alma” é usada também para os animais (Gn 1.24) e significa simplesmente “vida”.

Distinção entre a alma humana e a do animal - É evidenciada no processo criativo:

a) procedente do sopro de Deus (Gn 2.7), a alma do homem constitui uma substância espiritual, incorpórea, invisível e imortal (Dn 12.2; Mt 25.46; Lc 16.22-25; Ap 20.4).

b) É dotada de razão, sentimento e vontade — atributos dados por Deus ao homem para o exercício de sua missão – governo político-econômico (Gn 1.28) e capacitado para se relacionar com o Criador e com os semelhantes (Gn 2.15-24; 3.8; Mt 22.34-40).

c) E tudo decorre do fato de o homem ser um ser pessoal, intelectual, moral e espiritual criado à imagem de Deus (Gn 1.26).

2.O espírito, do hebraico ruah e do grego pneuma – O espírito do homem provém de Deus e constitui sua principal dimensão. É por meio dele que mantemos nossa comunhão com o Criador, o Pai dos espíritos, e o adoramos (Hb 12.9; Jo 4.23,24). Junto com a alma, e inseparável dela, compõe a parte imaterial do ser humano. É o “homem interior” que, na linguagem do apóstolo Paulo, aparece algumas vezes em contraste direto com o corpo, o homem exterior (Rm 7.22-25; 2Co 4.16-18; Ef 3.16-19).

O pastor Antônio Gilberto, explicita: “à luz das Escrituras, o espírito é a fonte da vida recebida de Deus. O espírito usa e transmite essa vida à alma, que, por sua vez, a expressa por meio do corpo, utilizando seus sentidos físicos para explorar o mundo exterior e dele receber as necessárias impressões”.

III. A interação das três dimensões.

1.Corpo, afetos e somatização - O corpo (gr. sōma) é a parte material do ser humano, por meio da qual comumente manifestamos os atributos da alma e do espírito.

A partir do século XX, as doenças psicossomáticas foram identificadas, atestando que muitos problemas físicos decorrem de crises da alma e do espírito, inclusive por causa da problemática do pecado (Sl 31.9-10; 32.1-5).

Equilíbrio e saúde – Hoje é certeza de que o corpo padece por causa de disfunções da alma e do espírito, estes também sofrem por problemas do corpo — naturais ou não.

Saúde espiritual saudável envolve comunhão com Deus, santidade, sanidade e maturidade emocional. E para tratar da alma:

“Todos os dias temos que tomar essa decisão. Tudo o que alimentamos crescerá na nossa vida. O que quero alimentar: a sanidade-santidade a que Deus me chama ou a vida do jeito que está? Cada um deve decidir por si mesmo. Mas Deus nos chama a viver em santidade. Se não sararmos, ainda que vamos para o céu (como aleijados emocionais), não viveremos o que Deus tem para nós aqui na terra”.

Do livro Saúde Emocional e Vida Cristã – De Esly Regina Carvalho. Editora Ultimato. Primeira edição - Julho de 2002.

Um viver santo e equilibrado requer um ser disciplinado no espírito pelo Espírito, preservando corpo, alma e espírito de toda a espécie de males, o que inclui cuidados físicos e relacionais saudáveis (Cl 3.5-9; Ef 4.25-32; 6.18).

Quando o problema tem origem espiritual — Crises produzidas por pecados não confessados, medicamentos não resolvem; no máximo, aliviam os sintomas. Arrependimento e abandono do pecado são essenciais para a verdadeira cura da alma (Cl 3.8; Ef 4.31; Tg 4.6-10; 2Cr 7.14; Is 53.4,5).

Psicologia – Uma ciência humana - Em média a cada 4 anos, bases teóricas da Psicologia evoluem pelo avanço tecnológico, bem como pelas transformações e novas descobertas humanas, isto é, verdades deixam de ser verdade, perdem significado, diferente do manual do fabricante (o Criador), a Palavra de Deus.

Conclusão

1.No Gênesis, o homem a coroa da Criação, é formado com corpo, espírito e alma. O sopro divino elevou o homem à alma vivente (Gn 2.7).

2.Por causa da queda, no reencontro e na relação do homem com Deus, consubstancia-se na ordem espírito, alma e corpo (I Ts 5.23).

3.As três dimensões do homem ora em estudo, embora integradas, são distintas. Daí, ensinarmos a tricotomia bíblica olhando para a totalidade do ser.

4.Cuidado com a psicologização da fé, do evangelho dependente da Psicologia. Aliás, na Psicologia o homem é objeto de estudo na área da alma (vontade, emoções, razão), no espiritual é cega. Eis porque, via de regra, o homem é sempre vítima. Alguém é culpado, menos o paciente.

 

Fontes da pesquisa:

Lição EBD/CPAD – 4º trimestre de 2025.

Bíblia Sagrada.

Anotações de estudos pessoais.

 

Por Samuel Pereira de Macedo Borges

Natal/RN, 04/10/2025.

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